Clínica 2 Flashcards

(115 cards)

1
Q

Qual a composição do espaço porta?

A

Ducto biliar
Veia porta
Artéria hepática

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Q

O que é o espaço de Disse?

A

Espaço virtual entre sinusoide e o hepatócito

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Q

Quais células presentes no espaço de Disse?

A

Células estreladas (de Ito)

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4
Q

Características micro e macroscópicas da cirrose hepática

A

Fibrose + nódulos de regeneração

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Q

Manifestações da cirrose hepática

A

Hipertensão porta
Insuficiencia hepática
Transaminases normais ou discretamente elevadas

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6
Q

Clínica da hipertensão porta

A

Varizes
Ascite
Esplenomegalia
Circulação colateral/cabeça de Meduza

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7
Q

Clínica da insuficiência hepática

A

Icterícia (aumento de BD)
Diminuição da albumina/coagulopatia
Encefalopatia
Ginecomastia, telangiectasia, eritema palmar, atrofia testicular, disfunção erétil

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8
Q

Dado semiológico patognomônico da cirrose hepática

A
  • Redução do lobo hepático direito (<7cm) à percussao

- Lobo esquerdo aumentado, palpável, superfície nodular e consistencia endurecida

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9
Q

Sinal semiologico que indica cirrose hepática de causa alcoolica

A

Contratura de Dupuytren

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10
Q

Quais critérios são avaliados na classificação de Child Pugh?

A
Bilirrubina
Encefalopatia
Albumina
TAP/INR
Ascite
"Beata"
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11
Q

Rastreio de carcinoma hepatocelular no cirrótico

A

USG semestral + alfafetoproteína

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12
Q

Quais critérios são avaliados no escore de MELD?

A

Bilirrubina
INR
Creatinina

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13
Q

Qual classificação da cirrose hepática é mais utilizada para fila de transplante?

A

Escore de MELD

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14
Q

Causas de cirrose hepática

A

Vírus B e C
Infiltração gordurosa (alcoolica ou não)
Depósito: cobre (wilson), ferro (hemocromatose)
Autoimune: colangite biliar primaria, hepatite
Drogas: metildopa, amiodarona, metotrexate, isoniazina, fenitoína
“vida”

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15
Q

Quais medicamentos podem causas cirrose hepática?

A
metildopa
amiodarona
metotrexate
isoniazina
fenitoína
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16
Q

Quais os três tipos de agressão hepática associada ao alcool?

A

Esteatose alcoolica
Hepatite alcoolica
Cirrose alcoolica

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17
Q

Qual região do lobulo hepático é mais cometida na doença hepática gordurosa alcoolica?

A

Região central (perivenular)

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18
Q

Causa de esteatose hepática

A

Libação alcoolica

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19
Q

Causa de hepatite alcoolica

A

Libação alcoólica no bebedor crônico

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20
Q

Qual substância agride o fígado na libação alcoolica?

A

Acetaldeído

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21
Q

Clínica da hepatite alcoolica

A

Febre, icterícia, dor
TGO >TGP (AST>ALT)
Reação leucemoide com infiltrado neutrofílico

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22
Q

Tratamento da hepatite alcoolica

A

Abstinência
Suporte nutricional
Se grave (indice de Maddrey >= 32): corticoide por 4 semanas

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23
Q

Qual a hepatopatia crônica mais comum do mundo?

A

Doença hepática gordurosa não alcóolica

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24
Q

Causa de doença hepática gordurosa não alcóolica?

