Ca de pele não MM Flashcards

(70 cards)

1
Q

Qual o tipo mais comum de câncer de pele?

A

CBC (71% dos casos)

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2
Q

Qual o Ca de pele mais comum no paciente transplantado?

A

CEC (risco 40-250x maior)!

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3
Q

Principal fator de risco para o desenvolvimento de Ca de pele não MM?

A

Exposição à radiação UV (sobretudo UVB 300nm)

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4
Q

De que forma a radiação UV induz a carcinogênese?

A

Formação de fotoprodutos do DNA (ex: dímeros de pirimidinas) e de espécies reativas de O2, imunossupressão e dano ao p53 (importante gene supressor tumoral)

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5
Q

Quais medicamentos podem aumentar o risco de Ca de pele não MM?

A

Imunossupressores (AZA, ciclofosfamida, tacrolimus)
Inibidores de BRAF
Voriconazol

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6
Q

Que alteração molecular tem sido associada à patogênese do CBC esporádico?

A

Ativação da via de sinalização Hedgehog (90% dos casos)

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7
Q

Quais vírus podem aumentar o risco de Ca de pele não MM?

A
  1. HPV (sobretudo subtipos 7, 13, 16 e 18); CEC em imunocompetentes e Imunossuprimidos
  2. HIV (indiretamente, pela imunossupressão)
  3. Merkel cell polyomavirus (Ca células de Markel)
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8
Q

Qual o perfil do paciente com CBC?

A

Homem
> 40 anos
Fototipo mais baixo (1-4)

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9
Q

Em que locais do corpo não é esperado encontrar um CBC?

A

Palmas, plantas e mucosa oral (origem de células pluripotentes imaturas da epiderme interfolicular e do infundíbulo dos folículos pilosos)

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10
Q

Quais são as lesões precursoras do CBC?

A

Não há! Sempre surge “de novo”

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11
Q

Quais são os subtipos clínicos do CBC?

A

Nodular, superficial, esclerodermiforme, fibroepitelioma de Pinkus e cístico

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12
Q

Qual a implicação clínica do caráter multicêntrico do CBC superficial?

A

Difícil delimitação clínica e histopatológica das bordas da lesão > risco de recorrência com a cirurgia convencional

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13
Q

Qual é o comportamento biológico do fibroepitelioma de Pinkus?

A

Indolente!

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14
Q

Quais são os subtipos histológicos do CBC?

A

Superficial / multicêntrico
Nodular
Micronodular
Infiltrativo
Esclerodermiforme
Fibroepitelioma de Pinkus
Metatípico / basoescamoso
Queratótico
Cístico

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15
Q

Que subtipos histológicos de CBC são considerados agressivos?

A

Micronodular, infiltrativo, esclerodermiforme e metatípico (grande capacidade de aprofundamento e invasão)

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16
Q

O que caracteriza o CBC superficial na histologia?

A

Ilhas de células basaloides atípicas em contato com a epiderme em diversos pontos, com pouca invasão em profundidade

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17
Q

O que caracteriza o CBC nodular na histologia?

A

Células basaloides atípicas organizadas em blocos coesos e bem formados, com células em paliçada na periferia

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18
Q

O que caracteriza o CBC micronodular na histologia?

A

Células basaloides atípicas organizadas em pequenos blocos tumorais, com grande capacidade de aprofundamento

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19
Q

O que caracteriza o CBC infiltrativo na histologia?

A

Células basaloides atípicas
Distribuição periférica em paliçada pouco nítida
Organização em cordões ou espículas
Pobre demarcação com o estroma
Caráter invasivo

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20
Q

O que caracteriza o CBC esclerodermiforme na histologia?

A

Células basaloides atípicas
Organização em cordões alongados e pequenos ninhos
Estroma denso de colágeno hialinizado
Caráter invasivo

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21
Q

O que caracteriza o fibroepitelioma de Pinkus na histologia?

A

Células basaloides atípicas
Organização em finos cordões interconectados por finas redes de anastomose de estroma conjuntivo (“renda”)

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22
Q

O que caracteriza o CBC metatípico na histologia?

A

Composto de células com aspecto basaloide (na organização) e escamoso (na diferenciação)

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23
Q

Que achados dermatoscópicos são característicos de CBC?

