ITU na pediatria Flashcards

1
Q

Não é possível diferenciar clinicamente uma cistite de uma pielonefrite em crianças menores de 2 anos. Correto?

A

Sim. Em crianças menores de 2 anos, deve-se considerar sempre como pielonefrite.

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2
Q

Qual a principal bactéria causadora de ITU em todas as faixas etárias?

A

E. coli (fimbrias P que aderem o epitélio urinário)

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3
Q

Quais as idades mais atingidas pela ITU?

A

Bimodal. Pico entre 3-5 anos e na adolescência.

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4
Q

Qual a principal via de aquisição de ITU durante o período neonatal?

A

Via hematogênica (sepse)

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5
Q

Quais são os sintomas de pielonefrite?

A

Sintomas de cistite + febre alta + dor lombar + queda do estado geral + inapetência

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6
Q

Como realiza-se a coleta de urina em lactentes?

A

Sonda vesical de alívio ou punção supra-púbica

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7
Q

Qual a função da análise da urina colhida por saco coletor?

A

Possui um bom valor preditivo negativo (se não der nada, não tem nada mesmo).

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8
Q

Quais os parâmetros para confirmar piúria?

A
  • > ou igual a 10 leucócitos/mm³
  • > ou igual a 10000 leucócitos/ml
  • > ou igual 5 leucócitos/campo de aumento
  • Esterase leucocitária positiva
  • Nitrito positivo
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9
Q

Qual o valor para considerar uma bacteriúria positiva?

A

> ou igual a 50000 UFC/ml de uma única bactéria uropatogênica. (na punção supra-púbica, qualquer crescimento é considerado positivo)

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10
Q

Quais pacientes apresentam maior risco de evolução grave?

A
  • < 3 meses
  • Imunodeprimidos
  • Doenças urinárias prévias (litíase)
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11
Q

Qual a duração do TTO em menores de 2 anos ou naqueles com pielonefrite?

A

7-14 dias

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12
Q

Qual a duração do TTO em pacientes com cistite >2 anos?

A

3-7 dias

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13
Q

Criança <2 anos com ITU. Quais exames de imagem devem ser solicitados após resolução do quadro?

A

USG e cintilografia renal com DMSA (pesquisa de cicatriz renal)

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14
Q

Quando solicitar uma uretrocistografia miccional?

A

Quando forem encontradas alterações no USG ou na cintilografia renal

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15
Q

Qual a função da uretrocistografia miccional?

A

Pesquisar refluxo vesico-ureteral (confirma a presença do refluxo e avalia o grau)

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16
Q

Quais os riscos de uma cicatriz renal?

A

Maior risco de hipertensão arterial e doença renal crônica.

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17
Q

Qual o principal sinal de ITU em lactentes?

A

Febre

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18
Q

Fatores de risco para ITU: (6)

A

Ausência de circuncisão: mais bactérias na glande;
Sexo feminino: uretra mais curta - meato uretral mais próximo do períneo;
Obstrução urinária: VUP;
Disfunção miccional: esvaziamento incompleto + resíduos pós-miccional;
Constipação;
Refluxo vesicoureteral (RVU): específico p/ pielonefrite.

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19
Q

Faixa etária em que incidência de ITU é mais comum em meninos:

A

1° ano de vida.

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20
Q

Quando suspeita de VUP (válvula da uretra posterior)?

A

Antes do nascimento: Hidronefrose fetal + distensão vesical;

Após o nascimento: globo vesical palpável + jato urinário fraco.

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21
Q

Como corre a formação da VUP?

A

Durante a vida intrauterina ocorre a formação de pequenas membranas intrauretrais, obstruindo o lúmen uretral e impedindo o fluxo miccional apropriado.

Lembrar que a hidronefrose fetal está mais relacionada à estenose da junção ureteropélvica (JUP).

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22
Q

Como ocorre a formação de RVU?

A

Na implantação do ureter na bexiga não há válvulas, ao urinar, o detrusor se contrai, aumentando a pressão intravesical. Para que não ocorra refluxo, o ureter possui implantação oblíqua, percorrendo longo trajeto submucoso na bexiga, e durante a contração detrusora o ureter é colabado. Quando este mecanismo falha ocorre RVU.

