CONDIÇÕES GÁSTRICAS Flashcards

(32 cards)

1
Q

Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGF)
> Definição

A
  • Movimento retrógrado do conteúdo gástrico para o esôfago
  • Pode ou não ser acompanhado de regurgitação ou vômito
    -Não se associa à redução de ganho de peso
  • Normalmente não causa sintomas que atrapalham a qualidade de vida
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2
Q

Refluxo Gastresofágico Fisiológico (RGF)
> Epidemiologia

A
  • Afeta 60% dos lactentes
  • Início: < 2 meses
  • Pico: 4 - 5 mês
  • Resolução: 12 -18 meses
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3
Q

Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGF)
> Fisiologia

A
  • Imaturidade dos mecanismos antirrefluxo (esôfago curto + EEI mais curto e com baixo tônus + menor produção de saliva + ângulo de His obtuso)
  • Fatores posturais (alimentação líquida + predominante decúbito horizontal)
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4
Q

Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGF)
> Diagnóstico

A
  • Apenas avaliação clínica (anamnese + exame físico)
  • Bom ganho de peso ponderal
  • Sem necessidade de investigação complementar
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5
Q

Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGF)
> Critério de Roma IV para regurgitador feliz (5)

A
  • Lactente saudável
  • Entre 3 semanas e 12 meses
  • Apresenta pelos menos 2 episódios diários de regurgitação por pelo menos 3 semanas
  • Ausência de náuseas, hematêmese, aspiração, apneia
  • Sem déficit de ganho ponderal, sem dificuldade de alimentação, deglutição, sem postura anormal
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6
Q

Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGF)
> Sinais de alarme (10)

A
  • Ausência de ganho ou perda ponderal
  • Desenvolvimento inadequado
  • Aspiração de conteúdo para vias aéreas
  • Náuseas
  • Hematêmese
  • Síndrome de Sandifer
  • Sibilos/Estridor
  • Apneia
  • Alteração do sono
  • Má aceitação da dieta
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7
Q

Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGF)
> Tratamento (2)

A
  • Tranquilizar os pais condição fisiológica, transitória e autolimitada
  • Orientação: postural, ambiental e dietética
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8
Q

Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGF)
> Orientação (3)

A
  • Postutais: bebê em posição vertical por 20 a 30 min após mamada (tempo de esvaziamento gástrico para líquidos) + dormir em posição supina (menor incidência de morte súbita do lactente)
  • Ambientais: evitar exposição ao tabagismo passivo (relaxa o EEI)
  • Dietética: rever técnica de amamentação (ingestãoaerea excessiva) + fracionamento da dieta (menos volume com mais frequência)
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9
Q

O que é o Clareamento Esofágico? Como ele funciona? (3)

A
  • Mecanismo protetor do esôfago contra o RGE.
  • Funciona através (a) ondas peristálticas esofágicas que empurra o conteúdo para o estômago, (b) produção de saliva que tampona e neutraliza o ácido, (c) gravidade onde a posição vertical auxilia para levar o conteúdo para o estômago
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10
Q

O que é a Síndrome de Sandifer? Porque ela ocorre?

A
  • E quando o bebê adota uma postura anormal de hiperflexão da coluna (arqueamento para trás).
  • Ocorre quando o bebê sente muita dor após a refeição, pois a inclinação da cabeça para trás auxilia no esvaziamento da região distal do esofago
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11
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)
> Definição

A
  • A DRGE ocorre quando o RGE causa manifestações clínicas de gravidade variável, que podem ou não estar associadas a complicações
  • É um refluxo patológico
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12
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágicos (DRGE)
> Fisiopatologia

A

Na ocorrência do relaxamento do EEI ocorre lesão da mucosa do esôfago devido o movimento retrógrado do conteúdo gástrico

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13
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágicos (RGF)
Causas do Relaxamento Transitório do EEI (8)

