Doença Coronariana Flashcards

1
Q

Gravida com dor no torax irradiando para membro esquerdo há 30 min e supra de ST de V1-V6 e DI e aVL. Diagnostico e conduta:

A

Infarto anterior extenso com supra de ST.
Angioplastia percutanea primaria (após coronariografia)

OBS: trombolitico nao indicado na gestação
OBS2: heparina nao atravessa a placenta e nao chega ao feto, mas pode gerar sangramento materno no parto

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Profilaxia de novos eventos de doença coronariana:

A
  • Aspirina (antiagregação plaquetária)
  • Estatina (para estabilizar placas ateromatosas- reduzem a mortalidade em sindromes isquemicas agudas)
  • Atividade fisica supervisionada
  • Dieta hipocalorica para perda de peso (se for obeso)
  • Cessar tabagismo (para fumantes)
  • Rastreiar diabetes (glicemia de jejum)

OBS: escore de Framingham fornece o risco de eventos cardiovasculares em 10 anos!!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quando escolher cirurgia no lugar de angioplastia (tratamento percutaneo)?

A

MACETE:
- Quanto mais acometer DA proximal e o tronco da CE
- Quanto maior disfunção de VE
OBS: especialmente em DIABETICOS

OFICIAL:
- lesao nao protegida (sem enxerto distal patente) de tronco da CE com obstrução >= 50%

  • lesao trivascular ou lesao na DA proximal + outro ramo coronariano principal com obstrução >=70%
  • lesao bivascular com isquemia miocardica extensa ou grave pelos criterios de alto risco na estratificação
  • lesao multivascular ou na DA proximal com >=70% e disfunção ventricular com FE 35-50%, na presença de viabilidade miocardica
  • anatomia muito desfavoravel para angioplastia (ex: oclusao coronariana cronica)
  • lesoes multivasculares em diabeticos
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Paciente com supra de ST e sintomas tipicos de infarto sem resultados ainda de troponina (marcador de necrose miocardica. Conduta:

A
  • Angioplastia primaria de urgencia (sempre superior a trombolise, quando disponivel)
  • MONICA BH (morfina, oxigenio, nitrato, IECA, clopidogrel/ticagrelor, AAS, betabloqueador, heparina)

OBS: estudos mostram que uso de ESTATINA tbm é benefico

OBS2: BB e IECA diminuem a morbimortalidade, mas nitrato nao

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Como analisar isquemia aguda de paciente que ja tem supra de ST por causa de um BRE (QRS alargado e onda R larga em V5-V6), sendo que ele já era coronariopata em tratamento e evoluiu com sintomas?

A

Nenhum teste provocativo baseado em ECG (como teste ergometrico). Logo, poderiamos usar teste provocativo “de imagem” (ecocardiograma com stress farmacologico; ressonancia do miocardio e cintilografia perfusional miocardica).

OBS: TC com escore de calcio só é usado quando tem duvida se o paciente tem ou nao doença coronariana.

O MELHOR EXAME É CATETERISMO CARDÍACO, pois apresenta uma acuracia maior, além de mostrar a localização e extensao da nova estenose coronaria. Além disso, é um paciente sintomatico mesmo com tratamento clinico [gerando uma “angina refrataria” = necessita de revascularização (cirurgica ou percutanea). de acordo com a anatomia definida pelo CAT->cateterismo)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Complicações do IAM:

A

1) Arritmicas: arritmias ventriculares, arritmias supraventriculares, bradiarritmias e bloqueios de ramo, insuficiencia cardiaca e choque cardiogenico (coração buga do ponto de vista eletrico)
2) Isquemicas: angina instavel pós-IAM (area isquemica residual do infarto)
3) Mecanicas: ANEURISMA VENTRICULAR (mesmo após a cicatrização do infarto, continua abaulamento que surgiu de quando estava discinetico- batendo irregular), ruptura do musculo papilar (insuficiencia mitral aguda), ruptura do septo interventricular e ruptura de parede livre do VE e pseudoaneurisma (trombo e hematoma impedem ruptura);
4) Pericardica: pericardite fibrinosa aguda e sindrome de Dressler (pleuropericardite autoimune)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Paciente com infra de ST de V1-V3 e sintomas tipicos de infarto. Diagnostico e conduta:

