Cirurgia Flashcards

(88 cards)

1
Q

PÓS-OP

Infecção de sítio

A
  • Suspeita:
    -> sinais flogísticos e drenagem de secreção purulenta
  • Manejo:
    -> Abrir os pontos, lavar com SF e desbridar, fechar ou deixar para cicatrização em segunda intenção
    -> Antibioticoterapia = apenas se sinais sistêmicos de infecção (febre, taquicardia)
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2
Q

PÓS-OP

Deiscência de FO (aponeurose)

A
  • Suspeita:
    -> drenagem de secreção em água de carne / cor de salmão / serossanguinolenta
    -> pode ser eventração (pele íntegra) ou evisceração (contato da alça com meio externo)
    => principal causa = infecção de sítio citúrgico
  • Tratamento:
    -> eventração: exploração digital
    => se deiscência pequena = tratamento expectante;
    => se deiscência grande = ressuturar em CC
    -> evisceração: ressuturar em CC (inicialmente cobrir as alças com compressa úmida estéril)
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3
Q

FEBRE

Causas de febre pós-op

A
  • Primeiras 72h:
    -> atelectasia (fisioterapia respiratória)
    -> SIRS (taquicardia, hipotensão)
  • Após 72h:
    -> pneumonia
    -> ITU
    -> infecção de sítio cirúrgico
    -> TVP
    -> fístulas / deiscência de anastomoses
  • Após 7o dia:
    -> infecção intra-abdominal
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4
Q

PÓS-OP

Deiscência de anastomose e fístula

A
  • Suspeita:
    -> dor abdominal e peritonite, febre, taquicardia, hipotensão (sepse de foco abdominal)
  • Confirmação:
    -> TC abdome com contraste EV +/- contraste oral e/ou retal
  • Tratamento:
    -> ATBterapia (sempre!) + jejum VO e NPP + estabilização clínica
    -> avaliar necessidade de reoperar = se precisar, fazer ostomia e reconstruir futuramente
    => a maioria das fístulas fecha sozinha, mas algumas têm mau prognóstico:
    -> TREINO = trajeto curto (< 2 cm) / radioterapia / corpo estranho / infecção / neoplasia / obstrução distal (aumenta a pressão)
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5
Q

PÓS-OP

Síndrome compartimental abdominal

A
  • Fisiopatologia:
    -> aumento da pressão intra-abdominal
    -> contexto de trauma abdominal, hiper-hidratação
  • Diagnóstico:
    -> Aumento da pressão intra-abdominal (> 12) = aferida pela pressão intravesical
    -> Aumento da pressão das vias aéreas
    -> Oligúria e hipotensão
  • Tratamento:
    -> Evitar hiper-hidratação e buscar BH negativo
    -> SNG para descompressão
    -> Sedoanalgesia para complacência abdominal
    -> Se refratário OU PIA > 25 = peritoniostomia
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6
Q

AAO

Imagem e causas

A
  • Delgado:
    -> empilhamento de moedas (pregas coniventes), dilatação de alças centrais
    -> causas: bridas > carcinomatose peritoneal > hérnias > Crohn etc
  • Grosso:
    -> haustrações, dilatação de alças periféricas, grão de café (volvo de sigmoide), imagem em vírgula (volvo de ceco)
    -> causas: CA colorretal > volvo de sigmoide/ceco
  • Oclusão vs suboclusão:
    -> ar na ampola = suboclusão
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7
Q

AAO

Tratamento

A
  • Delgado:
    -> brida: tentativa inicial de tratamento conservador por 48h = jejum, SNG, correção de DHE
    => se falha em 48h ou piora clínica: cirurgia para lise de aderências
  • Grosso:
    -> neoplasia: cirurgia (ressecção ou apenas ostomia)
    -> volvo de sigmoide: colonoscopia descompressiva seguida de cirurgia eletiva (sempre faz sigmoidectomia, pelo alto risco de recorrência)
    -> volvo de ceco: cirurgia (hemicolectomia direita)

=> Independente da causa, se houver sinais de perfuração, instabilidade hemodinâmica ou peritonite -> tratamento cirúrgico

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8
Q

PRÉ-OP

Manejo de anticoagulantes

A

Varfarina:
- Suspender 5 dias antes
- Se risco alto/moderado de TEV: fazer ponte com enoxaparina e suspender 24h antes
- Controle de RNI no dia anterior: se RNI > 1,5, fazer vitamina K 2 mg
- Retornar anticoagulação 12-24h após cirurgia
=> se cirurgia de urgência = suspender + vitamina K + complexo protrombínico ou PFC

DOACs:
- função renal normal: suspender 24h antes
- função renal alterada: suspender 48h antes

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9
Q

PRÉ-OP

Manejo de antiagregantes e corticoide

A
  • AAS:
    -> manter (exceto neurocirurgia ou RTUp)
  • Clopidogrel:
    -> suspender 5 dias antes
  • Corticoide:
    -> Manter dose usual e ACRESCENTAR:
    => hidrocortisona 50 mg antes da incisão
    => hidrocortisona 25 mg 8/8h nas primeiras 24h de pós-op
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10
Q

PRÉ-OP

Classificação ASA

A
  • ASA 1: sem comorbidades, não fumante, etilista social
  • ASA 2: doença leve = tabagista, gestante, IMC 30-40, HAS, DM2
  • ASA 3: doença grave sem limitação = IMC > 40, DRC dialítica [DRC = 3 letras]
  • ASA 4: doença grave com ameaça constante à vida = IC descompensada, sepse [4me4ç4]
  • ASA 5: moribundo, sem expectativa de sobreviver sem a cirurgia = AVEh grave, AAA roto
  • ASA 6: morte encefálica [en6fálica]
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11
Q

