Dor em mãos, punhos (Tratado de MFC) Flashcards

1
Q

Possíveis causas de dor nas mãos e punhos

A

1- Idiopática
2- Traumas
3- Associada a esforço repetitivo e sobrecarga
4- Doença reumatológica

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2
Q

Anamnese - Abordagem inicial

A

Buscar separar causas traumaticas de não traumáticas

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3
Q

Anamnese + Exame físico: o que abordar em caso de trauma

A
1- Mecanismo de trauma 
2- Presença de dor 
3- Edema
4- Deformidade
5- Equimose
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4
Q

Anamnese - Sintomas a serem abordados para definição de diagnostico diferencial

A

1- Diminuição de destreza manual (movimento pinça e amplitude de movimento)
2- Presença de tumoração
3- Rigidez
4- Sintomas neurológicos (força e parestesia)

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5
Q

Anamnese -O que mais avaliar?

A

1- Atividade que precipita os sintomas
2- Impacto nas atividades laborais e cotidianas
3- Possíveis ganhos secundários

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6
Q

Achados clínicos que falam a favor e contra a fratura de escafóide:

A

A favor:
1- Dor na tabaqueira anatômica com história de trauma 2- dor à supinação contra a resistência do examinador

Contra:
1- palpação indolor da tabaqueira anatômica, no tubérculo do escafoide
2- Ausência de dor à supinação contra a resistência do examinador

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7
Q

Diagnósticos diferenciais de dor nos punhos e nas mãos divididos em causas traumáticas e não traumáticas

A

Traumáticas:
1- Dedo em martelo – lesão do extensor da articulação interfalangiana distal
2- Fratura do boxeador – lesão do quinto metacarpo
3- Dedo de Jersey – avulsão do tendão do flexor profundo dos dedos
4- Polegar do esquiador – lesão do ligamento colateral ulnar
5- Fratura distal do rádio
6- Fratura do escafoide

Não Traumáticas: 
1- Tenossinovite de De Quervain
2- Cisto ganglionar
3- Dedo em gatilho – tenossinovite do tendão flexor dos dedos
4- Síndrome do túnel do carpo
5- Osteoartrite
6- Artrite reumatoide
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8
Q

Lesão Traumática - Dedo em Martelo

Sintomas / Mecanismo da lesão / Exame físico

A

Sintomas: Dor na região dorsal da articulação IFD

Mecanismo de lesão: Flexão forçada na extremidade do dedo

Exame Físico: Inabilidade de estender a falange distal ativamente

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9
Q

Lesão Traumática - Fratura do Boxeador

Sintomas / Mecanismo da lesão / Exame físico

A

Sintomas: Dor na cabeça do quinto metacarpo

Mecanismo de lesão: Trauma recente no local

Exame Físico: Avaliar o alinhamento dos dedos com o punho semicerrado

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10
Q

Lesão Traumática - Dedo de Jersey

Sintomas / Mecanismo da lesão / Exame físico

A

Sintomas: Dor na região palmar da IFD

Mecanismo de lesão: Extensão forçada na falange distal

Exame Físico: Incapacidade de fletir a IFD ao cerrar o punho

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11
Q

Lesão Traumática - Polegar do esquiador

Sintomas / Mecanismo da lesão / Exame físico

A

Sintomas: Dor na região ulnar do polegar

Mecanismo de lesão: Abdução forçada e hiperextensão da articulação MCF

Exame Físico: Teste de estresse em valgo: realizar apenas após confirmação radiográfica de ausência de fratura

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12
Q

Lesão Traumática - fratura distal do rádio

Sintomas / Mecanismo da lesão / Exame físico

A

Sintomas: Dor na região radial do punho

Mecanismo de lesão: Queda sobre a mão, com o braço estendido, ou trauma direto

Exame Físico: Edema, deformidade articular

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13
Q

Lesão Traumática - Fratura do escafóide

Sintomas / Mecanismo da lesão / Exame físico

A

Sintomas: Dor no aspecto radial do punho e na tabaqueira anatômica

Mecanismo de lesão: Queda com a mão estendida ou trauma com carga axial do punho

Exame Físico: Palpação dolorosa da tabaqueira anatômica e do tubérculo do escafoide com o punho em extensão; Teste de compressão do escafoide Dor à supinação contra resistência

