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Flashcards in Câncer Colorretal Deck (52)
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1
Q

Qual posição de maior morte por neoplasia no BR?

A

Terceira(perde para mama e próstata)

2
Q

Quais são as predisposições?

A

Alimentação, tabagismo, álcool, uso crônico de AINES, Polipose adenomatosa familiar, câncer de colo e reto hereditário não polipoide, hamartomas e doenças inflamatórias intestinais.

3
Q

No HNPCC quais são os tipos?

A

Síndrome de Lynch tipo 1 - não ocorre polipose, ocorrência de CCR em jovens(até 45 anos em média).
Tipo 2 - CCR e tumores ginecológicos(endométrio e ovário), podendo ainda desenvolver tumor de ureter, pelve renal, intestino delgado, estômago, pâncreas, vias biliares.

4
Q

Característica dos tumores de cólon ascendente?

A

Anemia, sangramento nas fezes, diárreia e massa palpável(distensão maior nessa região.

5
Q

Características dos tumores de cólon descendente/sigmoide?

A

mucorréia/sangue associado a quadros diarreicos alternados com constipação.

6
Q

Características do tumor de reto?

A

uropatia, fístulas, hematúria, sangramento nas fezes.

7
Q

Quando solicitar US endorretal?

A

Nos casos em que se tem tumor de reto extraperitoneais, acurácia superior a TC pélvica para avaliação da extensão.

8
Q

Quais os outros tipos de câncer?

A

GIST - tumor estromal gastrointestinal
Tumores carcinóides
Linfoma.
95% são causados pelo adenocarcinoma.

9
Q

Qual diferença da prevenção primária e secundária?

A

Prevenção primária - mudanças no estilo de vida para combater a epigenética.
Prevenção secundária - detecção precoce e remoção de pólipos suspeitos.

10
Q

Como a dieta influencia?

A

Alto teor de gordura e produção de metabólitos de colesterol e outros componentes tóxicos, os quais lesionam a mucosa colônica e aumentam a proliferação celular.

11
Q

Porquê o cálcio é um fator protetor?

A

Aumenta excreção fecal de ácidos biliares e diminui a proliferação celular colônica.

12
Q

Consumo contínuo de AAS e AINES inib COX-2 reduzem chance de desenvolvimento do CCR?

A

Sim

13
Q

Qual a influência genética do CCR?

A

Toda, mesmo a forma esporádica tem um fator genético importante, temos a PAF e HNPCC como síndromes hereditárias por exemplo.

14
Q

Qual a função do gene APC e como está alterado na doença ?

A

APC - Adenomatous polyposis coli, é um gene supressor de tumor que está alterado nessa doença.

15
Q

Qual gene relacionado ao HNPCC?

A

Os MMR(mismatch repair), porém podem causar alterações no aparecimento do CCR esporádico.

16
Q

Qual relação da história familiar?

A

CCR esporádico surge com mais probabilidade em pessoas com HF familial positiva para CCR(responsável por 75% dos casos de CCR).
Lembrar da PAF e HNPCC.

17
Q

Quais características da PAF?

A

Alta penetrância, doença autossômica dominante, centena a milhares de pólipos, altíssima chance de desenvolver CCR, screening em familiares assintomáticos parentes de portadores da síndrome.
Pode estar associada a outras síndromes(Gardner - osteomas de crânio/face, ca de tireóide, cistos epidermóides, fibromas e cistos sebáceos; Turcot - tumores do SNC).

18
Q

Como fazer o diagnóstico da PAF?

A

Colonoscopia em pacientes sintomáticos ou em parentes dos portadores da síndrome.
Avaliação genética do APC(não é amplamente utilizado).

19
Q

A HNPCC - Síndrome de Lynch têm qual influência na gênese do CCR?

A

é a maior causa de CCR relacionado a genética(responsável por 5-10% dos casos).

20
Q

Quais as diferenças entre os CCR’s esporádicos para aquele que surgir da HNPCC?

A

Geralmente o adenocarcinoma oriundo do HNPCC é proximal(cólon direito) e cursa com lesões metacrônicas/srincrônicas em maior probabilidade.
Aparecimento do CCR no caso de HNPCc é +/- 40 anos, sendo que o CCR esporádico - +/-60 anos.

21
Q

Qual diferença de metacrônico e sincrônico?

A

Síncrônico - novo tumor primário diagnósticado em intervalo menor que 6 meses.
Metacrônico - novo tumor primário diagnóstica em intervalo maior que seis meses.

22
Q

Quais os critérios clínicos para definição de HNPCC?

A

Amsterdam I e Amsterdam II.
Amsterdam I –> são eles, ao menos 3 membros da família com CCR, 1 dos membros deve ser parente de primeiro grau dos dois, ao menos duas gerações sucessivas acometidas, 1 dos membros deve ter menos de 50 anos no diagnóstico, deve ser excluído o diagnóstico de PAF, deve haver confirmação anatomopatológica de CCR.
Amsterdam II –> os mesmos critérios de 1, porém três membros da mesma família ser portadores dos tumores extra intestinais causados na Lynch tipo II.

23
Q

Quais outras síndromes podem aumentar a chance de CCR?

A

Peutz-Jeghers e polipose juvenil familiar –> ambos com pólipos hamartosos.

24
Q

O que fazer nos casos de Doença inflamatória intestinal?

A

Colonoscopia com biópsia anual, tanto a RCU e Crohn podem predispor o surgimento de CCR.

