FisioResp Flashcards

(200 cards)

1
Q
A
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2
Q

O que define a ventilação alveolar e qual é a relação entre ventilação alveolar e ventilação minuto?

A

A ventilação alveolar (V_A) é o volume de ar que chega aos alvéolos e participa da troca gasosa. A relação entre ventilação alveolar (V_A) e ventilação minuto (V_E) é dada por: V_E = V_A + V_D, onde V_D é o volume do espaço morto (que não participa da troca gasosa). A ventilação alveolar é crucial para a eliminação de CO₂.

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3
Q

Como o aumento do espaço morto pode afetar a manutenção do CO₂ arterial?

A

O aumento do espaço morto, como em doenças pulmonares obstrutivas ou embolia pulmonar, reduz a ventilação alveolar, aumentando a necessidade de ventilação minuto para manter os níveis de CO₂ dentro de faixas normais. Isso leva a um esforço respiratório aumentado e possível hipercapnia.

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4
Q

Quais são as diferentes formas de espaço morto e como elas se relacionam com a ventilação alveolar?

A

O espaço morto pode ser anatômico (espaço nas vias aéreas condutoras) e fisiológico (que inclui o espaço morto anatômico mais áreas ventiladas, mas não perfundidas). O aumento do espaço morto fisiológico diminui a ventilação alveolar e, portanto, prejudica a troca gasosa.

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5
Q

Como a ventilação/perfusão (V/Q) desequilibrada pode causar hipoxemia?

A

O desequilíbrio V/Q ocorre quando a ventilação e a perfusão não são correspondentes. Em áreas com alta ventilação e baixa perfusão, ocorre um aumento na PaCO₂, enquanto em áreas com baixa ventilação e alta perfusão, há hipoxemia, pois não ocorre troca adequada de gases.

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6
Q

O que é shunt e como ele contribui para a hipoxemia?

A

Shunt é a passagem de sangue do lado direito para o lado esquerdo do coração sem entrar em contato com alvéolos ventilados. Esse sangue não se oxigena, agravando a hipoxemia. O aumento do shunt, como em atelectasia ou SDRA, pode causar hipoxemia refratária ao aumento de FiO₂.

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7
Q

Quais são os efeitos fisiológicos da anestesia sobre a capacidade residual funcional (FRC)?

A

A anestesia reduz a FRC em cerca de 0,5 a 1,0 L, aumentando a propensão à atelectasia, especialmente em posições supinas, o que compromete a ventilação alveolar e aumenta a resistência ao fluxo aéreo.

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8
Q

Qual é o impacto da anestesia na ventilação/perfusão (V/Q) e como isso afeta a oxigenação?

A

A anestesia reduz a capacidade de hipoxic vasoconstriction (HPV), piorando o desajuste V/Q e aumentando a shunt intrapulmonar. Isso leva a uma diminuição na eficiência da troca gasosa, resultando em hipoxemia perioperatória.

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9
Q

Como o aumento da ventilação minuto (V_E) pode compensar o aumento do espaço morto?

A

Para compensar o aumento do espaço morto e manter a ventilação alveolar normal, a ventilação minuto (V_E) deve aumentar. Isso exige mais esforço respiratório, o que pode resultar em dispneia em pacientes com doenças pulmonares obstrutivas ou embolia pulmonar.

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10
Q

Explique a relação entre a ventilação alveolar e a perfusão pulmonar em um paciente com embolia pulmonar.

A

Em pacientes com embolia pulmonar, a ventilação alveolar pode ser normal ou aumentada em áreas não perfundidas, mas a perfusão é interrompida devido ao bloqueio das artérias pulmonares. Isso aumenta o espaço morto e diminui a eficácia da troca gasosa, contribuindo para a hipoxemia.

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11
Q

Como a ventilação alveolar pode ser medida e o que a equação de gases alveolares nos diz?

A

A ventilação alveolar (V_A) pode ser calculada através da equação V_A = V_E − V_D. Para o cálculo do oxigênio alveolar, a equação alveolar de oxigênio é utilizada, levando em consideração a pressão de oxigênio inspirado, a concentração de CO₂ alveolar e a razão de troca respiratória.

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12
Q
A

A anestesia geral reduz o tônus muscular respiratório e diminui a FRC, predispondo o paciente à atelectasia, principalmente nas regiões dependentes do pulmão. Isso também diminui a complacência pulmonar e pode aumentar a resistência das vias aéreas.

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13
Q

O que é a hipoxic pulmonary vasoconstriction (HPV) e qual seu papel na manutenção do equilíbrio V/Q?

A

A HPV é uma resposta compensatória dos vasos pulmonares, onde áreas com baixa oxigenação sofrem vasoconstrição para redirecionar o fluxo sanguíneo para regiões mais ventiladas, melhorando o equilíbrio ventilação/perfusão. A anestesia geral pode diminuir a eficácia da HPV, resultando em um aumento do desajuste V/Q.

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14
Q

Como a perfusão pulmonar é distribuída no pulmão e como isso afeta a oxigenação?

A

A perfusão pulmonar é maior na base do pulmão devido à gravidade. Em condições de V/Q equilibrado, essa distribuição assegura trocas gasosas eficientes. No entanto, a anestesia, com a supressão da HPV, pode piorar o desajuste V/Q, levando a uma oxigenação menos eficiente.

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15
Q

Quais são as zonas de West e como elas são afetadas pela posição do corpo e pela ventilação?

A

As zonas de West descrevem a distribuição de perfusão no pulmão, com a Zona I sem perfusão (má perfusão), Zona II com perfusão intermitente e Zona III com perfusão contínua. A posição do corpo (deitado, em pé) e a ventilação positiva influenciam a distribuição dessas zonas, impactando a troca gasosa.

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16
Q

Como a ventilação e a perfusão são distribuídas nas posições supina e prona?

A

Em posição prona, a distribuição ventilatória e perfusional no pulmão é mais homogênea do que na posição supina, onde a gravidade pode afetar mais o padrão de perfusão, aumentando a heterogeneidade da distribuição de fluxo sanguíneo.

