Diagnóstico diferencial de olho vermelho Flashcards

1
Q

Avaliações importantes

A

Início do quadro – súbito/ agudo ou arrastado.

  • Dor, ardência ou coceira;
  • Secreção – mucoide (transparente) ou branca. Quando tem cheiro, indica provável

infecção bacteriana:

  • Acuidade visual;
  • Avaliação pupilar – reflexos consensual e fotomotor (midríase pode indicar problema
    no nervo óptico, devido ao aumento da pressão intraocular ou intracraniana);
  • Biomicroscopia – disponível apenas em consultórios oftalmológicos.
    Avalia se o olho vermelho é local ou difuso, superficial ou profundo e se há edema.
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2
Q

Sintomas e causas

A

Prurido – causa alérgica;

  • Queimação/ sensação de corpo estranho – alteração na pálpebra, na conjuntiva ou na córnea;
  • Edema palpebral – hordéolo/ calázio e celulite;
  • Dor profunda e intensa – esclerite, irite, glaucoma agudo, úlcera de córnea e endoftalmite;
  • Fotofobia – irite e glaucoma;
  • Visão de halos – edema de córnea.
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3
Q

Classificação pela presença de secreção

A

Com secreção – conjuntivite, blefariite e queimadura.

  • Sem secreção, com dor – corpo estranho, abrasão/ úlcera corneana (após o uso de solda, por exemplo), uveíte, esclerite e glaucoma;
  • Com secreção, com dor mínima – episclerite, pterígio, tumor conjuntival e hemorragia subconjuntival.
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4
Q

Classificação pelo risco para visão

A

Com risco para a visão – ceratite infecciosa (úlcera, principalmente em usuários de lente de contato), esclerite (infecciosa ou auto-imune), irrite, hifema (trauma dentro do olho, com sangramento conseguinte), glaucoma agudo (machucado do nervo óptico, causado pela pressão alta do olho), endoftalmite (infecção dentro do olho, na parte mais externa; pode ser endógena também, principalmente após sepse, por internação na UTI), trauma perfurante, queimadura química álcali (muito mais importante do que a causada por ácido; cal é o mais comum em PS) e celulite.

  • Sem risco para a visão – hemorragia subconjuntival (após Valsava, que estoura um vaso da conjuntiva, ou em pacientes com problemas vasculares), blefarite, hordéolo, calázio, conjuntivite (exceto Neisseria), olho seco, pinguécula e pterígio.
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5
Q

Diagnósticos possíveis para olho vermelho

A

Blefarite/ meibomite/ tersol – inflamação crônica da margem palpebral, normalmente causada por S. aureus. Pode evoluir para celulite. Orientar o paciente a lavar a base dos cílios.

  • Conjuntivite e ceratite – inflamação da conjuntiva, que reveste o globo e a pálpebra por dentro. NÃO tratar com colírios que tenham nafazolina. Há infiltração celular (quemose), dilatação vascular (hiperemia) e exsudação celular (secreção).

Seca – tratada com lubrificantes ou com um plug com fio de sutura, para reter a lágrima no olho. Pode ser secundária a uma condição sistêmica, como artrite.

Alérgica – sazonal ou perene;
Infecciosa – viral na maioria das vezes, tratada apenas com lubrificante.
Bacteriana é bem grave e, normalmente, unilateral. Parasitária e fúngica são raras.

  • Hemorragia subconjuntival – assintomática na maioria das vezes, ocorre por um vaso estourado, após pico de pressão ou trauma local. Pode ser tratada com compressa gelada ou lagrima artificial.
  • Pterigio ou pingécula – acometimento do canto interno do olho, após a exposição ao sol ou ao vento.
  • Uveíte – manchas na parte da frente do olho, normalmente por toxoplasmose (lesão em toda de carroça).
  • Glaucoma agudo – aumento da pressão intraocular, por acúmulo de humor aquoso. Normalmente, é unilateral e causa dor intensa (com irradiação para trás da cabeça, nuca e dentro do olho), além de fotofobia e baixa acuidade visual significativa, com média midríase. Pode haver lesão do nervo óptico, com perda de visão consequente. Pode tratar com manitol.
  • Trauma/ ceratite traumática – fazer oclusão ocular e encaminhar para o oftalmologista.
  • Episclerite e esclerite – episclerite (inflamação no tecido entre esclera e conjuntiva) é autolimitada, mas pode ser recidivante, e tem o teste de fenilefrina negativo.

Esclerite (inflamação da esclera) tem antecedentes de doenças sistêmicas, cirurgias e infecção, com teste de fenilefrina positivo;

  • Endoftalmite – comum após cirurgia oftalmológica ou de maneira endógena (principalmente na UTI), acometendo todo o globo ocular, que fica inflamado.
  • Herpes – diagnóstico diferencial importante. Lesão no nariz, em paciente com herpes zoster, pode indicar que a córnea também está acometida.
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