A

Infarto da parede anterior sem supra de ST
OBS: lembrar que nao pode ser imagem-espelho de infarto dorsal pq esse geralmente vem acompanhado de infarto de parede inferior (DII,DIII e aVF)

MONICA BH
SEM USO TROMBOLITICOS!!! (aumenta a mortalidade)
. Revascularização invasiva (de urgencia em casos de risco muito alto ou entao encaminha em ate 24h pra serviço se risco baixo/moderado);
. anti-isquemicas: IECA/estatinas;
. antiplaquetarias: clopidogrel, AAS;
. antitromboticas: heparina
. redução da FC e da pressao arterial: betabloqueador (cuidado em hipotensos)

OBS: NAO PRESCREVER NITRATO SE O PACIENTE TIVER UTILIZADO SILDENAFILA RECENTE. Lembrar tbm que nitroprussiato de sodio é uma droga anti-hipertensiva

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quando é indicado cateterismo cardiaco em vez de teste ergometrico ou testes isquemicos de imagem?

A

Casos de SINDROME CORONARIANA AGUDA:

1) Angina estavel previa que vem diminuindo o limiar rapidamente;
2) angina recente (ultimos 2 meses) que se intensifica muito rapido
3) angina de repouso de inicio na ultima semana

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Paciente idoso,hipertenso, tabagista, com doença coronariana representada por infra de ST em 3 minutos do protocolo de Bruce (baixa carga). Conduta:

A

MAU PROGNOSTICO (isquemia com baixo esforço). Logo, submeter a uma estratificação invasiva => angiografia coronariana = cateterismo cardiaco, para avaliar a anatomia das coronarias e planejar conduta intervencionista (angioplastia percutanea ou cirurgia de revascularização miocardica)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Infarto inferior-dorsal que apresenta congestao pulmonar e hipotensao 3 dias após. Hipotese e tratamento:

A

Essas paredes sao irrigadas pela coronaria direita, logo a complicação tbm deve ser.

Assim, descartamos insuficiencia da valva aortica e rotura de parede do VE (hemopericardio e tamponamento cardiaco), pois sao irrigadas por DA. A rotura do septo interventricular acontece por trombose da DA (apesar de tbm causar deteriorização hemodinamica grave)

Sobra rotura de musculo papilar (parede anterior: irrigada por DA ou circunflexa/ parede posterior: irrigada por CD)- geralmente valva mitral, que aumenta sobrecarga ao AE e a circulação pulmonar e diminui FE, causando choque sistemico

TRATAMENTO: reduzir a pós-carga ventricular com nitratos e cirurgia de emergencia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Pacientes que devem ser submetidos a estrategia invasiva imediata (arteriografia e revascularização dentro de 2h) em IAM sem supra:

A

Pacientes de muito alto risco que se encontram:

  • angina refrataria
  • sinais ou sintomas de IC ou regurgitação mitral nova ou que piorou
  • instabilidade hemodinamica
  • angina recorrente
  • isquemia em repouso ou com pequena atividade, apesar da terapia
  • TV sustentada ou FV
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Pacientes que devem ser submetidos a estrategia invasiva precoce (arteriografia e revascularização dentro de 24h) em IAM sem supra::

A

Pacientes de alto risco (troponina positiva já é alto risco!!) que nao estejam incluidos nos critérios de estrategia invasiva imediata. Como:

  • escore GRACE>140
  • alteração da troponina
  • infra de ST novo ou presumidamente novo

OBS: usar duplo antiagregante plaquetario e anticoagulação plena

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Sintomas pacientes com IAM de VD e condutas principais:

A
  • hipotensao arterial
  • turgencia jugular patologica
  • campos pulmonares limpos (ausencia de congestao e crepitações

MUITO IMPORTANTE:

OBS 1: DROGAS QUE REDUZEM A PRÉ-CARGA DE VD COMO NITRATOS, MORFINA E DIURETICOS SÃO CONTRAINDICADAS (DC se torna muito dependente da pre-carga de VD, a qual depende do retorno venoso), pois podem causar choque cardiogenico

OBS2: SE HOUVER HIPOTENSAO ARTERIAL, DEVEMOS MINISTRAR VOLUME AO PACIENTE (EX:REPOSIÇÃO IV DE SOLUÇÃO SALINA FISIOLOGICA)

OBS3: PROIBIDAS DROGAS BRADICARDICAS PRA QUEM JÁ ESTÁ BRADICARDICO OU HIPOTENSO- sistolica <100mmHg (EX: BETABLOQUEADOR, BLOQUEADOR DO CANAL DE CALCIO NAO-HIDROPIRIDINICOS)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Infarto de qual parede se associa ao VD e quais derivações melhores pra ver VD?

