Ginecologia & Obstetrícia Flashcards

(391 cards)

1
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Corrimento vaginal baixo x alto: ponto de referência anatômico

A

Orifício interno do colo (OIC)
- Baixo (abaixo do OIC): vulvovaginite e cervicite
- Alto (acima do OIC): doença inflamatória pélvica

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Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Método para diferenciar vulvovaginite e cervicite

A

Exame especular

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3
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Vaginose bacteriana: agente

A

Gardnerella vaginalis (principal) e outras bactérias anaeróbias

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4
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Vaginose bacteriana: a Gardnerella faz parte da flora vaginal normal?

A

Sim. Na vaginose bacteriana, há desbalanço da microbiota normal

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5
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Vaginose bacteriana: diagnóstico pelos critérios de Amsel

A

Pelo menos 3 dos 4 critérios:
1) Corrimento branco-acinzentado, fino e homogêneo
2) pH vaginal > 4,5
3) Teste das aminas (Whiff test) positivo (piora do odor após coito e no período menstrual)
4) Presença de clue cells ou células alvo (células epiteliais cobertas por bactérias)

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6
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Vaginose bacteriana: padrão-ouro para diagnóstico segundo o Ministério da Saúde (MS)

A

Critérios de Nugent >= 7: a partir da coloração pelo Gram, faz-se a relação entre a quantidade de anaeróbios e de lactobacilos

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7
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Vaginose bacteriana: tratamento

A

Metronidazol 500 mg, VO, 12/12h por 7 dias
Ou
Metronidazol 100 mg/g, creme vaginal, um aplicador cheio a noite, por 5 dias

2a opção: Clindamicina 300 mg, VO, 12/12h, por 7 dias

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8
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Vaginose bacteriana: tratamento em gestantes

A

Metronidazol (mesmo esquema de não gestante)

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9
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Vaginose bacteriana: tratamento do parceiro

A

Somente se sintomático

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10
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Vaginose bacteriana: na gestação, há aumento do risco de …..

A

Ruptura prematura das membranas ovulares (RPMO)

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11
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Candidíase: agente

A

Fungos do gênero Candida sp.

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12
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Candidíase: características (4)

A

1) Prurido

2) Corrimento branco, grumoso, aderido nas paredes vaginais

3) pH < 4,5

4) Exame a fresco: pseudo-hifas e esporos

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13
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Candidíase: tratamento

A

Miconazol 2% (ou outro creme imidazólico): um aplicador cheio ao deitar, por 7 noites

OU

Nistatina 100.000UI: um aplicador cheio ao deitar, por 14 noites

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14
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Candidíase: definição de candidíase recorrente e tratamento

A

> = 4 episódios/ano

Fluconazol 150 mg, VO, 1 vez ao dia nos dias 1, 4 e 7 e, posteriormente, 1 vez na semana por 6 meses

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15
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Candidíase: tratamento da gestação

A

Somente com o uso de terapia tópica

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16
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Candidíase: tratamento do parceiro

A

Se sintomático (balanite e balanopostite)

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17
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Candidíase: a Candida pode ser encontrada na flora vaginal normal?

A

Sim

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18
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Tricomoníase: agente

A

Trichomonas vaginalis

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19
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Tricomoníase: o Trichomonas faz parte da flora vaginal normal?

A

Não.

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20
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Tricomoníase: em crianças e adolescentes < 14 anos indica …..

A

Abuso sexual (notificar e acionar o Conselho Tutelar)

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21
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Tricomoníase: características (6)

A

1) Corrimento amarelo-esverdeado, bolhoso

2) pH > 5

3) Colo em framboesa / morango

4) Teste de Schiller (lugol): aspecto tigroide

5) Whiff test: positivo

6) Exame a fresco: presença de protozoários móveis (flagelados)

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22
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Tricomoníase: tratamento

A

Metronidazol 500 mg, VO, 12/12h por 7 dias ou Metronidazol 2g, VO, dose única

O uso de metronidazol creme não é eficaz na tricomoníase

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23
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Tricomoníase: deve-se tratar o parceiro? Se sim, como?

