Ortopedia Flashcards

(129 cards)

1
Q

Fraturas

Principais forças de trauma e fraturas associadas (4)

A

1) Angulação&raquo_space; Transversa ou oblíqua
2) Torção&raquo_space; Espiral
3) Tração&raquo_space; avulsão
4) Compressão&raquo_space; Impactada

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2
Q

Classificação de fraturas

Traço da linha de fratura e segmento

A

1) Simples: traço único com 2 fragmentos
2) Cunha: no minimo 3 fragmentos, porém mantendo contato entre os dois principais
3) Complexa: ao menos 3 fragmentos, porém sem contato cortical entre os 2 fragmentos principais
4) Cominutiva: multifragmentada, podendo ser complexa, ou não
5) Segmentar: forma-se um fragmento osseo isolado e único

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3
Q

Fratura em ganho verde

A

fratura incompleta, que ocorre em criança. Acontece devido ao periósteo que é grosso sufuciente para evitar a lesão das duas corticais

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4
Q

Fratura em ganho verde

como reduzir

A

É necessario transformar cirurgicamente a fratura em completa

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5
Q

Fraturas

Consolidação óssea

Direta/primaria

A

quando forma-se osso diretamente, sem matriz cartilaginosa ou reparo intermediário.
Ocorre no uso de placa e parafuso, com estabilidade perfeita
não forma calo osseo

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6
Q

Fraturas

Consolidação óssea

Indireta/secundária

A

Formação de tecido fibrocatilaginoso intermediário.

Ocorre quando há estabilidade parcial, presença de calo ósseo ao Rx

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7
Q

Fraturas

Calo ósseo

fases

A

1) Hematoma fraturário&raquo_space; imediato
2) Calo mole&raquo_space; dura 2 semanas
3) Calo duro&raquo_space; após 6 semanas até 6 - 9 meses
- com 6 semanas há consolidação clínica
- com 6 meses há consolidação radiológica
- tempo maximo para consolidação no rx: 9 meses

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8
Q

Fraturas

Problemas na consolidação

A

Consolidação viciosa (consolidação na posição de deformidade)
Pseudoartrose

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9
Q

Fraturas

O que é pseudoartrose?

A

Ausencia de consolidação de fratura 6 - 9 meses após fratura

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10
Q

Fraturas

Principais causas de pseudoartrose

A

fixação inadequada
osteomielite
necrose de fragmentos fraturados

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11
Q

Fraturas

Tipo de pseudoartroses

A

1) Hipertróficas ou bem vascularizadas (sem estabilidade)
- distúrbio mecanico com foco na fratura
- formação de calo ósseo devido a boa vascularização
2) Atrófica ou avascularizada
- não forma calo ósseo

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12
Q

Tratamento de fratura - Hospitalar

A
  • Analgesia venosa
  • Redução da fratura
  • Estabilização da redução
  • Profilaxia antitrombótica

** No pré-hospitalar: apenas imobilização provisória com talas

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13
Q

Fratura

Redução cirurgica/aberta/cruenta

A

Indicada para fraturas cominutivas, instáveis (dor contínua ou desvio mantido após redução), intrarticulares ou expostas

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14
Q

Fraturas

Redução fechada/incruenta

A

2 modalidades

1) Manipulação
- Tração longitudinal&raquo_space; acentuação da deformidade&raquo_space; redução da deformidade

2) Tração contínua
- Cutânea em crianças
- Esquelética em adultos, usando pino de Steinman ou fios de Kirschner
&raquo_space; manter por 2 semanas , com paciente internado. Em desuso

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15
Q

Fraturas

Indicações de redução fechada por manipilação

A

1) Fratura diafisária fechada simples
2) Fratura de falanges
3) Fratura distal do radio no adulto (fratura de colles)
4) Fratura do úmero supracondiliana com desvio na criança

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16
Q

Fraturas

Indicações de de redução fechada por tração contínua

A

1) Fratura diafisária do fêmur

2) Fratura-luxação cervical

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17
Q

Fraturas

Tipos de estabilização/Osteossíntese

A

1) Contenção externa
2) Fixação externa
3) Fixação interna

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18
Q

Fraturas

Contenção externa - quais são e indicação

A

Gesso e órtese plástica

Indicado em:
Fraturas estáveis de membro superior
Fraturas estáveis de tibia e fíbula

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19
Q

Fraturas

Tempo de uso de contensão externa (gesso e órtese plástica)