A

Ausência de rede pigmentar
Telangiectasias arboriformes
Áreas em raio de roda
Estruturas em folha
Ninhos ovóides e glóbulos azul-acinzentados
Ulceração

+ rosetas, crisálidas, área branca brilhante

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24
Q

No CBC, como se dá a invasão de outros tecidos que não a pele?

A

Seguindo o trajeto de menor resistência, principalmente ao longo de vasos e nervos nos planos de fusão embrionária (canto interno dos olhos, filtro labial, mento, sulcos nasolabiais e áreas pré e retroauriculares)

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25
Cite três síndromes associadas a múltiplos CBCs
1. Gorlin-Goltz (CBCs, acrocordons, pittings palmoplantares, cistos odontogênicos, hipertelorismo, anormalidades esqueléticas) 2. Rombo (CBCs, tricoepitelioma, atrofodermia vermiculata, milia, cianose acral) 3. Basex (CBCs, atrofodermia folicular, hipotricose, hipoidrose)
26
Qual o perfil de paciente com CEC?
Homem > 60 anos
27
Quais são as lesões precursoras do CEC?
QA, leucoplasia, eritroplasia, radiodermatite, úlceras e cicatrizes
28
Quais são os tipos de CEC in situ?
Doença de Bowen Papulose Bowenoide Eritroplasia de Queyrat
29
Qual é a apresentação clínica da doença de Bowen?
Placa rósea-eritematosa única, com bordas regulares e superfície descamativa ou crostosa Mulher > 60 anos Fototipo baixo
30
Qual a apresentação clínica da papulose bowenoide?
Pápulas acastanhadas agrupadas em região genital > lesão transicional entre verruga genital e CEC in situ
31
Qual a apresentação clínica da eritroplasia de Queyrat?
Placa eritematosa, brilhante, bem delimitada e com superfície aveludada Mucosa peniana (glande, prepúcio, uretra) Dor, prurido e sangramento local
32
Que achados dermatoscópicos são característicos do CEC in situ?
Vasos glomerulares (sobretudo Bowen), vasos em pontos, escamas opacas amarelas ou brancas > pontos marrons se Bowen pigmentado
33
Na histologia, o que diferencia um CEC in situ de um CEC invasor?
Ausência de invasão dérmica
34
Na histologia, quais as semelhanças do CEC in situ e do CEC invasor?
Atípia de queratinócitos, perda da polaridade, pleomorfismo nuclear, mitoses, disqueratose
35
Qual o epônimo do CEC que surge sobre uma cicatriz de queimadura?
Úlcera de Marjolin
36
O que é o carcinoma verrucoso?
Variante bem diferenciada de CEC invasor
37
Qual o comportamento biológico do CEC invasor?
Baixo risco de metástase, mas grande potencial de crescimento e destruição local
38
Quais os tipos de carcinoma verrucoso?
Epithelioma cuniculatum > região plantar Buschke-Lowenstein > genital Papilomatose oral florida > oral
39
Qual o perfil do paciente com ceratoacantoma?
Idoso Áreas fotoexpostas
40
Quais síndromes são associada a múltiplos ceratoacantomas?
Familiares: Ferguson-Smith, Muir-Torre, Witten and Zak Esporádica: Grzybowski
41
Como proceder diante da suspeita de um Ca de pele não MM?
Biópsia! - Punch ou saucerização profunda se tu recidivado - Excisional se lesão de alto risco
42
Qual o primeiro passo no tratamento dos Ca de pele não MM?
Definição do risco associado à neoplasia!
43
Quais são os critérios de risco clínicos do Ca de pele não MM?
Localização e tamanho Bordas Primário x recorrente Imunossupressão RT prévia local Crescimento rápido (CEC) Inflamação crônica local (CEC) Sintomas neurológicos (CEC)
44
Quais são os critérios de risco histopatológicos do Ca de pele não MM?
Invasão perineural, linfática ou vascular Subtipo (CBC) Grau de diferenciação (CEC) Adenoide, adenoescamoso, desmoplásico (CEC) Profundidade (CEC)
45
Em relação à localização, qual é a classificação de risco para o Ca de pele não MM?
- H (high risk): cabeça toda menos bochecha, testa e CC + mão, pé e genital - M: bochechas, testa, CC, pescoço e região pré-tibial - L: tronco e extremidades, exceto mão, pe e tornozelos
46
Qual deve ser a abordagem para o CBC de baixo risco?
