Dislipidemia Flashcards
(42 cards)
Fórmula de Friedwald:
Col. LDL = Col. total - Col. HDL - TGs / 5 * Cálculo indireto.
Casos em que a fórmula de Friedwald é imprecisa:
- TGs > 400 mg/dL - Hepatopatia colestática crônica - DM - Síndrome nefrótica
Classificação - Dilipidemias Primárias pelo fenótipo (Frederickson):
- Tipo I: quilomicronemia - Tipo IIa: elevação do LDL - Tipo IIb: elevação do LDL e VLDL - Tipo III: elevação de quilomícron e VLDL remanescentes - Tipo IV: elevação de VLDL - Tipo V: elevação de quilomícron e VLDL
Classificação - Dislipidemias Primárias (OMS):
- Hipercolesterolemia isolada (LDL-c > ou = 160mg/dL) - Hipertrigliceridemia isolada (TGL > ou = 150mg/dL) - Dislipidemia mista (elevação do LDL e TGL) - HDL-c baixo: H < 40mg/dL / M < 50mg/dL isolada ou associada a elevação de LDL-c ou TG
Principais lipídios de importância clínica:
- Ácidos graxos. - Triglicérides (TGs): reserva de energia. - Fosfolípides. - Colesterol (Col): componente da membrana celular e participa da síntese de ácidos biliares e de hormônios esteroides.
Forma mais comum de dislipidemia primária:
Hiperlipidemia familiar combinada (hipertrigliceridemia isolada).
Sinais clássicos das hipercolesterolemias primárias:
Presença de depósitos cutâneos de colesterol: - Xantelasmas (pálpebras). - Xantomas (tendões extensores). - Arco córneo. - Doença arterial isquêmica precoce.
Definição de hipercolesterolemia familiar:
Doença genética autossômica dominante, que pode ser identificada pela forte história familiar e pelos achados de exame físico.
Características da Síndrome da Hiperquilomicronemia:
Plasma leitoso (lactescente) + TGs > 1000mg/dl + pancreatite aguda e dor abdominal recorrente.
Condições que aumentam o HDL:
- Etilismo - Obesidade
1º, 2º e 3 objetivo no controle das dislipidemias:
1 ) Reduzir o Col. LDL. 2 ) Aumentar o Col. HDL. 3 ) Reduzir os TGs (torna-se prioritário se > 500 mg/dl).
Classificação níveis de TGs:
- São considerados fator de risco independente para doença coronariana.

Etapas para estratificação de risco cardiovascular:
1º) Determinação da presença de doença aterosclerótica significativa ou de seus equivalentes (se + é alto risco). * Se paciente se enquadrar em alto risco, pula para 4ª etapa. 2º) Classificação pelo Escore de Risco Global. * Baixo risco (<5%): 1 fator de risco. * Risco intermediário (5 - 10% p/ M e 5 - 20% p/ H): 2 ou + FR. * Risco alto ( > 10% p/ M e > 20% p/ H). # FR: tabagismo, HAS, HDL baixo, hist. familiar de doença cvc (H < 55 anos ou M < 65 anos). Se HDL > 60, retirar 1 FR. 3º) Reclassificação de risco predita pelos fatores agravantes (se risco intermediário): - Hist. familiar de doença cvc (H < 55 anos e M < 65 anos), SM, micro ou macroalbuminúria, HVE, PCR de alta sens. > 2 mg/L, espessura carótidas > 1, escore de Ca em coronárias > 100, ITB < 0,9. * Se + p/ fator agravante, eleva p/ alto risco. 4º) Escolha terapêutica.
Tratamento - medidas não farmacológicas:
- Dieta (livre de ác. graxos trans e saturados). - Álcool (principalmente p/ reduzir TGs). - Perda de peso - Atividade física (principalmente p/ elevar HDL e red. TGs). - Cessação do tabagismo.
Droga de 1º linha para tratamento e com maior evidência de redução de eventos cardiovasculares:
Estatinas (Rosuvastatina, Atorvastatina, Sinvastatina).
Mecanismo de ação - estatinas:
Inibem de maneira competitiva a enzima HMG - Coa (passo limitante p/ síntese de Col.) - > queda transitória dos níveis intracelulares - > aumento da síntese de receptores celulares de LDL - > aceleração da remoção de Col. LDL e TGs
Se paciente baixo risco, inicia tratamento farmacológico?
Não. Tratamento não farmacológico por 3 - 6 meses, tratando caso persista com LDL > 160 mg/dl.
Efeitos colaterais - estatinas:
- Cefaleia, náuseas, alteração do sono, aumento de enzimas hepáticas e de fosfatase alcalina, miosite, rabdomiólise, ruptura tendínea.
Efeito colateral mais comum - estatinas:
Miopatia (varia de mialgia com ou sem elevação de Ck, até rabdomiólise).
Contraindicações - estatinas:
- Amamentação. - Doença hepática aguda. - Aumento persistente e inexplicável de transaminases.
Mecanismo de ação - resinas sequestradoras de ácidos biliares:
Se ligam aos ácidos biliares no intestino, diminuindo sua absorção no íleo terminal, reduzindo assim, o pool hepático de ácidos biliares. Isso leva ao aumento da conversão de Col. em ác. biliares nos hepatócitos. Dessa forma, ocorrem aumento da síntese e expressão dos receptores de Col. LDL, determinando queda dos níveis deste.
Classe de droga para tratamento da hipercolesterolemia na infância:
- Resinas sequestradoras de ácidos biliares (colestiramina, colestipol, colesevelam). - Não possuem efeitos sistêmicos.
Efeitos colaterais - resinas sequestradoras de ácidos biliares:
Obstipação, náuseas, plenitude gástrica, meteorismo e exacerbação de hemorroidas preexistente.
Contraindicações - resinas sequestradoras de ácidos biliares:
- Obstrução biliar completa. - Obstrução intestinal.