A

síndrome metabólica

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25
Quais os três tipos de agressão hepática de causa gordurosa?
Esteatose Esteato-hepatite (NASH) Cirrose
26
Manifestações da doença hepática gordurosa não alcóolica
Assintomático Dor TGP>TGO
27
Diagnóstico de doença hepática gordurosa não alcóolica
Excluir outras etiologias de hepatopatia USG detecta esteatose Biopsia apenas se indício de cirrose ou >45 anos + obesidade/DM
28
Tratamento da doença hepática gordurosa não alcóolica
``` Dieta + exercício Glintazona (atua na resistencia à insulina) Vitamina E (se paciente não diabético) ```
29
Clínica da doença de Wilson
Doença hepática (aguda/crônica/cirrose) Manifestações neurológicas (alteração do movimento) Anel de Kayser-Fleisher na lâmpada de fenda
30
Sinal patognomonico da doença de wilson
anel de Kayser-fleisher na lampada de fenda
31
Diagnóstico de doença de wilson
Cobre urinário de 24h > 100mcg/dia | Biópsia hepática
32
Tratamento da doença de wilson
Quelante de cobre: trientina, penicilamina Suplementação com zinco Transplante para cura
33
Queda da ceruloplasmina ocorre em qual doença?
Doença de wilson
34
Na doença de wilson ocorre acúmulo de qual substância?
Cobre
35
Mutação relacionada com a doença de wilson
Mutação ATP7B
36
Na hemocromatose ocorre acúmulo de qual substância?
Ferro
37
Diagnóstico de hemocromatose
Teste genético (mutação C282Y) | TC abdominal
38
Manifestações da hemocromatose
``` Aumento da saturação da transferrina >45% Aumento ferritina >150 na mulher e >200 no homem 6H= Hiperglicemia Hiperpigmentação Hepatopatia Heart (ICC) Hipogonadismo H"artrite" ```
39
Tratamento hemocromatose
Flebotomia (sangria); objetivo é manter ferritina em 50 | Transplante não cura o paciente
40
Manifestações da colangite biliar primária
Assintomático Prurido Xantelasma/xantoma Icterícia
41
Quais doenças podem estar associadas à colangite biliar primária?
Sjogren | Tireoidite de Hashimoto
42
Diagnóstico de colangite biliar primária
Aumento de FA | Anticorpo antimitocôndria (AMA)
43
Tratamento da colangite biliar primária
Acido ursodesoxicólico Colestiramina (melhora prurido) Transplante
44
Causa da colangite biliar primária
Autoimune
45
Qual local do espaço porta é lesado na colangite biliar primária?
Ducto biliar
46
Imunoglobulina associada à colangite biliar primária
IgM
47
Imunoglobulina associada à hepatite autoimune
IgG
48
Tipos de hepatite autoimune e seus anticorpos
Tipo 1: FAN, anti músculo liso Tipo 2: anti LKM1 Tipo 3L anti-SLA
49
Qual tipo de hepatite autoimune é mais comum?
Tipo 1
50
Qual tipo de hepatite autoimune é mais agressiva?
Tipo 3
51
Qual tipo de hepatite autoimune acomete mais crianças?
Tipo 2
52
Manifestações na hepatite autoimune
Assintomática Doença hepática aguda/cronica/cirrose Sempre faz biopsia
53
Tratamento da hepatite autoimune
Prednisona + azatiopina | Repete biopsia após 18 meses de tratamento
54
Tríade da encefalopatia de Wernicke
Confusão mental + Ataxia de marcha + Disturbio oculomotor (nistagmo)
55
Tratamento da encefalopatia de Wernicke
Reposição de tiamina
56
Achado histológico da hepatite alcoolica
Corpusculos de Mallory (estruturas hialinas irregulareS) e infiltração neutrofílica
57
Clínica da Síndrome de Alagille
Hipogenesia dos ductos biliares Deformidades faciais, cardiovasculares, oculares Vértebra em borboleta
58
Como é chamado o quadro grave de abstinência alcoólica?
Delirium tremens
59
Clínica do delirium tremens
Agitação, confusão mental, tremores, alucinações visuais, hipertensão, taquicardia, hipertermia
60
Conduta no delirium tremens
