Epidemiologia e Classificação dos Defeitos Congênitos Flashcards

(50 cards)

1
Q

O que ocorre na Hiperplasia Adrenal Congênita?

A

Uma mutação em uma enzima faz com que haja um desvio da rota metabólica, gerando aumento da produção de testosterona.

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2
Q

Qual o achado importante em um recém nascido com Hiperplasia Adrenal Congênita?

A

Genitália ambígua.

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3
Q

Qual a forma fatal da Hiperplasia Adrenal Congênita?

A

Forma perdedora de sal. Ocorre uma descompensação hidroeletrolítica, pois não tem aldosterona e nem cortisol para fazer o feedback.

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4
Q

O que é um defeito congênito?

A

O defeito congênito é o defeito no qual o indivíduo já nasce com ele, que é adquirido a partir da concepção e vai se manifestar no nascimento ou depois.
Qualquer anormalidade que afeta a estrutura ou função do corpo, incluindo metabolismo, e que se faz presente a partir do nascimento.

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5
Q

Quando pode se manifestar um defeito congênito?

A

Pode ser óbvio no recém-nascido, manifestar-se na infância ou em idades mais avançadas. Pode ser por exemplo na faixa pediátrica, pré-púbere, puberdade, adolescência, idade reprodutiva e até mesmo na vida adulta. Em resumo, pode manifestar-se em qualquer momento.

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6
Q

Qual a dificuldade em relação a distúrbios de deficiência intelectual? Como isso impacta no tratamento?

A

A grande maioria dos distúrbios fica sem diagnóstico. Faz-se exames bem mais avançados em busca de alterações e não se acha nada. Achar ou não o defeito no paciente, muitas vezes não faz diferença em relação ao tratamento.

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7
Q

Em relação a distúrbios de deficiência intelectual, qual a medida que faz grande diferença no prognóstico?

A

São pacientes que devem ser estimulados durante a infância, para que eles tenham uma vida próxima ao normal. É o estímulo que faz a diferença para o paciente.

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8
Q

Qual problema de origem ambiental pode explicar hiperatividade?

A

Síndrome alcoólica fetal.

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9
Q

Quais complicações podem surgir após o momento do nascimento? (3)

A

A desnutrição, falta de nutrientes, a exposição a situações estressoras, todos esses fatores podem promover deficiências intelectuais no paciente.

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10
Q

Quais os agrupamentos de defeitos congênitos? (9)

A
  1. Neurológicos
  2. Musculares
  3. Dermatológicos
  4. Neurocutâneos
  5. Hematológicos (hemoglobinopatias como um todo)
  6. Defeitos da morfogênese
  7. Erros inatos no metabolismo (doenças metabólicas hereditárias)
  8. Deficiência intelectual
  9. Deficiência comportamental
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11
Q

Quais as possíveis categorias que um paciente com defeitos de morfogênese pode ser enquadrado? (4)

A
  1. Defeito morfológico
  2. Distúrbio do conjuntivo
  3. Osteocondrodisplasias
  4. DDS (distúrbio no desenvolvimento sexual)
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12
Q

Quais os tipos de diagnóstico? (3)

A

Sindrômico, etiológico e nosológico.

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13
Q

O que é o diagnóstico sindrômico?

A

É “o que o indivíduo tem?”. O indivíduo tem um “defeito morfológico”, uma “osteocondrodisplasia”, um “DDS”…

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14
Q

O que é o diagnóstico etiológico?

A

Qual a etiologia disso? Exemplo, do Down, é um distúrbio no cromossomo 21. Pode ser cromossômica numérica ou estrutural.

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15
Q

O que é o diagnóstico nosológico?

A

É o nome da doença, exemplo: “Síndrome de Down”.

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16
Q

Como se manifesta a mucopolissacaridose?

A

É um exemplo de erro inato do metabolismo no qual podem haver mais de 10 manifestações diferentes. O indivíduo, devido a alteração de alguma enzima, irá começar a ficar com um aspecto inchado. Será feito deposição de glicosaminoglicanos na célula. Ele fica inchado, com a face grosseira, macroglossia, sialorreia, começam a aparecer hérnias pelo curso e aparecem deficiências intelectuais. É irreversível, o paciente não melhora; pode não piorar, mas a patologia também não regride.