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17
Q

O que acontece quando a ventilação excede a perfusão em um determinado segmento pulmonar?

A

Quando a ventilação excede a perfusão, a relação V/Q é alta, resultando em aumento da PaCO₂, pois o ar não é adequadamente perfundido. Isso pode ocorrer em condições como DPOC ou durante a ventilação com alta fração inspirada de oxigênio (FiO₂) em anestesia.

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18
Q

Qual é a relação entre o volume corrente (V_T) e a ventilação alveolar (V_A) em pacientes com distúrbios pulmonares obstrutivos?

A

Em pacientes com distúrbios obstrutivos, o aumento do volume corrente pode não ser suficiente para garantir a ventilação alveolar adequada, pois o aumento do espaço morto e a dificuldade de exalação podem limitar a troca gasosa.

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19
Q

Como a ventilação alveolar é impactada pela resistência das vias aéreas durante a anestesia?

A

A anestesia pode aumentar a resistência das vias aéreas devido à diminuição do tônus muscular e ao uso de dispositivos como tubos endotraqueais. Isso aumenta o trabalho respiratório e pode contribuir para a redução da ventilação alveolar e aumento do espaço morto.

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20
Q

Qual é o efeito da anestesia sobre a complacência pulmonar e como isso altera a mecânica respiratória?

A

A anestesia reduz a complacência pulmonar, tornando o pulmão mais rígido e dificultando a expansão alveolar. Isso aumenta o trabalho respiratório e reduz a eficiência das trocas gasosas, especialmente durante a indução da anestesia.

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21
Q

Como os anestésicos podem impactar a eficiência da troca gasosa, especialmente a oxigenação?

A

A diminuição da FRC e a supressão da HPV, juntamente com a redução da complacência pulmonar, reduzem a eficácia das trocas gasosas durante a anestesia. Isso pode levar a uma hipoxemia precoce e à necessidade de manejo cuidadoso da ventilação e da FiO₂.

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22
Q

Defina ventilação minuto (V_E) e sua relação com a ventilação alveolar (V_A).

A

V_E = f × V_T, onde f é a frequência respiratória e V_T o volume corrente. A ventilação alveolar (V_A) é obtida subtraindo a ventilação do espaço morto (V_D): V_A = V_E − V_D. O espaço morto pode ser anatômico, fisiológico ou instrumental.

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23
Q

Como a ventilação alveolar impacta a eliminação de CO₂?

A

A eliminação de CO₂ depende exclusivamente da ventilação alveolar (V_A), pois o espaço morto não participa da troca gasosa. Pequenas reduções em V_A podem aumentar a PaCO₂, levando à acidose respiratória.

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24
Q

O que caracteriza um aumento do espaço morto fisiológico e quais as consequências clínicas?

A

O aumento do espaço morto ocorre quando há ventilação sem perfusão, como na embolia pulmonar e DPOC grave, exigindo aumento compensatório de V_E, o que pode ser insustentável.

