intestino delgado, pancreas e baço - HABILIDADES Flashcards

(249 cards)

1
Q

Qual o critério clínico para definir diarreia?

A

Aumento do teor de líquido das fezes, com aumento do número e volume das evacuações (>200g em 24h).

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2
Q

O que caracteriza a diarreia osmótica?

A

Aumento da pressão osmótica por acúmulo de substâncias não absorvíveis no intestino.

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3
Q

O que caracteriza a diarreia secretora?

A

Aumento da secreção de água e eletrólitos pela mucosa intestinal.

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4
Q

O que caracteriza a diarreia exsudativa?

A

Aumento da permeabilidade da mucosa por inflamações, neoplasias ou isquemia.

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5
Q

O que caracteriza a diarreia motora?

A

Alterações na motilidade do intestino delgado, como no hipertireoidismo.

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6
Q

Como se classifica a diarreia de acordo com a duração?

A

Aguda (<14 dias), Subaguda (15–30 dias), Crônica (>30 dias).

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7
Q

Quais são as características semiológicas da diarreia?

A

Fezes volumosas, amolecidas, líquidas ou semilíquidas; presença de gases; cólicas periumbilicais ou no hemiabdome direito.

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8
Q

O que sugere a presença de restos alimentares digeríveis ou gordura nas fezes?

A

Distúrbio nos processos de digestão e absorção

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9
Q

O que indica diarreia que cessa com jejum?

A

O que indica diarreia que cessa com jejum?

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10
Q

O que indica diarreia que persiste mesmo com jejum?

A

Diarreia exsudativa.

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11
Q

O que é esteatorreia?

A

Aumento do teor de gordura nas fezes

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12
Q

A esteatorreia está associada a que tipo de distúrbio?

A

Má absorção de lipídios ou de todos os macronutrientes

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13
Q

Quais são as características típicas das fezes na esteatorreia?

A

Fezes volumosas, brilhantes, com aspecto oleoso e presença de gordura visível nas fezes ou na água do vaso sanitário.

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14
Q

A esteatorreia pode estar associada a quais outros sintomas gastrointestinais?

A

Diarreia e cólicas abdominais, especialmente na região periumbilical.

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15
Q

Quais complicações podem surgir com a esteatorreia?

A

Perda de peso, astenia, fadiga e deficiência de vitaminas lipossolúveis

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16
Q

Quais sintomas podem indicar deficiência de vitamina A devido à esteatorreia?

A

Cegueira noturna.

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17
Q

Quais sintomas podem indicar deficiência de vitamina D?

A

Problemas ósseos, como osteomalácia ou osteoporose.

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18
Q

Quais sintomas podem indicar deficiência de vitamina K?

A

Distúrbios hemorrágicos

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19
Q

A dor abdominal é comum em qual tipo de doença?

A

É comum em doenças do intestino delgado.

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20
Q

Qual a localização mais comum da dor abdominal nas doenças do intestino delgado?

A

Região umbilical (dor imprecisa), podendo localizar-se no hipogástrio, mesogástrio ou quadrante inferior direito.

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21
Q

Qual doença pode causar dor localizada no quadrante inferior direito?

A

Doença de Crohn.

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22
Q

Para onde a dor abdominal pode irradiar em alguns casos?

A

Para o dorso ou base da coxa, dependendo da causa (como distensão intestinal ou peritonite).

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23
Q

Quais são as possíveis descrições da dor abdominal segundo sua natureza?

A

Distensão, torção, constrição, peso, queimação ou pontadas.

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24
Q

O que indicam sensações de queimação ou pontadas abdominais?

