Exame neurológico Flashcards

1
Q

Qual o material necessário ao exame neurológico?

A

Plexor/Plexímetro, tapete, pinça hemostática, fonte de luz.

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2
Q

Que características deve possuir o espaço onde se realiza um exame neurológico?

A

Ambiente calmo.
Espaço/sala fechada, que permita o paciente andar e explorar solto.
Piso não escorregadio.
Quantidade de luz controlada.

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3
Q

Quais os componentes da neuroanatomia?

A

Cérebro (hemisférios + diencéfalo)
Tronco cerebral (mesencéfalo, ponte, bulbo)
Cerebelo
Medula espinhal
- Cervical cranial (C1-C5)
- Cervicotorácica (C6-T2)
- Toracolombar (T3-L3)
- Lombosagrada (L4-S3)

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4
Q

De que locais da medula saem os nervos periféricos para os membros?

A

Em C6-T2 saem os nervos periféricos para os membros torácicos, e em L4-S3 saem os nervos periféricos para os membros pélvicos.

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5
Q

Define motoneurónio superior e motoneurónio inferior.

A

Do motoneurónio superior fazem parte os neurónios eferentes originários no cérebro que conectam, através de interneurónios, com os motoneurónios inferiores.
Do motoneurónio inferior fazem parte os neurónios eferentes que fazem a conexão entre o SNC e órgão efetor.

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6
Q

Que informações são relevantes na história clínica e no exame de estado geral?

A

Idade
Raça
Problemas cardiovasculares e ortopédicos
Exame oftalmológico
Apresentação e evolução da sintomatologia

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7
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais?

A

Vascular
Infecioso
Traumático
Anomalia
Metabólico
Inflamatório
Neoplásico
Degenerativo

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8
Q

Como é feita a divisão do exame neurológico?

A

Hands-off: nível de alerta/estado mental, comportamento, postura, marcha.
Hands-on: pares cranianos, reflexos espinhais, reações posturais/propiocepção, palpação, nocicepção/exploração sensitiva.

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9
Q

Dá exemplos de perguntas chave do hands-off.

A

O paciente interage com o ambiente e tutor como esperado?
Membros, cabeça e corpo apresentam-se numa posição normal?
O paciente está ambulatório? É a marcha normal?
Existem movimentos involuntários ou tremores musculares?
A face é simétrica?

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10
Q

Como pode estar o paciente em termos do seu nível de alerta?

A

Alerta - resposta normal aos estímulos ambientais.
Depressão/Obnubilado - estado de sonolência com diminuição da resposta aos estímulos ambientais.
Estupor - estado de inconsciência com uma resposta reduzida a estímulos, podendo responder aos que causam dor.
Coma - estado de inconsciência sem resposta a qualquer tipo de estímulo.

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11
Q

Qual a neurolocalização do nível de alerta?

A

Córtex cerebral (lesão difusa) e sistema reticular ascendente do tronco cerebral (lesão focal).

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12
Q

Que tipos de comportamento podemos observar no exame neurológico?

A

Andar compulsivo/vaguear (pacing)
Ficar preso em cantos ou espaços confinados
Andamento em círculos (circling)
Não resolver problemas básicos
Pressão da cabeça contra objetos (head pressing)
Sonolência
Vocalizações

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13
Q

Qual a neurolocalização do comportamento?

A

Hipotálamo, sistema límbico.

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14
Q

Que tipos de posturas anormais existem e quais as suas neurolocalizações?

A

Inclinação da cabeça (head tilt) - alteração do sistema vestibular.

Head turn - massas focais nos hemisférios centrais.

Escoliose, lordose, cifose - dor.

Wide base stance - défice proprioceptivo; disfunção cereberal ou vestibular.

Schiff-Sherrington - tónus muscular extensor aumentado nos MT e normal a diminuído nos MP; lesão T3-L3; movimento voluntário e propriocepção normal quando ajudados.

Rigidez descerebrada - lesão no córtex cerebral; hiperextensão dos quatro membros; opistótunos; alteração do estado mental; pior prognóstico.

Rigidez descerebelada - alteração do cerebelo; nromalmente tem origem traumática; opistótunos; hiperextensão dos MT e MP normais ou flétidos; paciente alerta; cerebelo sem implicações no estado mental.

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15
Q

Quais os constituintes do Sistema vestibular?

A

Sistema vestibular periférico: ouvido interno e nervo vestibulococlear.
Sistema vestibular central: núcleos vestibulares do tronco cerebral e suas projeções cerebelares.

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16
Q

O que é necessário para que haja um andamento normal?

A

É necessário o envolvimento de todo o sistema nervoso, tanto o central como o periférico.
No cão e no gato, o centro de andamento/movimento encontra-se ao nível do tronco cerebral (mesencéfalo).

17
Q

Como pode ser definida a propriocepção?

A

Percepção relativa da posição e movimento de uma parte do corpo em diferentes momentos.

18
Q

O que são mioclonias?

A

Contraturas limitadas no tempo de grupos musculares.

19
Q

Em que consiste a dismetria e que tipos existem?

A

Consiste na alteração do ritmo, amplitude e força do movimento (problemas no cerebelo).
- Hipermetria: fase de protração aumentada (recolhe demasiado o membro).
- Hipometria: fase de protração diminuída (elevação limitada do membro).

20
Q

Define parésia, plégia e os seus diferentes tipos.

A

Parésia é a incapacidade em gerar movimento voluntário normal, e logo, uma macha normal; diminuição do movimento voluntário.
Plégia é a ausência de movimento voluntário.