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14
Q

Lesões não traumáticas: Tenossinovite de De Quervain

Característica clínica / Exame Físico

A

Característica clínica: Dor insidiosa na face radial do punho, com o movimento do punho e do polegar em pinça; pode apresentar dificuldade no movimento de pinça

Exame Físico: 1) Dor à palpação dos tendões dos músculos abdutor longo e extensor curto do polegar (tabaqueira anatômica)

2) Dor com movimento de extensão e abdução contra resistência do polegar
3) Edema próximo ao processo estiloide
4) Teste de Finkelstein

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15
Q

Lesões não traumáticas: Cisto ganglionar

Característica clínica / Exame Físico

A

Característica clínica: Cisto ou nódulo firme de crescimento gradual, próximo à bainha tendinosa

Exame Físico: 1) Consistência elástica à palpação

2) Palpação indolor ou levemente dolorosa
3) Transiluminação do cisto com lanterna

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16
Q

Lesões não traumáticas: Dedo em gatilho

Característica clínica / Exame Físico

A

Característica clínica: Bloqueio do dedo na posição fletida, disfunção e dor à flexão e à extensão, com sensação de estalo

Exame Físico: 1) Dor e edema à palpação do tendão flexor do dedo e sensação de “clique” com o movimento

2) Nódulo firme e doloroso na base do dedo
3) Bloqueio do dedo em flexão.
4) Dor à extensão passiva ou à flexão contra resistência
5) Diminuição da força de preensão
6) Movimento completo, suave e indolor torna pouco provável o diagnóstico

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17
Q

Lesões não traumáticas: Síndrome do túnel do carpo

Característica clínica / Exame Físico

A

Característica clínica: Dor, parestesia, queimação na distribuição do nervo mediano, que piora com atividade ou à noite; alívio com o movimento de “sacudir” da mão – sinal de Flick

Exame Físico: 1) Topografia clássica ou provável no diagrama de Katz

2) Diminuição da força de abdução do polegar
3) Alterações sensitivas
4) Teste de Tinel e Phalen
5) Teste de compressão

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18
Q

Lesões não traumáticas: Osteoartrite

Característica clínica / Exame Físico

A

Característica clínica: Dor articular, relacionada à atividade, que alivia com repouso; rigidez de curta duração

Exame Físico: 1) Limitação da amplitude do movimento articular
2) Hipertrofia óssea e deformidade articular das IFDs e IFPs

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19
Q

Lesões não traumáticas: Artrite reumatoide

Característica clínica / Exame Físico

A

Característica clínica: Dor de início insidioso, rigidez prolongada após inatividade e edema poliarticular, simétrico acometendo, mãos, MCFs e IFPs Sintomas sistêmicos, como fadiga, anorexia, perda de peso e febre podem estar presentes

Exame Físico: Nódulos subcutâneos de tamanhos variados, não aderidos, na porção extensora da ulna

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20
Q

Exame Físico:

Teste de estresse em valgo

A

Devese segurar a articulação carpometacárpica e o osso do metacarpo com uma mão; o polegar distal com a outra e forçar a articulação, fazendo uma alavanca na direção do ligamento colateral na região ulnar do polegar, comparando com a outra mão.
Lassidão ligamentar menor de 30°, ou 15° menor do que o polegar saudável indica ruptura incompleta do ligamento colateral, e lassidões maiores indicam ruptura completa

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21
Q

Exame Físico:

Teste de compressão do escafóide

A

Segurar o polegar e empurrar
longitudinalmente em direção ao escafoide, pelo eixo longitudinal do metacarpo, provocando dor.
(Sensibilidade de 82%; especificidade de 58%)

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22
Q

Exame Físico:

Teste de Filkenstein

A

Dor no processo estiloide radial, ao realizar desvio ulnar
do punho com o polegar do paciente fletido dentro do punho fechado. Pode ser positivo também no caso de osteoartrite da articulação carpometacárpica do polegar

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23
Q

Exame Físico:

Teste de abdução do polegar

A

Diminuição da força de abdução do polegar. Diminuição da força da abdução
do polegar, contra a resistência.
(Sensibilidade de 66%; especificidade de 66%)

24
Q

Exame Físico:

Teste de Tinel (provacativo de Sd. do Túnel do Carpo)