A

Inflamação do peritônio

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25
O que caracteriza uma cólica intestinal típica?
início abrupto, aumento progressivo da dor, seguido de alívio gradual ou desaparecimento.
26
Como o comportamento do paciente ajuda a distinguir a causa da dor abdominal?
→ Dor intestinal: paciente se movimenta. → Peritonite: paciente permanece imóvel.
27
O que pode piorar a dor em fossa ilíaca?
Extensão do membro inferior.
28
O que o vômito pode indicar quando associado à dor abdominal?
Obstrução intestinal, especialmente se o vômito for escuro ou fecalóide.
29
Quais outros sinais associados devem ser observados na dor abdominal?
Distensão abdominal, meteorismo (gases) e alterações na eliminação de fezes ou gases.
30
A distensão abdominal e a flatulência associadas à diarreia e esteatorreia sugerem o quê?
Má absorção global de nutrientes.
31
O que pode indicar dor abdominal intensa e contínua com exacerbações periódicas?
Obstrução mecânica do tubo digestivo.
32
O que sugere a diminuição ou parada da eliminação de fezes e gases?
Reforça a suspeita de obstrução intestinal.
33
O que são sintomas dispépticos?
Sensações desagradáveis atribuídas às porções proximais do tubo digestório (estômago e duodeno).
34
Quais são os principais sintomas dispépticos?
Eructações, desconforto ou dor epigástrica, saciedade precoce, plenitude pós-prandial, náuseas (com ou sem vômito).
35
Quais são os mecanismos fisiopatológicos da dispepsia?
Aumento de conteúdo líquido no intestino delgado, má absorção ou deficiência de propulsão, fermentação bacteriana de açúcares não absorvidos (excesso de gases).
36
O que é melena e onde geralmente se origina?
Fezes enegrecidas com sangue digerido; comum em sangramentos entre o ângulo de Treitz e a válvula ileocecal.
37
O que caracteriza a enterorragia?
Sangue de cor vivo nas fezes, geralmente em sangramentos distais ou de grande intensidade e rapidez.
38
A hematêmese é comum no intestino delgado?
Não; é rara e ocorre apenas se o sangramento for próximo ao ângulo de Treitz ou no duodeno.
39
Em quais condições do intestino delgado a febre é comum?
Doenças infecciosas, inflamatórias e neoplásicas, como Crohn, linfomas e tuberculose.
40
Quais manifestações podem acompanhar a febre nessas doenças?
Diarreia, dor abdominal, artralgia e adenomegalia.
41
Quais são as principais causas de perda de peso em doenças intestinais?
Ingestão alimentar inadequada, má absorção ou aumento do consumo metabólico.
42
Quais sintomas indicam carências nutricionais relacionadas à perda de peso?
Má absorção, diarreia, esteatorreia e dor abdominal.
43
Quais são as causas de anemia em doenças do intestino delgado?
Deficiência de ferro, B12, folatos ou perda sanguínea.
44
. Quais são os sintomas clínicos comuns da anemia?
Palidez, astenia, fraqueza muscular, palpitações e dispneia.
45
A anemia pode estar associada a quais doenças intestinais?
Doença de Crohn, linfomas e síndromes de má absorção.
46
O edema em doenças intestinais está geralmente relacionado a quê?
Hipoalbuminemia, causada por desnutrição proteica, alterações hepáticas ou perdas intestinais.
47
Com quais sintomas o edema pode estar associado?
Distensão abdominal, diarreia e hemorragia digestiva.
48
O que pode ocorrer em casos de edema intenso
Evoluir para anasarca, com derrame peritoneal (ascite) ou pleural.
49
Como se apresenta o abdome em desnutrição?
Escavado.
50
O que indica abdome globoso?
Ascite ou presença de neoplasias.
51
O que significam movimentos peristálticos visíveis?
Oclusão ou suboclusão intestinal
52
Onde se vê peristaltismo do intestino delgado?
Próximo à cicatriz umbilical.
53
Onde o peristaltismo do estômago é visível?
No epigástrio, em obstrução pilórica.
54
O que é melena e em que localização intestinal é mais comum?
Melena é a eliminação de fezes escurecidas por sangue digerido e é comum em sangramentos do intestino delgado, especialmente entre o ângulo de Treitz e a válvula ileocecal.
55
O que caracteriza a enterorragia e em que situações ela ocorre?
A enterorragia é a eliminação de sangue vivo, menos comum, e ocorre quando o sangramento é mais distal ou muito rápido.
56
Quando a hematêmese pode ocorrer em sangramentos intestinais?
A hematêmese é rara e ocorre quando o sangramento está próximo ao ângulo de Treitz ou no duodeno.
57
Em quais tipos de doenças do intestino delgado a febre é comum?