A

Parede inferior, pois ambos são irrigadas pela coronaria direita. Lembrar que IAM de parede inferior NAO PODE USAR DROGAS QUE DIMINUAM O RETORNO VENOSO (pelo risco do VD), como nitroglicerina IV.

V3R, V4R, V5R (imagem-espelho gera infra V1-V4)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Paciente procura atendimento após ter tido angina estavel no dia anterior. Conduta:

A

Realizar teste provocativo de isquemia: esforço fisico (preferivel- teste ergometrico) ou entao stress farmacologico (eco, cintilografia). Dependendo do resultado, podemos solicitar coronariografia para melhor diagnostico.

OBS: mulheres, idosos e diabeticos sao mais sujeitos a apresentarem dores atipicas no infarto (dores nao precordiais ou retroesternais)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Tratamento de escolha para IAM com supra de ST:

A

Angioplastia primaria com stent, desde que dentro de 90 MINUTOS!!

OBS: tbm é a primeira escolha em pacientes com choque cardiogenico, IC grave e edema agudo de pulmao

OBS: paciente com crise anginosa deve repousar na posição sentada, pois em pé pode ter hipotensao/sincope e deitado aumenta o retorno venoso e o trabalho cardiaco

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Paciente com angina estavel (DAC cronica). Conduta para melhor estabelecer o prognostico:

A

1) teste ergometrico
2) cintilografia de perfusao miocardica sob estresse
3) eco-stress
4) cardio-RM sob estresse

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Fatores de risco cardiovasculares:

A
  • Mais de 50 anos de idade
  • sedentario
  • resistencia a insulina (obesidade centripeta, esteatose hepatica nao alcoolica e acantose nigricans- areas enegrecidas na pele em regiao cervical posterior e axilas)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Fenomeno comum nas primeiras 6h de um IAM de parede inferior:

A

Reflexo de Bezold- Jarisch (aumenta o tonus vagal= parassimpatico- sobre o coração, gerando BRADICARDIA importante)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Principal complicação de infarto de VD:

A

“Falencia ventricular direita aguda”:

  • DC diminui
  • Hipotensao arterial
  • turgencia jugular patologica
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Paciente jovem, assintomatica, com extrassistoles ventriculares monomorficas esparsas. Sem alteração no eco ou no teste de isquemia. Conduta:

A

Liberar o paciente sem restrições

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

ALguns fatores de risco IAM em homens:

A
  • historia familiar
  • tabagismo
  • idade >45 anos
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Pacientes com doenças isquemicas assintomaticos, como devemos tratar?

A
  • controle agressivo dos fatores de risco cardiovascular (HAS, dislipdemia, etc)
  • levar em conta a profissao da pessoa (piloto de aviao devemos ter mais cuidado e tratar mais precocemente, pois envolve a vida de muitas pessoas) e idade (idosos já muito debilitados nao precisa ser tao invasivo)
  • magnitude, numero de zonas isquemicas e função ventricular funcionam como parametros preditores de mau prognostico
  • devemos usar AAS, estatina e betabloqueador mesmo em assintomaticos
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Efeitos dos betabloqueadores e nitrato na angina estavel (qual a precaução com o nitrato?):

A

Betabloqueadores: primeira linha dos antianginosos pois reduzem morbimortalidade. Sao drogas anti-isquemicas que reduzem o duplo produto (FC X PA). Reduzem demanda miocardica de oxigenio

Nitratos: excelentes antianginosos SOS (aumentam oferta de oxigenio ao miocardio pela vasodilatação coronariana).
Cuidados com o uso de NITRATO DE AÇÃO LONGA(usar como 3º opção, somente em anginas refratarias aos BB e antagonistas dos canais de calcio-verapamil e diltiazem= nao di-hidropinicos):

1) Causam taquifilaxia (perda do efeito com a mesma dose, paciente vira tolerante ao medicamento)
2) Causam disfunção endotelial em longo prazo, pois causam ativação adrenergica e do SRAA
3) Aumento de endotelina, superoxido e fosfodiesterase

Por isso, importante ter cuidado com a posologia (ex: dinitrato de isossorbida de 6/6h suspendendo a ultima tomada do dia, deixando o paciente 12h sem o efeito- O IMPORTANTE É TERMOS INTERVALOS LIVRES DE NITRATO)

25
Q

Paciente com IAMSSSST de parede anterior, com pressao arterial elevada e saturação de 92%. Conduta:

A

Como não é um paciente com supra de ST e nem é paciente instavel (hipotenso, com congestao pulmonar), nao devemos fazer terapia reperfusional de emergencia. Devemos entao administrar AAS 300 mg VO e nitrato para controle da dor e dos niveis tensionais.