A

percussão na prega do punho, na

localização do nervo medial. Sensibilidade, 23 a 60%; especificidade, 64 a 87%

25
Q

Exame Físico:

Teste de Phallen (provacativo de Sd. do Túnel do Carpo)

A

flexão completa do punho (90º) do

paciente. Sensibilidade, 10 a 91%; especificidade, de 33 a 86%

26
Q

Exame Físico:

Teste de compressão (provacativo de Sd. do Túnel do Carpo)

A

comprime firmemente a região palmar da

prega do punho do paciente por 60 segundos. Sensibilidade, 28 a 63%; especificidade, 33 a 74%

27
Q

Exame Físico:

Diagrama de Katz (Sd. do Túnel do Carpo)

A

O paciente demonstra o local de seus sintomas (dor,
dormência, formigamento ou diminuição da sensibilidade). O resultado pode ser um padrão clássico, provável ou improvável, conforme a topografia dos sintomas. O resultado clássico ou provável tem sensibilidade de 64%; especificidade de 73%

28
Q

Sd. do Túnel do Carpo

Avaliaçaõ sensitiva

A

Testes realizados na porção palmar do segundo dedo, comparando o resultado com o quinto dedo da mesma mão

1) Hipoalgesia. Diminuição da sensibilidade à dor. Sensibilidade de 15 a 51%;
especificidade de 85 a 93%

2) Sensação vibratória. Diminuição da sensibilidade vibratória com uso de
diapasão de 126 Hz ou 256 Hz. Sensibilidade, 20 a 61%; especificidade de 71 a 81%

3) Monofilamento. Sensação anormal com monofilamento de 2,83 g (ou 0,07 gf;
filamento verde) ou maior. Sensibilidade e especificidade de 59%

29
Q

Incidências para radiografia em lesões traumáticas

A

póstero-anterior, lateral e oblíqua

30
Q

Incidencia de Rx na suspeita de fratura do escafóide

A

pronação total com desvio ulnar do punho

31
Q

Quando pedir cintilografia, TC ou RNM na lesão traumática?

A

Cintilo 3 a 5 dias após a lesão
TC/RNM 5 a 10 dias após lesão

Em caso de suspeita de fratura após ter pedido radiografia prévia

32
Q

Quando pedir exame complementar na lesão não traumática?

A

Apenas se dúvida diagnóstica

Cisto ganglionar: US ou RNM

33
Q

É necessario exame complementar para fechar dg de Sd. do Tunel do Carpo?

A

Não, apenas para avaliar gravidade e possibilidade de tratamento cirúrgico

34
Q

Papel do estudo de condução da sd. do tunel do carpo

A

Demonstra comprometimento da condução no nervo mediano, confirmando o diagnóstico de síndrome do túnel do carpo, mas que pode não estar presente em casos leves da síndrome. Eles têm sensibilidade de 49 a 84% e especificidade de 95 a 99%.

35
Q

Papel da Eletroneuromiografia (ENMG) na sd do tunel do carpo

A

Utilizada para avaliar lesão axonal. Em casos leves a moderados,
na síndrome do túnel do carpo, não há degeneração axonal, e o exame será normal. Em casos avançados, há evidência de lesão axonal, com implicação prognóstica e possível tratamento cirúrgico.

Diagósticos diferenciais com radiculopatia, plexopatia, neuropatia do nervo mediano proximal ou polineuropatia

36
Q

Alterações radiograficas da osteoartrite de mãos:

A

presença de osteófitos, diminuição de espaço articular, esclerose e cistos subcondrais, e erosões nas cartilagens e nos ossos são comuns nas lesões por AR

37
Q

Manejo de lesão traumática com radiografia normal:

A

Imobilização e posterior reavaliação com exame de imagem em 10 dias para confirmar a ausência de fratura, especialmente se persistir a dor.

38
Q

Manejo fratura do escafóide:

A

Se for sem luxação, faz imobilização até evidencia de consolidação em Rx ou TC.
Avaliar necessidade de correção cirúrgica sem não houver consolidação 3 a 4 meses após lesão.