HPB

Tratamento clínico, indicações de cirurgia e procedimentos de escolha

A
  • Clínico:
    -> doxazosina ou tansulosina (alfa-bloqueador)
    -> se próstata > 30-40 g OU PSA > 1,5 = associar finasterida (inibidor da 5-alfa-redutase)
  • Cirurgia:
    -> falha do tratamento clínico
    -> retenção urinária
    -> ITU de repetição
    -> hidronefrose com disfunção renal
    -> hematúria persistente
    -> cálculo vesical
  • Procedimentos:
    -> RTUp
    -> Se próstata > 80 g OU cálculo vesical = prostatectomia subtotal
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12
Q

COLEDOCOLITÍASE

Diagnóstico e tratamento

A
  • Diagnóstico:
    -> USG abdome
    -> se USG duvidoso ou apenas sinais indiretos = colangioRM
  • Tratamento:
    -> CPRE
    -> se diagnóstico por colangiografia intraoperatória = exploração cirúrgica da via biliar
    -> se colédoco dilatado (> 15-20 mm) e múltiplos cálculos = derivação biliodigestiva (coledocojejunostomia)
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13
Q

COLANGITE

Clínica, diagnóstico e tratamento

A
  • Clínica:
    -> tríade de Charcot: dor abdominal + febre + icterícia
    -> pêntade de Reynolds: dor abdominal + febre + icterícia + instabilidade hemodinâmica + confusão mental
  • Diagnóstico:
    -> USG com dilatação do colédoco
    -> se USG duvidoso: colangioRM
  • Tratamento:
    -> ATBterapia EV (unasyn pelo efeito da ampicilina contra Enterococus)
    -> Drenagem de via biliar: CPRE (preferencial) => se falha, drenagem transparieto-hepática ou por ecoendoscopia
    -> se colédoco dilatado (> 2 cm) ou múltiplos cálculos = derivação biliodigestiva
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14
Q

DAOP

Diagnóstico e tratamento (incluindo cirurgia)

A
  • Diagnóstico:
    -> ITB < 0,9
    => angioTC APENAS para planejamento cirúrgico
  • Tratamento clínico:
    -> AAS + estatina + controle dos fatores de risco
    -> cilostazol e exercícios supervisionados
  • Cirurgia = sinais de isquemia critica:
    -> dor ao repouso
    -> gangrena
    -> lesão trófica > 2 sem
    => angioplastia, bypass/derivação arterial ou amputação
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15
Q

OAA

Causas, classificação e manejo

A
  • Causas:

-> êmbolo (FA) ou aterosclerose

  • Classificação e manejo:

-> sempre: proteção térmica e anticoagulação plena

-> membro viável (1) ou risco potencial (2a): trombólise química e confirmação com exame contrastado (angioTC) - pode ter comprometimento sensitivo leve em dedos (não mais que isso)

-> risco imediato (2b) = alteração de sensibilidade e/ou motricidade: cirurgia imediata com arteriografia intraoperatória (revascularização se trombose OU embolectomia com cateter de Fogarty se embólico)

-> membro inviável (3) = cianose fixa, anestesia profunda, rigidez muscular: amputação

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16
Q

HEMATOMAS CRANIANOS

Peculiaridades do epidural, subdural, subaracnóideo e intraparenquimatoso

A

Epidural:
- sangramento arterial (meníngea média)
- formato de limão
- intervalo lúcido

Subdural:
- sangramento venoso pelas veias pontinas
-> maior risco em idosos e etilistas (atrofia cerebral, maior tensão nas veias)
- formato de banana
- sem intervalo lúcido

Subaracnóideo:
- cefaleia súbita e sinais meníngeos

Intraparenquimatoso:
- cefaleia súbita e déficit focal

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17
Q

HEMORRAGIA

Graus de choque hemorrágico no ATLS

A

1:
- FC < 100
- PA normal
- Perda de 15%

2:
- FC 100-120
- PA normal
- Perda de 15-30%
=> apenas cristaloides

3:
- FC 120-140
- PA diminuída
- Perda de 30-40%
=> reposição de cristaloides + hemoderivados

4:
- FC > 140
- PA diminuída
- Perda > 40%
=> cristaloides + hemoderivados em protocolo de transfusão maciça

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18
Q

HEMORRAGIA

Transamin e transfusão maciça

A
  • Transamin:
    -> Indicado se FC > 110 e/ou PAS < 90
    -> Até 3h após o trauma (TRês = TRansamin)
    -> 1 g EV bolus + 1 g em 8h
  • Transfusão maciça:
    -> Choque grau 4
    -> Choque grau 2 e 3 refratários à expansão inicial
    -> Escore ABC >= 2 (FC > 120 // PA < 90 // FAST positivo // trauma penetrante)
  • Protocolo:
    -> 1 CH para 1 PLT para 1 PFC
    -> Gluconato de cálcio (1 amp para cada 2 CH) -> citrato da bolsa causa hipocalcemia
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19
Q

RETROPNEUMO

Retropneumoperitônio

A
  • Ar no retroperitônio secundário à perfuração de víscera oca retroperitonial (p.ex. segunda porção duodenal após CPRE)

-> Dor abdominal SEM peritonite

-> RX abdome = ar ao redor dos rins

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20
Q

PNEUMOTÓRAX

Pneumotórax oculto

A
  • Visto apenas na TC, não identificado no RX simples
  • Se estável, pode ser conduta conservadora com controle clínico-radiológico
    -> ATLS sugere drenagem tubular
    -> SEMPRE drenar se transporte aéreo ou ventilação mecânica
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21
Q

INSTRUMENTAÇÃO

Posicionamentos

A
  • Cirurgião: lado direito do paciente (ou esquerdo, se cirurgia lateralizada)
  • Segundo auxiliar: ao lado do cirurgião
  • Primeiro auxiliar: à frente do cirurgião, do outro lado do paciente
  • Instrumentador: ao lado do primeiro auxiliar
  • Mesa: ao lado do instrumentador, perpendicular ao paciente
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22
Q

QUEIMADURA

Parkland e reposição volêmica

A

Parkland ATLS última edição:
- Queimaduras em geral, exceto elétrica
- 2 X peso X SCQ = resultado em mL
-> se idade < 14 anos = 3 x SCQ x peso

Parkland original:
- Apenas queimaduras elétricas
- 4 X peso X SCQ

=> Ringer lactato aquecido!