A

Sim, mesmo se assintomático, pois é uma IST. Metronidazol 2g, VO, dose única

Cada comprimido de Metronidazol tem 250 mg

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24
Q

Síndromes sexualmente transmissíveis

Vaginose citolítica: causa

A

Aumento da população de lactobacilos com redução do pH vaginal

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25
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Vaginose citolítica: diagnóstico diferencial
Candidíase
26
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Vaginose citolítica: características (6)
1) Corrimento branco, grumoso (leucorreia) 2) Prurido vaginal e ardor 3) Piora do período pré-menstrual 4) pH < 4,5 5) Aumento de lactobacilos 6) Citólise
27
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Vaginose citolítica: tratamento
Alcalinização do meio vaginal com banho de assento (bicarbonato de sódio)
28
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Vaginite atrófica: causa
Redução dos níveis de estrogênio (mais comum na pós-menopausa)
29
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Vaginite atrófica: diagnóstico diferencial
Tricomoníase
30
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Vaginite atrófica: características (6)
1) Corrimento amarelo-esverdeado 2) Prurido intenso 3) Ardência e dispareunia 4) pH > 5 5) Presença de células basais e parabasais 6) Grande quantidade de polimorfonucleares
31
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Vaginite atrófica: tratamento
Estrogênio local
32
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Vulvovaginite inespecífica: aspectos gerais (3)
1) Causa inespecífica 2) Mais comum em pré-púberes 3) Medidas gerais de higiene (limpeza, uso de roupas íntimas de algodão)
33
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Vaginite descamativa: aspectos gerais (6)
1) Conteúdo vaginal purulento e em grande quantidade 2) pH alcalino 3) Grande número de polimorfonucleares 4) Flora vaginal do tipo 3: substituição dos lactobacilos por cocos Gram-positivos 5) Descamação intensa com a presença de células basais e parabasais 6) Tratamento: Clindamicina creme 2% - 5g, via vaginal, por 7 dias
34
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Cervicites: agentes
Neisseria gonorrhoeae (gonococo) e Chlamydia trachomatis
35
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Cervicites: características (4)
1) Corrimento mucopurulento 2) Colo hiperemiado e friável 3) Sinusiorragia 4) Dispareunia de profundidade
36
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Cervicites: tratamento
**Se diplococo Gram-negativo:** tratar gonococo e clamídia Ceftriaxona 500 mg, IM, dose única (Gonococo) + Azitromicina 500 mg, 2 comprimidos, dose única (Clamídia) **Se ausência de diplococo Gram-negativo:** tratar clamídia Azitromicina 500 mg, 2 comprimidos, dose única ou Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12h, por 7 dias Não usar Doxiciclina em gestantes
37
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Cervicites: principal complicação
Doença inflamatória pélvica (DIP)
38
**Síndromes sexualmente transmissíveis** DIP: agentes principais
Chlamydia trachomatis (mais prevalente) e Neisseria gonorrhoeae
39
**Síndromes sexualmente transmissíveis** DIP: diagnóstico
3 critérios maiores + 1 critério menor OU 1 critério elaborado
40
**Síndromes sexualmente transmissíveis** DIP: diagnóstico (critérios maiores)
1) Dor à mobilização do colo do útero 2) Dor à palpação dos anexos 3) Dor abdominal infraumbilical ou pélvica
41
**Síndromes sexualmente transmissíveis** DIP: diagnóstico (critérios menores)
**Alterações no exame físico e/ou exames laboratoriais** 1) Febre 2) Leucocitose (mais de 10 leucócitos por campo) 3) Aumento de PCR e/ou VHS 4) Confirmação de infecção por gonococo ou clamídia 5) Cervicite (conteúdo vaginal ou endocervical anormal) 6) Massa pélvica
42
**Síndromes sexualmente transmissíveis** DIP: diagnóstico (critérios elaborados)
**Alterações em processos elaborados** ➡️ Eu vejo a doença 1) Endometrite na análise histopatológica da biópsia 2) Abscesso tubo-ovariano ou de fundo de saco de Douglas em estudo de imagem (USG ou RM) 3) Sinais sugestivos de infecção tubária ou tuboperitoneal na laparoscopia
43
**Síndromes sexualmente transmissíveis** DIP: classificação de Monif e conduta
**Estágio 1:** endometrite e salpingite aguda sem peritonite - Tratamento ambulatorial **Estágio 2:** salpingite aguda com peritonite - Tratamento hospitalar **Estágio 3:** salpingite aguda com obstrução tubária ou comprometimento tubo-ovariano (abscesso) - Tratamento hospitalar **Estágio 4:** abscesso ovariano > 10 cm ou abscesso roto (secreção purulenta na cavidade) - Tratamento hospitalar e cirúrgico
44
**Síndromes sexualmente transmissíveis** DIP: quais os outros critérios para hospitalização? (4)
1) Gestantes 2) Falha do tratamento ambulatorial após 72h 3) Impossibilidade de tratamento VO 4) Estado geral grave (náuseas, vômitos, febre)
45
**Síndromes sexualmente transmissíveis** DIP: tratamento ambulatorial
Ceftriaxona 500 mg, IM, dose única (1a opção) ou Cefotaxima 500 mg, IM, dose única + Doxiciclina 100 mg, 1 comprimido, 12/12h, por 14 dias + Metronidazol 250 mg, 2 comprimidos, VO, 12/12h, por 14 dias
46
**Síndromes sexualmente transmissíveis** DIP: tratamento hospitalar (2a opção)
Clindamicina 900 mg, IV, 3x/dia, por 14 dias + Gentamicina (IV ou IM): - Dose de ataque: 2 mg/Kg - Dose de manutenção: 3-5 mg/Kg/dia, por 14 dias
47
**Síndromes sexualmente transmissíveis** DIP: tratamento hospitalar (1a opção)
Ceftriaxona 1g, IV, 1x ao dia + Doxiciclina 100 mg, 1 comprimido, VO, por 14 dias + Metronidazol 400 mg, IV, 12/12h **Após 24h sem febre, a via parenteral pode ser suspensa e a paciente completa os 14 dias com Doxiciclina VO** **Gestantes não podem usar Doxiciclina**
48
**Síndromes sexualmente transmissíveis** DIP: tratamento dos parceiros (indicação)
Parceiros dos últimos 2 meses independente se sintomáticos ou não Tratamento igual ao da cervicite
49
**Síndromes sexualmente transmissíveis** DIP: o DIU deve ser removido sempre?
Não. Caso haja indicação, deve ser removido após **duas doses** da antibioticoterapia
50
**Síndromes sexualmente transmissíveis** DIP: complicações precoces (3)
1) Abscesso tubo-ovariano 2) Fase aguda da síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (peri-hepatite) 3) Morte
51
**Síndromes sexualmente transmissíveis** DIP: complicações tardias (6)
1) Infertilidade 2) Gravidez ectópica 3) Dor pélvica crônica 4) Dispareunia 5) Recorrência da DIP 6) Fase crônica da síndrome de Fitz-High-Curtis (aderências em corda de violino)
52
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Uretrites: aspectos gerais (2)
1) Mesmos agentes da cervicite 2) Mesmo tratamento da cervicite
53
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Bartolinite: O que é? Quais os agentes?
Infecção das glândulas de Bartholin por gonococo, clamídia e outros agentes como a E. coli
54
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Bartolinite: principal sintoma
Dor intensa sobretudo ao sentar
55
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Bartolinite: tratamento (4)
1) Drenagem 2) Antibioticoterapia (controverso) 3) Marsupialização (orifício e cicatrização por segunda intenção) 4) Bartolinectomia (último caso, sangramento intenso)
56
**Síndromes sexualmente transmissíveis** 3 perguntas sobre as úlceras genitais
1) Múltiplas? 2) Doem? 3) Fistulizam?
57
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Úlceras genitais: quais são múltiplas? (3)
1) Herpes 2) Cancro mole 3) Donovanose
58
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Úlceras genitais: quais são dolorosas?
1) Herpes 2) Cancro mole **Dica:** Lesões sem dor - Linfogranuloma venéreo - Sífilis - Donovanose
59
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Úlceras genitais: quais fistulizam? (2)
1) Cancro mole 2) Linfogranuloma venéreo
60
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Herpes: agentes
Herpes vírus humano dos tipos 1 (oral) e 2 (genital)
61
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Herpes: características das lesões
Vesículas e úlceras dolorosas, rasas, de fundo limpo
62
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Herpes: acomete linfonodos?
Sim, presença de linfadenomegalia inguinal, bilateral, dolorosa e que não fistuliza
63
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Herpes: tratamento da primo-infecção
Aciclovir 400 mg, VO, 3x/dia, por 7-10 dias
64
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Herpes: tratamento após a primo-infecção
Aciclovir 400 mg, VO, 3x/dia, por 5 dias
65
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Herpes: tratamento dos casos graves
Aciclovir 5-10 mg/Kg, IV, 3x/dia, por 5-7 dias ou até regressão
66
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Herpes: tratamento supressivo (indicação e medicamentos)
>= 6 recidivas/ano Aciclovir 400 mg, VO, 2x/dia, por 6-12 meses ou Fanciclovir 250 mg, VO, 2x/dia ou Valaciclovir 500-1000g, VO, 1x/dia
67
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Herpes: aciclovir e valaciclovir são seguros na gestação?
Sim, em todos os períodos
68
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Herpes: prevenção da herpes neonatal (3)
1) Se casos recorrentes ou primo-infecção durante a gestação, indicação de terapia supressiva com aciclovir a partir de 36 semanas até o fim da gestação 2) Se lesões ativas no momento do parto, indicação de via alta (cesariana) 3) Se RPMO, cesariana em até 4-6 horas
69
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Cancro mole: também conhecida como .....
Cancroide
70
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Cancro mole: agente
Haemophilus ducreyi (cocobacilo Gram-negativo)
71
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Cancro mole: características da lesão
Múltiplas úlceras dolorosas, de borda irregular e contorno eritematoso, fundo sujo, com tecido de granulação e friável
72
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Cancro mole: características da adenopatia (3)
1) Massa sólida e dolorosa 2) Unilateral em 2/3 dos casos 3) Fistuliza por um único orifício
73
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Cancro mole: tratamento
Azitromicina 1g, VO, dose única (melhor opção) OU Ceftriaxona 250 mg, IM, dose única
74
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Linfogranuloma venéreo: sinônimo
Doença de Nicolas-Favre-Durand
75
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Linfogranuloma venéreo: agente
Chlamydia trachomatis sorotipos L1, L2 e L3 (Gram-negativa)
76
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Linfogranuloma venéreo: características da lesão
Pápula, pústula ou úlcera indolor, que desaparece sem deixar sequelas
77
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Linfogranuloma venéreo: características da adenomegalia (3)
1) Massa dolorosa 2) Unilateral na maioria dos casos 3) Fistuliza por múltiplos orifícios ("bico de regador")
78
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Linfogranuloma venéreo: tratamento (1a opção e alternativo)
**Recomendado:** Doxiciclina 100 mg, VO, 1 comprimido, 12/12h, por 21 dias **Alternativo:** Azitromicina 500 mg, VO, 2 comprimidos, 1x/semana, durante 3 semanas **(preferencial em gestantes)**
79
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Dica para Chlamydia trachomatis
C - cervicite L - linfogranuloma A - adenite que fistuliza M - múltiplos orifícios I - imunofluorescência (diagnóstico) D - doxiciclina (linfogranuloma) A - azitromicina (cervicite)
80
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Donovanose: agente
Klebsiella granulomatis (anterior Calymmatobacterium granulomatis)
81
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Donovanose: sinônimo
Granuloma inguinal
82
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Donovanose: características da lesão
Úlcera profunda, indolor, crônica (> 4 semanas), de fundo granulomatoso, friável. Pode-se tornar vegetante ou ulcerovegetante e assumir a configuração "em espelho"
83
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Donovanose: achado característico da microscopia
Corpúsculos de Donovan (microorganismos no interior de grandes células mononucleadas)
84
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Donovanose: tratamento (1a opção e alternativo)
**Recomendado:** Azitromicina 1g, VO, 1x/semana, durante 3 semanas ou até desaparecer a lesão **Alternativo:** Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12h, por 21 dias ou até desaparecer a lesão
85
