DRGE e Refluxo fisiológico Flashcards

(82 cards)

1
Q

Quanto à faixa etária, quais idades podem ser acometidas pela regurgitação e DRGE?

A

Todas as faixas etárias

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Defina Refluxo gastroesofágico fisiológico

A

Retorno de conteúdo gástrico para esôfago sem repercussões clínicas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Patologias esofágicas mais prevalentes na faixa pediátrica

A

DRGE e esofagite eosinofílica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Defina regurgitação do lactente

A

Retorno de conteúdo gástrico à boca, sem causar incômodo ou repercussão ao paciente (vomitadores felizes)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Porção dos lactentes com regurgitação fisiológica VS DRGE

A

60-67% VS 2-15%

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Fisiopatologia do refluxo fisiológico do lactente

A

Imaturidade funcional do aparelho digestivo no primeiro ano de vida

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Período da vida com pico de incidência do refluxo fisiológico

A

4-5 meses de vida

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Mês de vida quando o refluxo fisiológico tende a diminuir

A

A partir do 6º mês de vida

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

O refluxo fisiológico possui autorresolução espontânea em __ a __% dos casos até o primeiro ano de vida

A

90-95

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

O refluxo fisiológico possui autorresolução espontânea em 90-95% dos casos até o ________ ano de vida

A

Primeiro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Apesar de uma alteração fisiológica, a regurgitação do lactente é um distúrbio funcional descrito no ROMA IV.

Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Descreva os critérios de ROMA IV para regurgitação fisiológica do lactente

A

Em um lactente saudável de 3m-1a

  1. 2+ episódios diários de regurgitação por pelo menos 3 semanas
  2. Ausência de sinais de alarme (náuseas, hematêmese, aspiração, apneia, déficit de ganho ponderal, dificuldade para alimentação ou deglutição e postura anormal)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Descreva os sinais de alarme que indicam regurgitação patológica

A

náuseas, hematêmese, aspiração, apneia, déficit de ganho ponderal, dificuldade para alimentação ou deglutição e postura anormal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Explique no que se baseia a investigação complementar em casos de refluxo no lactente

A

Pesquisar anormalidades anatômicas (obstrução ou má rotação)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Quando está indicada investigação complementar em casos de refluxo no lactente?

A

Principalmente quando o início foi em período neonatal ou após o 1º ano de vida ou vômitos biliosos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Principal maneira de diferenciar RGE fisiológico de DRGE

A

História e exame clínico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Descreva o perfil do paciente com RGE fisiológico

A

3m-1a, sem sinais de alarme, ganho ponderal adequado, apetite preservado, ingesta adequada e sem recusa alimentar

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Defina Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)

A

Refluxo com repercussões clínicas de gravidade variável com ou sem complicações

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Defina Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)

A

Refluxo com repercussões clínicas de gravidade variável com ou sem complicações

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Descreva o perfil grupo de risco para DRGE crônico e/ou de difícil controle

A

Paciente com doença neurológica, prematuro, obeso, fibrose cística, displasia broncopulmonar, HF de DRGE, malformações do TGI e quimioterapia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Principal fator da fisiopatologia da DRGE

A

Relaxamento frequente do EEI

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Nomeie os fatores envolvidos na fisiopatologia da DRGE

A

Relaxamento do EEI
Clearance esofagiano prejudicado
Esvaziamento gástrico retardado
Diminuição dos reflexos de proteção ou tônus
Maior sensibilidade esofagiana
Aumento da pressão abdominal
Hérnia hiatal (alterações anatômicas)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Descreva o quadro clínico da DRGE em lactentes

A

Regurgitações frequentes, vômitos intensos e
recorrentes, dificuldades durante as mamadas, recusa da alimentação, déficit de ganho ponderal, choro/irritabilidade, alteração do sono, alteração na posição cervical (sandifer), manifestações extra-gastrintestinais, cianose/Apneia obstrutiva;

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Descreva a síndrome de Sandifer

A

É um distúrbio motor de espasmos paroxísticos da cabeça, pescoço e costas; frequentemente associada com DRGE.

