IRA - Caso 8 Flashcards

1
Q

Rim

Principais funções (3)

A
  • Excreção de toxinas do metabolismo
  • Regulação do equilíbrio hidroeletrolítico
  • Função endócrina
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Q

Azotemia

Definição

A

Aumento das escórias nitrogenadas

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3
Q

Uremia

Definição

A

Sinais e sintomas que resultam da injúria renal grave

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4
Q

Taxa de filtração glomerular (TFG)

Valor normal (em média)

A

120ml/min

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5
Q

TFG

Valor na síndrome urêmica

A

< 15-30ml/min

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6
Q

Função renal

Principais métodos (5)

A
  • Ureia sérica
  • Creatinina sérica
  • Clearence de creatinina
  • Clearence de radiotraçadores
  • Clearence de inulina
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7
Q

Ureia

Valor normal

A

20-40

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8
Q

Ureia

Níveis se elevam quando os valores da TFG estão…

A

< 50ml/min

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9
Q

Quantificação da ureia

Limitação

A

Condições que aumentam a reabsorção tubular também aumentam a ureia

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10
Q

Ureia

Causas de aumento (6)

A
  • Insufiência renal
  • Hipovolemia
  • Sangramento digestivo
  • Estados hipercatabólicos
  • Corticosteroide/tetraciclinas
  • Dieta hiperproteica
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11
Q

Medida da creatinina

Vantagens (2)

A
  • Produção diária constante
  • Não é reabsorvida pelo túbulo
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12
Q

Creatinina

Níveis normais (homem e mulher)

A
  • Homens: < 1,5
  • Mulheres: < 1,3
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13
Q

Creatinina

Desvantagem na avaliação da função renal

A

Para seus níveis se elevarem, deve haver uma queda acentuada da TFG

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14
Q

Clearence de creatinina

Definição

A

Volume de plasma que fica “livre” da substância a ser eliminada a cada minuto

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15
Q

Clearence de creatinina

Valor normal

A

91-130ml/min

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16
Q

Clearence de creatinina: V ou F

É o exame mais utilizado para diagnosticar a IR em estágio tardio.

A

Falso!

É o mais utilizado em estágio INICIAL. Em estágio tardio, superestima a TFG

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17
Q

TFG

Padrão-ouro para mensuração

A

Clearence de inulina

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18
Q

IRA

Definição

A

Queda na TFG

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19
Q

IRA

Definição (KDIGO)

A
  • Aumento da creatinina sérica > ou + 0,3mg/dL dentro de 48h

OU

  • Aumento da creatinina sérica >= 1,5x o valor de base nos últimos 7 dias

OU

  • Débito urinário < 0,5 ml/kg/h por mais de 6h
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20
Q

Estadiamento IRA

Estágio 1 (KDIGO)

A
  • Aumento da creatinina sérica >= 0,3mg/dL

OU

  • Aumento da creatinina 1,5-1,9x o valor base

OU

  • Débito urinário < 0,5ml/kg/h por 6-12h
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21
Q

Estadiamento IRA

Estágio 2 (KDIGO)

A
  • Aumento da creatinina 2,0-2,9x o valor de base

OU

  • débito urinário < 0,5 ml/kg/h por >= 12h
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22
Q

Estadiamento IRA

Estágio 3

A
  • Aumento da creatinina para um valor >= 4

OU

  • Aumento da creatinina 3x o valor base

OU

  • Débito urinário < 0,3 ml/kg/h por >24h

OU

  • Anúria >= 12h

OU

  • Início da terapia de substituição renal

OU

  • queda na TFG estimada para < 35ml/min/1,73 m2 (< de 18 anos)
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23
Q

IRA

Subtipos (débito urinário)

A
  • IRA oligúrica: débito < 400-500 24h
  • IRA não oligúrica: diurese > 400-500
  • IRA anúrica: débitos inferiores a 50-100
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24
Q

IRA

Mecanismos (3)

A
  • Azotemia pré-renal
  • Azotemia renal
  • Azotemia pós-renal
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25
Q

IRA

Mecanismo mais comum

A

Pré-renal

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26
Q

Azotemia pré-renal: V ou F

Apresenta como característica clínica ser reversível após fluxo renal restaurado.

