ITU na pediatria Flashcards

(68 cards)

1
Q

Não é possível diferenciar clinicamente uma cistite de uma pielonefrite em crianças menores de 2 anos. Correto?

A

Sim. Em crianças menores de 2 anos, deve-se considerar sempre como pielonefrite.

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2
Q

Qual a principal bactéria causadora de ITU em todas as faixas etárias?

A

E. coli (fimbrias P que aderem o epitélio urinário)

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3
Q

Quais as idades mais atingidas pela ITU?

A

Bimodal. Pico entre 3-5 anos e na adolescência.

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4
Q

Qual a principal via de aquisição de ITU durante o período neonatal?

A

Via hematogênica (sepse)

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5
Q

Quais são os sintomas de pielonefrite?

A

Sintomas de cistite + febre alta + dor lombar + queda do estado geral + inapetência

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6
Q

Como realiza-se a coleta de urina em lactentes?

A

Sonda vesical de alívio ou punção supra-púbica

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7
Q

Qual a função da análise da urina colhida por saco coletor?

A

Possui um bom valor preditivo negativo (se não der nada, não tem nada mesmo).

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8
Q

Quais os parâmetros para confirmar piúria?

A
  • > ou igual a 10 leucócitos/mm³
  • > ou igual a 10000 leucócitos/ml
  • > ou igual 5 leucócitos/campo de aumento
  • Esterase leucocitária positiva
  • Nitrito positivo
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9
Q

Qual o valor para considerar uma bacteriúria positiva?

A

> ou igual a 50000 UFC/ml de uma única bactéria uropatogênica. (na punção supra-púbica, qualquer crescimento é considerado positivo)

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10
Q

Quais pacientes apresentam maior risco de evolução grave?

A
  • < 3 meses
  • Imunodeprimidos
  • Doenças urinárias prévias (litíase)
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11
Q

Qual a duração do TTO em menores de 2 anos ou naqueles com pielonefrite?

A

7-14 dias

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12
Q

Qual a duração do TTO em pacientes com cistite >2 anos?

A

3-7 dias

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13
Q

Criança <2 anos com ITU. Quais exames de imagem devem ser solicitados após resolução do quadro?

A

USG e cintilografia renal com DMSA (pesquisa de cicatriz renal)

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14
Q

Quando solicitar uma uretrocistografia miccional?

A

Quando forem encontradas alterações no USG ou na cintilografia renal

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15
Q

Qual a função da uretrocistografia miccional?

A

Pesquisar refluxo vesico-ureteral (confirma a presença do refluxo e avalia o grau)

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16
Q

Quais os riscos de uma cicatriz renal?

A

Maior risco de hipertensão arterial e doença renal crônica.

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17
Q

Qual o principal sinal de ITU em lactentes?

A

Febre

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18
Q

Fatores de risco para ITU: (6)

A

Ausência de circuncisão: mais bactérias na glande;
Sexo feminino: uretra mais curta - meato uretral mais próximo do períneo;
Obstrução urinária: VUP;
Disfunção miccional: esvaziamento incompleto + resíduos pós-miccional;
Constipação;
Refluxo vesicoureteral (RVU): específico p/ pielonefrite.

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19
Q

Faixa etária em que incidência de ITU é mais comum em meninos:

A

1° ano de vida.

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20
Q

Quando suspeita de VUP (válvula da uretra posterior)?

A

Antes do nascimento: Hidronefrose fetal + distensão vesical;

Após o nascimento: globo vesical palpável + jato urinário fraco.

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21
Q

Como corre a formação da VUP?

A

Durante a vida intrauterina ocorre a formação de pequenas membranas intrauretrais, obstruindo o lúmen uretral e impedindo o fluxo miccional apropriado.

Lembrar que a hidronefrose fetal está mais relacionada à estenose da junção ureteropélvica (JUP).

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22
Q

Como ocorre a formação de RVU?