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23
Q

RVU primário e secundário:

A

Primário: alteração na implantação do ureter na bexiga, geralmente é idiopático e resolve-se ao longo dos primeiros anos de vida.

Secundário: implantação normal do ureter: Há algum mecanismo que aumenta a pressão intravesical, como VUP, litíase, bexiga neurogênica…

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24
Q

Febre sem sinais localizatórios: principais causas? (2)

A

Doença viral benigna e infecção bacteriana

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25
Q

Febre sem sinais localizatórios: Hemograma sugestivo de infecção?

A

Leucócitos > 15000 e/ou bastões > 1500

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26
Q

Febre sem sinais localizatórios: sempre considerar…

A

ITU

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27
Q

O mecanismo mais comum de ITU é […], sendo que no período neonatal pode ocorrer por via […]

A

Ascendente;hematogênica

Ascendente: uretra > bexiga > ureter > rins

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28
Q

O aparelho urinário é completamente estéril. V ou F?

A

Falso.

O aparelho urinário é estéril, com exceção da uretra distal.

29
Q

O aleitamento materno é fator protetor para ITU. V ou F?

A

Verdadeiro.

O aleitamento artificial não é fator protetor, mas também não constitui fator de risco.

30
Q

Ao encontrar bactérias gram positivas no EAS ou urocultura devo pensar em contaminação da coleta, exceto se…

A

Staphylococcus saprophyticus.

31
Q

Perfil do paciente acometido por Staphylococcus saprophyticus?

A

Jovem, feminina, sexualmente ativa.

32
Q

Agente etiológico associado à nefrolitíase (cálculos de estruvita), capacidade de alcalinizar a urina, mais comum no sexo masculino. Pensar em?

A

Proteus.

Proteus (Preda)

33
Q

Vírus que causa cistite hemorrágia?

A

Adenorívus

34
Q

Agente etiológico associado à procedimentos urológicos (sondagem vesical)?

A

Pseudomonas.

Pseudomonas: Pseudimentos.

35
Q

Agentes que causam cistite hemorrágica?

A

E. coli e Adenovírus;

Primeiro pensar em E. coli, mas se cultura for negativa, pensar em adenovírus (sorotipos 11 e 12).

36
Q

A infecção mais temida da infecção urinária em crianças é?

A

Pielonefrite.

37
Q

Complicações de pielonefrite?

A

Sepse de foco urinário e perda da função renal após episódios repetidos.

38
Q

Cistite: clínica em crianças mais velhas? (6)

A

PEDIDA:

Polaciúria;
Estrangúria;
Dor suprapúbica;
Incontinência urinária;
Disúria;
Alterações de volume, cor e odor da urina.
39
Q

Como diferencia cistite de pielonefrite?

A

Febre presente na pielonefrite.

40
Q

Clínica da ITU em RN?

A
Sinais inespecíficos:
Anorexia (com ganho de peso insuficiente);
Vômitos (dificuldade de sucção);
Irritabilidade;
Hipoatividade;
Hipo/hipertermia;
Palidez cutânea, cianose e icterícia.
41
Q

Clínica de ITU em lactentes?

A

Sinais inespecíficos (semelhante a RN), mas há principalmente febre.

42
Q

ITU em pré-escolares?

A

Febre;
Disúria;
Polaciúria.

43
Q

ITU: exame confirmatório?

A

Urocultura (indicando bacteriúria significativa)

44
Q

Bacteriúria significativa em jato médio, saco coletor, cateterismo vesical e punção suprapúbica?

A

Jato médio: >100000 UFC/ml
Saco coletor: >100000 UFC/ml + EAS alterado + sintomático (controverso);
Cateterismo vesical: >=50000UFC/ml (controverso);
Punção suprapúbica: SBP: qualquer contaminação é patológica; Nelson: >= 50000UFC/ml

45
Q

Deve-se coletar urinocultura antes de iniciar o tto. V ou F?

A

Verdadeiro, mas se deve aguardar o resultado para iniciar o tto.

46
Q

Achados mais sensível e mais específico no EAS?

A

Mais sensível: esterase leucocitária;

Mais específico: nitrito (bactérias gram - convertem nitrato em nitrito - E. coli).