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25
Quais são os efeitos da anestesia geral na ventilação alveolar e no espaço morto?
A anestesia geral reduz V_A ao diminuir o volume corrente (V_T) e aumentar o espaço morto fisiológico devido ao fechamento de pequenas vias aéreas.
26
Como o uso de PEEP pode influenciar o espaço morto?
O PEEP reduz o colapso alveolar, diminuindo o shunt e melhorando V/Q, mas em pressões excessivas, pode aumentar o espaço morto ao hiperexpandir alvéolos mal perfundidos.
27
Qual o impacto da ventilação mecânica controlada sobre a ventilação alveolar?
A ventilação mecânica pode reduzir a ventilação alveolar se o volume corrente for inadequado ou se houver aumento do espaço morto devido à hiperinsuflação.
28
Como a ventilação espontânea difere da ventilação mecânica em termos de eficiência de V_A?
A ventilação espontânea preserva o padrão fisiológico de recrutamento alveolar e mantém melhor perfusão, reduzindo o desajuste V/Q.
29
Como a ventilação minuto pode ser elevada, mas com troca gasosa ineficaz?
Em DPOC ou embolia pulmonar, a ventilação minuto V_E pode estar elevada, mas com V_D/V_T elevado, reduzindo a eliminação de CO₂.
30
Qual a relação entre espaço morto e PaCO₂ em um paciente sob anestesia geral?
Se o espaço morto aumentar, V_A cairá, levando à retenção de CO₂ e possível acidose respiratória intraoperatória.
31
Como o fechamento precoce das pequenas vias aéreas afeta V_A?
O fechamento precoce ocorre em pacientes obesos e idosos, reduzindo V_A, aumentando V/Q mismatch e predispondo à hipoxemia.
32
Como a distribuição da perfusão pulmonar é influenciada pela posição do corpo?
Em posição supina, a perfusão redistribui para as regiões dorsais, aumentando a tendência ao shunt.
33
O que são as Zonas de West e como elas afetam a relação V/Q?
Zona I: Ventilação sem perfusão (espaço morto). Zona II: Perfusão intermitente. Zona III: Perfusão contínua (melhor V/Q).
34
Como a anestesia afeta as Zonas de West?
A redução da HPV desloca sangue para zonas de baixo V/Q, piorando a oxigenação.
35
O que acontece com a perfusão pulmonar em um paciente sob ventilação com alta PEEP?
O aumento da PEEP pode deslocar mais alvéolos para a Zona I, aumentando o espaço morto.
36
Como a gravidade influencia a distribuição da ventilação?
A ventilação é maior nas bases pulmonares devido ao maior complacência alveolar nessa região.
37
Qual a relação entre débito cardíaco e V/Q?
Baixo débito cardíaco reduz perfusão alveolar, aumentando o espaço morto.
38
Como a hipóxia alveolar regula o fluxo sanguíneo pulmonar?
A vasoconstrição hipóxica pulmonar (HPV) redireciona fluxo para áreas melhor ventiladas.
39
Como a ventilação unipulmonar impacta V/Q?
A perfusão do pulmão não ventilado gera shunt, levando à hipoxemia.
40
Qual o impacto da anestesia sobre a HPV?
Anestésicos voláteis reduzem HPV, piorando o desajuste V/Q.
41
Por que a hipoxemia perioperatória é mais comum em obesos?
O aumento da pressão abdominal reduz FRC e aumenta o fechamento precoce das vias aéreas.
42
O que define a capacidade de difusão pulmonar?
A difusão depende da área de troca, espessura da membrana alveolocapilar e tempo de trânsito do eritrócito.
43
Como a difusão do CO₂ difere da do O₂?
O CO₂ difunde 20 vezes mais rápido que o O₂, tornando sua eliminação menos dependente de V/Q.
44
Qual o efeito da ventilação mecânica sobre a troca gasosa?
Pode melhorar a oxigenação, mas se mal ajustada, aumenta o espaço morto.
45
Como a PaO₂ é determinada na equação do gás alveolar?
PAO₂ = (FiO₂ × (Patm − PH₂O)) − PaCO₂/R.
46
Como a relação V/Q influencia o gradiente alveolo-arterial de O₂?
Quanto maior o desequilíbrio V/Q, maior o gradiente Aa, indicando pior troca gasosa.
47
Qual o efeito do aumento do débito cardíaco na oxigenação?
Pode reduzir o tempo de trânsito capilar, limitando a difusão de O₂.
48
Como o CO afeta o transporte de O₂?
O CO tem 200x mais afinidade pela Hb que o O₂, deslocando-o e causando hipóxia tecidual.
49
Qual o efeito da acidose na curva de dissociação da hemoglobina?
O Efeito Bohr desloca a curva para a direita, favorecendo a liberação de O₂ para os tecidos.
50
O que acontece com a saturação venosa mista (SvO₂) em choque séptico?
Pode estar aumentada devido a extravasamento capilar e disfunção mitocondrial.
51
Como a hipoxemia afeta a ventilação?
Estimula os quimiorreceptores carotídeos, aumentando a frequência respiratória.
52
Qual a equação fundamental da mecânica respiratória e quais variáveis ela descreve?
A equação do movimento respiratório é: 𝑃𝑣𝑒𝑛𝑡 + 𝑃𝑚𝑢𝑠 = (𝑉𝑇/𝐶𝑅𝑆) + (𝑅𝑎𝑤 × 𝑉𝑖) + 𝑃𝐸𝐸𝑃 + 𝑃𝐸𝐸𝑃𝑖 Onde: 𝑃𝑣𝑒𝑛𝑡 = Pressão aplicada pelo ventilador 𝑃𝑚𝑢𝑠 = Pressão gerada pelos músculos respiratórios 𝑉𝑇 = Volume corrente 𝐶𝑅𝑆 = Complacência do sistema respiratório 𝑅𝑎𝑤 = Resistência das vias aéreas 𝑃𝐸𝐸𝑃 = Pressão expiratória final 𝑃𝐸𝐸𝑃𝑖 = PEEP intrínseca​
53
Qual a relação entre pressão alveolar, pressão pleural e pressão transpulmonar?
A pressão transpulmonar (𝑃𝑇𝑃) é a diferença entre a pressão alveolar (𝑃𝐴) e a pressão pleural (𝑃𝑃𝐿): 𝑃𝑇𝑃 = 𝑃𝐴 − 𝑃𝑃𝐿 A complacência pulmonar é expressa como o volume gerado para uma dada variação de 𝑃𝑇𝑃, sendo inversamente proporcional à elastância​.
54
Como a anestesia geral impacta a capacidade residual funcional (FRC)?
A anestesia reduz a FRC em aproximadamente 0,5 L, levando à atelectasia e piora na relação 𝑉/𝑄. Essa redução ocorre independentemente do tipo de anestésico e do controle ventilatório​.
55
Quais fatores contribuem para a diminuição da complacência pulmonar durante a anestesia?
A complacência pulmonar diminui devido a: - Perda do tônus muscular, resultando em deslocamento cefálico do diafragma - Aumento da resistência das vias aéreas - Atelectasia induzida pela oxigenação elevada​.
56
Como o posicionamento do paciente influencia a FRC e a mecânica pulmonar?