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: agente
Treponema pallidum (espiroqueta anaeróbia)
86
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: ponto de corte para sífilis recente e tardia
<= 12 meses: recente > 12 meses: tardia
87
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: achados da forma clínica primária
**Cancro duro:** úlcera única, indolor, com bordas bem delimitadas e regulares, base dura e fundo limpo Também conhecida como **protossifiloma**
88
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: achados da forma clínica secundária (6)
1) Roséolas 2) Sifílides 3) Condiloma plano 4) Placas mucosas 5) Alopecia irregular 6) Madarose
89
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: achados da forma clínica terciária (4)
1) Tabes dorsalis (acometimento do sistema nervoso) 2) Aneurisma de aorta 3) Artropatia de Charcot 4) Gomas sifilíticas
90
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: qual dos testes positiva primeiro?
O teste rápido (treponêmico) positiva primeiro, enquanto o VDRL (não-treponêmico) positiva após 1-3 semanas
91
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: qual a recomendação do MS para diagnóstico?
Solicitar ambos os testes (treponêmico e não-treponêmico)
92
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: o que significa VDRL (+) e teste rápido **negativo**
VDRL falso-positivo ➡️ não tem sífilis
93
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: o que fazer se um dos testes diagnósticos for positivo em uma gestante?
Iniciar o tratamento com benzilpenicilina benzatina e solicitar o segundo teste para confirmação Na população geral, solicita-se ambos os testes para depois iniciar o tratamento
94
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: quanto a transmissão vertical da sífilis, em qual fase clínica a taxa é maior?
A taxa de transmissão é maior na sífilis secundária, seguida da sífilis primária e latente recente
95
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: qual o exame capaz de visualizar diretamente os espiroquetas?
Exame em campo escuro
96
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: qual o tratamento de escolha e alternativo para sífilis primária, secundária e latente recente
**Escolha:** Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, dose única (1,2 milhões UI em cada glúteo) **Alternativo:** Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12h, por 15 dias
97
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: qual o tratamento de escolha e alternativo para sífilis terciária e latente tardia
**Escolha:** Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, 1x/semana (1,2 milhões UI em cada glúteo), por 3 semanas **Alternativo:** Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12h, por 30 dias
98
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: qual o tempo máximo entre cada dose de benzilpenicilina? O que fazer se passar do tempo?
9 dias (idealmente 7 dias). Reiniciar o tratamento
99
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: qual o tratamento de escolha em gestantes? O que fazer em caso de alergia?
Para gestantes, somente benzilpenicilina benzatina. Em caso de alergia, recomenda-se a dessensibilização
100
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: como e com o quê é feito o seguimento dos pacientes?
O seguimento é feito trimestralmente com VDRL (testes não-treponêmicos) em não-gestantes e mensalmente em gestantes até 12 meses de acompanhamento
101
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: o que é considerado resposta imunológica adequada?
Sífilis primária, secundária e latente recente: queda da titulação em 2 diluições em até 6 meses Sífilis terciária e latente tardia: queda da titulação em 2 diluições em até 12 meses
102
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: o Treponema pallidum pode ser resistente à benzilpenicilina?
Não!
103
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: qual o tratamento recomendado e alternativo para neurossífilis? Como é feito o seguimento com teste não-treponêmico?
**Recomendado:** Benzilpenicilina potássica / cristalina 18-24 milhões UI, EV, administrada em doses de 3-4 milhões UI, a cada 4 horas ou por infusão contínua, por 14 dias **Alternativo:** Ceftriaxona 2g, IV, 1x/dia, por 10-14 dias **Seguimento:** LCR de 6/6 meses até a normalização
104
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Sífilis: o que é a reação de Jarisch-Herxheimer? Como resolver?
Evento que ocorre em até 24h após a primeira dose de penicilina, sobretudo nas formas primárias e secundárias, havendo **piora das lesões cutâneas** e sintomas sistêmicos como febre, cefaleia e artralgia. Os sintomas regridem espontaneamente em 12-24h e podem ser controlados com analgésicos simples. **Não é necessário suspender o tratamento com penicilina**
105
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Violência sexual: exame de corpo de delito e boletim de ocorrência (BO) são necessários para o atendimento?
Não!
106
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Violência sexual: quem notificar?
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) em até 24h **(todos)** Conselho Tutelar ou Vara da Infância e da Juventude **se vítima < 18 anos**
107
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Violência sexual: é preciso notificar a autoridade policial?
Não!
108
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Violência sexual: contracepção de emergência
Levonorgestrel 1,5 mg, VO, dose única, **se não estiver fazendo uso de método contraceptivo de alta-eficácia de forma contínua e correta** Fazer idealmente em até 3 dias (72h) ou em até 5 dias (120h)
109
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Violência sexual: profilaxia para HIV
Iniciar em até 3 dias (72h) Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG) por 28 dias
110
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Violência sexual: profilaxia hepatite B
**Indicação:** vítima como esquema vacinal incompleto ou desconhecido Imunoglobulina idealmente em até 48h e no máximo em 14 dias **(somente para vítimas de violência sexual)** Deve-se iniciar ou completar a vacinação (3 doses) contra a hepatite B
111
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Violência sexual: profilaxia HPV
**9 a 14 anos:** 2 doses (0 e 6 meses) **15 a 45 anos:** 3 doses (0, 2 e 6 meses) **Imunossuprimidos de 9 a 45:** 3 doses (0, 2 e 6 meses)
112
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Violência sexual: interrupção da gestação, o que é necessário? (5)
1) Termo de relato circunstanciado 2) Parecer técnico 3) Termo de aprovação de procedimento de interrupção de gravidez 4) Termo de responsabilidade 5) Termo de consentimento livre e esclarecido
113
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Violência sexual: interrupção da gestação, o que não é necessário? (3)
1) Autorização judicial 2) Exame de corpo de delito 3) Boletim de ocorrência
114
**Síndromes sexualmente transmissíveis** Violência sexual: profilaxia das ISTs não virais
**ABC da Mulher** Azitromicina 1g, VO (infecção por clamídia e cancro mole) Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM (sífilis) Ceftriaxona 500 mg, IM (gonococo) Metronidazol 2g, VO (tricomoníase)
115
**Síndromes sexualmente transmissíveis** HPV: agente
Papilomavírus humano
116
**Síndromes sexualmente transmissíveis** HPV: tipos relacionados ao condiloma acuminado (baixo risco oncogênico)
Tipos 6 e 11
117
**Síndromes sexualmente transmissíveis** HPV: tipos de alto risco oncogênico
Tipos 16 e 18
118
**Síndromes sexualmente transmissíveis** HPV: lesão típica
Condiloma acuminado
119
**Síndromes sexualmente transmissíveis** HPV: fluxograma de manejo
120
**Síndromes sexualmente transmissíveis** HPV: quais tratamentos não estão indicados na gestação?
Podofilina e Imiquimode
121
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Quando é possível ver a gestação no USTV? (3)
4 semanas ➡️ Saco gestacional 5 semanas ➡️ Vesícula vitelínica 6/7 semanas ➡️ Embrião / BCE (+)
122
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Qual a medida do saco gestacional que asseguraria a presença de embrião no USTV?
SG >= 25 mm Se não tiver, gravidez anembrionada
123
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Qual a medida (parâmetro e valor) que indicaria a presença de BCE no USTV?
Comprimento cabeça nádega (CCN) CCN >= 7 mm Se não houver BCE (+), abortamento retido
124
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Os achados do USG transabdominal diferem do USTV em quanto tempo?
Em 1 semana a mais em relação ao achados da USTV
125
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Qual o período a ser considerado e quais as possibilidades? (3)
< 20 semanas - Abortamento - Gestação ectópica - Doença trofoblástica gestacional (DTG)
126
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Dentre as 3 possibilidades de diagnóstico diferencial, qual a mais comum?
Abortamento
127
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Definição de abortamento
Interrupção (extração ou expulsão) da gestação antes de 20-22 semanas OU com feto pesando menos de 500g
128
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Qual a causa mais comum de abortamento?
Anomalias cromossômicas, sobretudo as **trissomias**
129
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Qual a trissomia mais relacionada ao abortamento?
Trissomia ou aneuploidia do cromossomo 16
130
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Diabetes gestacional é causa de abortamento?
Não, mas o diabetes prévio sim
131
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Classificação do abortamento quanto a idade gestacional (2)
Precoce: <= 12 semanas (maioria dos casos) - Maior parte ocorre antes de 8 semanas Tardio: > 12 semanas
132
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Classificação do abortamento quanto a periodicidade (2)
Esporádico: 1-2 vezes - Não há necessidade de investigar um único abortamento precoce Habitual ou Recorrente: >= 3 vezes - Assim como os tardios, demandam investigação
133
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Quais os dois pontos necessários para a classificação dos abortamentos?
Colo (fechado ou aberto) Achados do USTV
134
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Ameaça de abortamento (2)
Colo fechado BCE (+)
135
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Aborto completo (2)
Colo fechado Útero vazio (endométrio < 15 mm)
136
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Aborto retido (2)
Colo fechado BCE (-)
137
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Aborto inevitável (2)
Colo aberto BCE (+ ou -)
138
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Aborto incompleto (2)
Colo aberto Presença de restos (endométrio > 15 mm)
139
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Aborto infectado (2)
Colo aberto Presença de restos + febre
140
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Conduta se ameaça de abortamento ou abortamento completo (2)
Sintomáticos (analgesia, antiespasmódico, repouso relativo...) + Acompanhamento Não fazer progesterona Abstinência sexual é indicado para evitar fatores de confundimento (sinusorragia)
141
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Conduta se abortamento inevitável, incompleto, retido ou infectado
Dica: Se in..., eu vou intervir Esvaziamento uterino +/- antibioticoterapia com gentamicina e clindamicina (somente se infectado)
142
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Como realizar o esvaziamento uterino de forma cirúrgica? (2)
Aspiração manual intrauterina (AMIU): escolha até 12 semanas - Pode ser feito misoprostol em dose baixa para preparo do colo (diferente do misoprostol para expulsão do feto) Curetagem: alternativa à AMIU
143
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Quais as vantagens do AMIU? (2)
Menor risco de perfuração e de sinequias
144
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Como realizar o esvaziamento uterino de forma clínica?
Misoprostol: expulsão de fetos > 12 semanas
145
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Qual a importância do esvaziamento clínico em fetos > 12 semanas?
Como já há ossos, o esvaziamento clínico minimiza o risco de perfurações. Após a expulsão do embrião, avalia-se a necessidade de curetagem
146
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Abortamento recorrente: pensar em... (3)
Anomalias genéticas (continua sendo a principal causa) Incompetência istmocervical Síndrome do anticorpo antifosfolípide
