Leucemias/Linfomas Flashcards

(71 cards)

1
Q

O que é leucemia e quais os principais tipos?

A

É um cancer com origem na medula, provocando o acúmulo de células brancas

  • LMA: mais comum em adultos
  • LLA: mais comum em crianças
  • LMC
  • LLC: mais comum em idosos
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2
Q

Quais os tipos celulares que se acumulam nas leucemias (aguda e cronica)?

A

Leucemias agudas: acúmulo de células imaturas (blastos; células sem função > mais grave)
Leucemias crônicas: acúmulo de células maduras (já têm função definida > menos grave)

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3
Q

Qual a fisiopatologia das leucemias agudas?

A

Mutação com bloqueio precoce da maturação e estímulo à proliferação celular > blastos em excesso

  • Ocupação medular (pelos blastos) > dor óssea e pancitopenia
  • Blastos vão para a corrente sanguíne (leucemização) > leucocitose as custas de blastos; risco de leucostase por aumento de viscosidade sanguínea (cefaleia, dispneia, parestesias)
  • Infiltração tecidual por blastos> hepatoesplenomegalia, acometimento de pele, SNC, linfonodos, gengiva, órbita, testículo…
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4
Q

Diagnóstico das leucemias agudas:

A

> = 20% de blastos na MO

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5
Q

Como avaliar a MO?

A

-Biópsia de MO: pega um pedaço da medula; avalia a celularidade;
Mielograma: determina os tipos celulares (define o tipo de leucemia)

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6
Q

Clínica clássica da LMA:

A
  • Astenia (anemia)
  • Febre (leucopenia)
  • Petéquias e equimoses (plaquetopenia)
  • Leucostase (pode causar cefaleia, dispneia, parestesias)
  • Infiltração tecidual (gepatoesplenomegalia, etc)
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7
Q

Qual o subtipo mais comum de LMA?

A

Leucemia mieloblástica aguda (M2): infiltra a órbita > cloroma

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8
Q

Qual subtipo de LMA está relacionado com CIVD?

A

Leucemia promielocítica aguda (M3): há consumo de fatores de coagulação > CIVD; melhor prognóstico devido ao tratamento com ácido transretinóico (ATRA)

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9
Q

Característica dos subtipors M4 e M5 da LMA:

A

Infiltração de gengiva > hiperplasia gengival

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10
Q

Quais os subtipos de LMA com melhor prognóstico?

A

M2, M3, M4, M5

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11
Q

Características do blasto mieloide:

A
  • Morfologia: bastonetes de Auer
  • Citoquímica: mieloperoxidase
  • Imunofenotipagem: CD34, CD33, CD14, CD13
  • Citogenética: t(8,21) > M2; t(15,17) > M3; inv(16) > M4
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12
Q

Qual o tratamento específico da LMA?

A

Quimioterapia
Obs.: se for subtipo M3 > ATRA

Obs.: complicação do tto com ATRA > síndrome ATRa/sd. de diferenciação/sd. retinoide: sintomas respiratórios, febre, dor óssea, ganho de peso, falência cardíaca, insuf. renal…

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13
Q

Qual o tratamento para a anemia na LMA?

A

Transfusão. Manter a Hb> 6 ou Hb>=8 se for cardiopata

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14
Q

Qual o tratamento para a plaquetopenia na LMA?

A

Avaliar transfusão (1U/10kg)

  • <10000/mm3 > sempre
  • <20000/mm3 > febre ou infecção
  • <50000/mm3 > sangramento ativo
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15
Q

Quais os critérios para a neutropenia febril?

A

Neutrofilos<500/mm3 + 1pico febril>38,3°C ou T>38ºC por mais de uma hora

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16
Q

Qual é a conduta na neutropenia febril?

A
  • Culturas + ATB (anti-pseudomonas): cefepime
  • Caso suspeite de gram+ (pele, cateter, pulmão ou hipotensão) > vancomicina
  • Caso não melhore após 4-7 dias > adicionar antifúngico
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17
Q

Quando indicar tto ambulatorial na neutropenia febril?

A
  • Expectativa de neutropenia < 7 dias
  • Ausência de disfunções orgânicas
  • Sem manifestações gastrointestinais

Obs.: ciprofloxacino + amoxicilina/clavulanato

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18
Q

Quais as principais complicações da S. de lise tumoral?