Supino: Reduz a FRC em 1 L Anestesia geral: Reduz a FRC adicionalmente em 0,5 L Piora em obesos e idosos devido à menor complacência torácica​.
57
Qual é o impacto da obesidade sobre a mecânica pulmonar?
A obesidade reduz a complacência pulmonar e torácica, diminui a FRC e aumenta a resistência das vias aéreas devido à pressão extrínseca na parede torácica​.
58
Qual a relação entre volume pulmonar e resistência das vias aéreas?
A resistência das vias aéreas é inversamente proporcional ao volume pulmonar. À medida que o volume diminui, a resistência aumenta exponencialmente​.
59
Qual é a equação de resistência das vias aéreas?
𝑅 = Δ𝑃/𝑉˙ Onde: 𝑅 = Resistência (cmH₂O/L/s) Δ𝑃 = Diferença de pressão entre boca e alvéolos 𝑉˙ = Fluxo de ar​.
60
O que é hiperinsuflação dinâmica e como ela afeta a ventilação mecânica?
A hiperinsuflação dinâmica ocorre quando a expiração incompleta leva ao acúmulo de volume pulmonar e PEEP intrínseca. Isso aumenta o trabalho respiratório e dificulta a ventilação controlada​.
61
Como a PEEP afeta a mecânica respiratória?
A PEEP reduz o colapso alveolar, melhora a oxigenação, mas pode aumentar a resistência vascular pulmonar, reduzindo o débito cardíaco​.
62
Como o efeito Haldane influencia a remoção de CO₂?
A oxigenação da hemoglobina reduz a afinidade pelo CO₂, aumentando a PaCO₂ arterial, um fenômeno essencial no manejo de pacientes com DPOC​.
63
Qual o impacto da anestesia na resposta ao CO₂?
A anestesia reduz a resposta ventilatória ao CO₂ de forma dose-dependente, aumentando o risco de hipercapnia​.
64
Como a hipoxia afeta o transporte de CO₂?
A hipoxia reduz a conversão de CO₂ em bicarbonato nos eritrócitos, aumentando o CO₂ dissolvido​.
65
Qual o mecanismo da hipoxemia induzida pela anestesia?
Diminuição da FRC, shunt intrapulmonar e redução da vasoconstrição hipóxica são os principais mecanismos​.
66
Qual a diferença entre hipoxemia induzida por shunt e hipoventilação?
A hipoxemia por shunt não melhora com FiO₂ elevada, enquanto a hipoventilação responde bem​.
67
Como a relação 𝑉/𝑄 muda com a anestesia?
A anestesia reduz a ventilação em regiões dependentes do pulmão, piorando 𝑉/𝑄 mismatch​.
68
Como a distribuição de perfusão muda com a anestesia?
A perfusão é redistribuída para regiões hipoventiladas, aumentando a hipoxemia​.
69
Como a ventilação com FiO₂ elevada pode piorar a hipoxemia?
Altas FiO₂ promovem absorção de atelectasias, aumentando shunt​.
70
Qual a relação entre complacência pulmonar e eficiência ventilatória?
Menor complacência aumenta o trabalho respiratório e reduz a eficácia da ventilação​.
71
Como a mecânica respiratória difere entre pacientes com DPOC e fibrose pulmonar?
DPOC: Alta complacência, resistência aumentada Fibrose: Baixa complacência, fluxo expiratório preservado​.
72
Como o trabalho respiratório (WOB) é definido e quais fatores influenciam seu aumento?
O trabalho respiratório (WOB) é definido como o produto da pressão inspiratória gerada pelos músculos respiratórios e o volume corrente deslocado. O WOB aumenta em: DPOC: Devido ao aumento da resistência das vias aéreas. Fibrose pulmonar: Devido à redução da complacência pulmonar. PEEP elevada: Pois impõe carga expiratória excessiva. Edema pulmonar: Devido ao aumento da resistência vascular e diminuição da complacência.
73
Como a ventilação mecânica pode reduzir ou aumentar o WOB?
Redução do WOB: Quando a ventilação mecânica assume totalmente o suporte ventilatório, eliminando esforço muscular. Aumento do WOB: Se houver assincronia paciente-ventilador, resistência na via aérea artificial ou hiperinsuflação dinâmica.
74
O que é a hipoventilação paradoxal e em que condições ela ocorre?
Ocorre quando há obstrução parcial das vias aéreas superiores, como em paralisia diafragmática ou sedação profunda, levando a um movimento respiratório ineficaz e descoordenado.
75
Como o trabalho respiratório pode ser monitorado na prática clínica?
Através da medição da pressão transdiafragmática (Pdi) e da pressão esofágica (Pes), que refletem a carga imposta ao diafragma.
76
Como a ventilação espontânea com pressão de suporte afeta o trabalho respiratório?
A pressão de suporte reduz a carga respiratória ao compensar a resistência do tubo endotraqueal e as forças elásticas pulmonares.
77
Qual a função dos quimiorreceptores centrais e como eles regulam a ventilação?
Localizados no bulbo, detectam variações de PCO₂ no LCR. O aumento da PCO₂ reduz o pH do LCR, estimulando o centro respiratório e aumentando a ventilação.
78
Como a resposta ventilatória ao CO₂ é modulada por fatores fisiológicos e anestesia?
Hipoxia e acidose: Aumentam a sensibilidade à PCO₂. Anestesia geral e opioides: Reduzem a resposta ao CO₂, deslocando a curva ventilatória para a direita.
79
Como os quimiorreceptores periféricos diferem dos centrais na regulação da ventilação?
Os quimiorreceptores periféricos (corpos carotídeos e aórticos) respondem primariamente à hipoxemia (PaO₂ < 60 mmHg), enquanto os centrais respondem à PCO₂ e pH.
80
Qual o papel do sistema nervoso autônomo na regulação da mecânica ventilatória?
O sistema simpático reduz a resistência das vias aéreas (broncodilatação via β₂-adrenérgicos), enquanto o sistema parassimpático aumenta a resistência por broncoconstrição.
81
Como a resposta ventilatória à hipóxia se diferencia em aclimatados à altitude versus não aclimatados?
Aclimatados: Desenvolvem hiperventilação sustentada devido ao aumento da eritropoiese e resposta ventilatória aprimorada. Não aclimatados: Hipoxemia severa pode levar à depressão ventilatória paradoxal.
82
Quais são os cinco mecanismos principais de hipoxemia?
Hipoventilação alveolar (ex: depressão central por opioides). Shunt intrapulmonar (ex: SDRA, atelectasia). Desequilíbrio V/Q (ex: DPOC, anestesia geral). Distúrbio de difusão (ex: fibrose pulmonar). Baixa FiO₂ (ex: grandes altitudes).
83