A febre é comum em doenças infecciosas, inflamatórias e neoplásicas, como doença de Crohn, linfomas e tuberculose.
58
Quais manifestações podem estar associadas à febre em doenças intestinais?
Diarreia, dor abdominal, artralgia e adenomegalia.
59
Quais são as três causas principais da perda de peso em doenças do intestino delgado?
Ingestão inadequada de alimentos, má absorção e aumento do consumo metabólico.
60
O que é sitiofobia e em que situação clínica ela pode ocorrer?
Sitiofobia é o medo de comer por dor pós-prandial, como na insuficiência arterial.
61
Quais sinais podem acompanhar carências nutricionais relacionadas à perda de peso?
Diarreia, esteatorreia e dor abdominal.
62
Quais causas podem levar à anemia em doenças intestinais?
Deficiência de ferro, vitamina B12, folatos ou perda sanguínea.
63
Quais são os sintomas clínicos associados à anemia?
Palidez, astenia, fraqueza muscular, palpitações e dispneia.
64
Com que tipo de doenças intestinais a anemia pode estar associada?
Doença de Crohn, linfomas e síndromes de má absorção.
65
A que condição o edema está geralmente relacionado em doenças intestinais?
Hipoalbuminemia, decorrente de desnutrição proteica, alterações hepáticas ou perdas intestinais.
66
Quais sintomas podem estar associados ao edema em doenças intestinais?
Distensão abdominal, diarreia e sinais de hemorragia digestiva.
67
O que é anasarca e em que situação o edema pode evoluir para ela?
Anasarca é edema generalizado, podendo ocorrer com hipoalbuminemia intensa, acompanhada de derrame peritoneal ou pleural.
68
O que caracteriza a linfangiectasia intestinal?
Linfedema com edema duro e endurecimento da pele.
69
Quais nutrientes podem estar deficientes nas manifestações carenciais?
Hidratos de carbono, lipídios, proteínas e vitaminas.
70
A deficiência de quais vitaminas pode indicar doença intestinal prolongada?
Vitaminas D e B12.
71
O que a má absorção de cálcio pode causar a curto e longo prazo?
Hipocalcemia com sintomas neuromusculares e, a longo prazo, osteoporose.
72
Quais são os mecanismos envolvidos na insuficiência endócrina em doenças intestinais?
Estão relacionados à desnutrição proteica, anemia crônica e carência de vitaminas e oligoelementos.
73
Quais são as manifestações clínicas do hipogonadismo?
Perda das características sexuais secundárias, amenorreia em mulheres e atrofia testicular em homens.
74
Quais são as manifestações clínicas do hipotireoidismo?
Letargia, sonolência, intolerância ao frio, alterações da pele e mixedema.
75
O que a estatura e peso corporal podem indicar no exame físico?
Comprovam deficiência no desenvolvimento somático, geralmente desde a infância ou adolescência.
76
Quais alterações visíveis podem ser observadas na pele em pacientes com desnutrição?
Pele fina, seca, áspera e descamativa.
77
Quais são as alterações comuns nos pelos e cabelos em pacientes desnutridos?
Pelos escassos, finos, quebradiços e facilmente destacáveis; cabelos com descoloração e queda localizada.
78
Que alterações nas unhas podem ser encontradas em casos de desnutrição ou anemia?
Unhas quebradiças, esbranquiçadas, com alterações de curvatura (hipocratismo digital) ou em colher (coiloníquia).
79
O que é caquexia e em quais doenças pode ser observada?
Redução extrema da massa muscular, comum na doença celíaca e na doença de Crohn.
80
Em quais situações o trofismo muscular pode estar conservado?
Quando há preservação da tonicidade muscular.
81
Quais são as causas de contraturas musculares nesses pacientes?
Hipocalcemia grave ou distúrbios eletrolíticos.
82
Onde o edema pode ser detectado inicialmente em fases leves?
Na região sacral.
83
Quais lesões dermatológicas indicam deficiência de vitamina K?
Petéquias e equimoses.
84
Qual manifestação cutânea sugere deficiência de vitamina A?
Hiperqueratose folicular.
85
Que lesão dermatológica está associada à deficiência de ácidos graxos essenciais?
Eczemas.
86
Quais lesões dermatológicas podem estar presentes na doença de Crohn?
Eritema nodoso, pioderma gangrenoso e acrodermatite enteropática.
87
O que o baqueteamento digital pode indicar?
Doenças imunoproliferativas.
88
O que a hipercromia palmar pode sugerir?
Espru tropical.
89
Qual alteração cutânea é característica da doença celíaca?
Escurecimento da pele.
90
O que queilose e glossite indicam?
Deficiência de ferro, ácido fólico ou vitaminas do complexo B.