A
  • Hipotonia do EEI
  • Aumento da pressão intra-abdominal
  • Retardo do esvaziamento gástrico
  • Alteração da salivação
  • Alteração do peristaltismo
  • Tabagismo, álcool ou estresse
  • Dieta rica em gorduras (estimula a secreção de CCK)
  • Efeitos posturais
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14
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)
> Fatores de Risco (5)

A
  • Prematuridade: devido imaturidade dos mecanismos antirrefluxo por mias tempo
  • Obesidade: devido o aumento da pressão intra-abdominal
  • Doenças Neurológicas: levam a dismotilidade esofágica e disfunção do clareamento esofágico (prejuízo no mecanismo antirrefluxo)
  • Doenças Pulmonares Crônicas: como a fibrose cística e displasia broncopulmonar
  • Malformações Congênitas do trato gastrointestinal: como hérnia de hiato, hérnia diafragmática, atresia de esôfago
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15
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)
> Quadro Clínico (manifestações típicas ou esofagianas)
A) Lactente
B) Pré-escolar
C) Escolar

A

A) Lactente: regurgitação frequente, vômitos propulsivos, recusa alimentar, déficit de ganho ponderal, choro, irritabilidade, dificuldade de sono e Síndrome de Sandifer

B) Pré-escolar: irá apresentar vômitos intermitentes

C) Escolar: azia, pirose (queimação), dor retroesternal, dor epigástrica, náusea e plenitude pós-prandial

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16
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)
> Quadro Clínico (manifestações atípicas ou extra esofagianas)

A

A) Pulmonares: tosse crônica, traqueíte, asma, pneumonia, bronquiectasia, apneia

B) Otorrinolaringológicas: Otite, rouquidão, disfonia, sinusite, faringite, laringite crônica, laringoespasmo, estenose subglotica

C) Orais: Erosão do esmalte do dente, halitose, aftas ruminação

D) Outras: Síndrome da morte súbita

17
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágicos (DRGE)
> Complicações (5)

A
  • Esofagite
  • Úlceras esofagicas
  • Estenose esofagica
  • Hemorragia
  • Esofago de Barret
18
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágicos (DRGE)
> Sinais de Alerta (6)

A

A) Vômitos Bilosos: suspeita de obstrução intestinal (volvo, atresia intestinal, doença de hirschprug, intussuscepção)

B) Dor ou Distensão Abdominal: suspeita de obstrução, dismotilidade, anormalidades anatômicas

C) Hematêmese: esofagite de refluxo, doença ácido-peptíca

D) Hematoquezia (sangramento pelo reto): doença inflamatória intestinal, proctocolite, APLV

E) Vômitos forçados persistentes: estenose hipertrofia de piloto

F) Febre + Letargia: investigar infecção sistêmica

19
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico
> Diagnóstico

A
  • É clínico, mediante a presença de sintomas típicos que impactam a qualidade de vida da criança ou estejam associados à complicações
20
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico
> Exames Complementares (8)

A
  • Radiografia contrastada do esôfago, estômago e duodeno
  • Cintilografia Gastroesofágica
  • Ultrassonografia Esofagogástrica
  • pHmetria Esofágica
  • Impedância Esofágica
  • Manometria Esofágica
  • Endoscopia Digestiva Alta com biópsia
  • Teste terapêutico empírico com supressão ácida

*Não existe exame complementar padrão ouro para DRGE

21
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico
> Tipos de Tratamento (2)
> Objetivo do tratamento

A

Objetivo: melhora dos sintomas, ganho ponderoestatural adequado, prevenção ou cicatrização de lesões e prevenção de complicações

  • Tratamento pode ser não farmacológico ou farmacológico
22
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico
> Tratamento não farmacológico (4)