  • Tetraparesia/plegia: afeção dos 4 membros (tronco cerebral, C1-T2).
  • Paraparesia/plegia: afeção dos membros pélvicos (T3-S3).
  • Monoparesia/plegia: afeção de um membro.
  • Hemiparesia/plegia: afeção dos membros de um dos lados do corpo (tronco cerebral, C1-T2).
21
Q

O que é a ataxia e que formas pode assumir?

A

Descoordenação da marcha ou do movimento de um membro e do seu apoio. Secundário a disfunção das complexas vias e estruturas neurológicas envolvidas na marcha.
Pode ser proprioceptiva, vestibular ou cerebelar.

22
Q

Caracteriza cada um dos tipos de ataxia.

A

Ataxia proprioceptiva:
- posicionamento imprevisível do membro durante a marcha;
- cruzar membros;
- arrastar face dorsal das patas ou unhas;
- circundação do membro afetado.

Ataxia vestibular:
- caem tendencialmente para um dos lados;
- queda/tropeçam após alteração súbita do posicionamento da cabeça;
- circling;
- sem défices proprioceptivos;
- head tilt;
- nistagmus;
- rolling.

Ataxia cerebelar:
- ritmo, amplitude e força do movimento anormais;
- passada com flexão excessiva dos membros;
- colocação errática dos membros;
- tremores de intenção.

23
Q

Como se avalia o estado de cada par craniano?

A

I- Olfativo:
- avaliação subjetiva, pouco relevante clinicamente

II- Ótico:
- teste reposta de ameaça
- tapar o olho contralateral, não causar corrente de ar
- via sensitiva pelo nervo ótico (resposta ausente lesão contralateral)
- via motora pelo nervo facial
- cerebelo (resposta ausente lesão ipsilateral)

III- Oculomotor:
- reflexo pupilar direito pelas fibras parassimpáticas (contração da pupila)
- fibras motoras (músculos extraoculares)

IV e VI- Troclear e Abducente

V- Trigémio:
- fibras sensitivas
- fibras motoras (apenas mandibulares)
- teste de reflexo palpebral e sensibilidade da mucosa nasal (ramo maxilar)
- avaliar canto medial (ramo oftálmico) e canto lateral (ramo maxilar)

VII- Facial:
- fibras motoras para os músculos da face
- fibras parassimpáticas para as glândulas (incluindo as lacrimais)
- teste do reflexo palpebral e resposta de ameaça

VIII- Vestibulococlear:
- componente coclear no sentido de audição (potenciais evocados)
- componentes vestibular no sentido do equilíbrio

IX e X- Glossofaríngeo e Vago:
- Teste do reflexo de deglutição

XI- Acessório:
- fibras motoras do músculo trapézio, esternocefálico e braquiocefálico

XII- Hipoglosso:
- enervação motora da língua

24
Q

Quais os diagnósticos diferenciais e os sinais clínicos da paralisia do nervo facial?

A

Diagnósticos diferenciais - idiopático, otite média/interna, hipotiroidismo
Sinais clínicos - lábio descaído, ausência de reflexo palpebral e de resposta de ameaça

25
Q

Quais os diagnósticos diferenciais para a síndrome vestibular?

A

Síndrome vestibular periférico - idiopático, geriátrico, otite média/interna, hipotiroidismo
Síndrome vestibular central - infecioso, neoplásico

26
Q

Como podemos diferenciar um síndrome vestibular central de periférico?

A

Nistagmus vertical, nistagmus posicional e apresentação de défices proprioceptivos estão associados a uma origem central do síndrome vestibular.

27
Q

O que se avalia nos reflexos espinhais?

A

A força do reflexo (normo, hiper ou hiporeflexia) e o tónus muscular.

28
Q

Quais são os reflexos espinhais utilizados no exame neurológico?

A

Membro torácico
1- Reflexo de retirada ou flexor: segmento medular C6-T2; necessidade de flexão de todas as articulações
2- Reflexo tricípede: segmento medular C7-T1
3- Reflexo bicípede: segmento medular C6-C8

Membro pélvico
1- Reflexo retirada: segmento medular L6-S1
2- Reflexo patelar: segmento medular L4-L6
3- Reflexo extensor cruzado: extensão do membro contralateral quando é eliciado o reflexo de retirada; compatível com lesão entre o cérebro e L5

Reflexo anal: a contração do esfíncter anal após pinçar a região perineal indica reflexo anal (S1-S3) presente.

Reflexo panicular: ramo aferente (T3-L1) e eferente (C8-T1); mais útil para auxiliar na neurolocalização de lesões na medula entre T3-L3; inicia-se ao nível L4-L5, e se aqui estiver presente não há necessidade de realizar o teste cranialmente; se estiver ausente, a lesão estará duas vértebras craniais à interrupção.

29
Q

O que informam as reações posturais?

A

Informam sobre problemas do sistema nervoso (periférico ou central, medula, tronco cerebral e cérebro).

30
Q

Como devemos realizar o exame às diversas reações posturais?

A

Propiocepção:
- suportar o peso corporal do animal;
- colocar a face dorsal da pata em contacto com o solo.

Hopping ou reação de salto:
- utilização principalmente em animais pequenos;
- colocar o paciente em apenas um dos membros.

Hemi-walking ou hemi-andamento:
- pacientes com propriocepção alterada falham neste teste.

31
Q

Como podemos examinar a nocicepção ou sensibilidade profunda?

A

Pinçar a prega interdigital e falanges do paciente.
O paciente tem que demonstrar reação de dor (olhar, ganir, morder, ladrar).
Principal fator de prognóstico.
Sem indicação para fazer se o paciente tiver movimento voluntário.