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17
Q

Qual o tratamento para mucopolissacaridose?

A

Com o diagnóstico precoce, você entra com a enzima que está faltando e o indivíduo tem uma vida normal.

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18
Q

Qual a etiologia da fenda facial?

A

É multifatorial, tem ação genética e do ambiente.

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19
Q

Qual o tratamento para fenda facial?

A

Faz-se a correção cirúrgica e um acompanhamento constante com fonoaudiólogo, otorrinolaringologista, entre outros.

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20
Q

Qual exame é mandatório em caso de Hiperplasia Adrenal Congênita? Quais outros exames podem ser solicitados?

A

Cariótipo. Devido a genitália ambígua, não se deve falar se é menino ou menina até que se identifique o problema.
Outros exames: exame de imagem para ver as gônadas, varredura em alguns genes para se ver se tem mutação ou não.

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21
Q

Como se manifesta a neurofibromatose?

A

É um distúrbio neurocutâneo que causa neurofibromas nos membros. É semelhante a um tumor, mas não tem células tumorais. São algumas manchas café-com-leite que tem diâmetros específicos. As vezes podem ser retirados ou não.

22
Q

Quais as possíveis causas de mielomeningocele? Como tratar cada uma?

A

Podem ser tanto genéticas como ambientais. Caso seja genético não tem cura. Faz-se todo o esforço necessário para um bom prognóstico do paciente. Já as causas ambientais podem ser prevenidas e evitadas.

23
Q

Qual a classificação dos distúrbios genéticos? (4)

A
  1. Monogênicos: mutação em um gene ou par de genes
  2. Cromossômicos: anormalidade numérica ou estrutural em um ou mais cromossomos
  3. Multifatorial: vários genes de susceptibilidade somados aos fatores ambientais (não genéticos)
  4. Ambientais
24
Q

Qual o mínimo de gerações que deve ter em um heredograma?

A

3 gerações.

