Cervicites, Uretrites e DIP Flashcards
(28 cards)
Agentes etiológicos responsáveis pela cervicite e uretrite
- Neisseria gonorrhoeae (diplococo gram - intracelular)
* Chlamydia trachomatis
Fatores de risco para cervicite e uretrite
Coitarcar precoce
IST/DIP prévias
Parceiro com IST
Achados clínicos da cervicite
Corrimento cervical, colo hiperemiado, friável, sinusiorragia e dipareunia
Achados clínicos da uretrite
Corrimento uretral purulento
Tratamento da cervicite e uretrite
• Cipro* VO ou Ceftriaxone 500mg IM (gonococo) + Azitromicina 1g VO DU ou doxiciclina** 100mg VO 2x/dia por 7 dias (clamídia)
- não usar cipro em RJ, MG e SP: ceftriaxone 500mg
- *efeitos no TGI
Complicações da cervicite
Doença inflamatória pélvica
Definição de DIP
Condição que descreve a inflamação do trato genital superior e suas estruturas adjacentes.
Apresentações da DIP
Pode apresentar-se como endometrite, salpingite, peritonite, ooforite ou abscesso tubo-ovariano (ATO).
Causa da DIP
A DIP começa com cervicite e é seguida por mudança no microambiente cervicovaginal, o que leva à vaginose bacteriana e a ascensão de bactérias
para o trato genital superior.
A infecção é polimicrobiana.
Agentes primários
Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis
DIP em usuárias de DIU: Actinomyces israelli
Fatores de risco para DIP
- Sexarca precoce, IST prévia, DIP prévia, parceiro com IST;
- Instrumentação cirúrgica recente do colo uterino;
- Primeiras 3 semanas após a colocação do DIU.
Apresentações clínicas da DIP
- DIP assintomática (60%): podem apresentar sintomas vagos como dispareunia, sangramento irregular, disúria ou sintomas GI
- DIP sintomática: pct sexualmente ativas, dor pélvica recente associada ou não à dispareunia, ao corrimento vaginal e ao sangramento pós-coital ou intermenstrual.
Critérios diagnósticos da DIP
3 critérios maiores (“as 3 dores”) + 1 critério menor (sinal de infecção clínico ou laboratorial) ou 1 critério elaborado (“vejo a doença”)
- Critérios maiores ou mínimos da DIP ➝ DOR: hipogástrica + anexial + mobilização colo.
- Critérios menores ou adicionais: febre, leucocitose, VHS/PCR aumentados, cervicite, comprovação de gonococo, clamídia ou micoplasma.
- Critérios elaborados ou definitivos: endometrite (HTP), abcesso tubo-ovariano ou no fundo de saco (exames de imagem - USGTV/RM) ou DIP na laparoscopia
Critérios diagnósticos CDC 2015
- Pacientes sexualmente ativas ou em risco de IST;
- Dor pélvica ou dor abdominal baixa;
- Sem outras causas + dor à mobilização do colo e/ou dor à palpação do útero e/ou dor à mobilização os anexos
Classificação de Monif
- Estágio 1: sem peritonite (AMB)
- Estágio 2: com peritonite (HOSP)
- Estágio 3: oclusão trompa, abcesso TO (hosp)
- Estágio 4: Abcesso > 10 cm ou roto (hosp)
Quando é feito o tratamento ambulatorial da DIP? E o hospitalar?
- Ambulatorial: Monif 1, DIP não complicada
* Hospitalar: Monif > 1; gestantes; imunocomprometidas; sem melhora após 72h
Tratamento ambulatorial da DIP
CEFTRIAXONE 500mg IM DU + DOXICICLINA 100 mg 12/12h VO por 14 dias + METRONIDAZOL 400-500 mg 12/12h VO 14 dias
Tratamento hospitalar da DIP
Ceftriaxone 1g IV + Doxiciclina 100mg 12/12h VO por 14 dias + metronidazol 400 mg IV 12/12h
2ª opção: Clindamicina 900mg IV 8/8h + gentamicina IV, 2mg/kg de peso (ataque), 1,5mg/kg de 8/8h (manutenção)
Tratamento cirúrgico na DIP
- Falha do tratamento clínico
- Massa pélvica que persiste ou aumenta apesar do tratamento
- Suspeita de rotura de ATO
- Abscesso de fundo de saco de Douglas > 7 cm
- Hemoperitônio
Conduta na endometrite e na salpingite sem peritonite
Tratamento ambulatorial
Conduta no ATO íntegro
Internação e ATBterapia parenteral
Conduta no ATO roto e no abscesso de fundo de saco de Douglas
ATBterapia parenteral + internação + cirurgia
Complicações precoces da da DIP
- Abcesso tubo-ovariano
- Fase aguda da síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (exsudato purulento na cápsula de Glisson)
- Morte
Complicações tardias da DIP
- Dispareunia
- Dor pélvica crônica
- Infertilidade
- Prenhez ectópica
- Fase crônica da síndrome de Fitz-Huhj-Curtis (aderências tipo “corda de violino”)