-> peso em kg e SCQ em %
-> contar apenas 2o e 3o graus (não primeiro)
-> 50% nas primeiras 8h + 50% nas próximas 16h (descontar o tempo do transporte e o volume feito no pré-hospitalar)

Alvo:
- diurese > 0,5 mL/kg/h (geral) e > 1 mL/kg/h (elétrica e crianças > 1a) e > 2 mL/kg/h (crianças < 1a)

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23
Q

FAST

Janelas

A
  • Pericárdica
  • Hepatorrenal (Morrison)
  • Esplenorrenal
  • Pelve (fundo de saco de Douglas)
  • E-FAST: estende para pulmão (pneumotórax e hemotórax)
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24
Q

PARENQUIMATOSAS

Trauma esplênico e hepático

A

BAÇO:

  • Paciente instável: esplenectomia
  • Paciente estável com trauma IV ou V: esplenectomia
  • Paciente estável com trauma I, II e III: tratamento não operatório
    -> tratamento endovascular (angioembolização) se sangramento ativo em TC (blush arterial)

[b4ço = cirurgia a partir do grau 4]

FÍGADO:

  • Paciente instável: cirurgia
  • Paciente estável com trauma grau VI: cirurgia
  • Paciente estável com trauma grau I, II, III, IV e V: tratamento não operatório com controle de Hb/Ht
    -> se grau III, IV ou V + sangramento ativo na TC (blush arterial): angiografia e angioembolização

[Fígado = Foda de operar, apenas no último grau]