A

Na implantação do ureter na bexiga não há válvulas, ao urinar, o detrusor se contrai, aumentando a pressão intravesical. Para que não ocorra refluxo, o ureter possui implantação oblíqua, percorrendo longo trajeto submucoso na bexiga, e durante a contração detrusora o ureter é colabado. Quando este mecanismo falha ocorre RVU.

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23
Q

RVU primário e secundário:

A

Primário: alteração na implantação do ureter na bexiga, geralmente é idiopático e resolve-se ao longo dos primeiros anos de vida.

Secundário: implantação normal do ureter: Há algum mecanismo que aumenta a pressão intravesical, como VUP, litíase, bexiga neurogênica…

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24
Q

Febre sem sinais localizatórios: principais causas? (2)

A

Doença viral benigna e infecção bacteriana

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25
Febre sem sinais localizatórios: Hemograma sugestivo de infecção?
Leucócitos > 15000 e/ou bastões > 1500
26
Febre sem sinais localizatórios: sempre considerar...
ITU
27
O mecanismo mais comum de ITU é [...], sendo que no período neonatal pode ocorrer por via [...]
Ascendente;hematogênica Ascendente: uretra > bexiga > ureter > rins
28
O aparelho urinário é completamente estéril. V ou F?
Falso. | O aparelho urinário é estéril, com exceção da uretra distal.
29
O aleitamento materno é fator protetor para ITU. V ou F?
Verdadeiro. O aleitamento artificial não é fator protetor, mas também não constitui fator de risco.
30
Ao encontrar bactérias gram positivas no EAS ou urocultura devo pensar em contaminação da coleta, exceto se...
Staphylococcus saprophyticus.
31
Perfil do paciente acometido por Staphylococcus saprophyticus?
Jovem, feminina, sexualmente ativa.
32
Agente etiológico associado à nefrolitíase (cálculos de estruvita), capacidade de alcalinizar a urina, mais comum no sexo masculino. Pensar em?
Proteus. Proteus (Preda)
33
Vírus que causa cistite hemorrágia?
Adenorívus
34
Agente etiológico associado à procedimentos urológicos (sondagem vesical)?
Pseudomonas. Pseudomonas: Pseudimentos.
35
Agentes que causam cistite hemorrágica?
E. coli e Adenovírus; Primeiro pensar em E. coli, mas se cultura for negativa, pensar em adenovírus (sorotipos 11 e 12).
36
A infecção mais temida da infecção urinária em crianças é?
Pielonefrite.
37
Complicações de pielonefrite?
Sepse de foco urinário e perda da função renal após episódios repetidos.
38
Cistite: clínica em crianças mais velhas? (6)
PEDIDA: ``` Polaciúria; Estrangúria; Dor suprapúbica; Incontinência urinária; Disúria; Alterações de volume, cor e odor da urina. ```
39
Como diferencia cistite de pielonefrite?
Febre presente na pielonefrite.
40
Clínica da ITU em RN?
``` Sinais inespecíficos: Anorexia (com ganho de peso insuficiente); Vômitos (dificuldade de sucção); Irritabilidade; Hipoatividade; Hipo/hipertermia; Palidez cutânea, cianose e icterícia. ```
41
Clínica de ITU em lactentes?
Sinais inespecíficos (semelhante a RN), mas há principalmente febre.
42
ITU em pré-escolares?
Febre; Disúria; Polaciúria.
43
ITU: exame confirmatório?
Urocultura (indicando bacteriúria significativa)
44
Bacteriúria significativa em jato médio, saco coletor, cateterismo vesical e punção suprapúbica?
Jato médio: >100000 UFC/ml Saco coletor: >100000 UFC/ml + EAS alterado + sintomático (controverso); Cateterismo vesical: >=50000UFC/ml (controverso); Punção suprapúbica: SBP: qualquer contaminação é patológica; Nelson: >= 50000UFC/ml
45
Deve-se coletar urinocultura antes de iniciar o tto. V ou F?
Verdadeiro, mas se deve aguardar o resultado para iniciar o tto.