A criança assume posição de hiperextensão do pescoço

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Quadro clínico de DRGE em crianças maiores de 1 ano de idade
Azia, pirose ou epigastralgia, náuseas matinais/vômito, plenitude pós-prandial, eructação excessiva, manifestações extra esofágicas, (+ graves: hematêmese, melena, e disfagia.)
26
Nomeie as manifestações extra-esofágicas da DRGE
Tosse crônica Sibilância Disfonia e pigarro Laringite e pneumonia de repetição Erosão do esmalte dentário Dor de garganta crônica
27
Indicação para solicitar exames na DRGE
Suspeita de complicação (sinais de alarme) ou refratariedade
28
O que é EREED?
Exame radiológico contrastado de esôfago, estômago e duodeno
29
Utilidade do EREED na DRGE
Indicado para afastar anormalidades estruturais anatômicas e avaliar esvaziamento gástrico
30
Quadro clínico que indica realizar EREED
Disfagia e vômitos biliosos
31
Utilidade de USG abdominal na DRGE
Diagnóstico de estenose hipertrófica de piloro e má rotação intestinal
32
Utilidade da cintilografia gastroesofágica
Avaliar o esvaziamento gástrico e detectar aspiração pulmonar
33
Indicação de pHmetria esofágica de 24h
Avaliar sintomas atípicos ou extra-esofágicos (correlação com o refluxo), avaliar resposta terapêutica em pacientes não-responsivos e análise pré e pós-cirúrgica
34
Utilidade da impedanciometria intraluminal esofágica
Detectar o movimento do conteúdo intraluminal, identificar refluxos (ácidos e não-ácidos) e avaliar extensão e tempo de duração do refluxo
35
Utilidade da endoscopia digestiva alta
Avaliar complicações e diagnóstico diferencial
36
Conduta frente a uma lesão em mucosa de esôfago distal
Biópsia para diagnóstico histológico
37
Utilidade da manometria esofágica
Avaliar motilidade do esôfago, disfagia e acalásia
38
Como doenças respiratórias crônicas se associam com DRGE
A tosse aumenta a pressão intraabdominal e faz disfunção do EEI
39
Como atresia esofágica e neuropatias se associam com DRGE
Dismotilidade, menor depuração e disfunção do EEI
40
Quando pensar automaticamente em regurgitação/vômito de causa patológica?
Início após 6m de idade e permanência após 12-18 meses
41
Obstruções do TGI que são diagnóstico diferencial de DRGE
Estenose pilórica Má rotação/Volvo Duplicação intestinal Hirschprung Hérnia encarcerada Membrana duodenal/antral
42
Outras doenças gastrointestinais que são diagnóstico diferencial para DRGE
Acalasia Gastroparesia Gastroenterite DUP Alergia alimentar Gastroenteropatia/Esofagite eosinofílica Doença inflamatória intestinal Pancreatite Apendicite
43
Doenças neurológicas que são diagnóstico diferencial de DRGE
Hidrocefalia Hematoma subdural Hemorragia intracraniana Massa intracraniana Enxaqueca Malformação de Chiari
44
Doenças infecciosas que são diagnóstico diferencial de DRGE
Sepse Meningite ITU Pneumonia Otite média Hepatite
45
Doenças endocrinometabólicas que são diagnóstico diferencial de DRGE
Galactosemia Intolerância hereditária à frutose Defeitos do ciclo da ureia Amioacidúrias orgânicas Hiperplasia adrenal congênita
46
Doenças renais que são diagnóstico diferencial de DRGE
Uropatia obstrutiva Insuficiência renal
47
Intoxicações que são diagnóstico diferencial de DRGE
Chumbo Ferro Vitamina A e D Ipeca, digoxina, teofilina
48
Doenças cardíacas que são diagnóstico diferencial de DRGE
ICC Anel vascular
49
Red flags gerais (que sugerem outras doenças)
Febre Letargia Irritabilidade Evolução pôndero-estatural inadequada Disúria Dor retreosternal ou abdominal intensas
50
Red flags neurológicas (que sugerem outras doenças)
Fontanela tensa Macro ou microcefalia Convulsões
51
Red flags gastrointestinais (que sugerem outras doenças)
Vômitos persistentes, noturnos ou biliosos Sangramento (hematêmese, melena, enterorragia) Regurgitações com início após os 6 meses ou que persistem após os 12 meses Diarreia crônica Distensão abdominal