A

Verdadeiro.

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27
Q

Azotemia pré-renal

Principais causas (4)

A
  • Hipovolemia;
  • Estados de choque;
  • IC;
  • Cirrose hepática com ascite.
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28
Q

Fisiologia

Fluxo sanguíneo renal é preservado até uma PA sistólica de…

A

80 mmHg

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29
Q

Azotemia pré-renal

Fisiopatologia (4)

A
  • Redução da PAM (< 80)
  • arteríolas aferentes em máxima vasodilatação
  • perda da autorregulação do fluxo renal
  • azotemia instalada
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30
Q

IRA

Medicamentos que prejudicam a autorregulação do fluxo renal e da TFG (3)

A
  • AINE
  • IECA
  • BRA
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31
Q

IRA

Causas de IRA (6)

A
  • Redução do volume circulante efetivo
  • Estados de choque
  • IC descompensada
  • Cirrose hepática com ascite
  • Nefropatia isquêmica
  • Medicamentos
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32
Q

IRA pré-renal

Causa mais comum

A

Redução do volume circulante efetivo

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33
Q

IC descompensada

Mecanismo de IRA

A
  • Baixo débito cardíaco leva a redução importante do fluxo renal
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34
Q

IRA pré-renal

Conduta na maioria dos casos

A

Correção da volemia

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35
Q

IRA pré-renal*

Forma que não responde à normalização da volemia

A

Síndrome hepatorrenal (SHR)

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36
Q

SHR

Mecanismo (2)

A
  • Ausência de alteração estrutural
  • intensa vasoconstrição nas artérias e arteríolas pré-glomerulares
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37
Q

SHR

Mecanismo inicial

A

Vasodilatação esplâncnica

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38
Q

SHR

Mecanismos compensatórios (3)

A
  • aumento no débito cardíaco
  • vasoconstrição periférica
  • retenção renal de sódio e água
39
Q

SHR

Tratamento

A

Normalizar a função hepática

40
Q

SHR

Critérios diagnóticos

A
41
Q

Azotemia renal intrínseca

Principais causas que cursam oligúria (3)

A
  • Necrose tubular aguda (NTA) isquêmica
  • Rabdomiólise
  • Glomerulonefrites
42
Q

Azotemia renal

Causa que cursa com anúria

A
  • necrose cortical aguda
43
Q

Azotemia renal

Causa que cursa com poliúria

A

NTA por amiglosídeo

44
Q

IRA intrínseca

Tipo mais comum

A

NTA

45
Q

NTA

Perfil do paciente

A

Paciente de UTI

  • Sepse
  • choque
  • politrauma
  • grande queimado
    .
    .
    .
46
Q

Rim

O sistema ____ (tubular/glomerular) é mais sensível do que o ___ (tubular/glomerular) à lesão isquêmica ou hipóxia.

A
  • Tubular;
  • Glomerular.
47
Q

Sepse

Mecanismo para haver NTA

A
  • Vasoconstrição renal + vasodilatação sistêmica
48
Q

NTA isquêmica

Fisiopatologia

A
  • isquemia renal
  • azotemia pré-renal
  • não correção da azotemia
  • evolução para NTA isquêmica
  • azotemia e oligúria não responsivas ao volume
49
Q

NTA isquêmica

Por que há queda na TFG? (3)

A
  • Feedback tubuloglomerular: vasoconstrição
  • obstrução do sistema tubular por plugs epiteliais
  • vazamento de escórias nitrogenadas
50
Q

Rabdomiólise

Definição

A
  • Lesão muscular extensa que liberada na circulação enzimas musculares, eletrólitos, ácidos e pigmentos.
51
Q

Rabdomiólise

Causas (5)

