Fratura do Tornozelo Flashcards

1
Q

Características epidemiolígicas das fraturas do tornozelo:

A

10% de todas as fraturas

2ª mais comum no MMII (1ª é a fx de femur)

Pico bimodal:

  • Homens Jovens
  • Mulheres > 50 anos (predominando as bimaleolares e trimaleolares).

Fatores de risco:

  • Obesidade
  • Etilismo
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Q

Cite os mecanismos de trauma para as fraturas do tornozelo:

A

São traumas torcionais:

  • Queda da própria altura
  • Traumas esportivos
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3
Q

Cite algumas caraterísticas anatomicas gerais do tornozelo:

Cite os principais epônimos encontrados no tornozelo:

A

Eixo articular está 15° rodado externo - logo maléolo medial fica anterior ao maléolo lateral (usar mortise para igualar o eixo)

A carga é dada:

  • 1/6 na fíbula
  • 5/6 na tíbia

Complexo ligamentar medial: é composto pelo ligamento deltóide (4 componentes)

  • Tibiocalcâneo
  • Tibiotalar supoerficial
  • Tibiotalar profundo
  • Tibionavicular

Complexo ligamentar lateral: composto por 3 ligamentos (formam um cruz)

  • Talofibular anterior (1° a se romper)
  • Fíbulocalcâneo
  • Talofibular posterior

Estruturas que passam atrás do maléolo medial (TDAH)

  • T: tendão do tibial posterior
  • D: tendão do flexor longo dos dedos
  • A: artéria tibial posterior
  • H: tendão do flexor longo do hálux.

Principais epônimos:

  • Fragmento de Chaput: porção tibial do ligamento tibiofibular anterior.
  • Fragmento de Wagstaff: porção fibular do ligamento tibiofibular anterior
  • Fragmento tibial posterior / tubérculo de Wolkmann (talofibular posterior)
  • Fratura de Maisonneuve: 5% de todas as fraturas - composto por fíbula proximal + maléolo medial ou ruptura do ligamento deltóide.
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4
Q

Defina a classificação de Danis Weber:

A

Classifica de acordo com a localização das fraturas fibulares em relação à sindesmose.

A: 38% B 52% C 10% (pior prognóstico)

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5
Q

Defina a classificação de Lauge Hassen (1950):

A

Leva em consideração o posicionamento do pé (supinação e pronação) e rotações (adução e abdução - tálus sob a pinça do tornozelo).

Supinação rotação externa (60%):

  • I: Estiramento do ligamento tibiofibular anterior
  • II: I + fratura obliqua curta da fíbula
  • III: II + lesão do maléolo posterior
  • IV: III + lesão do maléolo medial

Supinação adução (20%):

  • I: fratura transversa da fíbula ou ruptura do ligamento talofibular
  • II: I + fratura transversa do maléolo medial e possivel impacção do planalto tibial

Pronação rotação externa (12%)

  • I: Lesão do maléolo medial (fratura ou lesão do deltóide)
  • II: I + fragmento de Chaput ou lesão do ligamento tibiofibular anterior.
  • III: II + fratura suprasindesmoidal simples.
  • IV: III + lesão do maléolo posterior.

Pronação adução (8%):

  • I: Lesão do maléolo medial (fratura ou lesão do deltóide)
  • II: I + fragmento de Chaput ou lesão do ligamento tibiofibular anterior.
  • III: II + fratura cominuta da fíbula
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6
Q

Visão geral da classificação de Lauge Hassen SRE

A
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7
Q

Visão geral da classificação de Lauge Hassen SA

A
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8
Q

Visão geral da classificação de Lauge Hassen PRE

A
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9
Q

Visão geral da classificação de Lagen Hassen PA

A
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10
Q

Qual o quadro clínico das fraturas do tornozelo?

O que são os critérios de Ottawa?

A

QC: Dor, edema, equimose, deformidade, incapacidade de suportar o peso do corpo

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11
Q

Exames radiológicos que devem ser solicitados para fraturas do tornozelo:

Quais são os principais parâmetros radiograficos?

A
  • AP + P + Mortise
  • Estresse gravitacional
  • TC ou RNM para buscar lesões condrais associadas

Parâmetros radiográficos:

  • Espaço claromedial: mediar a distância da articulação entre o maléolo medial e o tálus. Medida deve ser feita a 0,5cm da superfície articular. Valor normal: <=4
  • Ângulo Talocrural: Linha tangenciando a superficie articular e uma linha ligando as extremidades dos 2 maléolos. Valor normal: (83 +-4)
  • Espaço clarotibiofibular: observado no corte axial (TC). Valor normal: <5mm
  • Sobreposição tibiofibular: Observado também no corte axial. Valor normal: <10mm
  • Ball Sign ou Dime Sign: Congruencia existente entre a face lateral do tálus e a parte distal da fíbula (arredondado).
  • Maléolo posterior: Na TC no corte axial é possível observar comprometimento articular do maléolo posterior. >25% é indicação cirúrgica.
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12
Q

Quando realizar tratamento conservador?