A

Tempo médio de 6 semanas

  • 3 semanas para falanges
  • 12 semanas para tibia
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20
Q

Fraturas

Complicações do gesso

A

Isquemia distal
ulcera de pressão
instabilidade por quebra do gesso

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21
Q

Fraturas

Indicação de fixação externa

A

1) Paciente crítico que não suporta tratamento definitivo
2) Fraturas diafisarias expostas grau IIIB e IIIC
3) Fraturas diafisárias cominutivas da tibia e da extremidade distal do radio

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22
Q

Fraturas

Fixação interna. Tecnicas e indicações

A

1) Placa e parafuso: fraturas epifisárias ou metafisárias, fraturas expostas grau I até III A ou em segundo tempo nas III B e III C
2) Hastes intramedular: fratura diáfisaria no femur ou fraturas expostas grau I até III A. A incisão é feita longe do foco da fratura
3) Fios de Kirschner: fraturas articulares do pé, fratura distal cominutiva do radio e em situação que haja grande contaminação na ferida exposta

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23
Q

Fraturas expostas

Definição

A

Fratura associada a lesão de pele e partes moles permitindo contaminação do osso ou contato do hematoma fraturário com o meio externo.
A presença de sangue com gotículas de gordura significa fratura exposta.

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24
Q

Fraturas expostas

Classificação de Gustillo-Anderson

A

Grau I: Ferida < 1 cm, contaminação mínima, partes moles mínima, lesão óssea simples, sem cominuição

Grau II: Ferida 1 a 10 cm, Contaminação moderada, partes moles moderada com lesão muscular, lesão ossea moderada cominuição