147
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Na incompetência istmocervical, o orifício ..... (interno / externo) do colo uterino é incompetente
Interno
148
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Incompetência istmocervical: diagnóstico (3)
História de dilatação cervical **indolor** no 2° trimestre - Tendência a ser cada vez mais precoce - **No aborto, o sangramento é doloroso** Dilatação + encurtamento do colo (atual) Histeroscopia (realizado fora da gestação)
149
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Incompetência istmocervical: causas identificáveis (3)
Conização Curetagens Amputações cervicais Muitas vezes não há causa identificável
150
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Incompetência istmocervical: tratamento (2)
Cerclagem uterina, sendo a técnica de McDonald a mais utilizada Há a possibilidade de cerclagem laparoscópica antes da gestação, contudo ela impede o parto vaginal
151
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Incompetência istmocervical: quais os critérios ideais para realizar a cerclagem? (3)
Idealmente: - Entre 12 e 16 semanas (~ 14 semanas) - Dilatação < 3 cm - Sem herniação de bolsa Cuidado: o USTV deve indicar viabilidade da gestação
152
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Incompetência istmocervical: conduta, em relação a cerclagem, se proximidade do parto ou trabalho de parto
Cortar o fio a fim de se evitar lacerações
153
**Sangramentos da primeira metade da gestação** SAF: diagnóstico
1 critério clínico-obstétrico + 1 critério laboratorial (confirmado em duas medidas com um intervalo de pelo menos 12 semanas)
154
**Sangramentos da primeira metade da gestação** SAF: critérios clínico-obstétricos (4)
Trombose arterial ou venosa confirmadas OU ≥ 3 perdas antes de 10 semanas OU > 1 perda após 10 semanas OU Parto prematuro por pré-eclâmpsia (PE) / crescimento intrauterino restrito (CIUR) < 34 semanas
155
**Sangramentos da primeira metade da gestação** SAF: critérios laboratoriais (3)
Anticoagulante lúpico OU Anticardiolipina IgG ou IgM OU Anti-beta2-glicoproteína I IgG ou IgM
156
**Sangramentos da primeira metade da gestação** SAF: conduta se eventos obstétricos e conduta se eventos trombóticos
Obstétricos: AAS + heparina profilática (preferencialmente de baixo peso molecular - 0,5 mg/Kg/dia) Trombose: AAS + heparina terapêutica (1 mg/Kg de 12/12h)
157
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Interrupção legal da gestação: quais as três situações?
**Risco de morte para a gestante** - Abortamento terapêutico (deve ser decisão da gestante) - Atestado por 2 médicos - Notificação da Comissão de Ética do Hospital - Ex.: cardiopatias, hipertensão pulmonar... **Vítima de violência sexual** - Abortamento sentimental - Permitido após solicitação na UBS - Não precisa de B.O, exame de corpo de delito - A IG deve ser compatível com a data do agravo - Até 20-22 semanas (questionável) **Anencefalia** - Discriminalizada pelo STF em 2012 - Interrupção em qualquer IG (se desejado pela gestante) - Diagnóstico ultrassonográfico inequívoco a partir de 12 semanas **Qualquer outra situação demanda judicialização do pedido**
158
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Interrupção legal da gestação: o que significa diagnóstico ultrassonográfico inequívoco?
Duas fotografias (sagital e transversal) mostrando anencefalia + laudo assinado por dois médicos **Não é necessário dois exames de USG**
159
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença trofoblástica gestacional: o quê é?
Proliferação anormal do trofoblasto com a presença de degeneração hidrópica
160
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença trofoblástica gestacional: classificação (5)
Benignas - Mola hidatiforme completa - Mola hidatiforme incompleta ou parcial Malignas - Mola invasora (mais comum dentre as malignas) - Coriocarcinoma - Tumor trofoblástico do sítio placentário
161
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença trofoblástica gestacional: fatores de risco (4)
Idade > 40 anos Mola anterior **(principal)** Tabagismo Abortamentos prévios
162
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença trofoblástica gestacional: quando suspeitar? (9)
Sangramento intermitente com aspecto de suco de ameixa Útero maior do que o esperado (sanfona) Hiperêmese Ultrassonografia com "tempestade de neve" Saída de vesículas (cachos de uva) Outros: - Cistos tecaluteínicos bilaterais - Pré-eclâmpsia precoce (antes de 20 semanas) - Hipertireoidismo - hCG muito elevado Dica: HIPER (hiper-útero, hiperêmese, hiper-hCG, hipertireoidismo...)
163
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença trofoblástica gestacional: cariótipo da mola completa e incompleta
Completa (duplicação do material paterno): - 46 XX (típico) - 46 XY Incompleta (fecundação de um óvulo por dois espermatozóides): - 69 XXX / XXY / XYY
164
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença trofoblástica gestacional: presença de feto na mola completa e incompleta
Completa: sem feto Incompleta: pode haver tecido fetal
165
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença trofoblástica gestacional: valor do beta-hCG da mola completa e incompleta
Completa: muito elevado Incompleta: pouco elevado
166
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença trofoblástica gestacional: presença de cistos tecaluteínicos na mola completa e incompleta
Completa: comum Incompleta: raro
167
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença trofoblástica gestacional: USG da mola completa e incompleta
Completa: ecos amorfos Incompleta: ecos dispersos + feto
168
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença trofoblástica gestacional: degeneração maligna da mola completa e incompleta
Completa: 10 a 30% - A COMpleta é COMpletamente mola Incompleta: 5 a 10% - A incompleta é parte anormal e parte normal
169
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença trofoblástica gestacional: diagnóstico
Quadro clínico + histopatológico (definitivo)
170
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença trofoblástica gestacional: tratamento
Vacuoaspiração (principal) Outros: - AMIU - Curetagem - Histerectomia profilática (prole completa e > 40 anos) **Não retirar os cistos tecaluteínicos, pois são resultado do estímulo hormonal (irão reduzir)
171
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença trofoblástica gestacional: com o que e como realizar o acompanhamento?
Beta-hCG seriado: - Semanalmente até zerar - Após 3 semanais negativos ➡️ fazer mensal até completar 6 meses **Mesmo se histerectomia profilática**
172
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença trofoblástica gestacional: outras medidas de acompanhamento
Acompanhamento clínico Acompanhamento ultrassonográfico (invasão locorregional) Radiografia de tórax (metástases) Anticoncepção de alta eficácia (exceto os dispositivos intra-uterinos)
173
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença trofoblástica gestacional: e se o beta-hCG não zerar?
Pensar em neoplasia trofoblástica gestacional (NTG) se o o beta-hCG: - Elevar por duas semanas (> 10% 1-7-14) - Estabilizar por 3 semanas (dias 1-7-14-21) - Ausência de negativação em 6 meses (questionável)
174
**Sangramentos da primeira metade da gestação** NTG: outros critérios de malignização (3)
Surgimentos de metástases (vagina, pulmão) USG com imagem intramiometrial (olho de coruja) Índices de resistência e pulsatilidade baixos das artérias uterina (ao Doppler)
175
**Sangramentos da primeira metade da gestação** NTG: tipos (3)
**Mola invasora** - Mais comum - Sequela da mola hidatiforme **Coriocarcinoma** - 10 a 30% - Após qualquer tipo de gestação - Grande número de metástases (pulmão, vagina) **Tumor trofoblástico de sítio placentário** - Mais raro - **Elevação de hPL** (lactogênio placentário)
176
**Sangramentos da primeira metade da gestação** NTG: tratamento se baixo risco
Monoquimioterapia
177
**Sangramentos da primeira metade da gestação** NTG: tratamento se alto risco
Poliquimioterapia
178
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Gestação ectópica: o que é? Quais os dois locais mais comuns?
Qualquer gestação em que o implante não ocorreu na cavidade uterina Locais: - Região ampular da trompa (80%) - Região ístmica (12% - segundo mais comum)
179
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Gestação ectópica: qual o problema se a gestação ectópica for no istmo?
Por ser mais estreita e dilatar menor, há maior risco de rompimento
180
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Gestação ectópica: fatores de risco (7)
Dica: no geral interferem na função e na anatomia da trompa - DIP - Aderências - Cirurgia tubária prévia - Gestação ectópica anterior - Reprodução assistida - Contracepção de emergência - DIU (não é método anovulatório)
181
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Gestação ectópica: quando suspeitar? (3)
Atraso menstrual Sangramento vaginal discreto (50%) Dor abdominal importante Massa anexial palpável Irritação peritoneal Grito de Douglas (sinal de Proust) Sinal de Laffon (dor referida em ombro direito) Sinal de Blumberg (ponto de McBurney) Sinal de Cullen (equimose periumbilical)
182
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Gestação ectópica: diagnóstico
Clínica + beta-hCG + USG - beta-hCG > 1500 mUI/ml
183
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Gestação ectópica: o que fazer se beta-hCG < 1500 mUI/ml?
Repetir em 48h
184
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Gestação ectópica: quais os achados da USG? (4)
Saco gestacional em anexo Anel tubário Pseudo-saco gestacional Alto fluxo ao Doppler
185
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Gestação ectópica: opções de tratamento (3)
Laparoscopia / Laparotomia Metotrexate Expectante (exceção)
186
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Gestação ectópica: critérios que permitem a conduta expectante (4)
- Ectópica íntegra - Beta-hCG baixo (< 1000 mUI/ml) e decrescente - Paciente estável - SG < 3,5 cm
187
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Gestação ectópica: tratamento cirúrgico, quando realizar salpingostomia ou salpingectomia?
Ectópica íntegra ➡️ prefiro Laparoscopia **Salpingostomia:** - Paciente sem prole definida E ectópica tubária íntegra **Salpingectomia:** - Tubária rota - Prole completa - Instabilidade hemodinâmica **(sempre Laparotomia)**
188
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Gestação ectópica: quais as possibilidades de uso do metotrexate (3)? Quais os critérios para o uso? (3)
Antagonista do ácido fólico Formas de aplicação: - Injeção direta sobre o ovo - Intramuscular em dose única (mais usado) - Intramuscular em dias alternados (mais efeitos colaterais) Critérios: - Saco gestacional < 3,5 cm - Embrião **sem** atividade cardíaca - Beta-hCG < 5000 mUI/ml
189
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Gestação ectópica: quais os métodos para gestação ectópica íntegra e sem instabilidade hemodinâmica? (3)
Laparoscopia **(pode ser feito se rota com estabilidade hemodinâmica)** - Salpingostomia OU Salpingectomia Metotrexate Expectante
190
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Gestação ectópica: qual o método para gestação ectópica com instabilidade hemodinâmica?
Laparotomia - Salpingectomia apenas
191
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Gestação ectópica: o que é e o que NÃO fazer na gestação heterotópica?
Presença concomitante de gestação tópica e ectópica (muito rara) Não fazer metotrexate (sacrificaria a gestação tópica por conta da ectópica)
192
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença hemolítica perinatal: o que é?
Hemólise fetal causada por anticorpos maternos, sendo os do sistema ABO (mais comum, menos grave e sem profilaxia) e Rh (mais grave e sem profilaxia) os mais importantes
193
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença hemolítica perinatal: incompatibilidade Rh, quais os critérios? (3)
Mãe: Rh (-) e previamente sensibilizada por hemorragia fetomaterna ou outras causas (transfusão) Pai: Rh (+) Feto: Rh (+)
194
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença hemolítica perinatal: qual o tipo de anticorpo relacionado?
IgG, pois IgM não atravessa a placenta
195
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença hemolítica perinatal: a gravidade aumenta com o número de gestações?
Sim (cada vez mais anticorpos)
196
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença hemolítica perinatal: o que fazer se a gestante for sensibilizada?