39
Q

Manejo da tenossinovite de De Quervain

A

1) Tratamento conservador com imobilização por tala + AINE durante 2 a 6 semanas.
2) Se não houver resposta, faz infiltração por corticóide
3) Referenciar ao ortopedista se ausência de resposta em até 2 aplicações de corticóide

40
Q

Manejo dedo em gatilho

A

1) Imobilização
da articulação metacarpofalangiana em leve flexão, opcionalmente pode ser realizado taping, unindo o dedo afetado ao dedo ao lado

2) Infiltração de corticóide se não houver resposta
3) referenciar para Ortopedia na ausencia de resposta ao corticoide

** alongamento evita recorrencia

41
Q

Manejo Cisto sinovial

A

1) Observação se assintomático
2) Aspiração dos cito em sintomáticos (tx de recorrencia de 50 ao ano)
3) Abordagem cirurgica se limitação, persistencia ou recorrencia (tx de 10% de recorrencia)

42
Q

Manejo da Sd. do túnel do carpo:

Indicação do tto conservador x cirúrgico

A

conservador em casos leves
cirúrgico em casos moderados, severos, com ENMG sugestiva de perda axonal significativa ou refratarios ao tto conservador.

Obs: Em casos severos não é necessário aguardar ENMG para indicar tto cirurgico

43
Q

manejo da Sd. do tunel do carpo

A

1) uso de tala, que
imobilize o punho em posição neutra, no período noturno (efetiva para alívio rapido dos sintomas e melhora da velocidade de condução nervosa)
** Uso continuo da tala melhora velocidade de condução, mas não tem beneficio no alivio dos sintomas se comparada ao uso noturno

2) Infiltração de corticóide ou via oral po 10 - 14 dias se persistencia dos sintomas após 1 mês de uso de tala
3) Tto cirurgico se falha do tto conservador

** acupuntura tem mostrado beneficio no alivio dos sintomas

** pacientes refratarios ou que não podem relaizar cirurgia devem fazer tto fisioterápico, TO ou yoga

*** Orientar perder peso

44
Q

Dor articular na criança, o que deve lembrar?

A

Manter alto nivel de suspeição de lesões em placas de crescimento com história de trauma em mãos

45
Q

Imobilização em crianças:

A

Talas moveis = gesso

Retornar às atividades se gesso não interferir. Monitorar integridade do gesso

46
Q

O que fazer appós retirar o gesso?

A

Manter tala rígida na prática de esporte sem contato.

Indicar fisioterapia e/ou TO após o uso de tala

47
Q

Lesão de dedo em martelo, o que orientar nas praticas esportivas?

A

Após o termino das primeiras 6 semanas de tto, usar tala em todas as praticas esportivas por mais 6 semanas.

48
Q

Quando referenciar - Tenossinovite de De Quervain

A
  • sintomas persistentes

- tx de sucesso do procedimento cirúrgico é de 80 a 90%

49
Q

Quando referenciar - Dedo em gatilho

A

tratamento cirúrgico se houver necessidade de força

externa para fletir o dedo ou se a pessoa não conseguir fleti-lo

50
Q

Quando referenciar - Lesões traumáticas com confirmação de fratura

A

TODAS!!!
+
Lesões tendinosas flexoras

51
Q

Quando referenciar - Lesão em dedo em martelo

A

Quando não for possível extensão passiva

completa ou com subluxação da falange dista

52
Q

Quando referenciar - lesões em dedo de Jersey

A

TODAS!!! Tto cirúrgico é em todos os casos
Até a avaliação ortopédica, deve-se manter o dedo em uma tala, com as IFDs e as IFPs levemente flexionadas, evitando-se extensão

53
Q

Quando referenciar - polegar do esquiador

A

Se teste de estresse valgar evidenciar

articulação instável, ou em falha do tratamento conservador

54
Q

Quando referenciar - Fraturas do escafoide

A

deslocamento maior do que 1 mm ou inclinação do
lunato. Não resolução da fratura em tratamento conservador sem resolução com o seguimento, presença de osteonecrose e pessoas que não desejam usar imobilização por 3 meses

55
Q

Complicações - dedo em gatilho

A

Indolor inicialmente, mas pode evoluir com dor, dificuldade para extensão do dedo e até necessidade de manipulação passiva para extensão

56
Q

Complicações Sd do tunel do carpo

A

Remissão e recorrência

Envolvimento motor, com diminuição da força e da destreza manual e atrofia tenar.