91
Qual síndrome se manifesta com pigmentação escurecida nos lábios?
Síndrome de Peutz-Jeghers.
92
Em quais doenças a adenomegalia pode ser um sinal importante?
Linfomas, doença de Whipple, paracoccidioidomicose e doença de Crohn.
93
Quais características podem apresentar os linfonodos aumentados?
Indolor, endurecido, fixado e com variação de tamanho, dependendo da doença.
94
Quais doenças inflamatórias e infecciosas podem cursar com linfadenopatia?
Tuberculose, linfomas e doença de Whipple.
95
Qual manifestação articular é comum na doença de Crohn?
Artralgia e artrite, podendo ser migratória e afetar grandes articulações.
96
Que manifestação ocular pode ocorrer como complicação da doença de Crohn?
Uveíte, com hiperemia ocular.
97
Quais manifestações neurológicas podem surgir por deficiência de B12 ou ácido fólico?
Neuropatia periférica com diminuição da sensibilidade e dos reflexos osteotendinosos.
98
Quais alterações neurológicas podem ocorrer na desnutrição grave?
Alterações na consciência, funções intelectuais e tremores.
99
Quais vitaminas, quando deficientes, causam neuropatia periférica?
Vitaminas do complexo B.
100
Em qual condição pode ser observado retardo do desenvolvimento mental?
Abetalipoproteinemia.
101
Quais manifestações podem ocorrer em lesões medulares relacionadas à desnutrição?
Alterações sensoriais graves, perda de reflexos profundos e distúrbios da marcha.
102
O que pode indicar um abdome escavado na inspeção?
Desnutrição.
103
O que pode indicar um abdome globoso na inspeção?
Acúmulo de líquidos (ascite) ou gases, ou presença de neoplasias.
104
O que indicam os movimentos peristálticos visíveis?
Oclusão ou suboclusão intestinal, especialmente se acompanhados de dor abdominal.
105
Onde os movimentos peristálticos visíveis do intestino delgado são observados?
Próximos à cicatriz umbilical.
106
Onde os movimentos peristálticos visíveis do estômago são observados e o que indicam?
No epigástrio, indicando obstrução pilórica.
107
O que indicam movimentos peristálticos localizados no cólon?
Peristaltismo do cólon, possivelmente associado a obstruções.
108
O que a palpação abdominal pode revelar em casos de desnutrição?
Hipotrofia muscular.
109
que indica tensão abdominal à palpação?
Distensão hidroaérea ou presença de ascite.
110
O que pode indicar a presença de massas abdominais?
Linfomas, cânceres e doenças inflamatórias como doença de Crohn e paracoccidioidomicose.
111
Qual a importância do diagnóstico diferencial entre ascite e distensão gasosa?
Distinguir causas de aumento abdominal e guiar a conduta clínica adequada.
112
A hepatomegalia é comum em qual síndrome?
Síndrome carcinoide.
113
A esplenomegalia pode estar associada a qual condição?
Linfoma.
114
O que borborigmos aumentados indicam?
Movimento anormal do conteúdo intestinal, como em oclusão intestinal.
115
O que sugerem alterações nos ruídos hidroaéreos?
Alterações no funcionamento intestinal, como distúrbios de motilidade.
116
O que significa a abolição dos ruídos hidroaéreos na ausculta?
Cessação da motilidade gastrointestinal, indicando inflamação peritoneal ou isquemia.
117
Quais são as principais causas de obstrução intestinal em crianças?
Anomalias congênitas, íleo meconial, intussuscepção, divertículo de Meckel, "bolo" de Ascaris e corpos estranhos.
118
Quais fatores anatômicos e mecânicos favorecem a obstrução intestinal?
Mobilidade do jejuno e íleo (favorecendo herniação e torção) e aderências cirúrgicas (retrações e angulações fixas).
119
Como o conteúdo intestinal pode contribuir para obstrução?
Conteúdos sólidos ou semissólidos podem impedir a progressão do trânsito intestinal.
120
Quais doenças inflamatórias podem causar obstrução intestinal?
Tuberculose, blastomicose e doença de Crohn.
121
Quais neoplasias podem causar obstrução intestinal?
Tumores que invadem ou comprimem o intestino.
122
O que é intussuscepção intestinal?
Invaginação de uma alça intestinal na alça seguinte.
123
Qual a faixa etária mais comum da intussuscepção em crianças?
Entre 3 meses e 2 anos.
124
O que pode causar intussuscepção em adultos?
Tumores polipoides.
125
O que é a pseudo-obstrução intestinal?
Síndrome com sintomas de obstrução intestinal, mas sem obstrução mecânica visível.
126
Quais são as principais causas da pseudo-obstrução intestinal aguda?