26
Q

Paciente com SCA sem alteração de ST e com FE reduzida. Como tratar?

A

Paciente evoluindo pra IC com FE reduzida:

1) BB especificos (carvedilol, bisoprolol ou metropolol)
2) IECA (captopril) ou BRA
3) Antagonistas do receptor de aldosterona
4) Combinação de nitrato + hidralazina

OBS: NIFEDIPINO (ACC= antagonistas canal de calcio) possui ação rapida e pode causar morte por taquicardia reflexa a esse poderoso vasodilatador. Por isso, podemos usar somente nifedipino retard

27
Q

Paciente pós-IAMCSSST, com estabilidade hemodinamica à admissao e boa evolução, até que apresenta 72h depois SUBITAMENTE choque e edema agudo de pulmao (estertores até apices pulmonares e SatO2 de 89%). Além disso, temos sopro pansistolico (englobando toda a sístole) alto e audivel na borda external esquerda baixa Hipotese e conduta:

A

Pensar IMEDIATAMENTE EM COMPLICAÇÃO MECANICA PÓS-IAM = Comunicação interventricular/ ruptura do septo interventricular (se manifesta exatamente dessa forma-> sangue passa do VE para VD e depois para os pulmoes, resultando sobrecarga volemica no pulmao e FALENCIA BIVENTRICULAR).

OBS: diagnostico diferencial com ruptura do musculo papilar: sopro intenso, mas apenas sistolico, nao sendo pansistolico. EAP e choque cardiogenico tbm presentes. Clinica identica = diferenciação pelo ECOCARDIOGRAMA

Cirurgia de emergencia, sendo que medidas de suporte hemodinamico invasivo sao uteis para estabilizar o paciente ate a realização da cirurgia.

28
Q

Paciente com infarto-nao sabemos se tem supra de ST. 3 drogas que reduzem mortalidade:

A

1) AAS (antiagregação plaquetaria dupla, reduzindo a formação de trombos)
2) Propanolol, atenolol, metropolol OBS: carvedilol NAO é usado em IAMSSST, assim como os tromboliticos)
3) Clopidogrel (antiagregação plaquetaria dupla, reduzindo a formação de trombos)
4) Heparina (anticoagulação)

OBS: estatina nao tem comprovação de redução da mortalidade aguda do paciente com SCA, apesar de reduzir outros efeitos cardiovasculares

29
Q

Classificação da CCS (Sociedade Canadense Cardiovascular):

A

Classe I - atividade fisica habitual nao provoca anginas, somente com esforços fisicos prolongados e intensos

Classe II - discreta limitação para atividades habituais

Classe III- limitação com atividades habituais

Classe IV-incapacidade de realizar atividades habituais e/ou angina em repouso

30
Q

Doença coronariana cronica (angina estavel e instavel). Medicamentos:

A

Temos os SOMENTE antianginosos (sintomaticos, ex: ACC-nao reduz morbimortalidade do paciente!!-, isossorbida, trimetazidina=droga anti-isquemica sem efeito na hemodinamica cardiovascular, etc) e temos outros que reduzem incidencia de infarto e mortalidade, como AAS

31
Q

Classificação da SAVICO (suporte avançado de insuficiencia coronaria):

A

Tipo A - definitivamente anginosa
Tipo B - provavelmente anginosa
Tipo C - Provavelmente nao anginosa
Tipo D - definitivamente nao anginosa

OBS: associar com risco baixo, moderado e alto (paciente com angina crescendo nas ultimas 48h)

32
Q

Conduta para pacientes com angina que apresentam risco moderado ou alto de SCA:

A

Internar na unidade coronariana com coleta da curva dos MNM (seriar enzimas), aliada a repetição seriada de ECG e do exame fisico, além de:

1) IECA
2) Dupla antiagregação plaquetaria
3) Anticoagulação
4) Estatina
5) Antianginosos conforme a necessidade

Alem disso, programar estrategia invasiva precoce = cateterismo cardiaco nas primeiras 24-48h, seguido de revascularização (percutanea ou cirurgica)

33
Q

Paciente jovem que fez uso de cocaina e está com sintomas precordiais. Conduta:

A

Devido a vasoconstrição intensa e estimulação da agregação plaquetaria, devemos colocar o paciente em leito monitorizado e estabilizar.