Como a anestesia geral predispõe à hipoxemia intraoperatória?
Redução da FRC e complacência pulmonar. Diminuição da HPV, piorando V/Q. Aumento do shunt devido à atelectasia.
84
Como a hipercapnia afeta a função cardiovascular?
Aumento do débito cardíaco (estímulo simpático). Vasodilatação cerebral → risco de hipertensão intracraniana. Acidose respiratória severa pode causar depressão miocárdica.
85
Qual o efeito da hipoxemia crônica na circulação pulmonar?
A hipoxia crônica induz vasoconstrição pulmonar persistente, levando à hipertensão pulmonar e cor pulmonale.
86
Como o oxigênio suplementar pode piorar a hipercapnia em pacientes com DPOC?
Redução da HPV, aumentando shunt. Efeito Haldane, promovendo liberação excessiva de CO₂ da hemoglobina.
87
Qual o impacto da anestesia regional alta na ventilação?
Pode bloquear nervos frênicos bilaterais, reduzindo força diafragmática e predispondo à hipoventilação.
88
Como o posicionamento do paciente influencia a hipoxemia perioperatória?
Supino: Aumenta o shunt intrapulmonar. Posição prona: Melhora V/Q e reduz atelectasia.
89
Como a pressão expiratória final (PEEP) pode ser benéfica ou prejudicial na ventilação mecânica?
Benéfica: Reduz shunt e melhora oxigenação. Prejudicial: Pode reduzir retorno venoso e aumentar espaço morto.
90
Qual o efeito dos anestésicos voláteis na complacência pulmonar e resistência das vias aéreas?
Reduzem a resistência por broncodilatação. Diminuem a complacência por efeitos na tensão superficial alveolar.
91
Como a ventilação de alta frequência (HFOV) pode ser usada para otimizar a oxigenação?
HFOV mantém volumes pulmonares acima do ponto de colapso alveolar, melhorando oxigenação sem causar volutrauma.
92
Como a anestesia geral altera a distribuição da ventilação no pulmão?
A anestesia causa redistribuição da ventilação para as regiões superiores do pulmão, enquanto as regiões dependentes sofrem atelectasia. Isso resulta em desajuste V/Q e aumento do shunt.
93
Por que a anestesia reduz a capacidade residual funcional (FRC)?
A anestesia elimina o tônus muscular, deslocando o diafragma cefalicamente e reduzindo o volume pulmonar final da expiração. A redução da FRC em até 20% promove atelectasias e hipoxemia.
94
Como os anestésicos voláteis afetam a mecânica respiratória?
Os anestésicos voláteis reduzem a complacência pulmonar e aumentam a resistência das vias aéreas, contribuindo para a hipoventilação alveolar. Além disso, eles atenuam a vasoconstrição hipóxica (HPV), piorando a oxigenação.
95
Como a hipoventilação induzida pela anestesia afeta a eliminação de CO₂?
A anestesia deprime o centro respiratório, reduzindo a resposta ao CO₂. Isso leva ao aumento da PaCO₂ e acidose respiratória, especialmente em pacientes obesos e com DPOC.
96
O que é o efeito da absorção da atelectasia e como ele contribui para hipoxemia perioperatória?
A FiO₂ elevada promove a absorção rápida do O₂ nos alvéolos colapsados, gerando atelectasia e agravando o shunt pulmonar. Esse efeito é mais evidente em ventilação com O₂ a 100%.
97
Como a pressão expiratória final positiva (PEEP) pode reverter a hipoxemia intraoperatória?
A PEEP reabre alvéolos colapsados, reduzindo o shunt e melhorando a oxigenação. No entanto, PEEP excessiva pode comprometer o retorno venoso e reduzir o débito cardíaco.
98
Como a ventilação unipulmonar durante cirurgia torácica impacta a oxigenação?
A ventilação de um único pulmão aumenta o shunt intrapulmonar, pois o pulmão colapsado continua perfundido. O uso de PEEP seletiva e fração inspirada de O₂ ajustada pode minimizar esse efeito.
99
Qual o impacto do pneumoperitônio na ventilação e perfusão pulmonar?
O pneumoperitônio aumenta a pressão intra-abdominal, reduzindo a FRC e piorando a complacência pulmonar. A hipercapnia induzida pelo CO₂ insuflado pode aumentar a vasoconstrição pulmonar.
100
Como a anestesia influencia a resistência vascular pulmonar e a distribuição do fluxo sanguíneo?
A anestesia altera a regulação da vasoconstrição pulmonar hipóxica (HPV), redistribuindo o fluxo sanguíneo para regiões hipoventiladas, o que piora a relação V/Q e contribui para hipoxemia.
101
Como a ventilação protetora pode minimizar as complicações pulmonares pós-operatórias?
Estratégias de ventilação protetora incluem volume corrente baixo (6-8 mL/kg), PEEP adequada e manobras de recrutamento alveolar. Essas técnicas reduzem atelectasias e otimizam a troca gasosa.
102
Como o shunt contribui para a hipoxemia refratária ao oxigênio?
O shunt ocorre quando o sangue venoso passa por alvéolos não ventilados, como em atelectasias. A hipoxemia por shunt não responde ao aumento da FiO₂, tornando essencial a reexpansão alveolar.
103
Qual a relação entre hipoxemia e aumento do espaço morto alveolar?
Quando há perfusão reduzida em alvéolos ventilados, ocorre aumento do espaço morto fisiológico, reduzindo a eficácia da troca gasosa e predispondo à hipoxemia.
104
Como a anestesia impacta a relação ventilação/perfusão (V/Q)?
A anestesia desvia a ventilação para regiões superiores do pulmão enquanto a perfusão é maior nas regiões inferiores, criando zonas de desajuste V/Q e aumento do shunt.
105
De que forma a hipercapnia se desenvolve durante anestesia?
A hipercapnia surge por hipoventilação alveolar causada por anestesia profunda, aumento do espaço morto ou ventilação inadequada.
106
Como a eliminação de CO₂ é prejudicada pela anestesia?
O aumento do espaço morto alveolar e a redução da ventilação minuto contribuem para retenção de CO₂, podendo levar a acidose respiratória intraoperatória.
107
Qual o impacto do aumento do espaço morto na ventilação mecânica?
O aumento do espaço morto exige maior ventilação minuto para manter a PaCO₂ normal, aumentando o risco de fadiga muscular respiratória.
108
Como a ventilação mecânica pode agravar a hipercapnia em pacientes com DPOC?