A
  • Trauma
  • isquemia muscular
  • exercício fisico extenuante
  • intoxicações
  • imobilização prolongada
52
Q

IRA intrínseca por rabdomiólise

Fisiopatologia

A
  • Mioglobina liberada
  • filtrada pelo glomérulo
  • lesão do túbulo
53
Q

NTA

Medicamento mais associado

A

Aminoglicosídeo

54
Q

NTA por aminoglicosídeo

Características (3)

A
  • não oligúrica
  • hipocalemia
  • hipomagnesemia
55
Q

Nefrotoxicidade

Cite 3 exemplos de medicamentos (3)

A
  • Contraste iodado
  • Ciclosporina
  • Anfotericina B
56
Q

Síndrome da lise tumoral

Mecanismo na NTA

A

Aumento dos níveis de ácido úrico levam à maior filtração e lesão do lúmen tubular

57
Q

Leptospirose na NTA

Clínica do paciente

A
  • Febre
  • IRA aguda
  • Potássio sérico baixo
58
Q

IRA intrínseca

IRA oligúrica pode ser prevenida através de…

A

Reposição hídrica generosa (componente pré-renal na gênese da IRA em algumas formas)

59
Q

IRA por leptospirose

Por que há hipocalemia? (5)

A
  • disfunção das células tubulares
  • prejuízo da reabsorção tubular de sódio
  • mais sódio chega ao túbulo coletor
  • mais sódio reabsorvido
  • maior excreção de potássio na urina
60
Q

IRA na leptospirose

Tratamento (2)

A
  • Hidratação venosa
  • Antibioticoterapia
61
Q

Nefrite intersticial aguda(NIA)

Quadro clínico (6)

A
  • Febre
  • Rash cutâneo eritematoso
  • eosinofilúria
  • hematúria
  • proteinúria
  • cilindros piocitários
62
Q

GNDA (síndrome nefrítica

Quando suspeitar? (5)

A
  • oligúria
  • hipertensão
  • proteinúria
  • hematúria dismórfica
  • cilindros hemáticos
63
Q

Necrose cortical aguda(NCA)

Patogênese

A

CIVD determinando uma lesão endotelial extensa nos vasos do parênquima renal

64
Q

NCA

Quando suspeitar?

A
  • paciente complicação obstétrica ou sepse grave evolui p/ anúria
65
Q

Azotemia pós-renal

Se desenvolve quando as obstruções cursarem com repercussão renal _____ (unilateral/bilateral)

A

Bilateral

66
Q

Azotemia pós-renal

Causa mais comum

A

Hiperplasia prostática benigna

67
Q

HPB

Fisiopatologia na IRA

A
  • Tecido prostática cresce e obstrui uretra prostática
68
Q

HPB

Quadro clínico (3)

A
  • oligoanúria
  • desconforto hipogástrico
  • bexigoma
69
Q

IRA pós renal - HPB: V ou F

A presença de diurese descarta a hipótese de obstrução.

A

Falso!

O fluxo de urina pode estar ocorrendo por transbordamento de uma bexiga repleta

70
Q

IRA na HPB

Tratamento (2)

A
  • Passagem de cateter de Foley
  • Retenção vesical > 900: pode haver necessidade de cirurgia
71
Q

IRA pós-renal

Quando suspeitar (perfil do paciente)?

A
  • idoso
  • história de prostático
  • ficou anúrico subitamente
72
Q

Obstrução urinária

Risco importante

A
  • Infeção: pielonefrite
73
Q

Síndrome urêmica

Composta por distúrbios básicos (3)

A
  • acúmulo de toxinas nitrogenadas dialisáveis
  • hipervolemia
  • desequilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico
74
Q

Síndrome urêmica

Valores de creatinina e ureia (2)

A
  • creatinina > 4,0
  • ureia > 120
75
Q

Síndrome urêmica

Sinais e sintomas (6)