Conduta expectante (não há mais indicação de profilaxia)
197
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença hemolítica perinatal:quais as complicações para o feto? (4)
Hemólise Anemia fetal Hidropsia Óbito fetal
198
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença hemolítica perinatal: qual exame pedir para uma gestante Rh (-) e pai Rh (+) ou desconhecido?
Coombs indireto
199
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença hemolítica perinatal: como fazer o acompanhamento com Coombs indireto?
Pedir no 1° trimestre para mãe Rh (-), segundo o MS Se negativo: - Repetir exame com 28, 32, 36 e 40 semanas - Repetir no pós-parto Se positivo: - <= 1:8 (< 1:16) - Repetir mensalmente - > 1:8 (>= 1:16) - Investigação fetal **Se história de feto gravemente acometido em gestação prévia, deve-se investigar o feto mesmo se o Coombs indireto for <= 1:8**
200
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença hemolítica perinatal: como fazer a investigação fetal? (3)
**Dopplervelocimetria da ACM:** - Método não invasivo de escolha - Estado hipercinético fetal - **Vmáx > 1,5 MoM = Cordocentese ou Parto** **Espectofotometria:** - No geral, não é mais realizado (necessita de amniocentese) - Diferença de densidade óptica do líquido amniótico em decorrência do acúmulo de bilirrubina indireta **Cordocentese:** - **Padrão-ouro** - Diagnóstico e tratamento transfusional intrauterino - Invasivo (risco de óbito) - Realizado se hidropisia fetal OU Vmáx > 1,5 MoM
201
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença hemolítica perinatal: quando optar entre cordocentese e parto?
< 34 semanas: cordocentese > 34 semanas: parto
202
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença hemolítica perinatal: como e com o quê prevenir a sensibilização da gestante Rh (-) e pai Rh (+) ou desconhecido?
Imunoglobulina anti-D: 300 mcg IM Indicações: - Após o parto (ideal < 72h) - Hemorragia na gestação (incluindo abortamento) - Procedimento invasivo (amniocentese, cordocentese ou biópsia de vilo coriônica) - 28 semanas (rotina?) Após o parto, se criança Rh (+) no Coombs direto ou se Rh desconhecido
203
**Sangramentos da primeira metade da gestação** Doença hemolítica perinatal: qual o cuidado tomar após a administração da imunoglobulina anti-D?
Lembrar que o Coombs indireto ficará positivo, não sendo isso um impeditivo para NÃO realizar a imunoglobulina anti-D novamente
204
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Quais as possíveis etiologias? (3)
Descolamento prematuro da placenta (DPP) Placenta prévia Roturas **Ectópica abdominal pode ser causa de sangramento da 2ª metade gestacional
205
**Sangramentos da segunda metade da gestação** DPP: fatores de risco (6)
Mnemônico: TÁ Com DPP T - trauma A - > 35 anos C- corioamnionite D - drogas (cocaína e tabaco) - maconha não é fator de risco P - polidramnia e gemelar P - pressão alta **(principal)**
206
**Sangramentos da segunda metade da gestação** DPP: quadro clínico (5)
Sangue irrita o útero: - Dor abdominal - Taquissistolia (contrações intensas e sucessivas) - Hipertonia uterina - Sofrimento fetal agudo - Pode haver exteriorização de sangramento pela vagina (20% são ocultos)
207
**Sangramentos da segunda metade da gestação** DPP: como é o sangramento?
Sangue escurecido e contendo coágulos
208
**Sangramentos da segunda metade da gestação** DPP: Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico! Solicitar exames como o USG podem atrasar a conduta, resultado em óbito materno e/ou fetal
209
**Sangramentos da segunda metade da gestação** DPP: O que determina a conduta e o que fazer?
A conduta depende se o feto está vivo ou morto Sempre: - Internar - Obter 2 acessos calibrosos - Amniotomia (reduz a velocidade de sangramento e o risco de CIVD) Vivo ➡️ via mais rápida - Parto iminente (dilatação total): vaginal - No geral, cesariana Morto: - No geral, via vaginal - Se demorar (dilatação 2-3 cm ou apresentação alta), cesariana
210
**Sangramentos da segunda metade da gestação** DPP: complicações (3)
Útero de Couvelaire (apoplexia útero-placentária) - Atonia uterina Síndrome de Sheehan - Necrose hipofisária com amenorréia - Agalactia (devido a hipoprolactnemia) pode ser um sinal precoce - Pode ocorrer hipopituitarismo completo a depender da extensão Coagulação intravascular disseminada (CIVD) - Aumento da tromboplastina na circulação materna
211
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Placenta prévia: O que é? Quando é possível diagnosticar?
Placenta entre a apresentação fetal e o orifício interno do colo É possível confirmar o diagnóstico após a 28ª semana de gestação, pois até essa data a placenta pode "migrar"
212
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Placenta prévia: Quais as duas formas de classificação?
Clássica: - Marginal ➡️ não recobre o colo - Parcial ➡️ recobre parcialmente - Total ➡️ recobre totalmente o colo Atual: - Placenta prévia ➡️ total + parcial - Inserção baixa ➡️ não atinge o orifício interno do colo, mas dista até 2 cm dele
213
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Placenta prévia: Quais os fatores de risco?
Mnemônico: CIMET entre o colo e o feto C - cicatriz / cesárea (quanto mais cicatriz, maior o risco) I - idade > 35 anos M - multiparidade / gestação múltipla E - endometrite T - tabagismo
214
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Placenta prévia: Qual a clínica? (6)
Mnemônico: PREVIA P - progressivo (sangramento) R - repetição E - espontâneo V - vermelho vivo I - indolor A - ausência de hipertonia e de sofrimento fetal
215
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Placenta prévia: Como é feito o diagnóstico? O que não se pode fazer?
Clínica + exame especular + USG transvaginal **Não** pode fazer toque vaginal
216
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Placenta prévia: O que determina a conduta e o que fazer?
A IG determina a conduta A termo ➡️ resolver a gestação Pré-termo ➡️ depende do sangramento - INTenso / INSTável ➡️ INTerromper - EScasso / EStável ➡️ EXpectante
217
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Placenta prévia: qual a via de parto?
Total: cesariana Parcial: maioria cesariana Marginal / inserção baixa: avaliar possibilidade de parto vaginal
218
**Sangramentos da segunda metade da gestação** A anemia do ..... é desproporcional ao sangramento exteriorizado, enquanto que a anemia da ..... é proporcional ao sangramento.
DPP. Placenta prévia.
219
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Placenta prévia: complicações (3)
Se a placenta tem inserção **anomal**... Apresentação **anormal** Penetração **anormal** (acretismo) Puerpério **anormal** - Hemorragia - Infecção
220
**Sangramentos da segunda metade da gestação** O que é acretismo placentário?
Penetração anormal da placenta nas camadas uterinas
221
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Quando suspeitar de acretismo?
Paciente com diagnóstico de placenta prévia + cesárea anterior (quanto mais cesarianas, maior o risco)
222
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Na suspeita de acretismo, o que fazer e quando fazer?
USG com Doppler +/- RNM sem contraste (caso duvidoso) Deve ser feito durante o pré-natal, para planejar o momento do parto Casos duvidosos: - Obesas - Implantação posterior da placenta - Suspeita de acometimento dos paramétrios
223
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Placenta prévia: Classificação e conduta
Acreta ➡️ atinge até a camada esponjosa do endométrio - Histerectomia é o "padrão-ouro", mas pode-se tentar a extração Increta ➡️ invade o miométrio - Histerectomia Percreta ➡️ invade a serosa ou além - Histerectomia
224
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Roturas: quais os tipos? (3)
Rotura do seio marginal Rotura da vasa prévia Rotura uterina
225
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Rotura do seio marginal: Onde se localiza? Qual o quadro clínico?
Localiza-se na extrema periferia do espaço interviloso Clínica: - Sangramento indolor - Vermelho vivo - Espontâneo - Periparto - Tônus uterino normal - Sem sofrimento fetal
226
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Rotura do seio marginal: diagnóstico
A confirmação diagnóstica é após o parto pela análise histopatológica Devido a clínica semelhante, deve-se realizar USG transvaginal para excluir placenta prévia
227
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Rotura do seio marginal: conduta
Como o sangramento é geralmente discreto ➡️ o prognóstico é bom e o parto pode ser via vaginal
228
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Rotura da vasa prévia: o que é? Qual a origem do sangramento?
Ruptura de vasos umbilicais desprotegidos entre a apresentação e o colo uterino O sangramento é fetal (única de origem fetal)
229
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Rotura da vasa prévia: fatores de risco (3)
Placenta bilobada Placenta suscenturiadas Inserção velamentosa (principal) - Maior risco na gemelaridade e na quantidade de gemelares (trigêmeos > gêmeos)
230
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Rotura de vasa prévia: quadro clínico (2)
Sangramento vaginal após amniorrexe + sofrimento fetal agudo
231
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Rotura do vasa prévia: conduta
Cesariana imediata
232
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Rotura uterina: fatores de risco (5)
- Multiparidade - Manobra de Kristeller (pressão no fundo uterino para acelerar o parto) - Cicatriz uterina (miomectomia, cesariana...) - Parto obstruído - Malformação uterina (ex.: útero bicorno)
233
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Rotura uterina: quais os sinais de iminência da rotura? (2)
Síndrome de Bandl-Frommel: - Anel (banda) separando corpo do segmento - Bandl (útero em ampulheta) - Ligamento redondo distendido - Frommel
234
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Rotura uterina: quais os sinais de rotura consumada? (4)
Dor lancinante, de forte intensidade seguida de acalmia Fácil percepção das partes fetais Súbida da apresentação fetal (sinal de Reasens) Crepitação na palpação abdominal / enfisema subcutâneo (sinal de Clark) Dica: **R**otura **C**onsumada (**R**easens e **C**lark)
235
**Sangramentos da segunda metade da gestação** Rotura uterina: quais as condutas?
Iminência ➡️ cesariana Consumada - Histerorrafia (lesão menos extensa) - Histerectomia (se lesão mais extensa)
236
**Oncologia I - Mama e Ovário** Quais as características do derrame papilar que podem indicar malignidade? (5)
237
**Oncologia I - Mama e Ovário** Quais características dos nódulos palpáveis de mama que podem indicar malignidade? (5)
238
**Oncologia I - Mama e Ovário** Como investigar os nódulos de mama?
239
**Oncologia I - Mama e Ovário** Quais as indicações para RNM na investigação de nódulos de mama (3)? Quais as limitações desse método (2)?
**Indicações** - Múltiplas cirurgias - BIRADS 0 - Avaliação de jovens com ⬆️ risco (⬆️ sensibilidade e sem radiação) **Limitações** - Não mostra lesões < 2 mm - Não mostra microcalcificações
240
**Oncologia I - Mama e Ovário** Durante a investigação dos nódulos de mama, quais os achados da USG que aumentam a suspeição? (4)
- Diâmetro vertical > Diâmetro lateral - Ecogenicidade irregular - Contornos irregulares - Sombra acústica posterior **(reforço acústico posterior é sugestivo de benignidade)**
241
**Oncologia I - Mama e Ovário** Quais as duas principais incidências da mamografia?
- Craniocaudal (direita) - Mediolateral (esquerda)
242
**Oncologia I - Mama e Ovário** Qual o significado de BIRADS 0? Quais as condutas possíveis?
Mamografia inconclusiva **Condutas** - USG - RNM - Nova MMG com ampliação ➡️ microcalcificações - Nova MMG com compressão ➡️ assimetria focal
243
**Oncologia I - Mama e Ovário** Qual o significado de BIRADS 1? Qual a conduta?
Nenhuma alteração (0%) Conduta: repetir de acordo com a idade / rastreamento
244
**Oncologia I - Mama e Ovário** Qual o significado de BIRADS 2? Qual a conduta?
Alterações benignas (0%) Conduta: repetir de acordo com a idade / rastreamento
245
**Oncologia I - Mama e Ovário** Qual significado de BIRADS 3? Qual a conduta?
Achados duvidosos, mas provavelmente benignos (≤ 2%) Conduta: - Repetir MMG de 6 em 6 meses no 1º ano - MMG anual no 2º e 3º anos - Se normais ➡️ reclassificar como BIRADS 2
246
**Oncologia I - Mama e Ovário** Qual o significado de BIRADS 4? Qual a conduta?
Achados suspeitos de malignidade (3 - 94%) Conduta: avaliação histopatológica da lesão
247