Grau III: Ferida > 10 cm, muito contaminada

  • Grau III A: Partes moles com grave esmagamento, lesão ossea com possivel corbetura ossea
    - Grau III B: Partes moles muito grave, lesão ossea requer reconstrução
    - Grau III C: Partes moles muito grave com lesão vascular, lesão ossea requer reparo vascular
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25
Fraturas expostas Casos especiais que já é considerada diretamente grau III A
- PAF - Ambiente rural - Fraturas segmentares
26
Fraturas expostas fratura grau I e grau III B
Causada de dentro para fora prognóstico e tratamento semelhante a fratura fechada, quase sempre cirurgico Nas lesoes III B, precisa de enxerto para cobrir o osso
27
Fraturas expostas Incidencia
III A > II > I > III C > III B
28
Fraturas expostas Classificação de Tscherne
Utiliza lesão de partes moles - C0: nenhuma lesão - C1: escoriações C2: edema e hematomas C3: sindrome compartimental
29
Fraturas expostas Objetivo primário do tratamento
Evitar infecção
30
Fraturas expostas Avaliação de fratura no ABCDE
A: Fratura de face B: costela C: perve D cervical
31
Fraturas expostas Avaliação do E, oq avaliar
Ectoscopia: feridas/soluções de continuidade, devio (femur proxial >> rotação externa), palidez ou cianose distal, movimentação grosseira ativa Palpação: foco de fratura, pulso distal, temperatura distal Percussão: reflexos tendinosos profundos
32
Fraturas expostas Condutas em relação a curativo estéril e imobilização provisória
- Não reduzir ou debridar fraturas expostas na sala de emergencia - Após avaliação inicial, cobrir com gase esteril, passar o crepom e posicionar a tala de espuma para imobilização provisória - Se osso visível, imobilizar na posição que estiver, sem reduzir
33
Fraturas expostas Antibióticoprofilaxia - conceitos
- ATBprofilaxia isolada não previne infecção, é necessário também o desbridamento cirurgico - Deve ser iniciada ainda na atenção primaria - Esta indicada em, no maximo, 6 horas. Após isso, lesão infectada >> ATBterapia
34
Fraturas expostas Recomendação de ATBprofilaxia
- Gustillo I e II: Cefalosporina de 1a geração (cefazolina), por 24 horas - Gustillo III: Cefalosporina de 1a geração + aminoglicosídeo (gentamicina), por 48 horas - Fratura exposta em ambiente rural: Tratar como Gustillo III + penicilina cristalino por 48 horas.
35
Fraturas expostas Profilaxia antitetânica
- Deve ser iniciada na sala de emergencia, exceto se vacina antitetanica em dia, comprovada pelo cartão de vacina
36
Fraturas expostas Porque fazer avaliação radiològica
Para avaliar externsão e possíveis abordagens cirurgicas. O diagnóstico é clinico
37
Fraturas expostas Objetivo do tratamento cirurgico
Principal objetivo é previnir que a contaminação se transforme em infecção. Emergência ortopédica >> requer cirurgia em no maximo 6 horas
38
Fraturas expostas Principios cirurgicos da fratura exposta
1) Anestesia, assepsia e antisepsia 2) Exploração da ferida 3) Desbridamento - medida mais importante na redução da morbimortalidade 4) Lavagem mecânico-cirurgica com 10L de SF 5) Redução 6) Estabilização precoce - I até III A: placa e parafuso ou haste intramedular de acordo com localização da fratura - III B e III C: Fixador externo provisório, depois fixadorexterno definitivo ou placa (Lisarov) e parafuso 7) fechamento da ferida
39
Fraturas expostas Tipos de fechamento da ferida dentro dos principios cirurgicos da fratura exposta
- Tipo I: fechamento no ato cirurgico - Tipo II: Fechamento imediato ou após 48 horas - Tipo III: nunca fechar primariamente, somente após second look, em 48 horas ** No tipo II, há melhor resultado no fechamento por segunda intensão com curativo à vacuo do que com fechamento por primeira intensão
40
Fraturas expostas Conduta se lesão vascular importante
- Reparar somente após fixação - Em caso de ausencia de pulsosou evolução entre 3 e 6 horas, pode-se tentar um shunt provisório, proceder a fixação para depois fazer o reparo vascular definitivo
41
Fraturas expostas Conduta na lesão de nervo
- Não é urgente e pode ser abordada em até 15 dias, sem prejuizp prognostico - Exceto N. tibial com fratura da tibia, que é um critério de amputação
42
Fraturas expostas resumo das condutas segundo a classe da fratura
Grau I e II, deria de 1 ate 10 cm: ATB profilaxia com cefazolina por 24 horas, estabolização precoce com placa e parafuso ou haste intramedular, fechamento da pele no ato cirurgico ou a julgamento clinico, se ferida maior - Grau III A, B, e C, ferica > 10 cm: ATB profilaxia com cefazolina e gentamicina por 48 horas. Fixação externa, fechamento da pele após 48 horas, na ausencia de infecção
43