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25
**URETRA** Trauma uretral
Suspeita: - Sangue no meato uretral - Oligúria -> se **fratura de pelve** = uretra **membranosa** -> se **trauma direto** da bacia OU **queda à cavaleira** = uretra **bulbar** Diagnóstico: - **Uretrografia retrógrada** Tratamento: - **Cistostomia** para posterior reconstrução - Contraindicar sondagem vesical
26
**AORTA** Ruptura traumática de aorta
Suspeita: - Trauma de alta energia com **desaceleração** -> próximo ao ligamento arterioso, na emergência da subclávia esquerda Radiografia: - Alargamento do **mediastino** - **Hemotórax** E - **Pleural cap** E (hemorragia extrapleural superior) - Desvio da traqueia à D - Abaixamento do brônquio esquerdo => confirmação com angioTC
27
**QUEIMADURA** Graus e tratamento
Grau 1: - hiperemia e dor (queimadura solar) => **hidratação** Grau 2 superficial: - **bolhas**, dor extrema, hiperemia que **empalidece** à digitopressão => **curativo** com antimicrobiano e/ou hidrocoloide Grau 2 profundo: - **bolhas**, dor leve/moderada, pouca hiperemia que **não empalidece** à digitopressão => **enxerto ou retalho** Grau 3: - aspecto de couro, esbranquiçada, **indolor** => **enxerto ou retalho** Grau 4: - exposição de **músculos, ossos e tendões** => **retalho** Outras condutas: => vacina antitetânica, NÃO fazer ATB de rotina
28
**PLÁSTICA** Enxerto e retalho
Enxerto: - sem fonte vascular definida - **total ou parcial** (epiderme e parte da derme) - mais disponível Retalho: - **pedículo vascular** próprio (axial = pedículo específico / randômico = pedículo não específico) -> garante maior nutrição e estabilidade, portanto é escolha em exposição de estruturas nobres (**vasos, nervos, ossos e tendões**) - pode ser **local** (gira uma área adjacente) ou à distância (anastomose microvascular por **microcirurgia**) -> região distal (mãos e pés) não tem área doadora de retalho local
29
**CONTUSÃO** Manejo da contusão pulmonar e tórax instável
- **Oxigenoterapia** + VNI - **Analgesia** potente (inclusive com bloqueio intercostal, se necessário) - **Fisioterapia** respiratória - **Evitar** hiper-hidratação (piora o edema)
30
**ABDOME** Indicações de laparotomia em trauma fechado e penetrante
Fechado: - **Peritonite** - **Instabilidade** com **FAST +** - Pneumo/retro**pneumoperitôneo** - Lesão de **TGI** (*líquido livre não explicado* por lesão de baço/fígado OU *sangue em toque retal*) - Lesão de víscera parenquimatosa sem possibilidade de tratamento não operatório Penetrante: - FP **arma de fogo** - **Peritonite** - **Evisceração** - **Instabilidade**
31
**PENETRANTE** Manejo do ferimento penetrante no abdome
FPAF: - sempre indicar **laparotomia** FAB: - Se **parede anterior** = **exploração digital**: -> se aponeurose íntegra: alta -> se aponeurose duvidosa ou violada: observação por 24h com controle de Hb e leuco 8/8h - Se **flanco ou dorso** = **TC** com triplo contraste [isso tudo considerando que não há indicação absoluta de laparotomia - peritonite, evisceração, instabilidade] - FAB com faca ainda penetrada => laparotomia exploradora com remoção do objeto no intraoperatório (NUNCA tirar antes!)
32
**NEFROLITÍASE** Intervenções endoscópicas ou cirúrgicas
- Indicações: -> **dor refratária** -> cálculo **> 1 cm** -> infecção ou **disfunção renal** (apenas hidronefrose não!) -> falha do tratamento conservador - LEOC: -> polo inferior do rim ou ureter **proximal** -> tamanho ***< 1 cm*** E densidade ***< 900-1000 UH*** -> ausência de contraindicações (obesidade, gestante, ITU, AAA) - Nefrolitotripsia percutânea: -> polo inferior do rim ou ureter **proximal** -> tamanho ***> 2 cm*** - Ureterorrenoscopia flexível: -> ureter **distal, médio ou proximal** -> tamanho **< 2 cm**, independente da densidade (pode ser > 1000 UH)
33
**DIVERTICULITE** Hinchey e tratamento
- Hinchey 1a: -> **sem** abscesso -> apenas ATB - Hinchey 1b: -> **abscesso localizado** -> ATB +/- drenagem guiada por imagem (se abscesso >= 4 cm) - Hinchey 2: -> abscesso à **distância** bloqueado (pelve ou retroperitôneo) -> ATB +/- drenagem guiada por imagem (se abscesso >= 4 cm) - Hinchey 3: -> **peritonite purulenta** -> Hartmann - Hinchey 4: -> **peritonite fecal** -> Hartmann - após todo episódio: **colonoscopia após 6-8 sem** para descartar neoplasia! - indicação de cirurgia eletiva: 1 episódio de diverticulite **complicada** OU paciente **imunossuprimido** -> imunocompetente com diverticulite não complicada NÃO é candidato ao tratamento cirúrgico
34
**QUEIMADURA** Indicações de IOT precoce
- **Disfonia, estridor**, esforço respiratório - **Queimadura facial** extensa, **edema** de face - **Sialorreia**, pelos no nariz chamuscados, escarro carbonáceo - SCQ **> 40**-50%
35
**CA COLORRETAL** Rastreamento
- Geral: -> **50** anos -> colonoscopia a cada **10** anos E sangue oculto anual - 1 parente > 60a: -> **40** anos -> colonoscopia a cada **10** anos - 1 parente < 60a OU 2 parentes: -> 40 anos ou **10 anos antes** -> colonoscopia a cada **5** anos - DII: -> **10** anos após diagnóstico -> colonoscopia a cada **1-2** anos
36
**PÓLIPOS** Seguimento
- Geral: repetir em **3** anos -> se normal, colonoscopia a cada **5** anos -> se **10+ pólipos** = repetir em 1 ano -> se **até 2** pólipos de baixo risco = repetir em 5-10 anos - Alto risco: > 1 cm, displasia de alto grau, viloso e serrilhado
37
