História e exame clínico objetivo Flashcards

1
Q

Para que serve a história clínica?

A

Ajuda no diagnóstico e na terapêutica, sendo frequentemente a chave para determinação da doença.

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2
Q

O que devemos ter em atenção na abordagem ao detentor do animal?

A

Devemos nos identificar perante o cliente, indicando a nossa função, utilizar vocabulário claro e compreensível, verificar aspetos gerais sobre o animal (raça, idade, sexo, etc.), saber a última vez em que o animal esteve bem, etc.

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3
Q

Qual é a primeira pergunta a fazer num exame clínico?

A

Qual é o problema?

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4
Q

Após a descrição do problema, que outras questões se devem colocar?

A

Devemos perguntar sobre a duração do problema, o seu progresso, se foi dado algum tratamento ao animal e qual é a sua situação atual.

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5
Q

Que assuntos devem ser abordados em relação à manutenção da homeostase?

A

Ingestão de alimentos e água, e dificuldade em deglutir.
Vómito.
Falta de ar, respiração ofegante e respiração anormal.
Sons e tosse.
Mudanças na micção ou na urina.
Mudanças na defecação ou nas fezes.

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6
Q

Nas interações com pessoas e outros animais que assuntos devem abordar as perguntas?

A

Mudanças na quantidade de sono, interesses, reações a estímulos, aparência (proporções do corpo, pelagem, etc.) e hábitos.
Andar do animal (fácil, doloroso, coxo, forte, bem coordenado, etc.).
Se o animal for fêmea: prevenção regular de estro, tempo e caráter do último estro, gravidez.
Se o animal for macho: interesse em fêmeas, castração.
Visão e audição.

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7
Q

O que deve ser falado sobre as condições de vida do animal?

A

Como o animal é mantido (quanto tempo e por que propósito).
Como o animal é alojado (em casa, no canil, ao ar livre).
O tipo e a quantidade de exercício.
O tempo de contacto com outros animais.
Se o animal esteve em qualquer outra área ou país (para doenças endémicas).

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8
Q

Dentro das condições de vida que dois grandes assuntos devem ser abordados?

A

Comida do animal: composição dos alimentos, comida industrial vs comida caseira, preparações de vitamina e cálcio, possibilidades de intoxicação.
Exposição a agentes/materiais nocivos: uso de materiais tóxicos nos animais e arredores, saída do animal sem observação ou supervisão.

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9
Q

Sobre a história passada do animal o que é importante saber?

A

Para conhecer a história passada do animal devemos fazer perguntas sobre doenças, medicamentos e vacinas:
- Se o animal teve alguma doença anterior;
- Se o animal realizou alguma cirurgia;
- Programa de vacinação;
- Medicamentos atuais ou recentes (dose e frequência);
- História familiar (doenças nos irmãos da mesma ninhada ou de ninhadas próximas).

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10
Q

No exame físico objetivo o que conseguimos retirar da impressão geral?

A

A impressão geral forma-se observando e ouvindo o paciente a partir de uma curta distância.
Verificamos o nível de consciência do animal, o seu comportamento, postura, condição corporal geral, locomoção, forma do corpo, pelagem e sons anómalos produzidos.

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11
Q

O que se examina no exame físico?

A
  1. Movimentos respiratórios;
  2. Membranas mucosas;
  3. Estado de nutrição;
  4. Linfonodos periféricos;
  5. Pele e pelagem;
  6. Pulso;
  7. Temperatura corporal;
  8. Outras alterações significativas (tórax, abdómen).
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12
Q

Em que consiste a respiração?

A

É a soma de todos os processos físicos e químicos que mantêm e regulam o metabolismo oxidativo das células.

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13
Q

Como é feita a regulação dos movimentos respiratórios?

A

Através de mecanorecetores nos pulmões e parede torácica, quimiorecetores periféricos e centrais, e centro respiratório.

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14
Q

O que devemos avaliar em relação aos movimentos respiratórios?

A

Devemos avaliar a sua profundidade, ritmo, tipo e frequência.

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15
Q

Qual o nível de estado de nutrição ideal para um cão? E para um gato?

A

O ideal para um cão é o nível 4/5, e para um gato o nível 5.

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16
Q

Classifica a hidratação tendo em conta o grau de desidratação que um animal pode ter.

A

0-5%: Adequada;
5-8%: Marginal;
8-10%/10-12%/12-15%: Inadequada.

17
Q

O que devemos observar na avaliação da pele, pelo e faneras?

A

Volume, forma, estrutura, superfície, consistência, temperatura, sensibilidade, mobilidade, prurido e queda de pelo.

18
Q

A que recursos podemos recorrer na avaliação da pele e pelo?

A

Na avaliação:
- Da cor e presença de hemorragias, observamos zonas de pele fina com pouco pelo (zona da virilha no caso do cão, superfície interna do pavilhão auricular no caso do gato e cão);
- Da espessura, elasticidade e consistência avaliar no mesmo local (lateralmente à 10ª costela);
- Da temperatura inspecionar os pés, lábios e orelhas com as costas da mão.

