H. pylori, dispepsia e úlcera péptica Flashcards

(48 cards)

1
Q

Onde o estômago começa e onde termina?

A

Começa na transição esofagogástrica
Termina na região do esfincter pilórico

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2
Q

Divisão do estômago

A

fundo gástrico
corpo gástrico
antro
cardia

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3
Q

Camadas do estômago

A

mucosa
submucosa
muscular
serosa

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4
Q

Vascularização arterial

A

Tronco celíaco: surge da aorta, dele saí: a gástrica esquerda, hepática comum e esplênica

Importância da irrigação: realização de gastrectomias sem perder nutrição arterial

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5
Q

Vascularização venosa

A
  • grande parte dos vasos desembocam na veia porta
  • doenças hepáticas e portais podem refletir em doenças gástricas DEVIDO ESSA CONEXÃO DE DRENAGEM (comum metástases via hematogênica)
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6
Q

Inervação

A

Vago secreta ach que ativa as vias de secreção ácida

Parassimp:
- nervo vago d (posterior)
- nervo vago e (anterior)

Simpática:
- deriva das fibras pré-ganglionares

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7
Q

Função do estômago

A
  • responsável por armazenamento, digestão e reservatório
  • realiza mistura, trituração ou fragmentação
  • inicia a digestão de proteínas e carboidratos
  • função endócrina de secreção de grelina
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8
Q

Qual a função da grelina?

A

Induz o apetite > função orexígena

Produzida no fundo gástrico

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9
Q

Células da mucosa gástrica

A
  • parietais: produtoras de ácido clorídrico e fator intrínseco
  • principais: pepsinogênio
  • céls G: produtora de gastrina
  • secretoras de muco
  • endócrinas: grelina
  • indiferenciadas: localizadas principalmente na cárdia (região propicia a neoplasias)
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10
Q

Células localizadas em cada região

A
  • cárdia: cels produtoras de muco, endócrinas e indiferenciadas
  • fundo: cels parietais, produtoras de muco e endócrinas
  • corpo: céls parietais, produtoras de muco e endócrinas
  • antro: células G, endócrinas, parietais
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11
Q

Secreção ácida

A
  • fase cefálica: estímulo vagal via Ach e age na cél parietal
  • fase gástrica: estímulo pela presença de alimento
  • fase intestinal: menos importante e ocorre com alimento no duodeno
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12
Q

Secreção de pepsina

A
  • secretada pelas células principais na forma de proenzima pepsinogênio > é ativada por pH ácido (<4) e inicia a digestão proteica
  • no uso de IBP o pH fica maior e isso pode afetar a digestão proteica (aumentando o tempo de digestão)
  • estímulo por via inervação vagal e inibição pela somatostatina do pâncreas
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13
Q

Secreção de muco e bicarbonato

A
  • secretado pelas células da superfície e forma um gel mucoso com pH alto, que protege a mucosa do ácido
  • estímulo vagal e por PGE2 (interferência de AINEs), além do sucralfato e glucagon
  • inibição: AINE, agonista alfa-adrenérgico, ácidos biliares, etanol e pepsina
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14
Q

Secreção do fator intrínseco

A
  • a absorção de vit B12: íleo terminal
  • a glicoproteína: produzida pelas células parietais
  • estímulo e inibição semelhantes à secreção ácida
  • B12 + FI se liga a receptores específicos da mucosa ileal para ser absorvido
  • gastrectomizados: reposição parental de vit b12
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15
Q

H. pylori: introdução

A
  • último consenso trouxe alteração com aumento do tempo de tto para aumentar a chance de sucesso
  • bacilo gram - de 4 a 7 flagelos e se encontra na parte mais interna do muco
  • coloniza apenas a mucosa gástrica
  • grande afinidade pelo antro
  • produz urease para criar ambiente de sobrevivência no meio ácido (no pH ácido não sobreviveria)
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16
Q

Patologias gástricas causadas pelo H. pylori

A
  • gastrite superficial aguda
  • gastrite crônica ativa de antro
  • gastrite ou pangastrite atrófica ou não atrófica
  • adenocarcinoma gástrico
  • linfoma MALT
  • úlceras pépticas
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17
Q

Erradicação do H. pylori

A

Altera a evolução natural da DUP, reduz o número de recidivas

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18
Q

H. pylori volta?

A

NÃO

Se “voltar”, não foi erradicada de fato

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19
Q

Transmissão do H. pylori

A
  • transmissão fecal-oral e oral-oral
  • seres humanos são o único reservatório e fonte primária de transmissão do HP
  • infância tem maior risco de aquisição
  • em adultos, não é possível erradicar a bactéria
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20
Q

Com que o H. pylori se relaciona?