**BOSNIAK** Manejo dos cistos renais
- Bosniak 1 e 2: -> paredes e septações **finas e raras** -> NÃO precisa acompanhar - Bosniak 2F (de follow): -> paredes e septações **múltiplas e espessas** -> seguimento com **imagem** - Bosniak 3 e 4: -> captação de **contraste** e/ou conteúdo **sólido** -> **cirurgia**
38
**ACALASIA** Classificação e manejo
- Grau 1: -> até **4** cm -> nitrato ou BCC - Grau 2: -> **4-7** cm -> dilatação **endoscópica** - Grau 3: -> **7-10** cm -> cardiomiotomia a **Heller** com fundoplicatura - Grau 4: -> **> 10** cm -> **esofagectomia** total
39
**TRAUMA** Posições no atendimento
- Líder: perna / NÃO examina ou conversa com o paciente, apenas coordena o atendimento - A/D: cabeça - B: direita - C: esquerda (lado do coração) - Se precisar IOT: o A se torna líder temporariamente durante a intubação
40
**SUTURA** Peculiaridades da sutura
- Tempo para poder suturar: -> geral = até **18h** -> face e couro cabeludo = até **24h** - Preferência pelo ponto **simples** (não fechar hermeticamente) - NÃO pode suturar: -> cavidade de **abscesso** -> **mordedura** (exceto se ferimento grande com prejuízo estético) -> contaminação grosseira - SEMPRE suturar se houver exposição de cartilagem!
41
**ABDOME** Órgãos lesados em cada tipo de trauma
- Contuso: **baço** - Contuso com sinal do cinto de segurança: **víscera oca** - Contuso com guidão: **duodeno e pâncreas** - FAB: **fígado** - FPAF: **delgado**
42
**SEDATIVOS** Efeitos adversos e contraindicações
- **Cardioestáveis**: quetamina e etomidato ("quoração estável") - **Broncodilatadores**: propofol e quetamina ("pulmão quentinho") - **Hipotensores**: propofol, midazolam e tiopental ("PM dá tiro") - raramente fentanil - **Depressão respiratória**: opioides e midazolam - **Hipertensão**: quetamina -> contraindicada em coronariopatas - **Insuficiência adrenal**: etomidato -> evitado na sepse
43
**RAQUI/PERI** Anatomia, complicações e contraindicações
=> ANATOMIA - lig. **supraespinhoso** > lig. **interespinhoso** > lig. **amarelo** (perda de resistência) > epidural > dura-máter > subdural > aracnoide > subaracnoideo => COMPLICAÇÕES - **cefaleia pós-raqui** por hipotensão liquórica (analgésicos, AINEs e hiperidratação / se refratário após 72h, blood patch) - **hipotensão** por bloqueio alfa adrenérgico (volume e metaraminol) - **retenção urinária** => CONTRAINDICAÇÕES - **instabilidade** hemodinâmica - **HIC** - **coagulopatia**
44
**APENDICITE** Classificação e tratamento
=> Classificação - G1: **hiperemia** - G2: inflamação dos tecidos **adjacentes** -> **cefazolina + cirurgia** - G3: coleção **localizada** -> **cipro e metro + cirurgia + dreno** pós-op (não pode lavar cavidade, pelo risco de espalhar a contaminação) - G4: peritonite **generalizada** -> **cipro e metro + cirurgia + lavagem** da cavidade => Tratamento - **Não complicada**: apendicectomia com antibioticoprofilaxia - Complicada com **peritonite difusa ou instabilidade**: apendicectomia + antibioticoterapia - **Complicada mas estável**: antibioticoterapia +/- drenagem (se abscesso > 4 cm) + apendicectomia de **intervalo** após -> em adultos, é preciso fazer colonoscopia 6-8 sem após o episódio e antes da apendicectomia para descartar neoplasia
45
**APENDICITE** Exames complementares
- solicitar imagem em: **crianças, mulheres, gestantes e idosos** -> homem adolescente/adulto com quadro típico **não** precisa! - padrão-ouro: **TC** abdome -> **USG** em crianças e gestantes - achados do RX: -> **fecalito** em FID -> **alça sentinela** -> apagamento do **psoas**
46
**PANCREATITE** Exames complementares e escore de gravidade
=> EXAMES - **USG** é obrigatório para avaliar etiologia (não diagnóstico) - **TC abdome**: apenas na suspeita de **complicações** OU dúvida diagnóstica -> suspeita de complicações: persistência de dor e/ou lipase/amilase, piora clínica ou laboratorial -> na suspeita de complicações, fazer **após 72h** do quadro (antes disso, não é possível visualizar) => ESCORE DE GRAVIDADE - **RAMSON**: -> admissão = AST, glicose, idade, LDH, leuco -> após 48h = falta líquido, excesso de base, cálcio, hematócrito, O2, ureia - **APACHE 2**: -> em qualquer momento (admissão ou durante internação)
47
**PANCREATITE** Tratamento
- **hidratação** EV com cristaloide (mais intensa nas primeiras 24h, reduzir depois pelo risco de congestão) - **analgesia** potente (analgésicos simples, opioides) - **jejum** -> iniciar a dieta o mais precoce possível, com base na **melhora clínica** (dor, náusea, fome) -> esperar 3-5 dias pela tentativa de alimentação oral; se falhar, passar SNE -> se SNE falhar, fazer NPT - ATB EV **apenas** em suspeita de infecção -> **imipenem** (cobertura de gram-negativos e anaeróbios E boa penetração pancreática)
48
**PANCREATITE** Complicações
=> PSEUDOCISTO - **expectante** (70% regride espontaneamente) - se refratário ou crescimento progressivo: **drenagem endoscópica** (preferência) ou percutânea => NECROSE ESTÉRIL - **expectante** -> **NÃO** fazer antibioticoterapia => NECROSE INFECTADA - ATB EV (**imipenem**) +/- **drenagem percutânea** (se ATB não funcionar isoladamente, o que de fato acontece na maioria dos casos) - se refratário: **necrosectomia**
49
**TÓRAX** Área de Sauer-Murdock e Ziedler
- Sauer-Murdock: clavículas / rebordo costal / linhas hemiclaviculares - Ziedler: clavículas / rebordo costal inferior / linha paraesternal direita e axilar anterior esquerda -> é a SM deslocada para a esquerda! - Importância prática: traumas penetrantes nessa região apresentam elevado risco de lesão cardíaca, que deve ser ativamente investigada