25
Qual a ordem cronológica ao montar um heredograma?
Inicia-se sempre do mais velho para o mais novo.
26
Qual o exame padrão ouro quando se suspeita de algum distúrbio monogênico?
O exame molecular é o padrão ouro. Suspeita-se de um determinado distúrbio, pede-se um sequenciamento desse gene.
27
O que caracteriza um padrão cromossômico?
Ocorre quando se suspeita em caso isolado de malformações múltiplas e deficiência intelectual.
28
Qual o exame padrão ouro quando se suspeita de algum distúrbio cromossômico?
Exame citogenético (cariótipo).
29
Qual o ranking de prevalência entre os tipos de distúrbios?
Multifatorial é o primeiro, monogênico é o segundo, cromossômico é o terceiro.
30
Cite distúrbios multifatoriais comuns (3) e raros (4).
Comuns: diabetes, hipertensão, doenças coronarianas Raros: defeitos de fechamento do tubo neural, fenda orofacial, estenose do piloro, defeitos cardíacos congênitos
31
Qual tipo de distúrbio possui melhor reabilitação?
Multifatorial.
32
Qual tipo de distúrbio possui maior porcentagem de mortes precoces?
Os distúrbios monogênicos possuem a maior porcentagem de mortes precoces (58%).
33
Qual a porcentagem de prevalência de defeitos congênitos em todas as gestações?
Defeitos congênitos tem uma prevalência de 2% a 5% em todas as gestações.
34
Quais as 2 principais causas de mortalidade infantil no Brasil?
1º: Parasitose e Desnutrição | 2º: Defeitos Congênitos
35
Qual a taxa de evolução para óbito em internações pediátricas que culminam com diagnóstico de doença congênita?
A taxa de evolução para óbito é de 4 a 7 vezes maior.
36
Quais os agravantes para desenvolvimento de doenças congênitas? (4)
1. Deficiência de formação de recursos humanos da área de saúde em genética 2. Baixa inserção de ações básicas em genética no Sistema de Saúde 3. Assistência pré-concepcional e pré-natal inadequadas 4. Presença de fatores de risco genético e não-genéticos
37
Quais os fatores de risco genéticos para desenvolvimento de doenças congênitas? (3)
1. Consanguinidade parental 2. História familial de defeitos congênitos 3. Reprodução em idade materna acima de 35 anos e paterna acima de 45 anos
38
Como a consanguinidade influencia no desenvolvimento de doenças congênitas? Isso aumenta o risco para quais tipos de distúrbios?
A consanguinidade parental facilita o encontro de alelos raros. A consanguinidade é o fator de risco para doenças raras e não para doenças comuns. Monogênico (autossômico recessivo) e multifatorial.
39
Até qual grau de parentesco posso considerar que há consanguinidade?
Até 3° grau de parentesco.
40
Quais são os fatores envolvidos na consanguinidade? (5)
1. Desenvolvimento econômico 2. Meios de comunicação 3. Isolamento geográfico 4. Locomoção 5. Religiosidade
41
Quando posso considerar que há recorrência familial de um distúrbio? Isso aumenta o risco para quais tipos de distúrbios?
A partir de dois casos do mesmo distúrbio na mesma família. | Monogênico, cromossômicos estruturais e multifatoriais.
42
Como a idade materna maior que 35 anos influencia no desenvolvimento de doenças congênitas? Isso aumenta o risco para quais tipos de distúrbios?
Porque a partir dos 35 anos há problemas tanto na meiose I quanto na meiose II. A chance de distúrbios cromossômicos numéricos aumenta significativamente, chegando a ponto de aos 45 anos ser de 1 a cada 60. Distúrbios cromossômicos.
43
Como a idade paterna maior que 40 anos influencia no desenvolvimento de doenças congênitas? (2) Isso aumenta o risco para quais tipos de distúrbios?
Há o surgimento de mutações novas (principalmente em genes grandes, como acondroplasia) e há problema no sistema de reparo. Distúrbios monogênicos autossômicos dominantes.
44
Como a origem étnico-geográfica influencia no desenvolvimento de doenças congênitas? Isso aumenta o risco para quais tipos de distúrbios?
Migração de alguém de algum lugar onde há maior incidência de algum distúrbio, ele carrega com ele a genética e vai segregar no lugar que ele se instalou. Exemplo: anemia falciforme, que veio de regiões endêmicas da África (1:600). Monogênicos e multifatoriais.
45
Quais os fatores de risco não-genéticos para desenvolvimento de doenças congênitas? (3)
1. Exposição a teratógenos por automedicação ou prescrição inapropriada 2. Exposição ocupacional a teratógenos 3. Ingestão de álcool, tabagismo ou drogas ilícitas durante a gravidez 4. Doenças maternas: diabetes, hipotireoidismo, obesidade
46
Entre as ações de prevenção e atenção a saúde na área dos defeitos congênitos, quais são as iniciativas governamentais? (9)
1. Criação registro de defeitos congênitos na DNV 2. Programa Nacional de Triagem Neonatal (teste do pezinho) 3. Tratamento de osteogênese imperfeita (distúrbio autossômico dominante) 4. Inclusão de procedimentos para tratamento de DM, autismo 5. Fortificação da farinha de trigo com ácido fólico 6. Política nacional de saúde para doença falciforme e outras hemoglobinopatias 7. Campanha de vacinação de mulheres contra rubéola 8. Política nacional de atenção integral em Genética Clínica 9. Política Nacional de atenção integral as pessoas com doenças raras
47
Entre as ações de prevenção e atenção a saúde na área dos defeitos congênitos, quais são as iniciativas não-governamentais? (4)
1. Estudo colaborativo latino-americano de malformações congênitas (ECLAMC): trabalham com a prevenção primária, que é o método mais eficaz 2. Serviço de informação sobre agentes teratogênicos (SIAT) 3. Serviço de informações sobre erros inatos do metabolismo (SIEM) 4. Projeto de pesquisas
48
O que caracteriza uma prevenção primária? (5)
Antes da formação do concepto. Planejamento familiar, vacinação das mulheres, ácido fólico antes da gestação, evitar fatores de risco, conscientizar as famílias. É o método mais eficaz.
49
O que caracteriza uma prevenção secundária?
Periconcepcional (pré-natal, parto de qualidade).
50
O que caracteriza uma prevenção terciária?
É depois dos defeitos instalados.