46
Achados mais sensível e mais específico no EAS?
Mais sensível: esterase leucocitária; | Mais específico: nitrito (bactérias gram - convertem nitrato em nitrito - E. coli).
47
Tratamento de cistite:
Tto ambulatorial: SMT-TMP (a resistência está aumentando); nitrofurantoína; amoxicilina, cefalexina, ácido nalidíxico. Tratar por 3 a 5dias.
48
Tratamento hospitalar de Pielonefrite:
Ampicilina (gram +) + aminoglicosídeo (gram -); cefalosporina de 3a geração (ceftriaxona).
49
Tto ambulatorial de pielonefrite:
Ceftriaxona IM; Ciprofloxacino; Não pode nitrofurantoína > não alcança níveis adequados no parênquima renal.
50
Anomalia congênita associada à pielonefrite em crianças?
RVU
51
Classificação de RVU?
Grau I: refluxo não atinge a pelve renal; Grau II: refluxo até a pelve, mas sem dilatação; Grau III: refluxo até a pelve com discreta dilatação; Grau IV: refluxo até a pelve com dilatação evidente; Grau V: refluxo até a pelve com ureteres tortuosos.
52
Pielonefrite: padrão ouro para o diagnóstico?
Cintilografia renal com DMSA: alteração de captação do DMSA na região do parênquima renal.
53
Pielonefrite: qual exame pedir após e primeiro episódio? e após o segundo?
Nelson: < 2 anos após 1 episódio: USG - se alterado - uretrocistografia miccional; após 2° episódio: uretrocistografia miccional; SBP: < 2 anos com ITU confirmada: USG + uretrocistografia miccional; > 2 anos: somente USG
54
Critérios de internação para pielonefrite: (3)
<=1 mês; Sepse; Não ingere líquidos, desidratação, vômitos, prostração.
55
Paciente < 2 anos se USG ou UCM alterada. Qual a conduta?
DMSA, DTPA ou urografia excretora.
56
Características gerais do RVU?
1% da população apresenta; Herança autossômica; Desaparece até os 6 anos (na maioria); Provoca pielonefrite de repetição > fibrose renal > IRC.
57
Tratamento do RVU?
Tratar disfunção miccional/fecal; Profilaxia diária com ATB em toda suspeita de ITU (graus III, IV e V); Graus IV e V: cirurgia. Tratamento rápido com ATB em toda suspeita de ITU; Anualmente: USG, cintilografia com DMSA, uretrocistografia.
58
Função do SN autônomo simpático na sistema urinário?
Relaxar o detrusor - enchimento vesical
59
Função do SN autônomo parassimpático no sistema urinário?
Contrair detrusor - esvaziamento vesical
60
Função do SN somático no trato urinário?
Contração do esfíncter somático
61
Definição de enurese:
Perda urinária de forma involuntária de urina durante o sono em crianças >= 5 anos
62
Classificação da enurese:
Primária: nunca teve controle de micção durante o sono; | Secundária: houve controle por ao menos 6 menos.
63
Epidemiologia da enurese:
Mais comum em meninos; | Ligada a história familiar.
64
Etiologia da enurese:
``` Fatores genéticos; Imaturidade cortical; Desordens do sono; Disfunção da produção de ADH; Constipação; Patologias do trato urinário; Fatores psicológicos. ```
65
Tto da enurese:
Medidas comportamentais: urinar antes de dormir, diminuir ingesta líquida a noite, evitar açúcar e cafeína, evitar punições e humilhações; Medicações: DDAVP (acetato desmopressina) ou imipramina.
66
Definição de bexiga hiperativa:
Bexiga com funcionalidade da bexiga (contração anormal durante a fase de enchimento vesicular) - Urgência miccional.
67
Exames complementares para bexiga hiperativa:
USG de vias urinárias: algum grau de refluxo, hipertrofia de bexiga...; Avaliação do fluxo urinário (fluxômetro); Urodinâmica (cateterismo): muito invasivo; Uretrocistografia miccional. Não esquecer que o diagnóstico é clínico.
68
Tto de bexiga hiperativa:
Medidas comportamentais; | Medicamentos: anticolinérgico (oxibutinina).