Fraturas expostas Critérios de amputação Absolutos
- Absolutos: - Fratura de tibia com lesão do n. tibial (perda de sensibilidade plantar) - Fratura exposta tipo III com mais de 6 horas de isquemia - Fratura exposta tipo III C extensa, que impossibilita reconstrução
44
Fraturas expostas Criterios de amputação relativos imediatos
- Politrauma com choque hemorragico e risco de vida | - Idoso que não deambula
45
Fraturas expostas criterios de amputação tardios
- Áreas extensas insensíveis - Contraturas e dor crônica incapacitante - Ptrótese potencialmente mais funcional que o membro
46
Fraturas expostas Índice de MESS
Avalia parâmetros para definir amputação, ou não e pontua de 0 a 12 - lesão/energia - choque hemorragico - isquemia no membro - idade do paciente ** MESS > ou igual a 7 = amputação MESS < 7 = membro viável, fazer reparos.
47
Complicações das fraturas Precoces
- Embolia gordurosa - Síndrome compartimental - TVP e TEP - Lesões vasculares - Lesões neuromusculares
48
Complicações das fraturas Tardias
- Osteomielite - Artrite séptica - necrose avascular/asséptica - Distrofia simpaticorreflexa/algodistrofia - Consolidação anormal
49
Complicações das fraturas Embolia gordurosa - tempo de surgimento
Ocorre entre 24 a 72 horas, podendo surgir em até 2 semanas
50
Complicações das fraturas Fatores de risco da embolia gordurosa
Fratura fechada de ossos longos e pelve
51
Complicações das fraturas Embolia gordurosa - sinais e sintomas
- Taquidispneia subita - Petéquias disseminadas no tronco - Confusão mental - Alterações inespecíficas no Rx de tórax
52
Complicações das fraturas Embolia gordurosa - tratamento
Suporte com oxigenioterapia e VNI ** Prevenção: fixação precoce em até 24 horas.
53
Complicações das fraturas Sd compartimental - locais mais acometidos
- compartimento: * Anterior da perna: fratura diafisária da tibia * Posterior do antebraço: fratura do radio distal (Colles) * Qualquer sítio: por esmagamento * Anterior do antebraço: fratura supracondiliana do úmero *** Risco aumentado em fraturas fechadas
54
Complicações das fraturas Sd compartimental - quando ocorre?
- Pressão de perfusão muscular > 20 mmHg acima da PAD | - Pressão intracompartimental > 30 mmHg
55
Complicações das fraturas Sd compartimental - Diagnóstico, sinais e sintomas
O diagnóstico é clínico "5 Ps" - Pain - Parestesia - Paresia/Paralisia - Palidez - Pulseless mais - Edema endurado - Tensão muscular Obs: - Parestesia é um sinal precoce, surgindo em até horas e é transitória (neuropraxia) - `Paresia surge após 4 horas e evolui para paralisia, representando dano permanente - Palidez e ausencia de pulso são sinais de comprometimento arterial
56
Complicações das fraturas Sd compartimental - tratamento
- Retirada da imobilização | - Fasciotomia imediata extensa bilateral
57
Complicações das fraturas Necrose avascular ou asséptica - causas
- Fratura episisária e metafisárias: como de femur, condilos do femur, platô tibial, cabeça do radio, escafoide, semilunar e talus - Iatrogênicas: redução com fixação interna mal posicionada - Clinicas: Uso de corticoide, etilismo, etc
58
Complicações das fraturas Necrose avascular ou asséptica - diagnostico
Suspeito por dor na articulação envolvida, que piora com movimento e deve confirmado por exames de imagem: RMN > Cintilografia > TC > Rx
59
Complicações das fraturas Necrose avascular ou asséptica - sinais nos exames de imagem
- RMN: Sianl da dupla linha, patognomônico - Cintilografia: Hipercaptação ao redor de área de hipocaptação - Rx: Só detecta sinais tardiamente, quando há fibrose e neoformação óssea. Sinais: - Hiperdensidade óssea - Sequestro óssea - Cistos ósseos - Fratura subcondral - Colapso - Osteoartrose
60
Complicações das fraturas Necrose avascular ou asséptica - Tratamento
- Conservador: - Área < 15% da cabeça femoral, em jovens assintomáticos - Até estágio 3 na cabeça femural - Descompressão óssea - Área < 15% da cabeça femoral, em lesões recentes diagnosticadas por RNM, nos jovens assintomáticos - Osteotomia - Área maior que 15% e menor que 30% da cabeça femoral, com colapso parcial ou cisto, em jovens - Endoprótese - Área > 30% da cabeça femoral ou nos idosos, se área > 15%
61
Complicações das fraturas Distrofia simpaticorreflexa ou algodistrofia - o que é
há um estado crônico de hiperssensibilidade
62
Complicações das fraturas Distrofia simpaticorreflexa ou algodistrofia - Sinais e sintomas
- Dor inexplicavel - Edema - pele fria, umida, lisa, moteada (eritrocianose) e brilhante - Evolução para atrofia muscular, hiperpigmentação e osteoporose grave
63
Complicações das fraturas Distrofia simpaticorreflexa ou algodistrofia - Tratamento