A
  • Fracionamento das refeições (volumes menores e maior frequência)
  • Evitar consumo de líquido durante as refeições
  • Evitar alimentos que estão associados ao relaxamento do EEI
  • Evitar alimentos que estão associados ao aumento do tempo de esvaziamento gástrico
  • Evitar ingestão de alimentos antes de dormir
  • Redução de peso nos obesos
  • Nos bebês: não usar roupas apertadas, sugerir troca de fralda antes das mamadas para evitar DH, posição supina para dormir

cafeína, bebidas gaseificadas, frutas cítricas, chocolate, condimento, molhos picantes, alimentos gordurosos, álcool e tabaco

23
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico
> Medidas farmacológicos (3)

A
  • Antiácidos de contato ou citoprotetores de mucosa (como sintomático)
    *magnésio, alumínio, alginato, sucralfato
  • Procinéticos (ajudam a controlar sintomas)
    *desaconselhado no ultimo consenso
  • Inibidores de bomba de prótons (diminuem a secreção ácida). *Omeprazol - desaconselhado em lactantes
24
Q

Doença do Refluxo Gastroesofágico
> Tratamento Cirúrgico (1)

A
  • Cirurgia de Fundoplicatura de Nissen Laparoscópica
    *indicada em casos graves refratário ao tratamento medicamento ou presença de manifestação graves
25
APLV: Alergia à Proteína do Leite de Vaca > Definição
- É uma alergia alimentar dependente de mecanismo imunológico, mediadas por IgE(tipo I) ou mediadas por células T (tipo IV) *Hipersensibilidade do Tipo I: imediata *Hipersensibilidade do Tipo IV: mediada por células
26
APLV: Alergia à proteína do leite > Epidemiologia
- apresenta caráter transitório em 90% dos casos - alergia alimentar mais comuns nas crianças - responsável por 80% dos casos de alergia alimentar as crianças menores de 1 ano
27
APLV: Alergia à proteína do leite de vaca > Porque as crianças dão mais suscetíveis? (4)
A) Imaturidade do sistema imunológico (sistema imune não sabe diferenciar alimento de uma agressão) B) Permeabilidade da barreira intestinal C) Alteração da microbiota D) Baixa produção de IgA secretora
28
Fatores de risco para alergia alimentar nas crianças (6)
- Introdução alimentar precoce (principalmente antes dos 4 meses) - Histórico familiar de alergia alimentar - História pessoal de atopia - Desmame precoce (aleitamento materno previne o desenvolvimento de alergia) - Introdução do leite de vaca antes dos 4 meses - Sexo masculino
29
APLV: Alergia à proteína do leite -> Quadro Clínico (4)
Predominante Gastrointestinal A) Proctocolite Eosinofílica: fezes com sangue e muco, perda de sangue é discreta, mas pode ocorrer anemia ferropriva. * 70% - Criança bem, com ganho ponderal normal e fezes de consistência normal B) Constipação: tratamento para constipação é refratário e cursa com fissura anal e sangramento nas fezes C) Enteropatia induzida por proteína: diarreia sanguinolenta, má absorção intestinal com perda de proteína e baixo ganho pondero-estatural (semelhante à doença celíaca) D) DRGE: 40% dos lactentes com DRGE apresenta como causa APLV e os sintomas se iniciam após Introdução da fórmula
30
Intolerância à Lactose -> Quadro Clínico (3)
- Distensão Abdominal - Diarreia - Dermatite * Sem sangramento *Incomum em lactentes
31
APLV: Alergia à proteína do leite de vaca > Diagnóstico (2)
A) Teste Terapêutico - exclusão total do leite de vaca por 6-12 semanas que deve ser associado a melhora dos sintomas (fórmula de aa ou dieta materna se aleitamento materno exclusivo) B) Teste de Provocação Oral - após a resolução dos sintomas com o teste terapêutico ofertar o leite progressivamente que deverá desencadear novamente os sintomas
32
APLV: Alergia à proteína do leite de vaca > Tratamento (1)
- Exclusão do alérgeno da deita da criança *80% das crianças apresentam resolução do quadro ao longo da infância *tolerância é adquirida entre 2-3 anos