A ventilação mecânica pode causar hiperinsuflação dinâmica, resultando em aprisionamento de ar e redução da ventilação alveolar eficaz.
109
Como a anestesia pode prejudicar a resposta ventilatória ao CO₂?
Anestésicos gerais reduzem a resposta ventilatória ao CO₂ ao deprimirem o centro respiratório bulbar, deslocando a curva ventilatória para a direita.
110
Por que a hipoxia pode ser agravada pela administração de oxigênio puro durante anestesia?
Altas concentrações de O₂ podem levar à absorção de atelectasias, reduzindo a ventilação em algumas regiões pulmonares e piorando o shunt.
111
Como a anestesia altera a distribuição da ventilação pulmonar?
A ventilação é desviada das regiões dependentes para as superiores, enquanto as porções inferiores sofrem atelectasia.
112
Quais são os efeitos hemodinâmicos do aumento da PEEP?
A PEEP pode reduzir o retorno venoso, diminuir o débito cardíaco e aumentar a resistência vascular pulmonar.
113
Como a vasoconstrição hipóxica é afetada pela anestesia?
A anestesia atenua a resposta da HPV, aumentando o shunt e piorando a hipoxemia.
114
Como o posicionamento do paciente afeta a relação V/Q?
Em posição supina, a perfusão pulmonar é redistribuída para áreas dependentes, aumentando o shunt.
115
Como a ventilação unipulmonar impacta a oxigenação?
Durante ventilação unipulmonar, o pulmão não ventilado continua perfundido, criando um shunt e reduzindo a PaO₂.
116
Como o pneumoperitônio afeta a mecânica respiratória?
O aumento da pressão abdominal desloca o diafragma para cima, reduzindo a FRC e complacência pulmonar.
117
Quais são os mecanismos de colapso alveolar induzidos pela anestesia?
Redução da FRC, absorção de atelectasias por altas FiO₂, perda do tônus muscular diafragmático.
118
Como a redistribuição da perfusão pode causar hipoxemia intraoperatória?
A anestesia desvia o fluxo sanguíneo para áreas mal ventiladas, piorando a relação V/Q.
119
Como a anestesia influencia a resistência vascular pulmonar?
A anestesia pode reduzir a resistência vascular pulmonar, aumentando o fluxo para áreas mal ventiladas e piorando a hipoxemia.
120
Qual o impacto da hipercapnia na circulação pulmonar?
A hipercapnia induz vasoconstrição pulmonar, podendo aumentar a pós-carga do ventrículo direito.
121
O que caracteriza a ventilação mecânica protetora e quais são seus principais componentes?
A ventilação protetora inclui: - Baixo volume corrente (6-8 mL/kg de peso ideal) - PEEP suficiente para prevenir colapso alveolar - Manobras de recrutamento alveolar quando necessário
122
Por que volumes correntes elevados podem ser prejudiciais durante anestesia?
Volumes correntes elevados podem causar volutrauma e barotrauma, levando à liberação de mediadores inflamatórios e lesão pulmonar induzida pela ventilação.
123
Como as manobras de recrutamento alveolar atuam na prevenção da hipoxemia?
As manobras de recrutamento abrem alvéolos colapsados, reduzindo o shunt e melhorando a oxigenação.
124
Como a PEEP influencia a oxigenação em pacientes sob anestesia?
A PEEP evita atelectasia, melhora a relação V/Q e reduz a necessidade de FiO₂ elevada.
125
Como o uso inadequado de PEEP pode ser prejudicial?
PEEP excessiva pode aumentar o espaço morto, reduzir o retorno venoso e causar hipotensão intraoperatória.
126
Qual é o impacto da ventilação espontânea versus controlada na anestesia?
A ventilação espontânea preserva o tônus diafragmático, reduzindo atelectasias, enquanto a ventilação controlada pode causar colapso alveolar.
127
Qual a importância do tempo inspiratório na ventilação mecânica?
O tempo inspiratório adequado melhora a distribuição de gases, enquanto tempos prolongados podem causar auto-PEEP e aprisionamento de ar.
128
Como a ventilação assistida pode otimizar a sincronia paciente-ventilador?
A ventilação assistida reduz o trabalho respiratório do paciente e melhora a adaptação do suporte ventilatório às demandas fisiológicas.
129
Como a anestesia pode levar à auto-PEEP e quais são suas consequências?
A ventilação mecânica pode impedir a expiração completa, causando hiperinsuflação dinâmica e dificultando a ventilação adequada.
130
Como evitar o colapso alveolar na extubação de pacientes sob anestesia?
Estratégias incluem: - Aplicação de CPAP na extubação - Ventilação com FiO₂ reduzida - Manobra de recrutamento alveolar pré-extubação.
131
Quais são os principais fatores de risco para complicações pulmonares pós-operatórias?
Os principais fatores de risco incluem: - Idade avançada - Obesidade - Cirurgias abdominais e torácicas - Ventilação mecânica inadequada.
132
Como a hipoxemia pós-operatória pode ser manejada?
Deve-se corrigir atelectasias com manobras de recrutamento, PEEP adequada e mobilização precoce.
133
Qual o papel da fisioterapia respiratória no pós-operatório?
Técnicas como incentivo respiratório e exercícios diafragmáticos reduzem atelectasias e melhoram a função pulmonar.
134
Como evitar o broncoespasmo pós-extubação em pacientes com hiperreatividade brônquica?
Uso de broncodilatadores, corticoides pré-operatórios e extubação cuidadosa pode reduzir o risco.
135
Qual o impacto da ventilação mecânica prolongada na recuperação pulmonar?
Pode levar à fraqueza diafragmática, aumento da resistência das vias aéreas e dificuldade no desmame ventilatório.
136
Como prevenir a pneumonia associada à ventilação mecânica no pós-operatório?
As estratégias incluem: - Higiene oral rigorosa - Elevação da cabeceira - Uso criterioso de sedação.
137
Como a analgesia pós-operatória pode influenciar a ventilação?
O uso excessivo de opioides pode causar depressão respiratória, enquanto analgesia multimodal minimiza esse risco.
138
Como a hipovolemia pode agravar a hipoxemia no pós-operatório?
A hipovolemia reduz o débito cardíaco, levando a menor perfusão pulmonar e aumento do shunt.
139