Íleo adinâmico ou paralítico após cirurgias, pancreatite aguda, peritonite, colecistite aguda, septicemia e hipopotassemia.
127
Quais são as causas primárias de pseudo-obstrução intestinal crônica?
Miopatia visceral e neuropatias autonômicas.
128
Cite causas endócrinas de pseudo-obstrução intestinal crônica secundária.
Diabetes e mixedema.
129
Quais colagenoses podem causar pseudo-obstrução intestinal?
Esclerose sistêmica progressiva e dermatomiosite.
130
Quais doenças neurológicas estão associadas à pseudo-obstrução intestinal?
Distrofia miotônica e parkinsonismo.
131
Outras doenças que podem causar pseudo-obstrução intestinal crônica incluem:
Amiloidose e porfiria intermitente aguda.
132
Qual doença infecciosa digestiva pode causar pseudo-obstrução, principalmente do cólon?
Doença de Chagas digestiva.
133
O que caracteriza a síndrome de má absorção?
Conjunto de condições que comprometem a digestão e absorção de nutrientes no intestino delgado.
134
Quais são os três modelos principais de má absorção?
Doença celíaca, sobrecrescimento bacteriano do intestino delgado (SBID) e linfangiectasias intestinais.
135
Qual é a principal causa de má absorção isolada de um único nutriente?
Deficiência primária de lactase do adulto.
136
Além da deficiência de lactase, qual outra intolerância deve ser considerada isoladamente?
Intolerância à frutose.
137
Doença Celíaca 66. Pergunta: O que é a doença celíaca?
Afecção difusa e crônica da mucosa do intestino delgado proximal, que causa má absorção global dos nutrientes.
138
Qual é o principal gatilho da resposta inflamatória na doença celíaca?
O glúten, especialmente do trigo.
139
Quais fatores contribuem para o desenvolvimento da doença celíaca?
Fatores genéticos predisponentes e resposta inflamatória ao glúten.
140
Quais são as principais alterações histopatológicas da doença celíaca?
Atrofia difusa das vilosidades, hiperplasia das criptas e infiltrado inflamatório mononuclear na lâmina própria.
141
Como pode variar a manifestação clínica da doença celíaca?
Pode surgir na infância, melhorar na adolescência e retornar na vida adulta, com casos tardios na 5ª ou 6ª década.
142
Quais exames confirmam o diagnóstico da doença celíaca?
Sorologia com anticorpo antitransglutaminase tecidual, alterações histológicas e melhora clínica com retirada do glúten.
143
2. Sobrecrescimento Bacteriano do Intestino Delgado (SBID) 72. Pergunta: O que é o SBID?
Proliferação excessiva de bactérias no intestino delgado.
144
Quais são as principais causas de SBID?
Estagnação do conteúdo intestinal e hipocloridria após cirurgia bariátrica.
145
Quais são os mecanismos fisiopatológicos do SBID?
Desconjugação de sais biliares → prejuízo na absorção de gorduras (esteatorreia) Consumo de nutrientes pelas bactérias → deficiências nutricionais Alterações inflamatórias na mucosa jejunal
146
Quais são as consequências clínicas do SBID?
Deficiência global da absorção intestinal.
147
3. Linfangiectasias Intestinais 76. Pergunta: O que são linfangiectasias intestinais?
Dilatações dos vasos linfáticos intestinais causadas por estagnação da linfa.
148
Quais são as causas congênitas e adquiridas de linfangiectasias intestinais?
Congênitas Adquiridas: linfomas, tuberculose, paracoccidioidomicose, doenças fibrosantes do mediastino e ICC crônica.
149
4. Deficiência Primária de Lactase do Adulto 78. Pergunta: O que caracteriza a deficiência primária de lactase?
Má absorção isolada da lactose, causando intolerância à lactose.
150
Como diferenciar as formas de deficiência de lactase?
Congênita: rara, em crianças. Secundária: por doenças intestinais, como infecções.
151
Quais são os sintomas da intolerância à lactose?
Sintomas gastrointestinais após ingestão de leite, como dor abdominal e diarreia.
152
Qual a confusão comum relacionada à intolerância à lactose?
Confusão com alergia à proteína do leite de vaca.
153
Quais grupos populacionais apresentam alta prevalência de deficiência de lactase?
Quase 100%: negros, asiáticos, certos índios americanos 50–70%: árabes, mediterrâneos e populações mistas
154
5. Intolerância à Frutose 83. Pergunta: O que é intolerância à frutose?
Capacidade reduzida de absorver frutose livre no intestino delgado.
155
Quais os sintomas da intolerância à frutose?
Diarreia, dor e distensão abdominal após ingestão excessiva de frutose.
156
Qual a proporção aproximada de neoplasias benignas no intestino delgado?