Fisioterapia, analgesia, antidepressivo e corticoides
64
Osteomielite Fisiopatologia
envolve infecção ossea, destruição tecidual, sequestro de fragmento osseo, formação de biofilme e perpetuação da inflamação em um crivo vicioso
65
Osteomielite Fatores de risco
``` 1- Uso dedrogas injetaveis 2- Cateter venoso central de longa data 3- Endocardite infecciosa 4- ITU e bacteriúria assintomática se prótese 5- IVAS e infecções de pele 6- Fraturas expostas 7- Iatrogenia em cirurgias de coluna ```
66
Osteomielite Classificação
Aguda x crônica Critério diferencial é diagnóstico é radiológico - Aguda: sem sequestro ósseo - Crônica: com sequestro ósseo, em geral, acima de 4 semanas
67
Osteomielite Auguda Conceitos
- Principal mecanismo: disseminação hematogênica e menomicrobiana - Porção mais afetada é a metáfise - Crianças e pré-buberes são mais acometidos
68
Osteomielite Aguda Localizações principais
- Adulto: osteomielite vertebral ou espondilodiscite. S aureus ou Pseudomonas - Criança: osteomielite na metafise tibial e femoral. S. aureus ou Pneumococo
69
Osteomielite Aguda Sinais e sintomas
- Dor intensa localizada - Impotencia funcional - Febre e calafrios - Trauma ou infecção recente - Hipersenssibilidade na palpação do precesso espinheoso vertebral
70
Osteomielite Aguda Principal germe em associação com Anemia Falciforme
Salmonella spp.
71
Osteomielite Crônica Conceitos
- Mecanismo de infecção por contiguidade na osteomielite que surge após fratura exposta complicada ou pé diabético - Suspeitar em paciente com consolidação retardada ou pseudoartrose - Infecção polimicrobiana por estafilococos (aureus e coagulase negativo) e Gram-negativos anaeróbios - Infecção por Pseudomonas na presença de prótese
72
Osteomielite Crônica Sinais e sintomas
- Oligossintomáticos - Dor crônica - Anormalidades de consolidação - Pseudoartrose - Consolidação retardada - Fistula Osteocutâneas
73
Osteomielite Crônica Suspeição de osteomielite no Pé diabético
- Visualização de osso sob uma ferida - Toque do osso acessivel por qualquer instrumento explorador - Ulcera sob proeminencia ossea acima de 2 cm
74
Osteomielite Exames complementares
mais aplicáveis à osteomielite aguda - HMG: possível leucocitose - PCR: > 10 (útil para acompanhamento do tto agudo, reduz após 48 horas) - VSH: > 100
75
Osteomielite Exames de imagem
- Rx simples: baixa sensibilidade, dx tardio - Espessamento do periósteo, areas de esclerose e lise - TC: se RNM indisponível - Cintilografia: Indicada para dx diferencial como celulite - Osteomielite: marcação em 3 fases - Celulite: marcação em 2 fases - RMN: mais indicado, maior acuracia - SInal de hiperintensidade em T2 (acúmulo de liquido) no interior da medula ossea
76
Osteomielite Diagnostico microbiológico
Biópsia por debridamento cirurgico ou punção é padrão ouro, com cultura da amostra ** normalmente só inicia ATB após biópisia, exceto em caso de infecção de partes moles ou sepse
77
Osteomielite Tratamento geral
ATB + debridamento cirurgico - Minimo 6 semanas, se osteomielite aguda - minimo 6 meses, se osteomielite cronica, sendo recomendado acesso venoso central em veia periferica
78
Osteomielite Aguda Hematogênica Tratamento
Debridamento + ATB empírica venosa >> Baixo risco de MSRA: oxacilina ou cefazolina >> Alto risco MRSA: Vancomicina ** 6 semanas de ATB
79
Osteomielite após fratura exposta
Debridamento + ATB empirica venosa >> Vancomicina (MRSA) + >> Cefepime (gram neg e pseudomonas) + >> Rifampicina (MRSA no biofilme, se fixação interna ou prótese) ** no biofilme a infecção é polimicrobiana, sendo que mais internamente predominam bacterias anaeróbias e mais resistentes
80
Osteomielite após fratura exposta Conduta em relação a prótese
- Dispositivos de fixação interna devem ser mantidos - debridamento - ATB empirica até ATB guiada por cultura, por a meses - Retirar fixadores, colher nova cultura e fazer um ciclo de ATB por semanas, se necessário
81
Osteomielite após fratura exposta Indicações de manter ou retirar prótese
- > ou igual a 4 semanas: retirar prótese, desbridar, por espassador, manter ATBterapia guiada até revisão em semanas, quando se deve repetir o processo. Manter ATBterapia por meses - < 4 semanas: manter prótese, desbridar e manter ATB guiada por no minimo 6 semanas - Se Acietobacter baumanii crecer na cultura, retirar prótese independente do tempo.
82
Artrite Séptica Conceitos
- Incidencia bi-modal ( <2 anos ou entre 8 a 12 anos) - Local mais comum é joelho - Mais comum após bacteremia ou lesões articulares traumáticas
83
Artrite Séptica Quadro clinico
- Dor, calor, edema rubor - Redução da ADM - Impotencia funcional da articulação
84
Artrite Séptica Exames de imagem