Por que o controle glicêmico é importante para prevenir complicações pulmonares pós-operatórias?
A hiperglicemia aumenta o risco de infecções pulmonares e disfunção diafragmática.
140
Como a ventilação não invasiva pode ser utilizada no pós-operatório?
Pode prevenir atelectasias, reduzir o trabalho respiratório e melhorar a oxigenação sem necessidade de intubação.
141
Como a anestesia geral impacta a ventilação alveolar e a eliminação de CO₂?
A anestesia reduz a ventilação minuto e aumenta o espaço morto alveolar, diminuindo a eliminação de CO₂. ## Footnote O aumento do VD/VT resulta em hipercapnia, como demonstrado na Figura 12.26​.
142
Como os anestésicos inalatórios afetam a resposta ventilatória ao CO₂?
Reduzem a sensibilidade dos quimiorreceptores centrais ao CO₂, deslocando a curva ventilatória para a direita e tornando os pacientes mais propensos à hipoventilação​.
143
Qual é a relação entre ventilação alveolar e PaCO₂ durante anestesia?
A ventilação alveolar (VA) é inversamente proporcional à PaCO₂. Se VA cai pela metade, a PaCO₂ dobra, agravando acidose respiratória​.
144
Como a Figura 12.20 ilustra as causas da hipercapnia intraoperatória?
A imagem demonstra que hipercapnia pode resultar de hipoventilação, aumento do espaço morto e produção excessiva de CO₂​.
145
Como a relação V/Q é alterada durante anestesia?
A anestesia redistribui a ventilação para regiões superiores do pulmão, enquanto a perfusão continua nas regiões inferiores, levando ao desajuste V/Q​.
146
Qual o impacto da anestesia na ventilação pulmonar espontânea?
A anestesia reduz a amplitude e a frequência respiratória, comprometendo a ventilação alveolar e favorecendo a hipoxemia​.
147
Como a hipoxia afeta a resposta ventilatória sob anestesia?
A resposta dos quimiorreceptores periféricos à hipoxia é atenuada, dificultando a compensação ventilatória​.
148
Qual a relação entre FiO₂ elevada e atelectasia perioperatória?
Altas concentrações de oxigênio favorecem absorção de atelectasias, piorando a hipoxemia​.
149
Como a ventilação mecânica altera a mecânica pulmonar?
Durante ventilação mecânica, ocorre aumento da resistência das vias aéreas e redução da complacência pulmonar, como ilustrado na Figura 12.24​.
150
Como a pressão expiratória final positiva (PEEP) pode afetar a ventilação?
A PEEP mantém os alvéolos abertos, reduzindo atelectasia e melhorando a oxigenação, mas pode comprometer o débito cardíaco​.
151
Como a anestesia afeta a circulação pulmonar?
Diminui a resistência vascular pulmonar, reduzindo a eficácia da vasoconstrição hipóxica pulmonar (HPV) e piorando V/Q​.
152
Qual o impacto da ventilação unipulmonar na perfusão pulmonar?
O pulmão não ventilado continua perfundido, aumentando shunt intrapulmonar e piorando a oxigenação​.
153
Como a Figura 12.27 ilustra a distribuição do shunt durante ventilação unipulmonar?
Mostra um aumento do shunt no pulmão não ventilado, reduzindo a PaO₂​.
154
Como a hipercapnia influencia a circulação pulmonar?
Induz vasoconstrição pulmonar, podendo aumentar a pós-carga do ventrículo direito​.
155
Como a anestesia impacta o débito cardíaco?
Pode reduzir o débito cardíaco ao diminuir o retorno venoso e aumentar a resistência vascular pulmonar​.
156
Qual é o impacto do pneumoperitônio na ventilação e perfusão pulmonar?
O aumento da pressão intra-abdominal reduz a FRC, favorecendo atelectasias​.
157
Como a Figura 12.28 ilustra a atelectasia induzida pela anestesia?
A TC mostra colapso pulmonar em áreas dependentes, característico da anestesia​.
158
Como a ventilação de alta frequência pode ser utilizada na anestesia?
Mantém os alvéolos abertos sem causar volutrauma, sendo útil na SDRA​.
159
Como a ventilação mecânica prolongada impacta a função respiratória?
Pode levar à fraqueza diafragmática, dificultando a extubação​.
160
Como a hipovolemia pode agravar a hipoxemia no pós-operatório?
Reduz o débito cardíaco, comprometendo a perfusão pulmonar e aumentando o shunt​.
161
Como a ventilação protetora reduz o risco de lesão pulmonar induzida por ventilação (VILI)?
Inclui baixo volume corrente (6-8 mL/kg), uso adequado de PEEP e limitação da pressão de platô para minimizar volutrauma e atelectasia.
162
Como a ventilação mecânica pode causar volutrauma?
Volumes correntes elevados (>10 mL/kg) geram estresse alveolar excessivo, levando à liberação de mediadores inflamatórios.
163
Como a Figura 12.30 ilustra a importância da PEEP na prevenção da atelectasia?
Demonstra que a aplicação de PEEP mantém os alvéolos abertos e melhora a oxigenação, reduzindo shunt.
164
Como evitar hipoxemia intraoperatória em pacientes sob ventilação mecânica?
Ajustando a FiO₂, otimizando PEEP e realizando manobras de recrutamento alveolar.
165
Como a ventilação espontânea pode ser benéfica durante anestesia?
Preserva o tônus diafragmático e reduz atelectasias, melhorando a ventilação em áreas dependentes.
166
Como a ventilação controlada pode agravar hipoxemia?
Pode levar ao fechamento alveolar e redistribuição do fluxo sanguíneo para regiões mal ventiladas.
167
Como a ventilação com pressão controlada difere da ventilação com volume controlado?
Pressão controlada: Melhor controle de pressão alveolar e menor risco de barotrauma. Volume controlado: Mantém volume corrente fixo, mas pode gerar picos de pressão elevados.
168
Como a ventilação de alta frequência (HFOV) pode beneficiar pacientes críticos?
Evita colapso alveolar ao manter volumes pulmonares acima do ponto de fechamento.
169
Como a ventilação unipulmonar pode ser otimizada para minimizar hipoxemia?
Uso de PEEP seletiva no pulmão ventilado, ajuste da FiO₂, monitorização do shunt com gasometria arterial.
170
Como a PEEP afeta o retorno venoso e a estabilidade hemodinâmica?
PEEP excessiva pode reduzir o retorno venoso e o débito cardíaco, causando hipotensão.
171
Como a Tabela 12.5 classifica os diferentes graus de hipoxemia?