**Oncologia I - Mama e Ovário** Qual o significado de BIRADS 5? Qual a conduta?
Achados altamente sugestivos de malignidade (≥ 95%) Conduta: avaliação histopatológica
248
**Oncologia I - Mama e Ovário** Qual o significado de BIRADS 6? Qual a conduta?
Lesão já biopsiada com o diagnóstico de malignidade, mas não retirada ou tratada (100%) Conduta: depende das características da lesão
249
**Oncologia I - Mama e Ovário** Para a biópsia de achados suspeitos da mama, quais as opções ambulatoriais e as indicações?
**Core biopsy** (biópsia com agulha grossa) - Indicado para nódulos **Mamotomia** (guiado por mamografia) - Indicado em caso de **microcalcificações**
250
**Oncologia I - Mama e Ovário** Para a biópsia de achados suspeitos da mama, quais as opções cirúrgicas e as indicações?
A biópsia cirúrgica é o padrão-ouro, conduto costumam ser indicadas na impossibilidade de core biopsy ou mamotomia **Biópsia incisional** - Retira parte do tumor (lesões maiores) **Biópsia excisional** - Retira todo tumor (lesões menores)
251
**Oncologia I - Mama e Ovário** Como identificar, na mama, um local que deve ser biopsiado ou ressecado?
Estereotaxia (marcação com clipes ou agulhamento)
252
**Oncologia I - Mama e Ovário** Como é feito o rastreamento do câncer de mama de acordo com o MS e de acordo com o CRB, SBM e FEBRASGO?
**MS** - Mamografia **bienal** de 50 a 69 anos **(risco habitual)** - Risco elevado: exame clínico a partir dos 30 anos e mamografia a partir do 35 anos - 2015: não recomenda-se o autoexame e o exame clínico passou a benefício incerto **CRB, SBM, FEBRASGO** - Baixo risco: MMG **anual** a partir dos 40 anos até 74 anos (continuar se não houver comorbidades significativas e se a expectativa de vida for de pelo menos 7 anos) - Alto risco: MMG < 40 anos e > 30 anos
253
**Oncologia I - Mama e Ovário** Qual exame de rastreamento para mulheres com próteses de silicone?
Mamografia
254
**Oncologia I - Mama e Ovário** Qual o exame capaz de reduzir a mortalidade pelo câncer de mama?
Mamografia
255
**Oncologia I - Mama e Ovário** Quais os 4 principais nódulos benignos da mama e as características principais de cada um?
256
**Oncologia I - Mama e Ovário** Quais os 4 principais tipos histológicos do câncer de mama e quais as principais características de cada um?
257
**Oncologia I - Mama e Ovário** Qual dos tipos histológicos do câncer de mama também é conhecido como carcinoma invasivo de tipo não especial?
Carcinoma ductal invasivo
258
**Oncologia I - Mama e Ovário** Quais os subtipos moleculares principais (4) e como está a expressão do Ki-67, receptores hormonais e HER2?
259
**Oncologia I - Mama e Ovário** Atualmente, qual estratégia pode ser utilizada para avaliar prognóstico e decidir quanto à QT?
Expressão gênica (Oncotype e Mammagene)
260
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de mama: Quais os tipos de cirurgias conservadoras (2) e qual a principal indicação?
Tipos - Segmentectomia ou setorectomia: poupa a pele - Quadrantectomia: não poupa a pele Indicação - Relação tumor/mama < 20% - **Na prova:** carcinoma até 3,5 cm **Cuidado:** impossibilidade de radioterapia adjuvante e tumores multicêntricos contraindicam a cirurgia conservadora
261
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de mama: O que deve ser sempre feito na cirurgia conservadora?
Radioterapia adjuvante
262
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de mama: O que fazer em caso de CA invasivo / infiltrante?
Avaliar a axila ➡️ Se clinicamente **negativo**, estudo do linfonodo sentinela ➡️ Se **negativo**, não precisa fazer esvaziamento axilar
263
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de mama: Quais as duas principais complicações do esvaziamento axilar? (2)
Escápula alada ➡️ lesão do nervo torácico longo Alterações sensitivas na face medial do braço ➡️ lesão do nervo intercostobraquial
264
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de mama: Quais as indicações de quimioterapia adjuvante?
- Tumores > 1 cm - Linfonodo positivo (≥ N1) - Metástase hematogênica (M1) - Receptor hormonal negativo - Superexpressão de HER2
265
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de mama: Quais as indicações de QT neoadjuvante?
Localmente avançado (estádio III) ou prognóstico ruim (receptor hormonal negativo)
266
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de mama: Quais as 2 principais indicações de radioterapia adjuvante?
- Cirurgia conservadora - Tumores > 4 cm
267
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de mama: Quais as drogas utilizadas na hormonioterapia e qual o critério fundamental para esse tipo de terapia?
Receptor hormonal positivo Drogas: - Pré-menopausa: tamoxifeno - Pós-menopausa: inibidores da aromatase (anastrozol, letrozol...)
268
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de mama: Qual o cuidado que se deve ter com o uso de tamoxifeno?
Avaliar o endométrio, se houver sangramento vaginal
269
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de mama: Qual a droga utilizada e qual a indicação de terapia alvo dirigida?
Super-expressão de HER2 Drogas: - Trastuzumabe
270
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de mama: Quais os fatores de risco? Qual o principal?
Sexo feminino (principal) Idade > 40 anos História de CA de mama História familiar Menarca precoce* Menopausa tardia (menacme longo)* Nuliparidade* Primiparidade idosa* Dieta rica em gordura (obesidade)* Terapia hormonal ou uso de ACO* (questionável) BRCA1/BRCA2 Lesões de risco - Hiperplasia ductal atípica - Hiperplasia lobular atípica - Carcinoma lobular in situ (alguns autores o consideram lesão precursora assim como o carcinoma ductal in situ) *: maior tempo de exposição ao estrógeno
271
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de mama: Quais os fatores que indicam iniciar o rastreamento antes (população de alto risco)? (6)
- Parente 1º grau antes dos 50 anos - Parentes 1º grau com CA de ovário ou CA de mama bilateral - Parentes masculinos com CA de mama - Lesões atípicas ou CA lobular in situ - BRCA1 (17q21) e BRCA2 (13q12) - Radioterapia entre 10 e 30 anos de idade
272
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Quais achados suspeitos (9)? Qual dos achados tem maior relação com malignidade?
Mnemônico: SUSPEITA **S** - sólida **(maior relação)** **U** - USG Doppler ⬇️ IR (< 0,4) **S** - septos espessos **P** - papilas (especialmente se > 4) **E** - espessamento de parede **I** - irregular **T** - tamanho > 8 ou 10 cm **A** - antes ou após menacme | ascite
273
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Como realizar a investigação diagnóstica e como confirmar?
Clínica e USGTV ➡️ suspeita CA 125 ➡️ principal marcador - Ruim para diagnóstico inicial, sendo melhor para o seguimento - CA inicial: pode estar normal - Aumentado em outras ginecopatias (DIP, mioma...) e na gravidez **Confirmação** ➡️ histopatológico
274
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Quais os 4 principais tumores benignos não neoplásicos?
**Cistos funcionais** - Folicular (mais comum) - Corpo lúteo hemorrágico **Endometrioma** **Abcessos tubo-ovarianos**
275
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Quais os 4 principais tumores benignos neoplásicos?
- Teratoma benigno (maduro) - Cistoadenomas serosos - Fibromas - Struma ovarii
276
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Qual dos tumores de ovário está mais relacionado com torção? Quando suspeitar (3)?
Teratoma benigno (sobretudo os de tamanho mediano) Suspeitar: - Mulheres jovens - Tumor sólido-cístico - Dor abdominal súbita (abdome agudo)
277
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: O que é síndrome de Meigs?
Tumor ovariano (fibroma ou tumor de Brenner) + ascite + derrame pleural
278
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Qual tumor ovariano está relacionado com crise tireotóxica?
Struma ovarii (presença de grande quantidade de tecido tireoidiano)
279
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Qual a conduta frente a um tumor benigno de ovário?
Cirurgia conservadora (ooforoplastia)
280
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Quais as linhagens (4) e os principais tumores malignos de ovário (8)? Quais as principais características de cada um?
281
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Pode-se puncionar o tumor?
Não, pois há risco de implantes em peritônio
282
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Qual a forma mais precoce de disseminação?
Transcelômica
283
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Quais os 3 principais locais de metástase à distância?
Fígado, pulmão e cérebro *Cuidado: os implantes peritoneais são mais comuns
284
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Qual a conduta frente a suspeição de uma neoplasia maligna de ovário?
1°) Laparotomia: lavado + inventário da cavidade + excisão do tumor primário + biópsia por congelação Se maligno ➡️ completar o estadiamento - Biópsias peritoneais + histerectomia total + salpingooforectomia bilateral + omentectomia infracólica + ressecar implantes e linfonodos pélvicos e para-aórticos
285
**Oncologia I - Mama e Ovário** Quais os 4 principais aspectos do CA de mama na gestação?
- É aquele que ocorre em até 1 ano do parto - Pode fazer o estudo do linfonodo sentinela desde que com **tecnécio** - Limitação quanto à cirurgia conservadora, pois não pode fazer RT durante a gestação - Quimioterapia, a depender do quimioterápico, é possível
286
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Quando fazer quimioterapia adjuvante?
Todo, exceto IA e IB (bilateral) moderadamente (G2) ou bem (G1) diferenciados
287
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Quais os critérios (2) e qual a conduta conservadora em caso de desejo reprodutivo?
Critérios - Se epitelial: IA (apenas 1 ovário) - Se germinativo: jovens e estádio I Conduta: salpingooforectomia unilateral
288
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Quais os fatores de risco?
- História familiar (↑ 3x) - Idade (± 60 anos) - Mutação BRCA (síndrome de câncer mamaovário hereditária) - Síndrome de Lynch II (pode ter CA de endométrio também) - Menacme longa - Nuliparidade (↑ 30-60%) - Indutores de ovulação - Obesidade (IMC ≥ 30 Kg/m2) - Tabagismo (subtipo mucinoso)
289
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Quais os fatores de proteção? (4)
Amamentação Uso de anovulatórios (ACO) - Quimioprevenção (↓ 30-50%) Salpingooferectomia profilática - Mutação BRCA Laqueadura tubária - ⬇️ fluxo sanguíneo ➡️ ⬇️ fatores carcinogênicos (↓30%)
290
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de mama: Quais os 4 tipos de mastectomia? Quais as características quanto aos componentes retirados e quanto ao esvaziamento axilar?
**Simples** - Sem esvaziamento - Mama e pele **Halsted** - Com esvaziamento - Mama e pele + peitoral maior + peitoral menor **Patey** - Com esvaziamento - Mama e pele + peitoral menor **Madden** - Com esvaziamento - Mama e pele + preserva os peitorais
291
**Oncologia I - Mama e Ovário** CA de ovário: Qual a característica do corpo lúteo hemorrágico ao USG e ao Doppler? Qual as condutas possíveis?
USG ➡️ aspecto heterogêneo / reticular devido ao sangue dentro do folículo Doppler ➡️ anel de fogo Condutas - Maioria regride: analgesia + acompanhamento - Se hemorragia intensa e instabilidade ➡️ cirurgia
292
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Endométrio: Quando suspeitar?
Sangramento anormal + endométrio espesso - Após menopausa **sem** TH: > 4 mm - Após menopausa **com** TH: > 8 mm
293
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Endométrio: Quais os fatores de risco? Qual o principal?
Dica: estrogênio sobre o endométrio sem oposição da progesterona **Fatores de risco** - Obesidade (principal) - > 60 anos - Nuliparidade - Branca - Anovulação crônica - Menacme longo - DM - Hiperplasia - Síndrome de Lynch (endométrio e ovário)
294
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Endométrio: Quais os fatores de proteção?
- Tabagismo - Multiparidade - Contracepção com progesterona
295
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Endométrio: Como fazer o diagnóstico?
Histopatológico de fragmento obtido por: - Cureta de Novak (pouco material, muito falso-negativo) - Curetagem fracionado (não permite visualização direta da cavidade uterina) - **Histeroscopia com biópsia (padrão-ouro)**
296
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Endométrio: Qual a principal lesão precursora? Qual o risco de malignização?