52
Quais são as orientações posturais diante de um RGE fisiológico?
Manter posição vertical 20-30min após mamada Sono em decúbito dorsal com elevação da cabeceira
53
Quais são as orientações alimentares diante de um RGE fisiológico?
Em aleitamento: manter livre demanda, corrigir erros de amamentação Em fórmula: espessamento da fórmula e fracionamento da dieta
54
Primeira medida diante de DRGE
Excluir a proteína do leite de vaca (diagnóstico diferencial de APLV antes de começar medicação)
55
Quando considerar dermatite atópica como diagnóstico diferencial
HF de alergia alimentar e sangue oculto nas fezes
56
Quanto tempo após a primeira medida (ddx APLV) inicia tentativa medicamentosa?
2-4 semanas
57
Medicamento de escolha para DRGE em crianças
IBP
58
Tratamento para refluxos fracamente ácidos
Muitos respondem às medidas não farmacológicas e/ou substituição das fórmulas em 2 a 4 semanas (78%)
59
Quando fazer uso de IBP ou procinético em crianças?
Dificuldade alimentar, desaceleração do ganho ponderal e/ou esofagite na biópsia
60
Mecanismo de ação dos procinéticos
Aumenta tônus do EEI, melhora clearance esofágico, acelera esvaziamento gástrico
61
Efeitos colaterais da domperidona
Cólicas, irritabilidade, prolongamento do intervalo QT no ECG
62
Efeito da domperidona
Ação moderada na redução de alguns sintomas e sem ação quanto ao número e duração dos refluxos ácidos
63
Fármacos antagonistas do receptor H2
Cimetidina, famotidina e ranitidina
64
Indicação para o uso de antagonistas H2
Esofagite leve ou lactentes com DRGE que não respondem ao tratamento conservador
65
Esquema terapêutico no uso da ranitidina
5mg/kg 12/12h >> Uso por curto período, pois cria tolerância
66
Efeitos colaterais dos antagonistas H2
Sonolência ou irritabilidade, cefaleia, tonturas e movimentos de balançar a cabeça
67
A dose de IBP da criança é maior ou menor do que a do adulto?
Maior, pois a metabolização hepática é mais rápida
68
Indicação para o uso de IBP
Esofagite erosiva, estenose péptica do esôfago ou esôfago de Barret Pacientes neurológicos ou com doença respiratória crônica associada a DRGE (aspiração)
69
Reações adversas do IBP
Cefaleia, constipação, diarreia, cólicas abdominais e náuseas Hipergastrinemia: pólipos gástricos Hipocloridria
70
Cuidados importantes diante o uso crôico de IBP
Monitorar níveis de vitamina B12 e osteoporose
71
Drogas inibidoras da bomba de prótons permitidas para uso por crianças acima de 1 mês
Omeprazol e Esomeprazol
72
Como deve ser feita a administração do IBP?
Pela manhã, em jejum, 30min antes das refeições
73
Dose do omeprazol
0,7-3,5mg/kg/dia
74
Indicação do uso de antiácidos ou citoprotetores de mucosa
Pacientes com sintomas esporádicos
75
Tempo médio de uso de antiácidos/citoprotetores
4-8sem
76
Indicação para uso de Domperidona
Casos selecionados de êmese de difícil controle e gastroparesia pós-viral - por pouco tempo
77
Conduta diante de um adolescente com sintomas típicos de DRGE sem sinais de alerta
Teste empírico terapêutico com IBP (4sem) e manter até 12sem se houver melhora clínica
78
Casos em que não se faz o teste terapêutico empírico com IBP
Asma e manifestações atípicas | Faz pesquisa com endoscopia, pHmetria/impedancio para comprovar DRGE
79
Idade para se usar Alginato
>12 anos
80
Fatores determinantes para o tratamento cirúrgico
Causa base Refratariedade ao tratamento farmacológico Se o tratamento farmacológico será longo para o controle clínico dos pacientes
81
Condições nas quais se considera abordagem cirúrgica
Encefalopatia crônica, neuropatia, esofagite refratária, vômitos exacerbados e doença pulmonar grave (aspiração)
82
Como é a técnica utilizada no tratamento cirúrgico?
Fundoplicatura de Nissen por via laparoscópica