A
  • Hipercalemia (mais grave)
  • Hiperfosfatemia; hipocalcemia; risco de nefropatia (prevenção: hidratação)
  • Aumento da uricemia > risco de nefropatia (prevenção: alopurinol, rasburicase, hidratação)
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19
Q

Quais os subtipos de LLA?

A
  • L1 - variante da criança
  • L2 - variante do adulto
  • L3 - Burkitt-like
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20
Q

Qual a clínica da LLA?

A
Clínica clássica de leucemia aguda:
-Astenia (anemia)
-Febre (leucopenia)
-Petéquias e equimoses (plaquetopenia)
-Leucostase (pode causar cefaleia, dispneia, parestesias)
-Infiltração tecidual (gepatoesplenomegalia, etc)
Clínica mais específica:
-Dor óssea
-Linfonodomegalia
-Infiltrado de SNC e testículo
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21
Q

Quais as características do blasto linfoide?

A
  • Citoquímica: PAS (ácido periódico de Schiff)
  • Imunofenotipagem: CD10, CD19, CD20 (linhagem B); CD3, CD7 (linhagem T)
  • Citogenética: t(12,21) > hiperploidia > bom prognóstico; t(9,22) > cromossomo philadelfia > ruim prognóstico
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22
Q

Qual o tratamento da LLA?

A

Quimioterapia + profilaxia para SNC com metotrexate

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23
Q

Fatores de bom prognóstico na LLA:

A
  • Idade entre 1-10anos
  • Leucometria < 50000
  • Hiperploidia
  • t(12/21)
  • Trissomia dos cromossomos 4,17,10
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24
Q

O que causa as leucemias crônicas?

A

bloqueio tardio na maturação + estímulo para proliferação > acúmulo de células maduras