A
  • HAS
  • Edema pulmonar
  • distúrbios da hemostasia
  • sintomas neurológicos
  • distúrbios eletrolíticos e acidobásicos
  • sintomas gastrointestinais
76
Q

Síndrome urêmica

Manifestações cardiopulmonares (5)

A
  • HAS
  • Edema pulmonar
  • edema periférico
  • pericardite
  • tamponamento cardíaco
77
Q

Síndrome urêmica

Manifestações hematológicas (4)

A
  • Anemia
  • tempo de sangramento alargado
  • fator de von willebrand disfuncionante
  • predisposição à sangramentos
78
Q

*Síndrome hemolítica**

Manifestações neurológicas (3)

A
  • encefalopatia urêmica
  • crise convulsiva
  • neuropatia periférica
79
Q

Síndrome hemolítico urêmica

Manifestações gastrointestinais (4)

A
  • anorexia
  • náuseas
  • vômitos
  • diarreia
80
Q

Formas oligonúricas ou anúricas

Principais distúrbios hidroeletrolíticos e ácidobasicos (5)

A
  • hipercalemia
  • hiponatremia
  • acidose metabólica
  • hipocalcemia
  • hiperfosfatemia
81
Q

Azotemia pré-renal

Diagnóstico (3)

A
  • sinais de hipovolemia
  • uso de AINE, IECA ou BRA
  • História de choque, IC, cirrose…
82
Q

Azotemia pré-renal

Sinais de hipovolemia (4)

A
  • hipotensão postural
  • taquicardia
  • síndrome de má perfusão
  • tempo de enchimento capilar lentificado
83
Q

Azotemia pós-renal

Diagnóstico (3)

A
  • paciente agudamente anúrico
  • bexiga distendida palpável (bexigoma)
  • aumenta da próstata no toque retal
84
Q

Azotemia renal intrínseca

Diagnóstico (3)

A
  • excluir os dois outros mecanismos
  • diagnóstico da patologia de base (ex: leptospirose)
  • uso de medicamentos nefrotóxicos
85
Q

Sedimento urinário

Parâmetros analisados (5)

A
  • proteína;
  • hemácias;
  • piócitos;
  • cilindros;
  • cristais.
86
Q

NTA

Achado no sedimento urinário

A

Cilindros granulosos pigmentares

87
Q

Bioquímica urinária

Na IRA pré-renal, a urina sai com ___ (muito/pouco) sódio, ____ (pouca/muita) água, enquanto que na NTA a urina estará com ____ (muito/pouco) sódio e ____ (muita/pouca) água.

A
  • Pouco;
  • Pouca;
  • Muito;
  • Muita.
88
Q

NTA x azotemia pré-renal

Como diferenciar laboratorialmente?

A

Fração excretório de sódio (FEna)

  • azotemia pré-renal: FEna < 1%
  • NTA: FEna > 1%
89
Q

Azotemia pré-renal*

Tratamento (2)

A

Otimizar fluxo sanguíneo renal

  • Suspender AINE, IECA ou BRA
  • Reposição volêmica com cristalóides
90
Q

Azotemia pós-renal

Tratamento (2)

A
  • Cateter de foley
  • Falha do cateter: cistostomia
91
Q

Prevenção da NTA

Lesão por rabdomiólise (2)

A
  • hidratação salina vigorosa
  • solução de manitol + bicarbonato
92
Q

Prevenção da NTA

Síndrome de lise tumoral (2)

A
  • hidratação do paciente
  • alopurinol ou rasburicase antes da quimioterapia
93
Q

NTA

Tratamento

A

Otimizar volemia e estado hemodinâmico

Não há tratamento específico

94
Q

Diálise de urgência na IRA

Indicações (6)

A
  • Síndrome urêmica inquestionável
  • Hipervolemia grave refratária
  • Hipercalemia grave refratária ou recorrente
  • Acidose metabólica grave refratária ou recorrente
  • Azotemia grave: ureia > 200 ou creatinina > 8-10
  • intoxicações exógenas por substâncias dialisáveis