Rx simples da articação | RNM, se disponível
85
Artrite Séptica Punção diagnóstica
Padrão-ouro - Bioquímico: diminuição da glicose (50% menor que glicemia sérica) e aumento de proteínas - Citometria: aumento de leucocitos (NS > 85% sem prótese ou NS > 65% se prótese) - Gram: possível identificação direta, mas improvavel - Cultura: com antibiograma
86
Artrite Séptica Tratamento
ATB por 6 semanas + medida cirugica - 24 horas, fazer artrotomia - < 24 horas, fazer artroscopia ** Neonato com sintoma há menos de 24 horas, fazer aspiração por punção
87
Fraturas do fêmur proximal Tipos
- Fratura do colo femoral - Fratura transtrocanteriana - Fratura subtrocanteriana ** as duas primeiras são mais comuns
88
Fraturas do fêmur proximal Conceitos importantes sobre anatomia do fêmur proximal
- Ângulo colo-diafisário é de aproximadamente 130a - Fraturas proximais causam redução desse angulo - Palwells classifica as fraturasde acordo com essa redução, sendo que quanto maior a reduação, maior o risco de lesão vascular - A carga se distribui principalmente sobre a porção medial do colo femoral - A principal artéria que irriga a cabeça e colo é a A. circunflexa Medial - A vascularixação intracapsular é pobre enquanto que a extracapsular é rica
89
Fraturas do fêmur proximal Quadro clínico
- Idosos, sexo feminino, com trauma de baixa energia - Dor no quadrol e coxa - Membro encurtado e com rotação externa - Claudicação se fretura sem desvio - IMpossibilidade de apoio no chão se fratura com desvio.
90
Fraturas do fêmur proximal Exames complementares
Sempre bilaterais para comparação: - Rx de bacia em AP - Rx do quadril em Ap - Rx do quadril em Perfil com raios horizontais >> Solicitar risco cirurgico: ex laboratoriais, rx de torax, ecg >> sempre solicitar densitometria ossea em pacientes acima de 60 anos, devido a risco de osteoporose
91
Fratura do colo proximal Conceitos
- fratura intracapsular com pior vascularização - Encurtamento e rotação interna menos evidente que nas outras fraturas, pq o devio é contido pelos ligamentos intraarticulares
92
Fraturas do colo proximal Complicações
- 25% de mortalidade - Instabilidade com desvio - Necrose avascular
93
Fraturas do colo proximal Classificação de Garden
- Garden I: Incompleta ou impactada - Garden II: Completa, sem desvio - Gardem III: Desvio parcial em varo, causando redução do angulo colo-diafisário - Gardem IV: desvio ou deslocamento total
94
Fraturas do colo proximal Tratamento
Ideal em até 12 horas - Tratamento conservador: idosos acamados, com risco proibitivo, Ganrden I ou II (estaveis) e sem dor - Fixação interna com placa e parafuso: jovens ou idosos ativos, Garden I ou II - Redução fechada e fixação interna com haste bloqueada: jovens ou idosos ativos, Garden III ou IV - Endoprótese de quadril ou Artroplastia: acima de 65 anos e pouco ativos Garden III ou IV > Artroplastia parcial: acima de 75 anos e menos ativos > Artroplastia total: entre 65 e 75 anos e mais ativos
95
Fratura transtrocanteriana ou intertrocanteriana conceitos
``` - Extracapsular e metafisária >> menos complicação >> melhor consolidação - Rotação externa e encurtamento mais evidentes - Presença de equimose local - Tto sempre cirurgico - Pode aguardar até 48 horas - Escolha de Tto por fixação interna por placa e parafuso ```
96
Fratura subtrocantérica
- Menos comum >> sempre investigar fratura patológica
97
Fraturas subtrocantérica Classificação e tratamento
- Tipo I: Traço não atinge trocanter maior. Tto com haste intramedular bloqueada - Tipo II: traço atinge trocanter maior. Tto com placa e parafuso em angulo fixo
98
Fraturas subtrocanterica Complicações
- Embolia gordurosa: precoce, surgindo entre e horas - Eventos troboembólicos: tardios, surgindo por volta do a dia útil - Complicações relacionadas ao leito: atelectasia, pneumonia, escara e ITU
99
Fraturas de pelve Mecanismos de trauma
Traumas contusos de alta energia - Colisão autotomobilística >> Compressão ântero-posterior ou lateral >> Considerada de alta energia se acima de Km/hora - Queda de altura >> Alta energia é considerada acima de km/hora >> Compressão vertical - Atropolamento >> Compressão e cisalhamento ântero-posterior ou lateral
100
Fraturas de pelve Avaliação diagnóstica - Exame clínico inicial
ABCDE - Na avaliação primaria: atenção para pelve como foco de hemorragia se choque - Avaliação secundária: >> Inspeção: - Assimetria de comprimento dos membros inferiores - Rotação externa do membro - Sinais de lesão uretral (equimose perineal, hemouretrorragia, dificuldade de urinar) - Sinal de Destot: hematoma perineal, indicando lesão do assoalho pélvico - Sinal de Morell-Lavallé: equimose extensa na lateral da coxa, devido à fratura acetabular e necrose gordurosa >> Palpação de instabilidade - Sínfise púbica: compressão em AP - Cristas ilíacas: compressão AP e LM bilateralmente
