Epilepsia e Fraqueza muscular (Clí 15) Flashcards

(50 cards)

1
Q

O que é necessário para o desenvolvimento da cisticercose?

A

Ingestão dos OVOS de Taenia solium contidos nas fezes de hospedeiros com teniase

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2
Q

Qual a clínica da neurocisticercose?

A

Variada (depende do local acometido, fraqueza, hidrocefalia…)

Porém o sintoma mais comum é crise epilética

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3
Q

Quais ferramentas podem ser utilizadas para o diagnóstico de neurocisticercose?

A
  • Imagem
  • Testes imunológicos

Liquor (?): presença de eosinofilia

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4
Q

Como é feito o tratamento para neurocisticercose?

A

Albendazol e/ou praziquantel (os dois se ≥ 2 parasitas)
+
Corticoide (de preferência alguns dias antes)

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5
Q

Qual a definição de epilepsia?

A
  • ≥ 2 crises não provocadas
  • 1 crise não provocada com alta chance de recorrência
  • Síndromes epiléticas

*sendo crises epiléticas episódios de atividade neuronal cerebral anormal excessiva

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6
Q

Quais são as etiologias mais comumente relacionadas a convulsão de acordo com a faixa etária?

A
  • Neonatal: Anóxia, doenças congênitas
  • 6 meses a 5 anos: convulsão febril (crise febril)
  • 5 a 12 anos: síndromes genéticas
  • Adulto: TCE, neurocisticercose
  • Idoso: AVE
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7
Q

Como é feita a classificação das crises epiléticas?

A

INÍCIO FOCAL / PARCIAL (um hemisfério)

  • Focal perceptiva (simples): sem perda de consciência
  • Focal disperceptiva (complexa): com perda de consciência
  • Focal evoluindo para tônico-clônica bilateral (generalizada secundária)
INÍCIO GENERALIZADA (dois hemisférios)
- Motora
  .Mioclônica (pode manter consciência)
  .Tônico-clônica
  .Atônica
- Não motora = ausência
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8
Q

Como devemos introduzir a medicação em pacientes com suspeita de epilepsia?

A
  • Iniciar tratamento a partir da 2ª crise ou da 1ª se houver lesão cerebral.
  • Iniciar com monoterapia e com doses progressivas
  • Avaliar interrupção após ≥ 2 anos sem crises
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9
Q

Quais medicamentos são indicados para as respectivas crises epiléticas?

A
  • TCG: Valproato* / Lamotrigina / Levetiracetam
  • Mioclônica / atônica: Valproato* / Lamotrigina
  • Focais: Carbamazepina / Lamotrigina / Valproato*
  • Ausência: Etossuximida / Valproato* / Lamotrigina
  • teratogênico
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10
Q

Caracterize a Epilepsia do Lobo Temporal:

A
  • Síndrome epilética mais comum no adulto
  • Crises focais disperceptivas (ou parciais complexas)
  • Causada por ESCLEROSE HIPOCAMPAL (esclerose mesial temporal)
  • Diagnóstico através de RM (identifica esclerose) e EEG (atividades epileptiformes nas regiões temporais médio-basais)
  • TTO: carbamazepina
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11
Q

Caracterize a Ausência Infantil ou Pequeno Mal:

A
  • Idade: 5 a 8 anos
  • Desencadeada por hiperventilação, hipoglicemia
  • EEG: complexo ponta-onda 3Hz
  • 40% desenvolvem TCG
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12
Q

Caracterize a Epilepsia Mioclônica Juvenil ou Síndrome de Janz:

A
  • Idade: 13 a 20 anos
  • Crises mioclônicas principalmente ao despertar geralmente desencadeadas por privação do sono
  • EEG: complexo ponta-onda de 4-6Hz
  • TTO: Valproato
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13
Q

Caracterize a Síndrome de West:

A
  • Ocorre em menores de 1 ano
  • Compreende a seguinte tríade:
    1- Espasmos infantis
    2- Retardo do desenvolvimento neuropsicomotor
    3- EEG com padrão de hipsarritmia
  • TTO: ACTH, vigabatrina
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14
Q

Quais são as características de uma crise febril?

Como trata-la?

A
  • Acomete pacientes pediátricos de 6 meses a 5 anos (60 meses)
  • Crises TCG ou clônicas
  • Duração inferior a 10 minutos
  • Período pós-ictal com alteração do nível de consciência
  • Causado por febre alta e ou que se elevam rapidamente (geralmente no início do quadro)
  • 30-50% apresentam novas crises
  • TTO: diazepam (se em crise), avaliar causa e tratar febre
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15
Q

Como definir e manejar paciente em estado de mal epilético?