Leve: PaO₂ 60-80 mmHg. Moderada: PaO₂ 40-59 mmHg. Grave: PaO₂ < 40 mmHg.
172
Como a hipoxemia pós-operatória pode ser manejada?
Correção de atelectasias com PEEP, mobilização precoce e uso de ventilação não invasiva (VNI).
173
Como a Figura 12.28 demonstra a persistência da atelectasia no pós-operatório?
Mostra que áreas pulmonares continuam colapsadas por até 24h após a cirurgia, aumentando o risco de complicações.
174
Quais fatores aumentam o risco de pneumonia associada à ventilação mecânica?
Tempo prolongado de ventilação, higiene oral inadequada e uso excessivo de sedação.
175
Como prevenir complicações respiratórias em pacientes obesos submetidos à anestesia?
Uso de PEEP elevada, ventilação em posição prona quando possível, extubação com CPAP.
176
Qual a importância do incentivo respiratório no pós-operatório?
Reduz atelectasia e melhora a ventilação alveolar, prevenindo hipoxemia.
177
Como a hipovolemia pode agravar a hipoxemia no pós-operatório?
Reduz o débito cardíaco, prejudicando a perfusão pulmonar e aumentando o shunt.
178
Como o controle glicêmico afeta a função pulmonar no pós-operatório?
A hiperglicemia aumenta o risco de infecção pulmonar e reduz a resposta ventilatória.
179
Como a ventilação não invasiva (VNI) pode ser usada no pós-operatório?
Melhora a troca gasosa, reduz atelectasias e diminui o trabalho respiratório.
180
Como a analgesia pós-operatória pode influenciar a ventilação?
O uso excessivo de opioides pode levar à depressão respiratória, enquanto a analgesia multimodal minimiza esse risco.
181
Como a insuflação de CO₂ durante o pneumoperitônio afeta a mecânica respiratória?
O pneumoperitônio reduz a capacidade residual funcional (FRC) e a complacência pulmonar, aumentando a pressão de pico nas vias aéreas e a formação de atelectasias.
182
Qual é o paradoxo do pneumoperitônio em relação ao shunt e à oxigenação?
Apesar da formação de atelectasias, o shunt é reduzido e a oxigenação arterial melhora, possivelmente devido à vasoconstrição pulmonar hipóxica (HPV) intensificada pela acidose hipercápnica.
183
Como a Figura 12.27 ilustra a distribuição do shunt durante ventilação unipulmonar e bipulmonar?
Demonstra que o shunt é concentrado no pulmão dependente durante ventilação com dois pulmões, mas se estende para o pulmão colapsado na ventilação unipulmonar, piorando a hipoxemia.
184
Como o pneumoperitônio pode impactar o controle respiratório pós-operatório?
Pode levar a alterações prolongadas no controle da respiração, aumentando o risco de hipoventilação pós-operatória.
185
Quais são os principais mecanismos da atelectasia intraoperatória?
Redução da FRC, uso de FiO₂ elevada levando à absorção de oxigênio nos alvéolos colapsados, perda do tônus muscular promovendo fechamento de pequenas vias aéreas.
186
Como a Figura 12.28 ilustra a atelectasia sob anestesia?
Mostra imagens de tomografia computadorizada revelando desenvolvimento imediato de atelectasia nas regiões pulmonares dependentes após a indução anestésica.
187
Qual é a relação entre anestesia geral e perfusão pulmonar?
Durante anestesia, o fluxo sanguíneo é redistribuído para áreas de baixa ventilação, aumentando a relação V/Q desajustada e piorando a oxigenação.
188
Como o pneumoperitônio influencia a relação V/Q?
Diminui a ventilação em regiões dependentes devido ao aumento da pressão intra-abdominal, reduz o shunt ao melhorar a HPV, melhorando a oxigenação.
189
Como a capnografia pode ser utilizada para monitorar hipercapnia intraoperatória?
O aumento do gradiente entre ETCO₂ e PaCO₂ indica aumento do espaço morto fisiológico e pode sugerir hipercapnia progressiva.
190
Como a ventilação mecânica deve ser ajustada durante cirurgias laparoscópicas?
Deve-se usar PEEP adequada, volumes correntes baixos (6-8 mL/kg) e ajustes na ventilação minuto para compensar hipercapnia.
191
Como a atelectasia contribui para complicações pulmonares no pós-operatório?
A atelectasia aumenta o risco de infecções, hipoxemia e falência respiratória, sendo um fator importante no desenvolvimento de complicações pulmonares pós-operatórias.
192
Como a Figura 12.29 demonstra a persistência da atelectasia pós-operatória?
A imagem revela que as áreas colapsadas podem persistir por dias após a cirurgia, aumentando o risco de hipoxemia prolongada.
193
Como a mobilização precoce ajuda a prevenir complicações pulmonares pós-operatórias?
Melhora a ventilação pulmonar, reduz atelectasias e favorece a eliminação de secreções, prevenindo pneumonia.
194
Qual o papel da VNI na recuperação pós-operatória?
A ventilação não invasiva pode reduzir atelectasias e melhorar a oxigenação, prevenindo necessidade de reintubação.
195
Como a Tabela 12.5 classifica a gravidade da hipoxemia?
Leve: PaO₂ entre 60-80 mmHg, Moderada: PaO₂ entre 40-59 mmHg, Grave: PaO₂ < 40 mmHg.
196
Como a fraqueza diafragmática pode prejudicar a recuperação ventilatória?
O uso prolongado de ventilação mecânica pode levar à atrofia diafragmática, tornando o desmame ventilatório mais difícil.
197
Como a hipercapnia afeta a função cardiovascular no pós-operatório?
Pode causar vasodilatação cerebral, aumento da pressão intracraniana e depressão miocárdica, aumentando o risco de instabilidade hemodinâmica.
198
Como a ventilação protetora pode reduzir complicações respiratórias?
O uso de volumes correntes baixos, PEEP adequada e estratégias de recrutamento reduz lesão pulmonar induzida por ventilação.
199
Como a analgesia pós-operatória pode influenciar a ventilação?
O uso excessivo de opioides pode levar à depressão respiratória, enquanto a analgesia multimodal minimiza esse risco.
200
Como o controle glicêmico pode influenciar a função pulmonar no pós-operatório?
A hiperglicemia aumenta o risco de infecção pulmonar e reduz a resposta ventilatória, dificultando a recuperação.