Como é feito o tratamento conservador?

A

Fraturas maleolares isoladas (lateral medial ou posterior) +

Desvio <2mm +

Sem lesões ligamentares associadas.

Como é realizado o tratamento conservador:

  • Tala, gesso ou robofoot.
  • Seguimento com 4-6 semanas com carga progressiva
  • Realizar seguimento radiográfico.
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13
Q

Quando indicar o tratamento cirurgico na urgência nas fraturas do tornozelo?

Quais são os cuidados a serem observados quando o tratamento for realizado de forma eletiva?

A
  • Fratura exposta
  • Fratura - luxação irredutível/exposta
  • Lesão neurológica ou vascular
  • Early total Care x Damage control. Avaliar quadro geral e local do paciente.

Cuidados pré operatórios nas cirurgias eletivas:

  • Tempo cirúrgico - avaliar edema de partes moles e flictenas
  • Tromboprofilaxia se comorbidades, obesidade e fratura exposta
  • Fisioterapia precoce
  • *tabela de fatores de risco
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14
Q

Quais sãos as vias cirúrgicas para o tratamento das fraturas do tornozelo?

A

Via lateral:

  • Incisão sobre a fíbula com elve anteriorização distal (J invertido)
  • Planos: pele, subcutâneo e retináculo dos extensores
  • Visualização da fíbula, ligamento tibiofibular anterior, articulação tibiotalar.

Via Anteromedial:

  • Incisão longitudinal anterior ao maléolo medial em J
  • Planos: pele, subcutâneo, intervalo entre o maléolo medial e tibial anterior; afastamento da veia safena e ramo nervoso cutâneos para anterior.
  • Visualização do maléolo medial, articulação tibiotalar e complexo ligamentar medial.

Via Posterolateral:

  • Incisão longitudinal entre tendão calcâneo e maléolo lateral.
  • Planos: pele, subcutâneo, intervalo entre tendão calcâneo e fibular longo.
  • Visualização da porção distal lateral da tíbia.

Via Posteromedial

  • Incisão longitudinal posterior ao maléolo medial
  • Planos: pele, subcutâneo, entrar no intervalo entre tíbia e tendão do tibial posterior; Realizar afastamento para posterior dos tendões (tíbial posterior, flexor longo dos dedos e flexor longo do hálux) e artéria tibial posterior.
  • Visualização direta da porção medial e posterior da tíbia distal.
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15
Q

Visão geral da via lateral

A
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16
Q

Visão geral da via anteromedial:

A
17
Q

Visão geral da via posterolateral

A
18
Q

Visão geral da via posteromedial:

A
19
Q

Tratamento cirúrgico do maléolo lateral:

A

Fraturas simples: parafuso de compressão + placa de neutralização

Fratura cominuta: placa ponte ou HIM

20
Q

Cite os meios de tratamento cirúrgico do meléolo medial:

A

Fragmento grande: 2 parafusos de compressão esponjosos

Fragmento pequeno/osteoporose: Banda de tensão

Fratura tipo Sup Adução = Traço vertical: placa suporte ou 2 parafusos de compressão.

21
Q

Cite os meios de tratamento cirúrgico do meléolo posterior:

A

> 25% da superfície articular acometida

2 Parafusos de tração esponjosos

Placa suporte

22
Q

Como é realizado a avaliação da sindesmose no intraoperatório?

Como é realizado a fixação em caso de lesão da sindesmose?

Como é realizado o posicionamento do parafuso de sindesmose?

A

Visualização direta ou pelo teste de Cotton

Lesão da sindemose:

  • Associado a fratura do 2/3 proximais da fíbula: fixação com parafuso de sindesmose
  • Associado a fratura 1/3 distais da fíbula: Osteossintese da fíbula + parafuso de sindesmose

Posicionamento:

  • 3-4cm da superfície tibiotalar
  • tricortical
  • parafuso de posição
23
Q

Cite as principais complicações (precoces e tardias) das fraturas do tornozelo:

A

Precoces:

  • Infecção
  • Deiscência
  • Perda de redução
  • TVP

Tardias:

  • Incômodo pelo material de síntese
  • Osteoartrite pós traumática
  • Não união
  • Síndrome compartimental
  • Neuroma (fibular superficial, sural, safeno)