25
Q

Como é o rastreamento em população de baixo risco(pessoas com mais de 50 anos sem fatores de risco associado)?

A

PSO, encaminhamento a colonoscopia se PSO + ou colonoscopia de 5-10 anos.

26
Q

Como é o rastreamento em população de médio risco?(história pessoal ou em parente de primeiro grau de CCR ou pessoal de adenoma)

A

Colonoscopia a cada três anos.

27
Q

Como é feito o rastreamento em população de alto risco?(síndromes genéticas relacionadas ao CCR, doenças inflamatórias intestinais e enterite actínica colorretal)

A

Colonoscopia anual.

28
Q

Idoso com massa palpável em lado direito, anemia, melena e sintomas de fadiga, devo pensar em que?

A

CCR proximal devido a localização em cólon ascendente possuir tais sinais.

29
Q

Qual característica do tumor de reto?

A

diárreia alternada com constipação, hematoquezia, enterorragia, tenesmo.

30
Q

Para que o CEA é usado?

A

Não é usado no diagnóstico, mas sim no acompanhamento, ter em mente que sua elevação sugere recidiva.

31
Q

Quais as vias de metástase?

A

Linfática, transperitoneal, vascular.

32
Q

Quais sãos os maiores sítios de metástase?

A

Hepático e pulmonar(há como ter pulmonar sem metástase hepática devido a via da cava).

33
Q

O que devo fazer em tumores extraperiotenais?

A

Dosagem do CEA, TC de abdôme, pelve e tórax e colonoscopia completa.

34
Q

Qual exame mais sensível para detecção de metástases hepáticas ressecáveis durante o intraoperatório?

A

USG

35
Q

Qual o principal fator prognóstico do CCR?

A

Disseminação linfonodal(submucosa repleta de linfático).

36
Q

Quais os dois tipos de classificação do estadiamento do CCR?

A

Duke(A B C D) e TNM.

37
Q

Quais são os CCR’s curados apenas por ressecção endoscópica?

A

Aqueles restritos a mucosa(in situ e intramucoso - este se estende até a muscular da mucosa) –> somente se margens livres.

38
Q

Qual diferença do tratamento no pólipo pediculado e séssil?

A

Se no pólipo pediculado houver carcinoma invasivo e este não for indiferenciado, não há invasão de linfáticos/vasos e margem de ressecção livre –> posso fazer polipectomia endoscópica.
Se o pólipo for séssil –> ressecção submucosa em bloco, se houver dificuldade em avaliar histologicamente ou os resultados forem de mal prognóstico –> conduta cirúrgica.

39
Q

Como é a conduta cirúrgica?

A

Princípio oncológico, margens de ressecção de ao menos 5 cm e ligaduras vasculares junto aos seus troncos de origem, além de linfedenectomia adequada e mínima manipulação tumoral.

40
Q

Qual conduta cirúrgica do tumor de cólon direito?

A

Colectomia direita com ligadura da cólica direita e cólica média.

41
Q

Qual conduta cirúrgica do tumor de cólon transverso?

A

Pode ser colectomia direita ou esquerda ampliada, colectomia transversa e até mesmo a colectomia total.

42
Q

Em qual paciente está indicada Ileostomia?

A

Más condições clínicas, perfurações ou peritonite.

43
Q

Pacientes com doenças genéticas/inflamatórias, qual a conduta cirúrgica?

A

Colectomia total devido a maior chance de aparecimento de tumores sincrônicos e metacrônicos.

44
Q

Qual conduta para tumores de reto/sigmoide?

A

Retosigmoidectomia, lembrando que a excisão total do mesoreto deve ser feita sempre nos tumores de reto devido a alta chance de crescimento radial.

45
Q

O que é a operação de Hartmann e qual sua indicação?

A

Retosigmoidectomia e sepultamento do coto retal e colostomia terminal do sigmóide –> faz-se uma ileostomia temporária, depois faz-se uma anastomose colorretal. Indicação em urgência –> retosigmoidectomia é realizada em tumores de sigmóide/reto alto.

46
Q

Como são tratados os tumores de reto baixo?

A

Ressecções anteriores baixas com anastomose coloanal ou amputação abdominoperineal do reto.

47
Q

Como é feita a microcirurgia endoscópica transanal ou a excisão local da parede total do reto e qual sua indicação?

A

Naqueles tumores de reto baixo, T1, baixo risco, < 3cm, restrito a camada superficial da submucosa.

48
Q

Qual complicação mais comum da colostomia?

A

Hérnia paracolostômica.

49
Q

Quais são os fatores de bom prognóstico para ressecções de metástase hepaticas?

A

CEA baixo, presença de até três nódulos < 3 cm, localização unilobular.

50
Q

Quais fatores são de mal prognóstico no CCR?

A

Tumores de alto grau, mucinosos, células em anel de sinete, CEA alto ao diagnóstico, paciente jovem, comprometimento linfonodal, perfuração/obstrução, penetração na parede do órgão.

51
Q

Quando farei quimio adjuvante?

A

quando houver acometimento linfonodal ou nos tumores com alto grau de indiferenciação/invasão vascular/neural, lembrar do início em 4-6 semanas depois da cirurgia.

52
Q

Quando farei radio/quimio neoadjuvante nos tumores de reto?

A

Nos casos em que o acometimento for do reto médio/baixo, para reduzir estadiamento e aumentar margem distal sem comprometer o esfincter anal.