Mais da metade das neoplasias do intestino delgado são benignas.
157
Quais são os principais tipos de neoplasias benignas do intestino delgado?
Adenomas, papilomas, fibromas, lipomas, miomas e angiomas.
158
Quais são os principais tipos de neoplasias malignas do intestino delgado?
Carcinomas, linfomas, leiomiossarcomas e tumores carcinoides.
159
As neoplasias benignas representam quantos por cento das lesões neoplásicas do trato gastrointestinal?
Menos de 1%.
160
Qual o segmento mais acometido por neoplasias benignas no intestino delgado?
Íleo.
161
s neoplasias benignas do intestino delgado são geralmente sintomáticas ou assintomáticas?
Assintomáticas.
162
Quais complicações podem ser causadas por neoplasias benignas do intestino delgado?
Intussuscepção, oclusão intestinal e torções.
163
Quais são os três tipos de linfomas que podem acometer o intestino delgado?
Linfoma primário focal, linfoma primário difuso e linfoma secundário.
164
Quais substâncias são produzidas pelos tumores carcinoides?
Serotonina e peptídeos vasoativos.
165
O que caracteriza a síndrome carcinoide?
Palpitações, rubor facial, tosse, dispneia, diarreia e flatulência.
166
Exame Clínico: Pâncreas 95. Pergunta: Por que o exame físico do pâncreas é difícil?
Porque o pâncreas é de difícil palpação, tornando a anamnese essencial para o diagnóstico.
167
Qual sexo é mais acometido pela pancreatite aguda e pela pancreatite crônica?
Pancreatite aguda é mais comum em mulheres; pancreatite crônica, em homens.
168
Em quais situações a presença de doenças pancreáticas em crianças e adolescentes deve levantar suspeita de doenças genéticas?
Mucoviscidose, síndrome de Shwachman e pancreatite hereditária.
169
Qual hábito é fortemente associado à pancreatite crônica?
Uso de bebidas alcoólicas.
170
Sinais e Sintomas 99. Pergunta: Como é a dor na pancreatite aguda?
Intensa, contínua, epigástrica e em hipocôndrio esquerdo, com irradiação dorsal.
171
Qual a característica da dor na pancreatite crônica?
Intermitente ou ausente; mal-estar epigástrico em 50% dos casos.
172
Qual a frequência da dor no câncer de pâncreas?
Presente em cerca de 80% dos casos, geralmente pouco intensa no início.
173
O que caracteriza a dor em “cinturão”?
Dor em faixa, observada em alguns casos de pancreatite.
174
Qual a frequência de náuseas e vômitos nas doenças pancreáticas?
Cerca de 75% dos casos de inflamação pancreática.
175
O que pode causar o emagrecimento na pancreatite aguda e crônica?
Jejum e catabolismo inflamatório na aguda; insuficiência exócrina e endócrina na crônica.
176
Quando a icterícia aparece nas doenças pancreáticas?
Em colestase extra-hepática por obstrução do colédoco ou edema pancreático.
177
Quais sintomas acompanham icterícia por obstrução do colédoco por cisto ou neoplasia pancreática?
Prurido, colúria e acolia fecal.
178
O que é esteatorreia e quando ocorre?
Fezes pastosas, volumosas, pálidas e malcheirosas; ocorre quando >70% do pâncreas está destruído.
179
O que é creatorreia e sua causa?
Perda de proteínas nas fezes devido à deficiência de tripsina e quimotripsina.
180
Quais complicações clínicas podem surgir pela má absorção em doenças pancreáticas?
Osteoporose, lesões dermatológicas, neuropatias, discrasias sanguíneas, edema.
181
Como o diabetes pode se manifestar na pancreatite crônica?
Intolerância à glicose (30%) ou DM2 instável, após 12 anos de evolução.
182
Quando ocorrem hemorragias nas doenças pancreáticas?
Na pancreatite aguda ou agudização da crônica, por ruptura vascular.
183
Como uma hemorragia pancreática pode se exteriorizar?
Por hemorragia digestiva, se houver comunicação com o canal pancreático ou fístula.
184
Antecedentes Pessoais 113. Pergunta: Qual é a principal causa de pancreatite aguda?
Litíase biliar (46,5% dos casos).
185
Que tipo de traumatismo pode desencadear pancreatite?
Abertos (armas) ou fechados (acidentes automobilísticos).
186
Qual afecção respiratória crônica sugere mucoviscidose em associação com pancreatite crônica infantil?
Bronquiectasias ou pneumonias de repetição.
187
Qual distúrbio endócrino pode causar pancreatite?
Hiperparatireoidismo (1% dos casos).
188
Úlcera péptica pode causar qual complicação pancreática?
Pancreatite aguda, especialmente se for penetrante.
189
Como a desnutrição proteica afeta o pâncreas?
Leva à atrofia pancreática, como ocorre no kwashiorkor.
190
Cite medicamentos associados à pancreatite aguda.