Internação, hidratação, tiamina, suporte nutricional, correção de distúrbios eletrolíticas, benzodiazepínicos
61
Clínica da hipertensão porta
``` Varizes esofago gastricas Esplenomegalia Varizes retais Cabeça de medusa Sinal de Cruveilhier-Baumgarten (fremito/sopro na cabeça de medusa) Encefalopatia ```
62
Classificação da hipertensão porta
1. pré-hepática 2. intra-hepática: pre-sinusoidal, sinusoidal, pos-sinusoidal 3. pós-hepática
63
Causas de hipertensão porta pré-hepatica
1. Trombose de veia porta: hipercoagulabilidade; em crianças é por infecção de cateter umbilical 2. Trombose de veia esplênica: hipertensão porta segmentar (pancreatite crônica)
64
Causas de hipertensão porta intra-hepática
1. Pré-sinusoidal: esquistossomose 2. Sinusoidal: cirrose 3. Pós-sinusoidal: doença veno-oclusiva (doença do enxerto-hospedeiro, doença do cha da Jamaica)
65
Causa mais comum de hipertensão porta
Cirrose
66
Causas de hipertensão porta pós-hepática
1. Doenças cardíacas: ICC, pericardite constrictiva 2. Trombose de veia hepática: Sd de Budd-Chiari 3. Obstrução de veia cava: trombose, neoplasia
67
Diagnóstico de hipertensão porta
- USG com Doppler: aumento de calibre da porta (>12mm) e da esplênica (>9mm), fluxo hepatofugal - Elastografia: >= 15-21 kpa - Gradiente pressórico entre porta e VCI: >=6 é hipertensão porta; >=10 é varizes; >= 12 há aumento do risco de ascite e ruptura de varizes
68
Complicação mais comum da hipertensão porta
Varizes
69
Conduta no paciente com varizes por hipertensão porta que nunca sangrou
Rastreia varizes de alto risco (calibre médio >5mm ou grosso >20mm, Cherry red spots, CHILD B ou C) Se presentes: profilaxia primária com beta bloqueador VO ou ligadura elástica por EDA
70
Conduta no paciente com varizes por hipertensão porta que está sangrando
1. Estabilizar hemodinamicamente: cristaloides + prazol + octreotide/terlipressina + ceftriaxone +/- hemácias, plaquetas, complexo protrombínico ou plasma 2. Descobrir a fonte e tratar: EDA (ligadura elástica, 1a opção nas varizes esofágicas; se varizes gástricas faz cianoacrilato), balão (se incontrolável com a EDA), TIPS (refrataria ao balão), cirurgia de urgência
71
Qual o tratamento para varizes gástricas?
Cianoacrilato
72
O TIPS feito nas varizes sangrando faz shunt entre quais vasos?
Veia hepática com a veia porta intra-hepática
73
Qual a vantagem de realizar o TIPS na varizes sangrando?
É uma ponte para o transplante
74
Qual a desvantagem de realizar o TIPS na varizes sangrando?
Risco de encefalopatia
75
Qual a contraindicação de realizar o TIPS na varizes sangrando?
IC direita grave | Doença cística
76
Conduta no paciente com varizes por hipertensão porta que já sangrou
Profilaxia secundária com beta bloqueador + ligadura elástica
77
Sinais de ascite
Sinal do piparote | Macicez móvel de decúbito
78
Local de punção da ascite
Terço distal com o terço médio de uma linha entre a espinha ilíaca ântero-superior e a cicatriz umbilical
79
Contraindraindicações absolutas de punção de ascite
CIVD, hiperfibrinólise
80
O que significa GASA >= 1,1 na análise de líquido ascítico?
Hipertensão porta | líquido transudativo
81
O que significa GASA >= 1,1 com proteína <2,5 na análise de líquido ascítico?
Cirrose
82
O que significa GASA >= 1,1 com proteína >2,5 na análise de líquido ascítico?
Sd Budd Chiari, IC
83
O que significa GASA <1,1 na análise de líquido ascítico?
Neoplasia, tuberculose, pancreas, sd nefrótica
84
O que significa GASA <1,1 com proteína <2,5 na análise de líquido ascítico?
Sd nefrótica
85
O que significa GASA <1,1 com proteína >2,5 na análise de líquido ascítico?
Neoplasia, pâncreas, tuberculose (pedir ADA)