A

Mal epilético: ≥ 5min de crise OU ≥ 2 min sem recuperação de consciência entre elas

MANEJO:
1º: benzodiazepínico (diazepam IV ou midazolam IM)- Repetir se necessário
*2º: Fenitoina IV (20mg/Kg a 50mg/min), ou valproato, levetiracetam - Repetir com 1/2 dose se necessário
3º: Fenobarbital IV (20mg/Kg) - Repetir com 1/2 dose se necessário
4º: Anestesia com midazolam, propofol, pentobarbital

*mesmo com resolução, é necessário iniciar segunda etapa

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16
Q

Em casos de crise febril, quando esta indicado a punção lombar?

A
  • Duvidas
  • < 6 meses de idade
  • 6-12 meses se não vacinados para Hib, pneumococo ou antibioticoterapia recente
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17
Q

Descreva possíveis achados capazes de diferenciar lesões no primeiro e segundo nerônios motores:

A

REFLEXO TENDINOSO:

  • 1º: Aumentado
  • 2º: Diminuido / abolido

TÔNUS:

  • 1º: Espasticidade (elástico / canivete)
  • 2º: Flácido

ATROFIA:

  • 1º: Hipotrofia
  • 2º: Atrofia

BABINSKI:

  • 1º: Presente
  • 2º: Ausente

MIOFASCICULAÇÃO:

  • 1º: Ausente
  • 2º: Presente
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18
Q

Como identificar uma fraqueza cuja origem é muscular?

A

Haverá elevação de enzimas (TGO, CPK, aldolase, LDH)

Pode ser descrito levantar miopático de Gowers

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19
Q

Como identificar uma fraqueza cuja origem esta na placa motora?

A

Geralmente o quadro de fraqueza é iniciado devido a fatigabilidade da musculatura envolvida (flutua, varia com o recrutamento da musculatura ao longo do dia)

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20
Q

Qual a clínica de Dermatomiosite e qual o sinal patognomônico?

A
  • Fraqueza (geralmente proximal, insidiosa, polpando olhos)
  • Disfagia
  • Mialgia
  • Heliótropo (pálpebra roxa) + pápulas de Gottron (marcas em nós articulares de mãos) = PATOGNOMÔNICO
  • Febre, artrite, pneumonite
  • Associação com neoplasias
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21
Q

Como é feito o diagnóstico de dermatomiosite?

A
  • Enzimas musculares
  • Eletromiografia
  • Biópsia muscular
  • Anticorpos: ANTI-JO1 / ANTI-MI2 / FAN (inespecífico)
22
Q

Como é feito o tratamento de dermatomiosite?

A

Corticoide +/- imunossupressor

23
Q

Descreva 3 possíveis diagnósticos diferenciais para dermatomiosite:

A

POLIMIOSITE:

  • Sem lesão de pele
  • Sem associação com neoplasias
  • Anti-SRP

MIOSITE POR CORPÚSCULO DE INCLUSÃO:

  • Semelhante a polimiosite
  • Homem idoso
  • Acomete mais MMII
  • Pouca resposta ao TTO com corticoide e imunossupressor

SÍNDROME ANTISSINTETASE

  • Miosite + artrite + pneumonite
  • anticorpo antissintetase (anti-JO1)
24
Q

Como pode ser descrita a dermatomiosite

A

Doença autoimune idiopática contra musculatura esquelética.