Diuréticos, azatioprina, sulfassalazina, ácido valproico.
191
Antecedentes Familiares 120. Pergunta: Quais doenças genéticas devem ser investigadas em crianças e adultos jovens com pancreatite?
Mucoviscidose, síndrome de Shwachman e pancreatite crônica.
192
O que caracteriza a pancreatite crônica calcificante familiar?
Associada à baixa concentração de proteína do cálculo no suco pancreático.
193
EXAME FÍSICO Quando as neoplasias e cistos pancreáticos podem ser palpados no abdome?
Quando atingem determinado tamanho, podem ser palpados na parte superior do abdômen, à direita ou à esquerda da linha mediana, dependendo da porção afetada.
194
Por que deve-se evitar manobras bruscas ao palpar o abdome em pacientes com pancreatite?
Porque o pâncreas pode estar friável durante processos inflamatórios, e manobras bruscas podem exacerbar a dor ou causar traumatismos.
195
que indica o sinal de Cullen?
Manchas azuladas na região periumbilical, indicativas de formas graves de pancreatite aguda, especialmente a necro-hemorrágica.
196
que indica o sinal de Grey-Turner?
Manchas azuladas nos flancos, associadas à pancreatite grave com necrose.
197
Quais são as manifestações físicas nas fases iniciais das doenças crônicas do pâncreas?
Pode não haver alterações detectáveis ao exame físico, exceto pela dor.
198
Quais alterações físicas podem ser observadas em fases avançadas de doenças crônicas do pâncreas?
Emagrecimento, pele com características de pelagra, cabelos secos e quebradiços, glossite, queilite, edema de membros inferiores e anasarca.
199
O que pode indicar hepatomegalia em pacientes com pancreatite crônica?
Pode indicar hepatopatia alcoólica ou metástases hepáticas de neoplasia pancreática.
200
Quais são as causas de esplenomegalia em pacientes com pancreatite crônica?
Trombose da veia esplênica ou da veia porta (com hipertensão portal) e associação com doença hepática crônica.
201
Quais são as características da ascite pancreática?
Alta concentração de amilase no líquido; pode ser serossanguinolenta (ruptura de cisto necro-hemorrágico) ou clara/citrina (cisto de retenção).
202
Qual a característica do derrame pleural associado à pancreatite aguda?
Derrame geralmente do lado esquerdo, com alto teor de amilase no líquido.
203
O que sugere o sinal de Courvoisier?
Vesícula biliar palpável em paciente ictérico, sugerindo obstrução prolongada do colédoco terminal, frequentemente por neoplasia da cabeça do pâncreas.
204
Quais são as principais afecções do pâncreas?
Pancreatite aguda, pancreatite crônica, neoplasias e mucoviscidose.
205
O que pode causar insuficiência pancreática?
Qualquer uma das principais doenças do pâncreas, especialmente as crônicas.
206
Como se instala a insuficiência pancreática?
De forma gradual, podendo evoluir de maneira frusta até a insuficiência total das funções exócrina e endócrina.
207
Qual é a característica da dor na pancreatite crônica?
Dor epigástrica irradiada para hipocôndrio, região lateral do tórax, interescapular e lombar; de intensidade moderada a intensa, agravada por alimentos ou álcool, com duração de 12 a 48 horas.
208
Qual posição o paciente pode adotar para aliviar a dor da pancreatite crônica?
Posição antálgica característica: anteflexão das coxas sobre o tronco.
209
Quais são os fatores associados à perda de peso na insuficiência pancreática?
Crises dolorosas, diarreia disabsortiva e, em casos avançados, diabetes secundário.
210
Qual a causa de icterícia em pacientes com doenças do pâncreas?
Compressão do colédoco por pseudocistos, mais comum em neoplasias da cabeça do pâncreas.
211
Quais nutrientes são mal absorvidos na insuficiência pancreática?
Proteínas, lipídios, vitaminas lipossolúveis e oligoelementos.
212
Como são as fezes em pacientes com insuficiência pancreática?
Volumosas, brilhantes, amarelo-pálidas e com odor rançoso.
213
Qual exame identifica gordura não digerida nas fezes?
Exame com corante Sudan III.
214
O que indica uma gordura fecal acima de 7g/dia pelo método de Van de Kamer?
Insuficiência pancreática exócrina.
215
Qual o valor da quimotripsina fecal que sugere insuficiência pancreática exócrina?
Abaixo de 5,6 U/g.
216
O que mede o teste do PABA e qual sua limitação?
Mede a atividade da quimotripsina; tem baixa sensibilidade nas fases iniciais.
217
Como é feito o método direto com dosagem de enzimas no suco duodenal?