19
Q

Que mucosas devem ser observadas no exame físico e quais os aspetos a ter em conta na sua avaliação?

A

Devem ser observadas as mucosas conjuntival, nasal, bucal, vulvar ou peniana e anal.
Aspeto: espessura, lesões (úlceras), humidade, temperatura, secreções.
Cor: rosada, pálida, azulada, vermelho vivo, amarelada, com petéquias.

20
Q

O que poderão indicar as diferentes cores observadas nas mucosas?

A

Rosa- perfusão adequada.
Pálida ou branca- hemorragia, choque.
Cianótica: hipoxemia.
Vermelho vivo: início de choque, sépsis, febre, síndrome de resposta inflamatório sistémico.
Amarela: doença hepatobiliar e/ou hemólise.
Castanha: acetaminofeno (gatos), hemólise intravascular.
Petéquias: alteração das plaquetas, CID, deficiências de fatores de coagulação.

21
Q

Qual é o tempo de repleção capilar considerado normal no cão e no gato?

A

Inferior a 2 segundos.

22
Q

Que causas podem levar a um aumento do tempo de repleção capilar (>2s)?

A

Se o tempo de repleção capilar aumentar a circulação está comprometida devido a frio, choque, doenças cardiovasculares, anemia, etc.

23
Q

O tempo de repleção capilar deve ser avaliado antes de admitir um animal a cirurgia?

A

Sim.

24
Q

O que devemos ter em atenção quando palpamos os linfonodos no exame físico?

A

Forma, volume, estrutura, superfície, consistência, temperatura, sensibilidade e mobilidade.

25
Q

Quais são os linfonodos a ser examinados?

A

Mandibular, retrofaríngeo, pré-escapular, axilar (cão), poplíteo (cão), inguinal superficial e parotídeo (embora dificilmente palpável).

26
Q

O que nos fornecem a inspeção e a palpação dos linfonodos?

A

A inspeção revela mudanças no contorno normal dos linfonodos, indicando, muitas vezes, um aumento do tamanho destes.
A palpação providencia uma avaliação mais crítica de quaisquer mudanças.

27
Q

O que poderá causar o aumento do tamanho dos linfonodos?

A

Proliferação de linfócitos e macrófagos em resposta a uma estimulação antigénica.
Infiltração por células inflamatórias.
Proliferação de neoplasias hematopoiéticas.
Infiltração por células neoplásicas metastáticas.

28
Q

Que artérias são frequentemente utilizadas para avaliação do pulso arterial?

A

Artéria carótida e femoral nos pequenos animais.
Artéria coccígea nos bovinos.
Artéria facial e facial transversa nos cavalos.

29
Q

Indica os caracteres gerais e absolutos do pulso arterial.

A

Gerais: frequência e ritmo.
Absolutos: tensão, dureza, velocidade.

30
Q

Qual o pulso considerado normal no cão e no gato?

A

Cão: 60-120/min
Gato: 120-180/min

31
Q

O que é a taquisfigmia e em que situações ocorre?

A

Consiste num pulso arterial acelerado, podendo ocorrer em casos de stress, excitação, fibrilhação ventricular, hipóxia e anemia.

32
Q

Como se designa a situação de pulso arterial retardado e em que situações pode ocorrer?

A

Bradisfigmia, que pode ocorrer em situações de hipotermia, hipotiroidismo e no uso de tranquilizantes.

33
Q

O que entendes por arritmia?

A

É uma situação que ocorre quando o ritmo do pulso está alterado.

34
Q

A que se pode dever um pulso forte? E um pulso fraco?

A

Um pulso forte pode ser devido à persistência do canal arterial ou de uma hipertrofia cardíaca.
Um pulso fraco pode ser devido a estenose subaórtica ou insuficiência da mitral.

35
Q

Quais são os órgãos palpáveis e os não palpáveis da palpação abdominal?

A

Os órgãos palpáveis são: intestino se existirem fezes, bexiga se estiver cheia, polo caudal do rim esquerdo no cão e ambos os rins no gato.
Os órgãos não palpáveis são o fígado, pâncreas, glândulas adrenais, baço (embora alguns clínicos consigam palpar a cauda do baço nalguns cães) e útero, exceto em casos de gravidez/piómetra.

36
Q

Qual é o valor normal da temperatura interna do cão e do gato?

A

38,5-39,5Cº.

37
Q

A temperatura interna de um animal é de difícil interpretação. Explica.

A

A interpretação da temperatura interna é difícil, pois a excitação e manipulação no exame clínico podem facilmente elevar a temperatura 0,5-1,0Cº.

38
Q

O que se segue ao exame físico objetivo?

A

Exames especiais dos aparelhos e sistemas.
Exames complementares se necessário (hematológico, bioquímico, análise de urina, serológicos, etc.)