25
Qual a fisiopatologia da Esclerose Múltipla?
Doença auto-imune responsável pela desmielinização do SNC (substância branca).
26
Qual a clínica da Esclerose Múltipla?
(Variada) - NEURITE ÓPTICA - SD. DO 1º NEURÔNIO - SINTOMAS SENSITIVOS - Sinais medulares / cerebelares - Incontinência urinária - Neuralgia do trigêmeo (axônio mielinizado no tronco) - Fenômeno de Uhthoff (piora com calor) - Lhermitte (choques)
27
Quais são os padrões de evolução da Esclerose múltipla (especifique distribuição)?
Forma surto-remissão (85%) Forma Progressiva (15%)
28
Como é feito o diagnóstico de esclerose múltipla?
- Liquor: Bandas oligoclonais de de IgG / elevação de IgG | - RM: multiplas placas desmielinizantes
29
Como é feito o tratamento de esclerose múltipla?
- Surto-remissão: .Surto: corticoide / plasmaférese .Manutenção: Interferon / glatirâmer / fingolimod / natuzumab - Progressiva: Ocrelizumab / metotrexato / ciclofosfamida
30
Qual a fisiopatologia do Guillain-Barré?
Ataque auto-imune contra a bainha de mielina dos nervos periféricos, geralmente pós infecciosa (Campylobacter jejuni).
31
Descreva a clínica do Guillain-Barré:
- Fraqueza flácida, arreflexa, simétrica (quase sempre acendente) - Disautonomia: arritmia, hipotensão, dor lombar - Paralisia de pares cranianos - Insuficiência respiratória (15-30%) *Quadro geralmente inciado após infecção
32
Qual achado auxilia no diagnóstico de Guillain-Barré?
DISSOCIAÇÃO PROTEINOCITOLÓGICA NO LIQUOR
33
Como é feito o manejo do paciente com Guillain-Barré?
Plasmaférese ou imunoglobulina CORTICOIDE NÃO
34
Descreva de maneira resumida a fisiopatologia da Esclerose Lateral Amiotrófica:
Doença degenerativa do primeiro e segundo neurônios motores.
35
Qual a clínica característica da ELA?
Paciente será acometido por um misto de sintomas de ambos neurônios motores: 1º NEURÔNIO: Babinski, espasticidade, hiperreflexia. 2º NEURÔNIO: Atrofia, miofasciculação, câimbra. *não há alterações sensitivas
36
Como é feito o tratamento para ELA?
- Suporte | - Riluzol / Edavarone
37
Descreva a fisiopatologia da Miastenia Gravis:
Doença auto-imune da placa motora causada por antirreceptores da acetilcolina
38
Qual a clínica da Miastenia Gravis?
Fraqueza associada a fatigabilidade (ao cansar): - Forma ocular (ptose / diplopia / oftalmoparesia) - Forma generalizada: Olho -> musculatura bulbar (disartria, fala anasalada, disfagia, fatigabilidade mastigatória) -> Região proximal de membros - Sintomas melhoram após período de repouso (geralmente pela da manhã) - Timo anormal em 75% dos casos * Sensibilidade inalterada * Pupilas inalteradas * Pode haver recuperação parcial com resfriamento local
39
Como podemos realizar o diagnóstico de Miastenia Gravis?
- Eletroneuromiografia: potencial decremental - Anticorpos: .Anti-AchR .Anti-MusK (forma generalizada) .Anti-LRP4 * TC/RM de tórax (timo) * Teste da colinesterase (edrofônio) * Teste com gelo
40
Como é feito o tratamento para Miastenia Gravis?
PIRIDOSTIGMINA (associar imunossupressor se refratário) - Timectomia se: .Timoma .< 60 anos e generalizada - Urgência (crise miastênica): Ig ou plasmaférese
41
Descreva a fisiopatologia do Eaton Lambert:
Doença auto-imune da placa-motora causada por antirreceptor do canal de cálcio.
42
Qual a clínica característica do Eaton Lambert?
Fraqueza que diminui conforme a a musculatura é recrutada (oposto da MG) - EM: .Parte proximal de membros, simétrico .Face, ptose - Disautonomia (alteração de PA / pupilas)
43
Como é feito o diagnóstico de Eaton Lambert?
- Eletroneuromiografia: potencial incremental | - Anticorpo anticanal de cálcio (P/Q-VGCC)
44
Como é feito o tratamento do paciente portador de Eaton Lambert?
PIRIDOSTIGMINA IMUNOSSUPRESSÃO
45
Quais são as formas de se adquirir botulismo?
- Através de alimentos contaminados com a toxina - Colonização de feridas - Colonização intestinal (relação com mel em < 12 meses)
46
Qual a clínica do botulismo?
- Paralisia flácida simétrica descendente - Diplopia / Disartria / Disfonia / Disfagia - Disaltonomia
47
Como é feito o diagnóstico de botulismo?
Isolamento de microrganismo ou de toxina
48
Como manejar pacientes com botulismo?
- Forma alimentar: antitoxina equina - Colonização de feridas: antitoxina equina + ATB - Forma intestinal: Ig botulínica humana
49
Paciente masculino de 5 anos apresenta retardo mental, fraqueza progressiva e hipertrofia de panturrilha. CPK de 35.000 UI/L. História de tio com quadro semelhante. ENMG mostra padrão miopático com velocidades de condução nervosa normais. Qual diagnóstico?
Distrofia muscular de Duchenne
50
O que contem na vacina VOP?
Poliovírus atenuado I, II e III