86
Após a punção de ascite o que deve ser analisado no laboratório?
GASA e análise do líquido
87
Aspecto macroscópico seroso no líquido ascítico pode indicar o que?
Cirrose
88
Aspecto macroscópico hemorragico no líquido ascítico pode indicar o que?
Neoplasia ou trauma pela punção (nesse caso clareia durante a drenagem e coagula)
89
Aspecto macroscópico turvo no líquido ascítico pode indicar o que?
Infecção
90
Como é feita a profilaxia para peritonite bacteriana espontânea?
Ceftriaxone/Norfloxacino durante sangramento de varizes
91
Qual achado no líquido ascítico indica peritonite bacteriana (espontânea/secundária)?
Polimorfonucleares >=250
92
Tratamento da ascite
Restrição de sódio, restrição hídrica (se Na <125), diuréticos (espironolactona 100 : 40 furosemida) aumentando a dose a cada 3-5 dias se necessário Objetivo do tratamento: reduzir 0,5 kg/dia ou reduzir 1 kg/dia se paciente tiver anasarca
93
Quando realizar a paracentese de alívio na ascite?
Ascite sintomática ou tensa
94
Em quais casos a ascite não pode ser tratada com diuréticos?
Falência, recorrência ou azotomia Na <120 K> 6
95
Tratamento da ascite refratária ou que não pode ser tratada com diuréticos
``` Midodrina VO Suspender betabloqueador (controverso) Falha: paracenteses terapêuticas seriadas, TIPS ```
96
Em que caso deve repor albumina no paciente ascítico?
Se realizar paracentese de grande volume (>5L) deve repor 6-10g de albumina por litro retirado
97
Etiologia da peritonite bacteriana espontânea
Monobacteria: E. coli/ Klebsiella
98
Clínica da peritonite bacteriana espontânea
Assintomática | Febre, dor abdominal, encefalopatia
99
Diagnóstico da peritonite bacteriana espontânea
Ascite com PMN>= 250 | Excluir peritonite bacteriana secundária
100
Tratamento de peritonite bacteriana espontânea
Retirar beta bloqueador Cefotaxima por 5 dias Profilaxia da Síndrome hepatorrenal: albumina 1,5g/kg no primeiro dia; 1g/kg no terceiro dia
101
Etiologia da peritonite bacteriana secundária
Polibacteriana
102
Diagnóstico da peritonite bacteriana secundária
Ascite com PMN >=250 + pelo menos 2: proteínas >1 g/dL, glicose <50mg/dL, LDH elevado
103
Tratamento peritonite bacteriana secundária
Cefalosporina 3a geração (ceftriaxone, cefalosporina, cefotaxima) + metronidazol TC + cirurgia ou drenagem
104
Diagnóstico e conduta da ascite neutrofílica
PMN>= 250 com cultura negativa | Trata com cefotoxima por 5 dias
105
Diagnóstico e conduta da bacterascite
PNM < 250 com cultura positiva | Trata se sintomático
106
Causa de encefalopatia hepática
Hemorragia digestiva Infecção (PBS ou PBE) Constipação
107
Clinica da encefalopatia hepática
Alteração do sono, flapping, desorientação, coma
108
Tratamento da encefalopatia hepática
Lactulona (laxante) Atb: rifaximina, neomicina, metronidazol VO Haloperidol
109
Fisiopatologia da síndrome hepatorrenal
vasodilatação periférica + vasoconstrição renal
110
Cl;inica e diagnóstico da síndrome hepatorrenal
Hepatopata grave + IRA ou Cr>1,5 Sem hipovolemia/infecção/droga nefrotóxica USG normal
111
Tratamento da síndrome hepatorrenal
Albumina + Terlipressina ou noradrenalina +/- hemodiálise +/- transplante hepático
112
Fisiopatologia da Síndrome hepatopulmonar
Vasodilatação periférica + vasodilatação pulmonar
113
Clínica e diagnóstico da Síndrome hepatopulmonar
Hepatopata grave com hipertensão portal Platipneia (dispneia com ortostase) Ortodeóxia (queda da SpO2 com ortostase)
114
Tratamento Síndrome hepatopulmonar
Transplante hepático | Adm O2
115
Qual o tempo mínimo de abstinência alcoólica para o paciente etilista poder realizar transplante hepático?
6 meses