Solicitar tbm ECG, rx de torax (rotina em pacientes com suspeita de sindrome coronariana) e marcadores de necrose miocardica.

Usar benzodiazepinicos (diazepam 5 mg IV a cada 5-15 minutos) para reduzir hipertensao e taquicardia (sintomas adrenergicos). Se continuar hipertenso, usar fentolamina (bloqueador alfa-adrenergico).

BETABLOQUEADORES CONTRAINDICADOS NAS PRIMEIRAS 24H APÓS USO DA DROGA, POIS PODEM PIORAR VASOCONSTRIÇÃO ( cocaina é agonista alfa e Beta. BB bloqueia receptores beta dos vasos e as catecolaminas da cocaina ficam livres pra atuar nos alfa, aumentando o seu efeito e gerando VASOCONSTRIÇÃO ainda maior)

OBS:

  • Se o ECG indicar IAMCSSST = reperfusao invasiva
  • ECG normal e MNM alterados = IAM sem indicação de reperfusao
34
Q

Pacientes com angina estavel. Conduta:

A

AAS, estatina e betabloqueador. Após tratamento com boa adesao do paciente, acompanhar o paciente clinicamente e com testes provocativos de isquemia

35
Q

Paciente com supra de ST em DII, DIII e aVF, com inicio da dor há 2h. Diagnostico e conduta

A

SCA da parede inferior e dorsal (70% das vezes irrigada pela CD e 30% pela circunflexa, ramo da CE)

CASO COM SUPRA DE ST:
Angioplastia (em até 90 min da chegada do paciente com delta T de ate 12h- tempo porta-balao- ou 120 min para pacientes que possam ser transferidos para unidade de referencia). Se nao der pra cumprir o tempo porta-balao, faz trombolise- tempo porta-agulha. Se perder o delta T de 12h, faz reperfusao entre 12-24h se o paciente tiver dor, choque cardiogenico ou arritmia ventricular grave. A partir de 24h, já nao adianta mais reperfusao e faz só medicamentos clinicos mesmo.

36
Q

Contraindicações absolutas ao uso de tromboliticos:

A
  • TCE significativo ou AVE isquemico nos ultimos 3 meses
  • sintomas sugestivos de hemorragia subaracnoide
  • punção arterial em sitio nao compressivel nos ultimos 7 dias
  • historia previa de hemorragia intracraniana (AVE hemorragico)- independente do tempo decorrido
  • neoplasia intracraniana, malformação arteriovenosa ou aneurisma (lesao vascular cerebral conhecida)
  • cirurgia intracraniana ou intraespinhal ha menos de 2 meses
  • PA sistolica>185 ou PA diastolica>110 (HAS nao controlada e nao responsiva ao tratamento de emergencia)
  • sangramento patologico ativo
  • diatese (predisposição de um indivíduo para determinadas doenças ) hemorragica aguda, incluindo:plaquetas<100000/mm3, uso de heparinas nas ultimas 48h com alteração do PTTa, uso de anticoagulantes com INR>1,7s ou TP>15s, uso atual de inibidores direto da trombina ou do fator Xa com alteração nos testes de coagulação especificos
  • glicose <50
  • tratamento previo com estreptoquinase há menos de 6 meses
  • TC de cranio mostrando infarto multilobar (hipodensidade >1/3 do hemisferio cerebral)
  • suspeita de dissecção aortica
37
Q

Paciente com infarto de V1 a V6 e DI e avL (infarto anterior extenso). Arteria acometida:

A

Provavelmente tronco de CE

38
Q

Semiologia da dor da pericardite, embolia pulmonar e dissecção aortica:

A

1) pericardite: piora na posição supina e melhora na posição genupeitoral-inclinado pra frente ou quando abraçado a um travesseiro (posição de Blechman). Com componente pleuritico