50
**COMPARTIMENTAL** Clínica, tratamento e consequências
=> CLÍNICA - **trauma** compatível (fratura, esmagamento) - **dor desproporcional** - **parestesia** e paralisia - palidez, pulso reduzido => DIAGNÓSTICO - **clínico**! -> em pacientes **não responsivos** (IOT) em que não é possível avaliar todos os sintomas típicos, é importante realizar a **medida** da pressão intracompartimental => TRATAMENTO - **fasciotomia** - NÃO elevar o membro (piora perfusão) => CONSEQUÊNCIA - contratura isquêmica de **Wolkmann** (isquemia e fibrose dos músculos e tendões - consequência de SC não tratada)
51
**INSTRUMENTAÇÃO** Mesa cirúrgica
- QID: **diérese**/exérese (bisturi, tesouras) - QIE: **hemostasia** (kelly, hallsted, mixter) - QSE: **preensão, afastadores e especiais** (pinças, kocher, backhaus, cheron, babcock) - QSD: **síntese** (porta-agulha, agulhas, fios) [segue a ordem da cirurgia]
52
**DRGE** Manejo e diagnóstico definitivo
=> Manejo - sinal de alarme presente: **EDA** - sem sinal de alarme: **IBP por 8 sem** -> se refratário ou retorno de sintomas após suspensão: EDA => Diagnóstico - clínica + **esofagite B+** - esôfago de **Barret >= 3 cm** - **impedâncio-pHmetria**
53
**DISPEPSIA** Manejo e investigação
=> Manejo: - sinal de alarme presente: **EDA** - sem sinal de alarme: -> **IBP por 8 sem** + testar **H. pylori** -> suspender AINEs e tabagismo - se refratário: EDA => Investigação - **DUP** / gastrite - **colelitíase** - doença **celíaca** - **gastroparesia** (DM, hipotireoidismo)
54
**BARRET** Acompanhamento
- sem displasia: EDA a cada **3-5 anos** - displasia de baixo grau: tentar **IBP** por 8 sem -> se refratário: **ablação** por radiofrequência - displasia se alto grau: **ablação** pôr radiofrequência
55
**FÍGADO** Diagnóstico e acompanhamento de lesões benignas
=> Diagnóstico - **cisto simples**: anecoice e regular - **hemangioma** (+ comum): captação de contraste periférica e centrípeta - **adenoma**: apresentação variada - **hiperplasia nodular focal**: cicatriz central => Acompanhamento: - geral: imagem a cada **6 m - 2 a** + resseção se crescimento/sintomas expressivos - adenoma: **TC/RM a cada 6m** pelo risco de malignização + contraindicar **ACHO/esteroides** -> em **homem**: SEMPRE ressecar -> em mulher: ressecar se **>= 5 cm**
56
**COLORRETAL** Seguimento após tratamento de CCR
- **colonoscopia** em 1 ano => 3/3 anos - **CEA** 6/6 meses - **RX tórax** 6/6 meses - **USG abdome** 6/6 meses
57
**GIST** Peculiaridades do GIST
- células intersticiais de **Cajal** - diagnóstico por **aspecto na EDA** (abaulamento revestido por mucosa normal) **+/- IHQ** - no **estômago** (mais comum), tem comportamento **indolente**, mas fora do estômago é bem **agressivo** - se no estômago e < 2 cm, pode apenas **acompanhar**, sem necesidade de ressecção
58
**ÚLCERA** Manejo de úlcera gástrica diagnosticada por EDA
=> PRIMEIRA EDA - sempre **biopsiar** (não é lesão precursora de CA gástrico, mas o CA se apresenta como uma úlcera) - tratar com **IBP por 8 sem** => SEGUNDA EDA (de controle) - sempre **biopsiar** - tratar com **IBP por mais 4 sem** => **TERCEIRA** EDA (de controle) - se úlcera ainda **não cicatrizada** = **gastrectomia** (mesmo se biópsia NORMAL, pois alto risco de CA com AP falso negativo)
59
**NUTRIÇÃO** Indicações de SNE e gastrostomia/jejunostomia e procedimento realizado em neuropatas
=> Indicações - **SNE**: contraindicação à VO por **< 4 sem** - **gastrostomia**/jejunostomia: contraindicação à VO por **> 4 sem** => Procedimento para alimentação em neuropatas - **gastrostomia + fundoplicatura + piloroplastia** -> fundoplicatura evita o refluxo e piloroplastia evitam favorece o esvaziamento gástrico, já que o TGI do neuropata tem mobilidade reduzida
60
**FISSURA** Tríade da fissura anal crônica e tratamento
=> Tríade - **hipertonia** do esfíncter - **papila** hipertrófica - **plicoma** sentinela => Tratamento - Geral: tratar **constipação**, banhos de assento, lidocaína tópica - Se refratário às medidas comportamentais: pomada de nitroglicerina ou **BCC tópico** (nifedipino, diltiazen) - Se refratário ao tratamento tópico: **esfincterotomia lateral interna** (secção de 30% das fibras do esfíncter interno, sem alteração do esfíncter externo)
61
**NEFROLITÍASE** Manejo dietético e específico
- dieta: -> reduzir **Na e proteína** -> **NÃO** reduzir o cálcio (paradoxal) = ele quela o oxalato, de modo que sua redução aumenta a absorção intestinal de oxalato e sua excreção urinária - alcalinização urinária com **citrato de K** - **alopurinol** (se cálcio e ácido úrico) - **tiazídico** (se cálcio)
62
**PRÓSTATA** Investigação, tratamento de baixo risco e doença metastática
=> Investigação - PSA normal até 2,5 (depende da idade) -> se **> 4** = biópsia -> se **2,5-4** = **refinar** análise com fração livre e/ou taxa de aumento e/ou densidade - toque retal: biopsiar se endurecido OU nodulação => Baixo risco - **Gleason =< 6** + **PSA < 10** + estadio < **T2a** -> vigilância ativa => Metastática - bloqueio hormonal antiandrogênica com orquiectomia ou análogo de GnRH (**leuprorrelina**)
63
**HEMATÚRIA** Manejo de hematúria franca e investigação de CA bexiga
=> Manejo - sonda urinária de **3 vias** e **irrigação com SF** gelado por 24-48h => Investigação - **USG vesical + TC abdome**/uroTC (sempre feita, pelo risco de tumor sincrônico alto) -> se investigação negativa e alta suspeita: **cistoscopia**
64