A

adenocarcinoma gástrico
maltoma
dispepsia funcional

21
Q

H. pylori: paciente acometido fica protegido?

A
  • asma
  • DRGE
  • Barret
  • Adenocarcinoma do esôfago
22
Q

H. pylori e neoplasias

A
  • carcinogênio classe 1
  • cepas CagA e VacA: maior risco de ca gástrico
  • fonte de inflamação ativa (pode acabar evoluindo com mutações celulares
  • cascata de Pelayo Correa: normal > gastrite superficial > gastrite atrófica > metaplasia > displasia > ca gástrico
23
Q

Quando devemos testar o H. pylori

A
  1. nível de evidência forte:
    - UP ou com passado de UP
    - história de ressecção endoscópica de ca gástrico precoce
    - linfoma MALT
    - dispepsia não investigada abaixo de 60 anos
  2. nível de evidência moderado a fraco
    - uso de dose baixa de AAS (pois reduz risco de sangramentos)
    - pacientes que iniciaram tto crônico com AINE
    - anemia ou distúrbios hidroeletrolíticos investigados e não esclarecidos
    - portadores de PTI
24
Q

Quando não devemos testar?

A
  • DRGE
  • pacientes assintomáticos com história familiar de ca gástrico
  • hiperemese gravídica
  • pólipos gástricos hiperplásicos

Uma vez feito o teste e o mesmo estando +: INDICA-SE A ERRADICAÇÃO (devido ao seu potencial carcinogênico)

25
H. pylori: diagnóstico
- testes respiratório com C13/C14: não invasivo (permite controle de cura) - antígeno fecal: não invasivo - EDA > urease + histopatológico - testes sorológicos - teste molecular (PCR) *Interromper uso de IBP (2 semanas antes da pesquisa) e ATB ou sais de bismuto (4 semanas antes)*
26
H. pylori: quem tratar?
- úlcera péptica (A) - maltoma (B) - alto risco que irão usar AINE/AAS (B) - lesões pré-neoplásicas e população de alto risco para CA (A) - anemia ferropriva/PTI/deficiência de b12 (C) - desejo do paciente (C)
27
H. pylori: população de alto risco
- 65 anos - passado de úlcera ou hemorragia - uso de AINE - uso de antiagregante plaquetário/anticoagulantes
28
H. pylori: tratamento de 1ª linha
Amoxicilina 500mg (2 cp - 12/12h) + Claritromicina 500mg (1 cp - 12/12h) + IBP de 2ª geração 20mg (1cp - 12/12h) *IBP 2ª geração: esomepraxol, dexlansoprazol* - Tratamento por 10 a 14 dias
29
Como verificar se o H. pylori foi erradicado?
- nunca antes de 4 semanas do fim do tratamento - suspender ATB 4 semanas e IBP 2 - teste respiratório e antígeno fecal são métodos PADRÃO OURO
30
Dispepsia
- plenitude pós-prandial - distensão abdominal - eructação - saciedade precoce - dor epigástrica - queimação - azia - paciente relata estar embuchado, digestão lenta, comida fica parada, parece que comi um boi
31
Dispepsia: solicitar EDA se
- > 40 anos - pacientes refratários ao tratamento clínico - presença de sinais de alarme: *disfagia *perda de peso *vômitos *hemorragias *anemia *icterícia * massa palpável *HF + para CA *DUP prévia
32
Dispepsia X H. pylori
- dispepsia pode ser funcional ou associada ao HP - pacientes podem evoluir para dispepsia funcional - nos casos funcionais é necessário trabalho multidisciplinar pois já existem outras patologias em conjunto, como TAG, fibromialgia, etc
33
DUP
- interrupção da mucosa em direção a submucosa - duodeno e estômago - solução de continuidade na mucosa do estômago ou duodeno com diâmetro maior/igual 0,5cm, que penetram profundamente na parede do intestino em direção a submucosa - mais comum no homem - mediadas por secreção ácida e não necessariamente s[o hipercloridria - lesões recorrentes
34
DUP: fatores de risco
- idade >60 anos - história de up - uso de corticoides - uso concomitante de anticoagulante - desordens sistêmicas graves (UTI) - tabaco - álcool *PRINCIPAIS: AINE E H.PYLORI*
35
DUP: mecanismos de lesão
acidez gástrica enzimas pépticas
36
DUP: mecanismos de defesa
muco hco3 fluxo sanguíneo mucoso regeneração epitelial prostaglandinas
37
DUP: classificção de Johnson
- tipo 1 - tipo 2 - tipo 3 - tipo 4 - tipo 5
38
DUP: classificação de johnson
1 e 4: normo ou hipocloridria 2 e 3: hipercloridria
39
DUP: clínica
assintomática dor abd sensação de fome náuseas vômitos perda de peso síndrome dispéptica cloking (despertar noturno por dor)
40
DUP: úlcera gástrica > 4 tempos
- dor precipitada por comida *Não dói > come > dói > passa*
41
DUP: úlcera duodenal > 3 tempos
dor em jejum melhora com a comida *dói > come > passa*
42
Úlcera gástrica
SEMPRE biopsiar - devido a alta prevalência de ca gástrico
43
Úlcera transforma em câncer?
NÃO
44
Classificação de sakita
Saber se a úlcera está ativa - A, em cicatrização - H ou cicatrizadas (quase) - S
45
Síndrome de Zollinger-Ellison
46
DUP: tratamento
- antigamente cirúrgico - medidas gerais: dieta, suspender álcool, tabagismo e uso de AINE - medicamentoso: redução da acidez e erradicação do H. pylori
47
DUP: tratamento medicamentoso
- antagonistas dos receptores H2 - antiácidos - IBP - sucralfato
48
ÚLCERA GÁSTRICA
Mandatória para o controle endoscópico pós tratamento