- Curetagem e ECAF (exceto em áreas com pelos terminais) OU - Cirurgia convencional com margens de 4mm + fechamento por 2ª intenção + avaliação pós-op de margens OU - RT (se CI à cirurgia)
47
Qual deve ser a abordagem para o CBC de alto risco?
- CMM + avaliação de margens OU - Cirurgia convencional com margens amplas + fechamento por 2ª intenção + avaliação de margens pós-op OU - RT (se CI à cirurgia)
48
Qual o problema em se realizar retalho na primeira abordagem de um CBC?
Incerteza das margens livres e risco de recidiva!
49
Qual deve ser a abordagem para o CEC de baixo risco?
- Curetagem e ECAF (exceto em áreas com pelos terminais) OU - Cirurgia convencional com margens de 6mm + fechamento por 2ª intenção + avaliação pós-op de margens OU - RT (se CI à cirurgia)
50
Qual deve ser a abordagem no CEC de alto risco?
- CMM + avaliação de margens OU - Cirurgia convencional com margens amplas + fechamento por 2ª intenção + avaliação de margens pós-op - RT +/- terapia sistêmica (se CI à cirurgia)
51
Quais são as indicações de CMM no Ca de pele não MM?
CEC e CBC de alto risco / incompletamente excisados / recidivados
52
Quais as indicações de RT no Ca de pele não MM?
- Adjuvância (invasão perineural extensa, profunda ou de grandes nervos, tumor inoperável ou margem comprometida ou inalcançável) - CI à cirurgia ou pacientes > 60 anos
53
Quais as indicações de TFD no Ca de pele não MM?
CBC superficial ou nodular de até 2mm CEC in situ + QA
54
Quais as indicações de 5-FU e do Imiquimode no Ca de pele não MM?
CBC superficial CEC in situ + QA
55
Qual o mecanismo de ação do 5-FU?
Análogo da pirimidina > inibe a enzima timidilato sintetase e, assim, a síntese do DNA (principalmente nas células que estão em rápida divisão)
56
Qual o mecanismo de ação do Imiquimode?
Ativação de TLR7 em APCs, estimulando as vias de resposta imune inata e adaptativa (propriedade antitumoral e imunorreguladora)
57
Qual o mecanismo de ação do vismodegib e sonidegib?
Bloqueio da via Hedghog
58
Qual a indicação do vismodegib no Ca de pele não MM?
CBC localmente avançado ou metástatico
59
Que vírus está associado ao carcinoma de células de Merkel?
Merkel cell polyomavirus (75-90% dos casos)
60
Que alterações genéticas podem ser encontradas no carcinoma de células de Merkel?
Mutação do p53 Alterações dos cromossomos 1, 11 e 13 (transpirações, deleções, trissomia)
61
Qual o perfil do paciente com carcinoma de células de Merkel?
Idosos, fototipos baixos
62
Qual o comportamento biológico do carcinoma de células de Merkel?
Muito agressivo, de crescimento rápido e recidivante (1/3 dos pacientes tem metástase no momento do diagnóstico)
63
Como é a histologia do carcinoma de células de Merkel?
Massa dérmica mal definida de células anaplásicas pequenas, redondas, azuis, com necrose e alta taxa mitótica (“mar de bolinha azul”)
64
Qual o padrão de IF do carcinoma de células de Merkel?
CK20+ Cromogramina+ Enolase+ Sinaptofisina+ “Chanceler merKel 20 + CES”
65
Qual o perfil do paciente com dermatofibrossarcoma protuberans?
Homens adultos ou de meia-idade
66
Como é a apresentação clínica do dermatofibrossarcoma protuberans?
Placa endurecida normocrômica que evolui com a formação de nodulações violáceas a vermelho-acastanhadas na superfície Tronco, extremidades próximas, cabeça e pescoço
67
Qual o comportamento biológico do dermatofibrossarcoma protuberans?
Crescimento lento, baixo risco de metástase mas localmente agressivo
68
Quais os achados histológicos do dermatofibrossarcoma protuberans?
Células fusiformes pouco pleomórficas, zona Grenz, padrão estoriforme, lóbulos adiposos presos entre as células tumorais
69
Qual o padrão de IF do dermatofibrossarcoma protuberans?
CD34+ e fator XIIIa- (o contrário do dermatofibroma: CD34- e fator XIIIa+ “do bem, confia na novinha”)
70
Qual é o tratamento do dermatofibrossarcoma protuberans?
CMM