2) embolia pulmonar: dor localizada, de inicio subito com duração de minutos, com componente pleuritico
e que pode piorar com a respiração

3) dissecção aortica [a camada interna (revestimento) da parede aórtica se rompe e se separa da camada intermediária da parede aórtica]: intensa, aguda, que vai irradiando para o dorso conforme vai progredindo. Comum em pacientes com HAS mal controlada, aterosclerose e pacientes com doenças de tecido conjuntivo, como a SIndrome de Marfan

39
Q

Particulariedades da angina vasoespatica:

A

A angina vasoespástica é um diagnóstico de exclusão cuja manifestação clínica sobrepõe-se à doença arterial coronariana. A etiologia desse tipo de angina é mal definida, o que dificulta a farmacoterapia direcionada. O tratamento com bloqueadores dos canais de cálcio (BCC) torna-se uma opção nesse grupo de pacientes

OBS: BB contraindicados!!

40
Q

Controle da circulação muscular esqueletica, coronaria, pulmonae e SNC:

A

ME- simpatico durante repouso e vasodilatação durante exercicio

AC- controle metabolico local atraves da hipoxia ou adenosina, promovendo vasodilatação

PUL- vasoconstrição por hipoxia

SNC- CO2 e acidemia promovem efeitos vasodilatadores

41
Q

Irrigação das paredes:

A
Anterior - DA
Lateral alta - CX
V1-V6+ DI e aVL (tronco da CE = DA e CX
Inferior e posterior (V7-V8) - CD (70%) ou CX ((30%)
VD- CD
42
Q

Como é conhecida angioplastia feita após fracasso do uso de tromboliticos:

A

“Angioplastia de resgate”

43
Q

Paciente com Infarto anterior extenso- oclusao proximal da CE- (risco elevado de insuficiencia de VE por alto comprometimento miocardico) e hipotensao arterial. Foi dado Dobutamina -pelo seu efeito inotropico positivo-, mas o paciente teve piora hemodinamica (dobutamina diminuiu RVP, com vasodilatação pelos seus efeitos e hipotensao). Conduta:

A
  • idealmente: passar um balao intra-aortico (BIA) e encaminhar o paciente para transplante cardiaco de urgencia
    BIA: estabiliza o paciente ao aumentar a perfusao coronariana e otimizar a performance cardiaca sem aumentar o consumo de oxigenio

-na pratica: noradrenalina (amina vasoconstritora)

44
Q

Quando usar oxigenioterapia no infarto?

A
  • pacientes com saturação <94%, desconforto respiratorio ou congestao pulmonar

OBS: hiperoxia pode gerar vasoconstrição coronariana e vasoconstrição sistemica, aumentando RVP, pressao sanguinea e diminuindo DC

45
Q

ECG em pericardites, embolia pulmonar, hipercalemia e derrame pericardico:

A

Pericardites- supra de ST aparece em todas as derivações do ECG, sem respeitar paredes;

Embolia- taquicardia sinusal, mas espera-se tbm sobrecarga do coração direito- sindrome S1Q3T3 (onda S em DI, onda Q e inversao de T em DIII)

Hipercalemia- ondas T alta e apiculada

Derrame pericardico - amplitude QRS diminui (liquido entre miocardio e saco pericardico funciona como isolante eletrico)

46
Q

|dosa, 70 anos, com varias comorbidades, apresenta dor tipica anginosa (queimação precordial intensa, irradiada para dorso e membro superior, que piora com esforço e melhora com nitrato) com duração >20 min. Conduta e diagnostico:

A

Paciente com SCA = fazer eletro dentre de 10 min (SCA com supra ou sem supra).

Sem supra = IAM sem supra ou angina instavel (diferenciação se dá pela medida dos MNM, como a troponina - tem que aumentar um determinado valor pra ser infarto)

Assim, essa paciente possui angina instavel de risco intermediario (idade 70-75 anos; diabetes, angina prolongada >20 min em repouso que melhorou com nitrato e ausencia de marcadores de alto risco)

47
Q

Quando usar inibidores de GP IIb/IIIa (agentes anti-plaquetários)?

A

Pacientes com IAMSSSST de alto risco que serao submetidos a angioplastia percutanea

48
Q

Quando utilizar estrategia invasiva precoce (cineangiocoronariografia nas primeiras 48h) para revascularização em pacientes sem supra?