**TESTÍCULO** Diagnóstico e tratamento do CA testicular
=> Diagnóstico - **USG** de testículo - **Alfafetoproteína e bHCG** (seminomatoso = SEM aumento / não seminomatoso) -> **NÃO** deve ser feita **biópsia** - a incisão transescrota aumento o risco de disseminação local e linfonodal da neoplasia => Manejo - **TC tórax e abdome** para estadiamento - **Orquiectomia inguinal** (nunca transescrotal)
65
**CARÓTIDA** Clínica, diagnóstico e tratamento de estenose carotídea
=> Clínica - **AIT ou AVE** isquêmico nos últimos 6 meses (cefaleia, síncope, vertigem são sintomas de vertebro-basilar) => Diagnóstico - USG doppler - angioTC => Tratamento - **AAS + estatina** - **endarterectomia** (angioplastia apenas em casos muito específicos), preferencialmente nos *primeiros 14 dias*, se: -> **assintomático > 80%** -> **sintomático > 70%** (> 50% se instável pelo USG) -> se obstrução **100% NÃO** faz intervenção, apenas tratamento clínico (risco de embolização e AVEi)
66
**PESCOÇO** Manejo de linfonodo cervical suspeito de malignidade e pecularidade de CA laringe
- investigar tumor primário em cavidade oral, faringe e laringe = **oroscopia e laringoscopia** - se investigação negativa = **PAAF** - se PAAF inconclusiva = biópsia **incisional** -> deixada por último pelo risco de disseminação da neoplasia => tumor oculto mais comum = amígdala ou base da língua => CEC laringe **glótico** tem melhor prognóstico por menor drenagem linfática (supra e infraglótica apresentam muita metástase linfonodal)
67
**COLORRETAL** Síndromes genéticas associadas
=> PAF - mutação do gene **APC** - diagnóstico: colonoscopia com **> 100 pólipos** adenomatosos - **retocolectomia** com bolsa ileoanal aos 20 anos (profilática) => Lynch - mutação dos genes **MLH1 e MSH2** - diagnóstico: 3 parentes + 2 gerações + 1 parente < 50a -> confirmação com **instabilidade de microssatélites** - maior risco de CA **colorretal, tireoide, estômago, endométrio e ovário** - seguimento com colonoscopia + USG tireoide + EDA + USGTV a cada 1-2 anos => Peutz-Jeghers: - máculas **hipercrômicas** em mucosa - pólipos **harmatomatosos** sobretudo em delgado -> NÃO aumenta risco de CCR, pois não **hiperplásicos**, não neoplásicos => Todas as síndromes são autossômicas **dominantes**, exceto a MUTYH
68
**ESÔFAGO** Manejo de tumor de esôfago obstrutivo e irresecável e estadiamento de CA TGI
=> Obstrução do esôfago: - **Prótese** metálica transtumoral (medida paliativa) => Estadiamento - geral: **TC tórax, abdome e pelve** - esôfago e estômago: **ecoEDA** se tumor pequeno (avaliar possibilidade de ressecção endoscópica) - esôfago: **TC cervical +/- broncoscopia** (se suspeita de invasão traqueal) - reto: **RNM pelve**
69
**EGFR** Epidemiologia e importância
Epidemiologia: - **20% dos adenoCA** apresentam EGFR positivo - Mutação mais comum em **mulheres asiáticas não tabagistas** Importância: - Terapia alvo com inibidores de tirosina quinase - **gefitinibe, erlotinibe, afatinibe** [Há outras mutações com terapia-alvo, porém não disponíveis no SUS]
70
**NÓDULO** Investigação de nódulo pulmonar
- Se **< 0,6** cm: -> Acompanhar com TC apenas se **fator de risco** (idade avançada, tabagismo, exposição ocupacional) - Se **0,6-0,8** cm: -> **Acompanhar** com TC sempre - Se **>= 0,8** cm: -> **Calcular o risco** com base em escores/calculadoras - Brock ou Fleischner ~ Baixo risco (até 5%): **acompanhar** com TC ~ Risco intermediário (6-64%): **PET-CT** +/- biópsia (captação normal = SUV < 1,2) ~ Alto risco (65% ou mais): cirurgia ou **biópsia**
71
**BARIÁTRICA** Indicações e fisiopatologia
=> Indicações - IMC **> 40** - IMC **> 35 + comorbidades** - IMC **> 30 + DM2** não controlado -> 16 anos com falha de tratamento clínico por 2 anos => Fisiopatologia: - redução da **grelina** (hiperoxígeno) - aumento de **GLP1, GIP, PYY e sais biliares** séricos -> maior saciedade, menor resistência insulínica => Tipos - bypass gástrico em **Y de Roux**: quase sempre, principalmente se DRGE - **sleeve**: apenas se *transplantado ou DII* (nunca se DRGE, pois piora!)
72
**DISFAGIA** Esofagite eosinofílica
Clínica: - **Disfagia** ao consumo de alimentos **específicos** = mais alergênicos (leite, ovo, amendoim, frutos do mar) - Outros sintomas de **atopias** Diagnóstico: - EDA com biópsia evidenciando **> 15 eosinófilos/campo** Tratamento: - Evitar os alimentos alergênicos - **IBPs** (reduzem a quimiotaxia de eosinófilos no esôfago) - **Corticoide tópico** / deglutido (budesonida, fluticasona)
73
**CBP** Colangite biliar primária
=> Clínica - **síndrome colestática** (colestase intra-hepática) - **prurido** e xantelasma - **mulher** 40-60 anos => Diagnóstico (2 dos 3) - **FALC** elevada - anticorpo **antimitocôndria** ou FAN - **biópsia** compatível -> possível fazer diagnóstico sem biópsia! => Tratamento - **ácido ursodexólico** - sintomático para o prurido: colestiramina
74
**DII** Diferenças entre DC e RCU
=> Crohn - **qualquer** parte do TGI - **transmural** - **fístulas** e estenoses - associação com: **eritema nodoso**, **episclerite** - EDA com **pedra em calçamento** - AP com **granuloma não caseoso** => Retocolite ulcerativa - apenas **reto e cólon** - apenas **mucosa e submucosa** - ausência de fístulas e estenoses - associação com: **pioderma gangrenoso**, **CBP** (aumenta risco de CCR!) e espondiloartrite - EDA com **pseudopólipos** - AP com **abscesso de cripta**
75