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Fraturas de pelve Medidas de reanimação
- Expansão volêmica - Mobilização >> Lençol amarrado ou cinta pélvica sobre os trocânteres maiores
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Fraturas de pelve Medidas auxiliares para avaliação primaria
- Rx de torax com pneumoperitôneo - Fast: hemoperitoneo >> lapa se liquido livre em ou mais quadrantes, com espessura maior que 1 cm - Rx de pelve em AP: diagnóstica, classificação e conduta - Cateterização vesical: se não houver sinais de lesão ureteral
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Fraturas de pelve Avaliação secundária
- Visualização em bloco | - Tique vaginal e retal
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Fraturas de pelve Exames secundários
``` Uretrografia retrograda, se > Hemouretrorragia > Equimose perianal > Dificuldade de urninar > Cafalização prostÁTICA ``` Cistostomia suprapúbica, se lesão uretral confirmada
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Fraturas de pelve Classificação
- Tipo A: Mecanismo > compressão lateral, Linha de fratura > horizontal no pubis, Consequencia > rotação medial, estavel, o anel pelvico esta preservado - Tipo B: Compressão AP, diástase do pubis, instabilidade na frente da pelve - Tipo C: Cisalhamento vertical, desalinhamento da crista ilíaca, instabilidade anterior e posterior. * * Traumas que afetam a pelve posteriormente são considerados instaveis * * Fratura em livro aberto quando a diáfise é > 2 cm * * Na classificação de Youn-Burgess as fraturas instaveis são CAP e CLI
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Fraturas de pelve Fraturas expostas da pelve
- Se continuidade com uretra ou reto >> fratura exposta oculta = laparotomia - Se lesão em dedo de luva = colostomia - Se exposta diretamente > alta mortalidade
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Fraturas de pelve Contenção hemorragica
- Objetivo contenção da hemorragia venosa | - Lesões CAP II, III e VS cursam com aumento do volume retroperitoneal, favorecendo a hemorragia
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Fraturas de pelve Algorítmo de tratamento da fratura pélvica
1. Diagnóstico e classificação da fratura com rx de pelve em AP 2. Estabilização com cinta pélvica ou dispositivos posteriores em CAP III e CV 3. Exclusão de hemorragia intraperitoneal com FAST 4. Em caso de hemorragia persistente, identificar origem, se venosa ou arterial, com Angio-TC 5. Venosa: no paciente estável fazer a fixação externa. No instavel, o tamponamento pré-peritoneal 6. Arterial: no paciente estavel fazer a angioembolização e fização externa. No instavel esta indicado cirurgia de controle de dano, também com tamponamento pré-peritoneal
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Fraturas de pelve Tratamento cirurgico ortopédico
- fraturas tipo B de Young-Burgerss em "livro aberto" > 2,5 cm, tto cirurgico - Para controle de dano > retirarno bloco cirurgico os dispositivos de imobilização somente após colocação do fixador externo temporário - A posição ideal do fixador é sobre a asa do ilíaco. se ela estiver fraturada colocar sobre região supraacetabular - O tempo ideal da cirurgia ortopédica definitiva na fratura de pelve, é entre 5 a 10 dias, devido ao menor risco de SIRS e infecção
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Luxações do Ombro Tipos
- Luxação glenoumeral | - Luxação acromioclavicular
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Luxações do Ombro Diagnóstico
Clinicorradiológico, confirmado pelo Rx de ombro com aumento do espaço articular, nas seguintes incidencias: - AP de ombro - Perfil escapular - Perfil axilar
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Luxações do Ombro Luxação glenoumeral - mecanismo de lesão
Extensão, abdução e rotação externa do ombro * * luxação mais comum * * Deslocamento mais frequente é o anterior
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Luxações do Ombro Luxação glenoumeral - Quadro clínico
- Homem, jovem, praticando exercício de ampla movimentação do braço - Sensação súbita de deslocamento, estalo ou fratura - Dor intensa no ombro e incapacidade de suspenser o braço - Membro em rotação externa, abdução, deslocado anteriormente - Sinal do cabide ou depressão lateral do ombro
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Luxações do Ombro Luxação glenoumeral - Complicações