A

Pacientes de moderado/alto risco

49
Q

Caracteristicas clopidogrel, ticagrelor e prasugrel:

A

clopidogrel:

  • Pro-droga que precisa ser transformada em metabolitos para exercer sua ação
  • sua inibição do receptor de ADP das plaquetas (P2Y12) é irreversivel

ticagrelor e prasugrel (sao mais potentes do que o clopidogrel, podendo ser utilizados em pacientes que apresentaram IAM por trombose de stent coronariano):

  • após dose de ataque, ticagrelor inicia sua ação em 30 min
  • prasugrel aumenta o risco de sangramentos maiores, devendo ser evitado em pacientes com historia de doença cerebrovascular
50
Q

Angina pré-infarto:

A

Aumento rapido da frequencia e da intensidade das crises anginosas, sugerindo sindrome coronariana com alto risco de evoluir para oclusao total.

Solicitar ECG

51
Q

Paredes do infarto:

A
Anterosseptal - V1-V4
Anterolateral - V5, V6, DI e aVL
Anterior extenso - vV1-V6 + DI e aVL
Lateral alto - DI e aVL
Inferior - DII, DIII e aVF
Dorsal - imagem-espelho em V1-V4 ou supra ST V7-V8
Inferodorsal - inferior + dorsal
Laterodorsal - lateral alta + dorsal
inferolateral - inferior + V5-V6
VD - V3R/V4R/V5R (V6R)
52
Q

Informações sobre os tromboliticos estreptoquinase, alteplase e tenecteplase:

A
  • Estreptoquinase: nao é fibrino-especifica, ou seja, nao degrada apenas fibrina do trombo
  • Fibrino-especificos:
    1) Alteplase (+utilizado),
    2) tenecteplase: + fibrino-especifico de todos, mas nao se liga a fibrina com tanta afinidade, gerando menos fibrinolise. Com isso, as taxas de sangramento extracranianos sao menores, enquanto as taxas de sangramento intracraniano sao semelhantes.
53
Q

Angina tipica (ou definitivamente anginosa) apenas pela anamnese:

A

1) Sensação de aperto, peso ou pressao retroesternal (as vezes queimação ou pontada, mas raramente ‘dor’)
2) Inicio durante esforço fisico ou emoçoes
3) Alivio após repouso ou nitrato sublingual

OBS: a presença de apenas 2 criterios define a dor toracica como “atipica” (provavelmente anginosa).
1 ou nenhum criterio = nao cardiaca

54
Q

Classificação de Killip:

A

KILLIP I Sem alterações
KILLIP II Estertores em base pulmonar com ou sem B3
KILLIP III Edema agudo de pulmão (estertores em >50%)
KILLIP IV Choque cardiogênico

55
Q

SCA com supra de ST associada ao quadro de Killip 2 (Estertores em base pulmonar com B3). Conduta:

A

SCA com supra de ST associada ao quadro de Killip 2 (Estertores em base pulmonar com ou sem B3).

Conduta: angioplastia ou trombolise

ATENÇÃO: CONTRAINDICAÇÃO USO DE BB, pq PODE PIORAR O QUADRO e PRECIPITAR EDEMA AGUDO DE PULMAO (Killip 3)

56
Q

Uso de BB no peri-infarto:

A

Deve ser utilizado por VO, reservando via IV para crises hipertensivas ou taquiarritmia aguda. Devemos usar como prevenção secundaria em longo prazo

OBS: lembrar das contraindicações do uso do BB no peri-infarto: pressao sistolica <100mmHg ou bloqueios AV reversiveis

57
Q

Qual o principal elemento para diagnostico de SCA:

A

Historia clinica (lembrar dos 3 criterios da dor anginosa)

58
Q

Paciente de 55 anos, sem comorbidades, mas com angina estavel e ECG normal. Conduta:

A

Solicitar teste provocativo de isquemia (uteis no diagnostico e na avaliação prognostica, dependendo do tamanho da area isquemica), geralmente teste ergometrico

59
Q

Fatores de risco para doença coronariana:

A

Iguais aos da aterosclerose:

  • HAS
  • DM
  • tabagismo
  • obesidade
  • sedentarismo
  • historia familiar positiva
  • hipercolesterolemia

OBS: varizes de MMII é sinal de insuficiencia venosa cronica, nao tendo relação com aterosclerose