Hiperplasia endometrial (80% dos CA endométrio) Tipos de Hiperplasia (OMS) - Risco de malignização - Simples sem atipia (1%) - Complexa sem atipia (3%) - Simples **com atipia** (8%) - Complexa **com atipia** (29%)
297
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Endométrio: Qual a classificação da hiperplasia endometrial pelo International Endometrial Group? Como é a conduta?
**Benigna ou sem atipia** - Progesterona (preferencialmente SIU - Mirena) é o principal - Nova biópsia em 6 meses - Se não responder ou progredir para atipia ➡️ histerectomia - **Observação:** o Kyleena não deve ser usado devido a menor dose de levonorgestrel **Neoplasia intraepitelial ou com atipia** - Progesterona **(excessão)** se desejo de gestar ➡️ biópsia em 3 meses - Histerectomia **(preferencial)**
298
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Endométrio: Quais os tipos de câncer de endométrio? Qual o tipo histológico mais comum?
Tipo I - Mais comum - Relação com estrogênio Tipo II - Pior prognóstico - Endométrio atrófico (fino) - Mulheres mais velhas e magras Endometrioide é o mais comum e com bom prognóstico
299
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Endométrio: Como é feito o estadiamento e o tratamento?
Laparotomia ➡️ estadiamento e tratamento - Lavado + histerectomia + anexectomia bilateral + linfadenectomia
300
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Endométrio: Quando não precisa fazer a linfadenectomia? Como avaliar?
Estágio IA (< 50% miométrio) e G1(bem diferenciado) RNM: permite avaliar invasão miometrial e cervical, além de linfonodos e metástase
301
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Endométrio: Quando fazer radioterapia adjuvante?
Todos, exceto estágio IA
302
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Quais os sorotipos de HPV mais relacionados?
16 (mais oncogênico) 18
303
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Qual atualização da vacina do HPV?
Será **dose única** na população de 9-14 anos hígidos
304
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Quais os fatores de risco?
- HPV (principal) - Exposição sexual - Tabagismo - ⬇️ imunidade (deficiência de vitaminas A e C; de enzima alfa-1-antitripsina)
305
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Como é feito o rastreio?
2024 ➡️ MS incorporou teste molecular para HPV (ainda não houve atualização) **Colpocitologia oncótica** - 1x/ano, após 2 negativos, a cada 3 anos - Entre 25 e 64 anos, após a sexarca - Parar após histerectomia por doença benigna sem história de lesão de alto grau (se houver, colher do fundo de saco até 64 anos - Se HIV: 6/6 meses, após 2 negativos, anualmente (se CD4 < 200, manter de 6/6 meses) - Se gestante: igual da população geral - Se virgem: não colher
306
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Como é feita a coleta?
Coleta ectocervical (espátula de Ayre) + Coleta endocervical (escova cervical) +/- Coleta fundo de saco (na EPM faz)
307
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Conduta se LIE-BG (LSIL)?
≥ 25 anos: repetir em 6 meses < 25 anos: repetir em 3 anos Se manter LIE-BG (LSIL) ➡️ Colposcopia
308
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Conduta se ASC-US?
≥ 30 anos: repetir em 6 meses 25-29 anos: repetir em 1 ano < 25 anos: repetir em 3 anos Se manter ASC-US ➡️ Colposcopia
309
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Conduta se ASC-H?
Colposcopia
310
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Conduta se AGC (AGUS)?
Colposcopia + avaliação do canal +/- USG transvaginal (se > 35 anos apenas)
311
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Conduta se LIE-AG (HSIL)?
Colposcopia
312
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Conduta se AOI (origem indefinida)?
Colposcopia
313
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Conduta se LIE-BG ou ASC-US em HIV (+)?
Colposcopia na 1ª alteração
314
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Conduta se parecer câncer?
Colposcopia + **biópsia**
315
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Como definir a área a ser biopsiada durante a colposcopia?
1º) Ácido acético - Atividade proteica - Biópsia na área acetobrando denso 2º) Teste de Schiller (lugol) - Afinidade pelo glicogênio - Biópsia na área iodo negativo (Schiller positivo)
316
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Quando biopsiar a gestante? Qual achado levanta mais suspeita?
Somente se suspeita de invasão (tabela colposcópica) - Vasos atípicos (sinal mais clássico de invasão)
317
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: O que é uma colposcopia insatisfatória? Quais as condutas possíveis?
Quando não é possível visualizar a JEC Conduta: - Abrir mais o espéculo - Espéculo endocervical - Estrogênio por 2 semanas e repetir o exame
318
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Como avaliar o canal cervical durante a colposcopia?
**Escovado** (principal) - Gira a escova cervical mais vezes **Curetagem** - Mais traumático **Histeroscopia** - Nas > 35 anos, permite avaliar tanto o canal cervical quanto o endométrio
319
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Quais os tipos de lesões intraepiteliais (NIC)? Quais as condutas?
**NIC I** - Não é precursor do CA de colo de útero - Destruir a lesão (crioterapia ou cauterização) se não sumir após 2 anos de seguimento **NIC II** - Precursor de CA de colo uterino - Exérese da zona de transformação (EZT) **NIC III** - Precursor de CA de colo uterino - Exérese da zona de transformação (EZT)
320
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Quais os tipos de EZT? Quando fazer um cone?
**EZT III (cone)** - Suspeita de invasão - Não vê o limite da lesão - Não vê a JEC
321
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Quando "ver e tratar"?
HSIL em ≥ 25 anos + JEC totalmente visível na colposcopia (colposcopia satisfatória) + achado anormal maior sem suspeita de invasão ou de lesão glandular ➡️ EZT direito
322
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Qual o tipos histológico mais comum?
Carcinoma epidermóide (HPV 16) Observação: o 2º mais comum é o adenocarcinoma (HPV 18)
323
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Como é o estadiamento?
324
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Como é o tratamento com base no estadiamento?
325
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Como avaliar a invasão do paramétrio?
Toque retal ou RNM
326
**Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino** Colo uterino: Como é a cirurgia de Wertheim-Meigs? O quê não é retirado de rotina? Qual complicação chama a atenção?
Histerectomia total + retirada dos paramétrios + terço superior da vagina + linfadenectomia pélvica Não são retirados os ovários Fístula ureterovaginal
327
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Quais as principais diferenças entre a HAS crônica e a pré-eclâmpsia? (6)
**HAS crônica** - > 35 anos - Multigesta (desde que mantenha o parceiro) - HAS antes da 20ª semana - Pode ou não ter proteinúria - Calcúria > 100 mg/24h - Persiste no puerpério **Pré-eclâmpsia** - < 18 anos e > 35 anos - Primigesta (ou Multigesta que trocou o parceiro) - HAS após 20ª semana (mola pode causar antes) - Proteinúria após 20 semanas - Calcúria < 100 mg/24h - Melhora até 12 semanas do puerpério
328
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Qual a definição de pré-eclâmpsia?
Surgimento após 20ª semana de PA ≥ 140 x 90 mmHg **+** proteinúria ≥ 300 mg/dia **ou** proteína/creatinina urina ≥ 0,3 **ou** ≥ 1+ na fita
329
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Pode haver pré-eclâmpsia sem proteinúria?
Sim, se... - Hipertensão > 20 semanas **MAIS** plaquetopenia (< 100.000), Cr > 1,1, EAP, ⬆️ 2x transaminases, sintomas cerebrais ou visuais
330
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: O que é hipertensão gestacional?
Hipertensão > 20 semanas **SEM** proteinúria **E SEM** as alterações da pré-eclâmpsia sem proteinúria Para confirmar, precisa resolver em até 12 semanas do puerpério
331
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Como e quando pode ser feito o rastreamento?
Entre 11 e 14 semanas - Doppler artérias uterinas, história clínica, PA e bioquímica materna (PAPP-A e PLGF) Devido ao custo é pouco aplicado na população geral
332
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Como e em quais situações fazer a prevenção?
**Alto risco** (qualquer um dos seguintes) - HAS - DM - LES - SAF - Gemelar - Pré-eclâmpsia anterior - Doença renal **Como fazer** - AAS iniciar de 12 a 16 semanas e até 36 semanas - Cálcio se alto risco e baixa ingesta
333
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: O que diferencia a pré-eclâmpsia leve da grave?
**Leve** - PA entre 140x90 mmHg e 160x110 mmHg - **Sem lesão de órgão-alvo** **Grave** - Presença de qualquer sinal de gravidade
334
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Quais os sinais de gravidade?
- PAS ≥ 160 **e/ou** PAD ≥ 110 - Creatinina ≥ 1,2 mg/dL, oligúria ➡️ não são consensuais - Edema agudo de pulmão, cianose - Síndrome HELLP - Iminência de eclâmpsia (distúrbios cerebrais, visuais e dor abdominal)
335
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Quais os critérios da síndrome HELLP?
**Hemólise** - LDH > 600 - Presença de esquizócitos (células em capacete) - Bilirrubina total ≥ 1,2 **AST > 70** **Plaquetas < 100.000**
336
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Ponto de corte para pré-eclâmpsia precoce e tardia?
Precoce: < 34 semanas Tardia: ≥ 34 semanas
337
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Quando fazer anti-hipertensivos? Quais os objetivos?
**PA ≥ 160x110 mmHg** - Minimizar o risco de de hemorragia cerebral - PAS entre 140-155 e PAD entre 90-105
338
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Quais medicamentos podem ser utilizados na crise hipertensiva? (3)
Hidralazina EV Nifedipina VO (de ação rápida) Labetalol IV
339
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Quais medicamentos anti-hipertensivos podem ser utilizados na manutenção? (4)
Metildopa VO Nifedipina VO (retard, de ação longa) Hidralazina VO Pindolol VO
340
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Pode-se utilizar diurético tiazídicos na gestação?
Sim, desde que não seja pré-eclâmpsia ➡️ na HAS crônica pode - Não pode na lactação
341
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Como e em quem prevenir eclâmpsia?
Toda grávida com pré-eclâmpsia grave ou eclâmpsia Sulfato de magnésio ➡️ prevenção e manutenção - **Pritchard:** 4g IV + 10g IM (A) | 5g IM 4/4h (M) - **Zuspan:** 4g IV (A) | 1-2 g/h IV em BI (M) - **Sibai:** 6g IV (A) | 2-3 g/h IV em BI (M)
342
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Quais os sinais de intoxicação por magnésio?
Magnesemia terapeutica entre 4 - 7 mEq/L Se > 8 mEq/L, há risco de intoxicação - Reflexo patelar: abolido ➡️ suspender sulfato de magnésio + aplicar gluconato de cálcio (1g) - Respiração: < 12 irpm ➡️ suspender sulfato de magnésio + aplicar gluconato de cálcio (1g) - Rins (diurese): se oligúria ≤ 25 ➡️ reduzir a dose do sulfato de magnésio
343
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Qual a conduta em relação ao parto na PE leve e na PE grave?
**PE leve** - Expectante até o termo, conforme condições maternas e fetais **PE grave** - < 34 semanas: se binômio bem ➡️ tentar fazer corticoide | se piorar ➡️ parto - ≥ 34 semanas: **parto** (MS fala em avaliar chegar em 37 semanas)
344
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Qual a conduta em relação ao parto na eclâmpsia e na síndrome HELLP?
Estabilizar e parto **independente da idade gestacional**
345
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: O que fazer para estabilizar a paciente em caso de eclâmpsia?
Via aérea prévia, cânula de Guedel, decúbito lateral esquerdo e máscara de O2
346
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Qual a via de parto?
Parto vaginal continua sendo a via preferencial A cesárea é opção após a estabilização e reavaliação das condições maternas e fetais
347
**Doenças Clínicas na Gravidez** DHG: Qual a conduta quanto a suspensão do sulfato de magnésio?
É importante manter por pelo menos 24 horas após o parto devido ao risco de eclâmpsia puerperal
348
**Doenças Clínicas na Gravidez** DMG: Como é feito o rastreamento conforme o MS?
1ª consulta do pré-natal < 20 semanas - Glicemia de jejum < 92 ➡️ TOTG 75g (24 - 28 semanas) - Glicemia de jejum 92 - 125 ➡️ DM gestacional - Glicemia de jejum ≥ 126 ➡️ DM prévio Basta **1 exame** alterado
349