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25
Qual a causa da LMC?
Cromossomo philadelfia t(9,22)
26
Características da LMC?
- Aumento de leucócitos - Plaquetas podem aumentar - Basofilia e eosinofilia - Neutrofilia acentuada com desvio para a esquerda - Fosfatase leucocitária baixa (diferencia da reação leucemóide, pois na infecção há aumento de fosfatase leucocitária) - Síndrome de leucostase - Esplenomegalia de grande monta
27
Diagnóstico da LMC:
- Gene brc/abl | - Cromossomo philadelphia
28
Tratamento da LMC:
- Imatinibe (Gleeve) > inibidor de tirosina quinase - Em caso de intolerÂncia/falÊncia terapêutica > trocar por inibidor de tirosina-quinase de 2ª geração (desatinibe, nilotinibe) - Transplante de MO se não resolver
29
Como é feita a avaliação da resposta ao Imatinibe nos pacientes com LMC?
Resposta molecular completa: brc/abl < 1% | Resposta molecular maior: brc/abl < 0,1%
30
Manifestações da LLC:
- Linfocitose - Hipogamaglobulinemia (prejuízo na maturação de linf B para plasmócito) > infecção frequente - Linfonodomegalia - Casos graves: anemia/plaquetopenia
31
Diagnóstico da LLC:
Linfocitose > 5000 + Citometria de fluxo (linf B CD5 (+)
32
Estadiamento Rai para a LLC:
- 0: linfocitose - I: +linfonodomegalia - II: + hepatoesplenomegalia - III: + anemia (Hb<11) - IV: + plaquetopenia
33
Estadiamento Binet para LLC:
- A: linfocitose + < 3 áreas acometidas - B: linfocitose + > 3 áreas acometidas - C: anemia (Hb<10) ou plaquetopenia
34
Tratamento da LLC em estágios mais avançados:
Clorambucil ou fludarabina
35
Como ocorre a maturação dos linfócitos B nos folículos linfáticos?
-Linfócitos B virgens entram em contato com a linfa (contendo antígenos externos), migram para o centro germinativo e se transformam em centroblastos (contém imunoglobulina específica contra o antígeno externo). O centroblasto diminui de tamanho e vira um centrócito que dá origem aos linfócitos B de memória.
36
Qual a cínica clássica dos linfomas?
- Adenomegalia não inflamatória | - Sintomas B: febre>38ºC, sudorese noturna e perda ponderal (>10% em 6 meses)
37
Laboratório geral dos linfomas:
-Anemia normo/normo -Aumento de VHS e LDH -Não Hodgkin: penias -Hodgkin: leuco + trombocitose, eosinofilia; células de Reed Sternberg (RS) Obs.: as células RS não são patognomônicas dos LH. Também podem estar presentes nos LNH, mononucleose infecciosa, carcinoma, sarcoma
38
Características dos linfonodos suspeitos:
> 2cm ou > 1,5cmx1,5cm > Supraclavicular ou escaleno Endurecido e aderido a planos profundos Crescimento progressivo
39
Diagnóstico dos linfomas:
Biópsia excisional do linfonodo suspeito
40
Estadiamento dos linfomas:
I - uma cadeia afetada II - duas cadeias ou mais afetadas III - cadeias afetadas acima e abaixo do diafragma IV - acometimento extra-nodal Obs.: sem sintomas B > acrescentar "A" Com sintomas B > acrescentar "B"
41
Distribuição de acometimento dos Lifomas de Hodgkin:
Distribuição bimodal: mulheres jovens e homens > 50 anos
42
Principais cadeias acometidas pelos LH:
Cervical, supraclavicular ou mediastinal | Obs.: lembras das 4 origens de tumores de mediastino: tireoide, timoma, teratoma e terrível linfoma)
43
Características gerais dos LH:
-Menos comum -Localização mais central -Dor após ingestão alcoólica Febre de Pel Ebstein (dias de febre alta alternados com dias sem febre
44
Classificação dos LH:
A): LH clássico (CD15, CD30) 1º) Esclerose nodular (65%) - mais comum em jovens 2º) Celularidade mista (25%) - mais comum em homens com HIV/EBV 3º) Predomínio linfocítico - melhor prognóstico 4º) Depressão linfocitária - pior prognóstico; mais comum em idosos B) LH com predomínio linfocitário (CD20)
45
Tratamento dos LH:
- Doença localizada (I e II): QT (ABVD) + radioterapia - Doença avançada (III e IV): QT + radio (dependendo da evolução - Recidiva: QT + transplante de MO
46
Classificação dos LNH:
- Indolente: folicular; curso insidioso; sobrevida de anos; tratamento paliativo (na maioria das vezes está disseminado no momento do diagnóstico) - Agressivo: B difuso de grandes células; curso é rápido; sobrevida de meses; tratamento curativo (localizado em 55% dos casos) - Altamente agressivo: infantis (linfoblástico/Burkitt); curso muito rápido; sobrevida de semanas; tratamento curativo (50-80%) > internar o mais rápido possível
47
Classificação dos LNH:
- Indolente: folicular; curso insidioso; sobrevida de anos; tratamento paliativo (na maioria das vezes está disseminado no momento do diagnóstico) - Agressivo: B difuso de grandes células; curso é rápido; sobrevida de meses; tratamento curativo (localizado em 55% dos casos - Altamente agressivo: infantis (linfoblástico/Burkitt); curso muito rápido; sobrevida de semanas; tratamento curativo (50-80%) > internar o mais rápido possível
48
O que é e qual a clínica do mieloma multiplo?