47
Q

Tratamento de cistite:

A

Tto ambulatorial: SMT-TMP (a resistência está aumentando); nitrofurantoína; amoxicilina, cefalexina, ácido nalidíxico.

Tratar por 3 a 5dias.

48
Q

Tratamento hospitalar de Pielonefrite:

A

Ampicilina (gram +) + aminoglicosídeo (gram -); cefalosporina de 3a geração (ceftriaxona).

49
Q

Tto ambulatorial de pielonefrite:

A

Ceftriaxona IM;
Ciprofloxacino;

Não pode nitrofurantoína > não alcança níveis adequados no parênquima renal.

50
Q

Anomalia congênita associada à pielonefrite em crianças?

A

RVU

51
Q

Classificação de RVU?

A

Grau I: refluxo não atinge a pelve renal;
Grau II: refluxo até a pelve, mas sem dilatação;
Grau III: refluxo até a pelve com discreta dilatação;
Grau IV: refluxo até a pelve com dilatação evidente;
Grau V: refluxo até a pelve com ureteres tortuosos.

52
Q

Pielonefrite: padrão ouro para o diagnóstico?

A

Cintilografia renal com DMSA: alteração de captação do DMSA na região do parênquima renal.

53
Q

Pielonefrite: qual exame pedir após e primeiro episódio? e após o segundo?

A

Nelson: < 2 anos após 1 episódio: USG - se alterado - uretrocistografia miccional; após 2° episódio: uretrocistografia miccional;

SBP: < 2 anos com ITU confirmada: USG + uretrocistografia miccional; > 2 anos: somente USG

54
Q

Critérios de internação para pielonefrite: (3)

A

<=1 mês;
Sepse;
Não ingere líquidos, desidratação, vômitos, prostração.

55
Q

Paciente < 2 anos se USG ou UCM alterada. Qual a conduta?

A

DMSA, DTPA ou urografia excretora.

56
Q

Características gerais do RVU?

A

1% da população apresenta;
Herança autossômica;
Desaparece até os 6 anos (na maioria);
Provoca pielonefrite de repetição > fibrose renal > IRC.

57
Q

Tratamento do RVU?

A

Tratar disfunção miccional/fecal;
Profilaxia diária com ATB em toda suspeita de ITU (graus III, IV e V);
Graus IV e V: cirurgia.
Tratamento rápido com ATB em toda suspeita de ITU;
Anualmente: USG, cintilografia com DMSA, uretrocistografia.

58
Q

Função do SN autônomo simpático na sistema urinário?

A

Relaxar o detrusor - enchimento vesical

59
Q

Função do SN autônomo parassimpático no sistema urinário?

A

Contrair detrusor - esvaziamento vesical

60
Q

Função do SN somático no trato urinário?

A

Contração do esfíncter somático

61
Q

Definição de enurese:

A

Perda urinária de forma involuntária de urina durante o sono em crianças >= 5 anos

62
Q

Classificação da enurese:

A

Primária: nunca teve controle de micção durante o sono;

Secundária: houve controle por ao menos 6 menos.

63
Q

Epidemiologia da enurese:

A

Mais comum em meninos;

Ligada a história familiar.

64
Q

Etiologia da enurese:

A
Fatores genéticos;
Imaturidade cortical;
Desordens do sono;
Disfunção da produção de ADH;
Constipação;
Patologias do trato urinário;
Fatores psicológicos.
65
Q

Tto da enurese:

A

Medidas comportamentais: urinar antes de dormir, diminuir ingesta líquida a noite, evitar açúcar e cafeína, evitar punições e humilhações;

Medicações: DDAVP (acetato desmopressina) ou imipramina.

66
Q

Definição de bexiga hiperativa:

A

Bexiga com funcionalidade da bexiga (contração anormal durante a fase de enchimento vesicular) - Urgência miccional.

67
Q

Exames complementares para bexiga hiperativa:

A

USG de vias urinárias: algum grau de refluxo, hipertrofia de bexiga…;
Avaliação do fluxo urinário (fluxômetro);
Urodinâmica (cateterismo): muito invasivo;
Uretrocistografia miccional.

Não esquecer que o diagnóstico é clínico.

68
Q

Tto de bexiga hiperativa:

A

Medidas comportamentais;

Medicamentos: anticolinérgico (oxibutinina).