Coleta após estimulação com secretina e CCK-PZ; analisa lipase, amilase, quimotripsina e tripsina.
218
O que é o Teste de Lundh?
Estímulo com refeição líquida padronizada (500 ml) e análise de enzimas pancreáticas por 2 horas no suco duodenal.
219
Qual a principal causa de pancreatite aguda?
Colelitíase.
220
Como é a dor na pancreatite aguda?
Dor epigástrica, irradiada para o dorso ou região posterior, contínua, intensa, com duração de horas a dias.
221
Quais sintomas gastrointestinais acompanham a pancreatite aguda?
Náuseas e vômitos (inicialmente alimentares, depois aquosos), e distensão abdominal por íleo paralítico.
222
Quais são os sinais sistêmicos no exame físico da pancreatite aguda?
Fácies de sofrimento, hipotensão, taquicardia, sudorese e palidez.
223
Como costuma estar o abdome em pancreatite aguda sem complicações?
Como costuma estar o abdome em pancreatite aguda sem complicações?
224
Quais sinais cutâneos podem estar presentes na pancreatite aguda grave?
Sinal de Cullen (mancha azulada periumbilical) e Sinal de Grey-Turner (mancha azulada nos flancos).
225
Quais complicações podem surgir após a primeira semana de pancreatite aguda?
Cistos e necrose infectada, que podem formar massas palpáveis.
226
O que caracteriza a pancreatite crônica?
Processo inflamatório crônico que leva à insuficiência endócrina do pâncreas, mesmo após remoção do agente causador.
227
Qual é a principal causa da pancreatite crônica?
Consumo crônico de etanol (álcool).
228
O que caracteriza a forma calcificante da pancreatite crônica?
Calcificação da glândula no estágio final e diminuição da proteína do cálculo no suco pancreático.
229
O que caracteriza a forma obstrutiva da pancreatite crônica?
Obstrução dos canais pancreáticos por neoplasia, estenose ou trauma; sem calcificações e com proteína do cálculo quase normal.
230
Quais são os sintomas da fase inicial da pancreatite crônica?
Dor (em 90% dos casos), emagrecimento e icterícia.
231
Qual é a principal característica da dor na pancreatite crônica?
Dor de intensidade variável, geralmente pós-prandial.
232
Por que ocorre emagrecimento na pancreatite crônica?
Devido à dor, esteatorreia e/ou desenvolvimento de diabetes.
233
O que causa icterícia na pancreatite crônica?
Edema ou pseudocisto na cabeça do pâncreas.
234
Quais manifestações ocorrem na fase tardia da pancreatite crônica?
Insuficiência pancreática exócrina (má absorção) e endócrina (diabetes), podendo levar à desnutrição grave.
235
Qual é a principal base do diagnóstico clínico da pancreatite crônica?
Anamnese, exame físico e história de etilismo (95% dos casos).
236
Quais exames laboratoriais podem estar alterados na pancreatite crônica?
Amilase e lipase elevadas.
237
O que a radiografia simples de abdome pode revelar na pancreatite crônica?
Presença de calcificações pancreáticas.
238
O que a wirsungografia endoscópica evidencia na pancreatite crônica?
Dilatação, tortuosidade dos ductos pancreáticos, cálculos ou rolhas proteicas.
239
O que a ultrassonografia pode mostrar nos estágios avançados da pancreatite crônica?
Aumento da glândula, contornos irregulares, parênquima hiperecogênico, calcificações e pseudocistos.
240
Quando a TC ou RM são indicadas na pancreatite crônica?
Quando os outros métodos não esclarecem o diagnóstico.
241
Quais são os principais tipos de neoplasias benignas do pâncreas?
Adenomas, que podem causar compressão, mas sem grandes repercussões clínicas.
242
Quais são os principais tipos de neoplasias malignas endócrinas do pâncreas?
Insulinoma, gastrinoma, vipoma e glucagonoma.
243
Qual é a principal neoplasia maligna não endócrina primária do pâncreas?
Adenocarcinoma de células ductais (75% dos casos).
244
O que são neoplasias malignas secundárias do pâncreas?
Metástases de outros tumores para o pâncreas.
245
Como é a dor abdominal nas neoplasias pancreáticas?
Pode simular pancreatite aguda ou cólica biliar; relacionada à invasão neural ou compressão de órgãos.
246
Como é a icterícia nas neoplasias pancreáticas?
Progressiva, com colestase, prurido intenso e elevação da bilirrubina.
247
O que é o sinal de Courvoisier-Terrier?
Vesícula biliar palpável devido à compressão do colédoco por tumor na cabeça do pâncreas.
248
Quais são outros sintomas comuns nas neoplasias pancreáticas?
Perda de peso, astenia, dispepsia, tromboflebite, tromboembolismo e esteatorreia.
249