``` É uma discrasia plasmocitária maligna; Clínica: homem negro > 50-60anos; CARO C > calcemia>11 A > anemia com Roleaux R > renal (creatinina>2 ou clearance<40) O > osso (lesões líticas axiais) ```
49
Lesões renais no mieloma múltiplo:
- HIpercalcemia - Liberação de cadeias leves de imunoglobulinas ("Bence-Jones) > PTnúria sem albuminúria - Síndrome de Fanconi: glicosúria sem hiperglicemia
50
Principal causa de morte no mieloma multiplo:
Diminuição da imunidade humoral
51
Laboratório no mieloma multiplo:
Fosfatase alcalina e cintilografia normais -Eletroforese de proteínas: pico monoclonal de imunoglobulinas (componente M) >= 3g/dL (inversão do padrão albumina/globulina)
52
Qual a função na Imunoeletroforese no mieloma multiplo:
Mostra o tipo de imunoglobulina responsável pelo pico monoclonal a eletroforese de proteínas: - IgG: mais comum; melhor prognóstico; - IgA - Cadeia leve - IgD: pior prognóstico - IgE - IgM (muito raro > pensar em macroglobulinemia de Waldenstrom)
53
Diagnóstico do mieloma múltiplo:
Biópsia de MO: >=10% plasmócitos (obrigatório) + 1 dos seguintes: 1CARO ou 1 biomarcador Obs.: biomarcadores: plasmócitos > 60%; >1 lesão focal na RNM; relação cadeias leves envolvidas/ñ envolvidas >=100
54
>10% de plasmócitos na MO, porém sem CARO/biomarcador:
Mieloma indolente ou "Smoldering"
55
>10% de plasmócitos na MO + síndrome POEMS:
Mieloma osteoesclerótico
56
Componentes da síndrome de POEMS:
``` P > polineuropatia simétrica O > organomegalia (hepatoesplenomegalia) E > endocrinopatia (hipogonadismo) M > mieloma S > Skin (hiperpigmentação da pele) ```
57
Gamopatia monoclonal de significado indeterminado (presente em até 5% dos idosos):
- <10% de plasmócitos na MO - Componente M < 3g/dL - Sem clínica
58
Tratamento do mieloma múltiplo:
Quimioterapia | Obs.: se < 77anos e sem comorbidades graves: transplante autólogo de MO pós-QT
59
Características da macroglobulinemia de Waldenstrom:
O pico de gamaglobulina é de IgM - Medula com linfócitos plasmocitóides - Clínica: hepatoesplenomegalia + adenomegalia - Síndrome de hiperviscosidade: cefaleia, vertigem, alterações visuais, sangramento gengival, nasal e retiniano)
60
Tratamento da macroglobulinemia de Waldenstrom:
Síndrome de hiperviscosidade > plasmaférese | TTO geral: rituximab
61
Quais são os principais marcadores prognósticos laboratoriais do mieloma múltiplo?
beta-2-microglobulina e albumina
62
Qual a mutação genética relacionada com a policitemia vera?
JAK-2 O clone neoplásico da stem cell da origem a progenitores da linhagem eritroide que se proliferam mesmo na ausência de eritropoietina
63
Mecanismos de eritrocitose:
- Redução do volume plasmático, mantendo a massa eritrocitária > eritrocitose relativa/espúria (causada por hemoconcentração) - Aumento da massa eritrocitária > eritrocitose verdadeira/absoluta (policitemia secundária à hipóxia, policitemia secundária à produção não fisiológica de EPO, policitemia rubra vera)
64
Características clínicas/laboratoriais da policitemia vera:
- Hematócrito > 60% - Sat O2 > 92% - PAncitose (única neoplasia hematológica que se apresenta com pancitose) - Aumento da viscosidade sanguínea (cefaleia, tontura, turvação visual, parestesias) - Hipervolemia > pode gerar HAS e sobrecarga cardíaca - Prurido (especialmente no banho quente - Pletora facial (vermelhidão nas bochechas, nariz, labios) - Esplenomegalia - Eritroacianose de extremidades - Dilatação e hemorragia de vasos retinianos
65
Característica da policitemia vera com ferropenia (por sangramento digestivo crônico)?
Hematócrito normal ou levemente aumentado + microcitose significativa
66
Complicações e tratamento da policitemia vera?
Complicações: eventos trombóticos e hemorrágicos Tratamento: flebotomia (sangria) > retirada diária de 100-500mL de sangue para reduzir o hematócrito (<45% em homens e < 42% em mulheres. Em alguns casos, pode-se usar agentes mielossupressores (hidroxiureia, anagrelida, PEG-interferon alfa - gestantes)
67
Paciente com AIDS e lesão expansiva intracraniana. Duas principais hipóteses diagnósticas:
Neurotoxoplasmose e linfoma primário do SNC relacionado ao EBV
68
O que é a doença do enxerto versus hospedeiro?
É uma complicação que pode surgir após transplante de MO. Reação imune de linf T citotóxicos do doador contra tecidos do receptor. Presença de febre, rash, diarreia, pancitopenia, elevação de enzimas hepáticas, etc
69
Em quais situações encontramos dacriócitos?
- Mielofibrose - Anemia megaloblástica - Talassemia major
70
Qual é a neoplasia hematológica mais associada à Síndrome de Down?
LMA megacariocítica (M7)
71
O que é eritrodermia e quais as principais etiologias?
É quando pelo menos 80-90% da superfície corpórea está acometida por eritema. - Etiologias dermatológicas: psoríase e dermatite atópica - Etiologias não dermatológicas: farmacodermia e micose fungoide (um tipo de linfoma T de pele)