**Doenças Clínicas na Gravidez** DMG: Quais os parâmetros do TOTG 75g?
DM gestacional - Após 1 hora ≥ 180 - Após 2 horas entre 153 a 199 (se ≥ 200, é DM prévio)
350
**Doenças Clínicas na Gravidez** DMG: Como rastrear se a 1ª consulta ocorrer após a 20ª semana?
TOTG 75g entre 24 e 28 semanas
351
**Doenças Clínicas na Gravidez** DMG: Como conduzir após o diagnóstico de DM gestacional?
**Por 2 semanas** - Dieta fracionada (6 refeições - 50% carboidratos; 30% lipídeos; 20% proteína) **+** atividade física **+** perfil glicêmico (Jejum < 95 | 1h após < 140 | 2h após < 120) **Após 2 semanas** - > 30% das glicemias alteradas ➡️ iniciar insulina (droga de escolha)
352
**Doenças Clínicas na Gravidez** DMG: Como manejar a insulina (aumentar e diminuir) durante a gestação?
1º trimestre e pós-parto: < dose insulina 2º e 3º trimestre: > dose insulina
353
**Doenças Clínicas na Gravidez** DMG: Quando usar metformina pelo MS? (2)
- Falha adesão ou acesso à insulina **ou** - Adjuvante em caso de hiperglicemias graves (insulina > 100 U)
354
**Doenças Clínicas na Gravidez** DMG: Qual a conduta em relação ao parto se DMG sem complicações e nas situações em que houve tratamento com insulina?
DMG sem complicações: não precisa antecipar Uso de insulina: 38/39 semanas Parto pode ser vaginal se binômio bem
355
**Doenças Clínicas na Gravidez** DMG: Quais as principais complicações?
Macrosomia ➡️ em decorrência da hiperinsulinemia fetal Distocia de espáduas Sofrimento fetal agudo Polidrâmnio ➡️ diurese hiperosmolar da criança Malformação fetal
356
**Doenças Clínicas na Gravidez** DMG: Qual a malformação mais **específica**?
Síndrome de regressão caudal
357
**Doenças Clínicas na Gravidez** DMG: Diabetes gestacional aumenta o risco de malformações?
Não!
358
**Doenças Clínicas na Gravidez** DMG: Quais as manobras em caso de distócia de espáduas?
Manobra de McRoberts +/- Pressão suprapúbica Outras: - Manobra de Jacquemier - Manobra de Wood
359
**Doenças Clínicas na Gravidez** DMG: Quais as condutas no puerpério para DM1, DM2 e DMG?
**DM1** - Dose de insulina pré-gestacional **ou** metade da dose do final da gestação **DM2** - Insulina metade da dose do final da gestação **ou** hipoglicemiantes orais **DMG** - Dieta normal **e** suspender insulina
360
**Doenças Clínicas na Gravidez** DMG: Quando repetir o TOTG no puerpério?
Em 6 semanas nas pacientes que apresentaram DMG, pois há risco aumentado de DM2
361
**Doenças Clínicas na Gravidez** Gemelar: Classificação quanto a zigotia
Monozigótica ➡️ mesmo ovo Dizigótica ➡️ ovos diferentes
362
**Doenças Clínicas na Gravidez** Gemelar: Classificação quanto a corionicidade
Monocoriônica ➡️ uma placenta Dicoriônica ➡️ duas placentas
363
**Doenças Clínicas na Gravidez** Gemelar: Classificação quanto a amnionicidade
Monoamniótica ➡️ uma membrana amniótica Diamniótica ➡️ duas membranas amnióticas
364
**Doenças Clínicas na Gravidez** Gemelar: Toda gestação dizigótica é...
Dicoriônica e Diamniótica
365
**Doenças Clínicas na Gravidez** Gemelar: O que determina a corionicidade e a amnionicidade em gestação monozigótica?
366
**Doenças Clínicas na Gravidez** Gemelar: Qual o único fator de risco para gestação monozigótica?
Técnicas de fertilização - Também aumenta o risco de dizigótica História familiar, etnia, idade... ➡️ somente dizigótica
367
**Doenças Clínicas na Gravidez** Gemelar: Ao USG, o que o sinal do lambda indica e o que o sinal do T indica?
Sinal Y / lambda: dicoriônica Sinal T: monocoriônica
368
**Doenças Clínicas na Gravidez** Gemelar: Quais as condutas possíveis em relação ao parto?
Dicoriônica - 38 semanas (antes se complicar) Monocoriônica - 36 semanas se diamniótica - 34 semanas de monoamniótica
369
**Doenças Clínicas na Gravidez** Gemelar: Quanto a transfusão feto-fetal, é mais comum em? Como estão o feto doador e o receptor? Qual o parâmetro mais sensível? Qual costuma morrer primeiro?
Mais comum nas monocoriônicas Feto doador: pálido, oligodramnia, CIUR Feto receptor: polidramnia, hidrópsia - Costuma morrer primeiro por insuficiência cardíaca Mais sensível: diferença entre os bolsões (oligodramnia e polidramnia)
370
**Doenças Clínicas na Gravidez** Gemelar: Como tratar em caso de transfusão feto-fetal?
Amniocentese seriada nos casos leves Fotocoagulação com laser nos casos graves
371
**Doenças Clínicas na Gravidez** Gemelar: Quando indicar cesárea? (5)
- Complicações (STFF, unidos) - Monoamniótica - ≥ 3 fetos - 1º feto não cefálico - Segundo > 20% maior que o primeiro
372
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** CIUR: Quais os passos para o diagnóstico? (3)
**1º passo** ➡️ IG correta (USG 1º trimestre) **2º passo** ➡️ Altura uterina - Concorda com IG entre 18 e 30 semanas - 3 cm menor **sugere CIUR** **3º passo** ➡️ USG obstétrico - Peso inferior ao 10º percentil para IG > Percentil 3 a 10 + Doppler normal = PIG
373
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** CIUR: Qual o indicador mais sensível? Como a HD de CIUR pode ser confirmada?
Circunferência abdominal do feto - Geralmente o primeiro a alterar Pode ser confirmada após o parto, pelo pediatra
374
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** CIUR: Quais os tipos de CIUR? (3)
375
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Oligodramnia: Como diagnosticar?
**Altura uterina** - ⬇️ esperado para IG ➡️ **suspeita** **USG** ➡️ confirma o diagnóstico - ILA < 5 cm **ou** maior bolsão < 2 cm - **ILA normal entre 8 e 18 cm** - **Cuidado:** se entre 5 e 8, trata-se de líquido diminuído
376
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Oligodramnia: Quais as causas? (5)
- Insuficiência placentária - RPMO - Malformações urinárias - IECA - Indometacina (tocolítico)
377
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Dopplervelocimetria: O que a dopplefluxometria da artéria uterina avalia?
- Circulação materna - Incisura bilateral > 26 semanas ➡️ **risco de CIUR e pré-eclâmpsia**
378
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Dopplervelocimetria O que a dopplefluxometria da artéria umbilical avalia?
**Circulação placentária** - **Normal:** ⬇️ resistência (< percentil 95) - **Alterada:** ⬆️ resistência, diástole 0 ou reversa - Resistência pode ser avaliada pelo RI, PI e S/D
379
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Dopplervelocimetria: O que a dopplefluxometria do ducto venoso avalia?
**Avaliação função cardíaca fetal** - Especialmente para fetos < 32 semanas já centralizados - **Onda A negativa** = ⬆️ risco de óbito ➡️ indicar parto
380
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Dopplervelocimetria: O que a dopplefluxometria da artéria cerebral média avalia?
**Avalia a circulação fetal** - Normal: ⬆️ resistência e ⬇️ fluxo - Avalia centralização fetal (coração, encéfalo e adrenais) - Resistência umbilical ⬆️ / Resistência ACM ⬇️ ≥ 1 **(indica a centralização)**
381
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Vitalidade fetal: Como pode ser realizado a ausculta cardíaca?
**Intermitente** - **Baixo risco:** 30/30 min na dilatação| 15/15 min (5/5 para alguns autores) no expulsivo - **Alto risco:** 15/15 min na dilatação| 5/5 min no expulsivo **Contínua** ➡️ cardiotocografia - BCF, contração uterina e movimentação fetal - **Não é rotina em baixo risco**
382
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Vitalidade fetal: Quais as recomendações para cardiotocografia?
- Decúbito lateral ou posição de Fowler (45º) e evitar jejum - Duração de 20 a 40 minutos
383
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Vitalidade fetal: Quais os 4 parâmetros que devem ser avaliados na banda cardíaca da cardiotocografia?
**Linha de base** ➡️ BCF médio em 10 minutos - Taquicardia: > 160 bpm - Bradicardia: < 110 bpm **Variabilidade** ➡️ diferença entre o maior e o menor BCF - Aumentada: > 25 bpm - **Moderada: 6 a 25** - Mínima: ≤ 5 - Ausente: 0 - Sinusoidal: padrão de anemia grave **Acelerações** ➡️ ⬆️ 15 bpm por 15 segundos - **Reativo:** 2x em 20 minutos **Desacelerações** - DIP 1 ou precoce ou cefálica: coincide com a contração - DIP 2 ou tardia: após a contração ➡️ indica asfixia, sobretudo, se repetição - DIP 3 ou variável ou umbilical: variável em relação à contração (antes, junto ou depois)
384
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Cardiotocografia: Como classificar e como conduzir?
**Categoria I (normal)** - Entre 110 e 160 bpm - Variabilidade normal - Sem DIP 2 ou 3 - Acelerações presentes ou ausentes - **Conduta:** acompanhar **Categoria II (indeterminada)** - Não é I nem III - **Conduta:** nova CTG ou perfil biofísico fetal (PBF) **Categoria III (anormal)** - Sem variabilidade **+** DIP II **ou** DIP III recorrente **ou** bradicardia - **Conduta:** reanimação intrauterina (máscara de O2, decúbito lateral esquerdo, suspender ocitocina, corrigir ⬇️ PA...) + parto pela via mais rápida
385
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Perfil biofísico fetal: Quais o parâmetros (5)? Qual o primeiro a alterar? Qual o último a alterar?
**CTG + 4 parâmetros da USG** - Movimento respiratório fetal - Movimento fetal - Tônus fetal - Líquido amniótico (VLA) 1º a alterar: cardiotocografia (CTG) Último a alterar: ⬇️ LA é alteração crônica
386
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Fórcipe: Quais os 3 principais e as condições para aplicar? Como é a pega ideal?
**Simpson** - Qualquer variedade (exceto transversa) **Kielland** - Variedade transversa (rotação e assinclitismo) **Piper** - Cabeça derradeira (parto pélvico) **Condições para aplicar** - **A**usência de colo (dilatação total) - **P**elve proporcional (não pode haver desproporção cefalopélvica) - **L**ivre canal de parto - **I**nsinuação fetal - **C**onhecer a variedade - **A**mniotomia - **R**eto (não precisa mais) e bexiga vazios **Pega ideal:** biparietomalomentoniano
387
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Vácuo-extrator: Quais as principais características?
- Aplicar sobre a sutura sagital entre o lambda e o bregma - Critérios de aplicabilidade semelhantes ao do fórceps, mas somente para **fletidos** - Mais trauma fetal e **menos materno** - **NÃO usar em < 34 semanas** ➡️ risco de hemorragia intracraniana
388
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Puerpério: Quais os fatores de risco, etiologia, clínica, tratamento e profilaxia da endometrite?
**Fatores de risco** - Cesariana **(principal)** - RPMO - Anemia - Desnutrição - Número de toques... **Etiologia** - Polimicrobiana **Clínica** - Febre (do 2º ao 10º dia, não valorizar se nas primeiras 24h - resposta ao trauma) - Odor fétido - **Tríade de Bumm** (útero doloroso, amolecido e hipoinvoluído) **Tratamento** - Clindamicina + Gentamicina IV até 72 horas afebril e assintomática - Não precisa transicionar para VO - Se não melhorar ➡️ exame de imagem para procurar abscesso **Profilaxia** - Antibiótico na indução anestésica da cesárea - ⬇️ nº de toques - Assepsia - Manter bolsa íntegra
389
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Puerpério: Quais as principais características da mastite puerperal?
**Agente** ➡️ Staphylococcus aureus **Causa** ➡️ pega incorreta e fissuras mamárias **Clínica** ➡️ mastalgia + sinais flogísticos + febre > Ingurgitamento é mais comum na 1ª semana > Mastite é mais comum após a 2ª semana **Conduta** - Amamentar - AINE - Cefalosporina de 1ª geração por 7 a 10 dias **Complicação** - Abscesso mamário ➡️ pode amamentar a menos que haja secreção purulenta na papila ou incisão de drenagem na papila > Fazer ATB além de drenar
390
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Puerpério: O que é tromboflebite pélvica séptica?
Condição de exclusão de infecção puerperal ➡️ se suspeita, prova terapêutica com heparina
391
**Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério** Puerpério: Conceito e conduta de hemorragia puerperal?
**Definição** - > 0,5 L no vaginal **e** > 1 L na cesária **ou** qualquer sangramento que torna a paciente sintomática e/ou com sinais de hipovolemia **Índice de choque** - FC/PAS ≥ 0,9 (risco de transfusão) **Causas** ➡️ 4 Ts - Tônus (principal) ➡️ atonia uterina - Trauma ➡️ laceração do canal de parto - Tecido ➡️ restos placentários - Trombina ➡️ coagulopatia **Conduta** - 1º: massagem uterina bimanual (Hamilton) + ocitocina + ácido tranexâmico - 2º: ergometrina (não usar em hipertensas) e misoprostol - 3º: rafia de B-Lynch - 4º: rafia vascular (uterina ou hipogástrica) - 5º: embolização uterina (se disponível pode ser feita antes da rafia de B-Lynch) - 6º: histerectomia Pode-se fazer balão de Bakri ou sonda de Foley para tamponamento intrauterino se disponível **Prevenção** - 10 UI de ocitocina IM no 3º período