- Lesão do n. axilar | >> hipoestesia e parestesia na lateral do deltoide, transitória
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Luxações do Ombro Luxação glenoumeral - tratamento
Redução incruenta/fechada + mobilização com tipoia por 3 semanas + fisioterapia para ADM ** Redução deve ser mais imediata possível, preferencialmente com analgesia
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Luxações do Ombro Luxação glenoumeral - manobras de redução
- Manobra de Stimson >> Primeira a ser tentada >> Paciente en decubito ventral, sobre uma mesa, com o membro pendendo com peso amarrado, por até 15 minutos, se não reduzir, tentar a manobra de hipócrates modificada - Manobra de Hipócrates Modificada >> Paciente sentado, com tração do membro em abdução e contratração auxiliar na axila com pano - Manobra de Kocher >> Paciente em decúbito dorsal, aplicando força inferior no braço em rotação externa e abdução, com cotovelo fletido. Após recolocação, aplicar rotação interna e adução do braço ** Se luxação traumática de alta energia: redução cirurgica
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Entorse de Tornozelo Ligamentos mais acometidos
- Lateral: Ligamentos talofibular anterior (LTFA) e posterior (LFTP) + ligamento calcâneofibular (LCF) - Medial: Ligamento deltoide (LD) - Sindesmose tibiofibular: Ligamentos tibiofibulares anteriores (LTA) e posterior (LTP)
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Entorse de Tornozelo Mecanismo de Lesão
- Lateral: inversão + flexão plantar, ou seja, pé em supinação - Alta/Sindesmótica: eversão + flexão dorsal, ou seja, pé em pronação + rotação interna da tibia - Medial: eversão + posição neutra
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Entorse de Tornozelo Exames de imagem
RMN após 3a dia da lesão, antes disso o exame clínico é mais sensível e específico
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Entorse de Tornozelo Critérios para Rx de tornozelo ou pé
Suspeita de fratura associada, quando há: - Dor maleolar espontânea e à digitopressão - Incapacidade de dar 4 passos - Dor no ante´r com dor a digitopressão na base do V metatarso
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Entorse de Tornozelo Classificação
De acordo com teste de instabilidade e rotura ligamentar vista por aumento de espaço ao Rx - Drau I: Estável com estiramento, sem rotura macroscópica - Grau II: Instavel, com rotura parcial - Grau III: instavel, com rotura completa
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Entorse de Tornozelo Entorse lateral - fisiopatologia + mecanismo
- Lesão mais comum. Acontece devido ao maleolo medial ser menor que o lateral, o que confere inversão ampla e lesão ligamentar das estruturas laterais. - Mecanismo: Inversão + flexão plantar, tbm chamado de trauma em supinação, com lesão do LFTA e LFC
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Entorse de Tornozelo Entorse lateral - Quadro clínico
- Entorse por tropeção ou ao aterrisar ao solo em atividade esportiva como volei e basquete - Dor agravada com inversão do pé - Teste de instabilidade lateral positivo >> Teste da inclinação talar >> Teste da gaveta anterior ** Se indicado Rx, posicionar em : estresse em varo e posição de gaveta anterior
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Entorse de Tornozelo Entorse alta/sindesmotica - mecanismo
segundo tipo mais comum Mecanismo: eversão + flexão dorsal + rotação interna da tibia, tbm chamado de trauma em pronação
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Entorse de Tornozelo Entorse alta/sindesmótica - Quadro clínico
- Queda com pé em pronação - Teste de instabilidade da sindesmose tibiofibular >> Teste da compressão tibiofibular >> Teste do estresse rotacional externo
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Entorse de Tornozelo Entorse Medial - Mecanismo
Eversão com pé em posição neutra, com lesão do ligamento deltoide
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Entorse de Tornozelo Entorse Medial - Quadro clínico
- Entorse em mulher usando salto alto que quebrou - Teste de instabilidade medial positivo >> Teste do estresse rotacional
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Entorse de Tornozelo Tratamento
Consiste no protocolo PRICE nas primeiras 72 horas P - Proteção com muletas e BRACE de tornozelo para lesão lateral, pois é um restritor da inversão R - Repouso I - Ice C - Compressão com bandas elasticas e tala E - Elevação
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Entorse de Tornozelo Tratamento cirurgico
Repato ligamentar se: - Fratura maleolar associada - Ruptura da sindesmose tibiofibular - Entorse lateral grau III em atletas