**PULMÃO** Diferenças entre CEC, adenoCA e pequenas células
=> CEC - epidemiologia **típica** (idoso fumante) - **central** - cavitação - manifestações: **Pancoast** e **hipercalcemia** => adenoCA - epidemiologia **Atípica** (jovem não fumante) - **periférico** (Adjacente) - derrame pleural (Água no pulmão) - manifestações: **osteoArtropatia hipertrófica** => pequenas células - **central** (oat CEll) - manifestações: **SVCS, SIADH**, síndrome de Cushing e síndrome miastênica de Eaton-Lambert
76
**TIREOIDECTOMIA** Complicações pós-operatórias e condutas
=> **Hipocalcemia** por paratireoidectomia: - Reposição de cálcio (normalmente temporário) => Lesão do n. **laríngeo recorrente/inferior** - unilateral = disfonia - bilateral = IRespA -> fono ou traqueostomia => Lesão do n. **laríngeo superior** - fadiga vocal e incapacidade de elevar o **tom** -> fono => **Hematoma** cervical (compressão das vias aéreas) - **abertura imediata** para descompressão (no leito) + hemostasia no **CC**
77
**ACLS** Passos iniciais
- **segurança** - **responsividade** - **pulso** central + **respiração** (simultaneamente) por 5-10 s - chamar **ajuda** - iniciar **RCP** -> situação em que se faz 1 ciclo de RCP antes de chamar ajuda = **criança** (exceto por morte súbita testemunhada)
78
**PRÉ-OP** Manejo de insulina e anti-hiperglicemiantes
- *Insulina*: dose normal na noite anterior + **metade** da dose na manhã da cirurgia - *Metformina*: não suspende antes, só deixa de tomar a **dose do dia** - *Sulfonilureia*: suspende **1 dia** antes - *iSGLT2*: suspende **3-4 dias** antes - *aGLP1*: suspende **3 meia-vidas** antes em procedimento com anestesia geral (risco de **broncoaspiração**, por reduzir esvaziamento gástrico)
79
**INTRACRANIANA** Manejo da HIC
- manter PAM > 80 mmHg objetivando **PPC >= 60** -> PPC = PAM - PIC (> 20) - **cabeceira** elevada a 30 graus - **sedação** adequada - se **monitorização invasiva** de PIC = abrir sistema e drenar um pouco de LCR - salina **hipertônica OU manitol** -> manitol contraindicado se HIPOTENSÃO -> manitol preferível se hipernatremia - **hiperventilação** transitória -> medida de *exceção* pelo risco de isquemia (contraindicada em AVEi) - medidas heroicas: coma induzido com barbitúricos, hipotermia
80
**NERVOS** Lesões nervosas em MMSS e MMII
=> MMSS - mão em **garra**: nervo **ulnar** (passa no maléolo medial) - mão em **benção**: nervo **mediano** - mão **caída**: nervo **radial** (passa na diáfise do úmero) => MMII - pé **caído**: nervo fibular **comum**
81
**IMPERFURADO** Manejo do RN com ânus imperfurado
- **aguardar 24h** até eliminação de mecônio para avaliar a **altura da fístula** -> baixa (perineal) = cirurgia de **Peña** -> alta (urinária) = **colostomia** e cirurgia após 4-8 sem - se não eliminar até 24h, realizar o **invertograma** (RX em posição genupeitoral para investigar a distância entre o **coto retal** e a pele) -> < 1 cm: cirurgia de **Peña** -> > 1 cm: **colostomia** e cirurgia após 4-8 sem
82
**TRAUMA** Transição toracoabdominal e correção de lesão colorretal
=> Transição toracoabdominal - do **mamilo** até o **rebordo** costal - investigação de lesão diafragmática com **laparoscopia** (pode não ser vista na TC) => Lesão colorretal - laceração **< 50%:** **rafia** primária - laceração **> 50%:** **ressecção** com anastomose -> NÃO fazer anastomose se contaminação grosseira, choque => fechar em colostomia
83
**NEUROENDÓCRINO** Síndrome carcinoide
=> Fisiopatologia - liberação de **serotonina** - pior prognóstico: jejuno e íleo (metástase hepática) => Clínica - **diarreia** e dor abdominal - **rubor** - **sibilância** e dispneia - **cardiopatia** carcinoide (insuficiência tricúspide)
84
**TROMBOPROFILAXIA** Tromboprofilaxia em pacientes cirúrgicos
- calcular o risco de TEV com **escore de Caprini** - calcular o risco de sangramento com **escore HAS-BLED** -> alto risco de TEV com baixo risco de sangramento = **anticoagulação** profilática + **mecânica** -> alto risco de TEV com alto risco de sangramento = apenas **mecânica**
85
**ÚLCERA** Classificação de Forrest e manejo
=> Forrest - IA: ativo em **jato** - IB: ativo em **babação** - IIA: **vaso** visível - IIB: **coágulo**  - IIC: **hematina** - III: **fundo claro**  (1 = sangramento ativo; 2 = sangramento recente; 3 = sem estigmas de sangramento) => Risco de ressangramento - IA - IIA: alto risco - necessidade de tratamento endoscópico - IIB: risco intermediário - **IIC e III**: baixo risco - apenas IBP, **sem necessidade** de tratamento endoscópico (escleroterapia / eletrocoagulação / hemoclipe)
86
**LPP** Classificação e manejo
- 1: apenas hiperemia -> curativo de hidrocoloide -2: perda de espessura parcial da pele -> curativo de hidrocoloide, hidrogel ou alginato - 3: perda de espessura total da pele -> debridamento + retalho - 4: exposição de músculo, tendão ou osso -> debridamento + retalho => NÃO se usa enxerto para LPP, pois são muito delgados
87
**QUEIMADURA** Crianças
- cabeça: 18% - tronco anterior: 18% - tronco posterior: 13% + 2,5% de cada nádega - MMSS: 9% cada - MMII: 14% cada Se < 14a: 3 x SCQ x peso
88
**AAA** Manejo
=> Indicações de cirurgia: - > **5,5** cm (H) ou 5 cm (M) - crescimento > **1 cm/ano** (ou 0,5 em 6m) - **sacular** - **sintomático** / embolizações - inflamatório ou micótico => Diagnóstico - **USG** abdome -> angioTC apenas como pré-operatório! => Rotura - **massa** abdominal palpável + **hipotensão** + **dor** abdominal - se estável: **angioTC + cirurgia** - se instável: **cirurgia de emergência** -> USG NÃO pode (falso negativo em metade dos casos)