Manejo de Via Aérea e Respiração Flashcards

1
Q

V ou F: Manter a via aérea pérvia, ofertar oxigênio e suporte ventilatório são preconizados acima do manejo de qualquer outra condição.

A

Verdadeiro

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2
Q

V ou F: Suplementação de oxigênio deve ser ofertada a todo paciente de trauma com lesões severas.

A

Verdadeiro

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3
Q

Como identificar comprometimento da via aérea?

a) O que é necessário identificar?
b) Um sinal precoce importante
c) Qual a primeira abordagem feita ao paciente?
d) Nessa primeira abordagem, quais cenários podemos encontrar?

A

a) Obstrução e qualquer trauma ou queimadura em face, pescoço e laringe.
b) Taquipneia.
c) Falar e tentar obter uma resposta verbal.
d) Um paciente com resposta verbal apropriada e voz clara indica via aérea pérvia, ventilação e perfusão cerebral suficientes. Já uma resposta inadequada ou incapacidade de responder sugere uma alteração no nível de consciência que pode ser resultado de comprometimento de via aérea ou ventilação, ou ambos.

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4
Q

V ou F: Um paciente com nível de consciência alterado está em maior risco de comprometimento de via aérea, mas geralmente não é necessária uma via aérea definitiva.

A

Falso, geralmente é feita via aérea definitiva nesses pacientes.

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5
Q

O que é uma via aérea definitiva?

A

Uma via aérea definitiva é composta de um tubo na traqueia com balonete insuflado abaixo das cordas vocais, conectado a um sistema de ventilação assistida, com mistura enriquecida de oxigênio, e mantida em posição por meio de fixação apropriado.

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6
Q

Pacientes com lesão na cabeça, menos responsivos por uso de álcool e drogas e vítimas de lesão torácica apresentam maior risco de comprometimento ventilatório. O que fazer nesses casos?

A

Intubação endotraqueal

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7
Q

V ou F: Manter oxigenação e prevenir hipercarbia são fundamentais no manejo do trauma, especialmente nas lesões de cabeça.

A

Verdadeiro

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8
Q

Situação do trauma que aumenta o risco de comprometimento respiratório insidioso e conduta

A

Pacientes com queimaduras em face ou possível lesão inalatória devem ser intubados antecipadamente.

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9
Q

O que fazer quando o paciente vomita? O objetivo dessa abordagem é prevenir…?

A

Sucção imediata e rotação lateral do paciente com controle da coluna cervical para prevenir aspiração.

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10
Q

Sobre o manejo de via aérea em trauma maxilofacial:

a) Causa comum desse tipo de lesão
b) Trauma no meio da face pode resultar em…
c) Fraturas faciais podem estar associadas a que outras condições que dificultem a via aérea?
d) Que tipo de fratura de mandíbula especialmente provoca perda do suporte natural da via aérea?
e) O que pode indicar um paciente que se recusa a deitar?
f) Qual medida geralmente é feita no trauma, mas deve ser muito cautelosa em lesões nesse sítio, pelo risco de perda do tônus muscular

A

a) Paciente sem cinto de segurança é arremessado contra painel ou janela em acidente automobilístico.
b) Fraturas ou deslocamentos com comprometimento da nasofaringe ou orofaringe
c) Hemorragia, edema, aumento de secreção e dentes soltos
d) Fratura bilateral de corpo de mandíbula
e) Dificuldade de manter a via aérea
f) Anestesia, sedação e relaxantes musculares

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11
Q

Sobre o manejo de via aérea em trauma de pescoço:

a) Possível complicação de trauma penetrante com comprometimento de A e B
b) Conduta geralmente tomada nesses casos

A

a) Lesão vascular com hematoma levando a deslocamento ou obstrução de via aérea
b) Via aérea definitiva, pode ser necessária via aérea cirúrgica

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12
Q

Tríade indicativa de fratura laríngea:

A

Rouquidão
Enfisema subcutâneo
Fratura palpável

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13
Q

Obstrução completa ou parcial associada a estresse respiratório severo - quais as condutas mais indicadas para abordar?

A

Intubação guiada por fibroscópio flexível. Não sendo possível, seria indicada traqueostomia, mas é um procedimento difícil na emergência, então a cricotireoidostomia pode ser uma manobra salvadora de vida nessa situação.

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14
Q

Sinais indicativos de obstrução parcial e total de via aérea

A

Parcial: respiração ruidosa
Total: ausência de sons respiratórios

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15
Q

Um nível de consciência rebaixado dificulta a identificação de obstrução de VA, qual sinal pode ser observado nesse caso?

A

Esforço respiratório

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16
Q

Cite alguns sinais objetivos de obstrução de VA ao olhar o paciente. Um deles é um achado tardio, diga qual medida pode ser tomada para identificar oxigenação inadequada previamente.

A

Agitação - hipóxia
Torporoso - hipercarbia
Tiragem intercostal - comprometimento A/B
Uso de musculatura acessória - comprometimento A/B
Cianose - hipoxemia = é um achado tardio a ser observado no leito ungueal, ao redor da boca

A oximetria de pulso deve ser usada precocemente na avaliação de VA para identificar hipoxemia antes da instalação da cianose.

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17
Q

Cite alguns sinais objetivos de obstrução de VA ao escutar o paciente:

A

Respiração ruidosa indica obstrução
Ronco, gorgolejo e estridores podem indicar obstrução parcial de laringe/faringe
Rouquidão/disfonia indica obstrução funcional da laringe

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18
Q

Diante de um paciente agitado e/ou agressivo, qual deve ser o pensamento sobre a etiologia? (qual opção você deve pensar como principal causa e qual causa você não pode assumir como verdadeira)

A

A primeira causa é hipóxia

Não assumir que seja intoxicação exógena

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19
Q

Quais os 3 mecanismos que podem levar ao comprometimento ventilatório?

A

Obstrução de VA
Alteração na mecânica ventilatória
Depressão SNC

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20
Q

V ou F: Se a ventilação não melhora após desobstrução da VA, é necessário identificar e manejar outras causas

A

Verdadeiro

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21
Q

Explique uma possível alteração na ventilação do paciente que sofreu trauma direto sobre o tórax com fratura de arcos costais. Qual grupo de pacientes apresentam maior risco de falência respiratória nesses casos?

A

Dor na mecânica ventilatória
Ventilação rápida e superficial = hipoxemia

O grupo de risco seria idosos e portadores de doenças pulmonares prévias

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22
Q

V ou F: Em pacientes pediátricos, a ausência de fratura de costela indica que a lesão torácica não foi de grande impacto.

A

Falso, crianças podem sofrer grande impacto torácico sem fratura de costelas.

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23
Q

V ou F: Lesão cerebral traumática pode levar a padrões anormais de ventilação.

A

Verdadeiro

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24
Q

Lesões medulares podem comprometer músculos respiratórios com paresia ou paralisia. Quanto mais proximal a lesão maior a chance de comprometimento respiratório. O que acontece em lesões abaixo de C3?

a) Quais músculos mantém a motricidade e quais perdem?
b) Qual o padrão respiratório assumido? Como identificá-lo?
c) Quais as possível consequências?

A

a) O diafragma mantém a função, mas os músculos intercostais e abdominais perdem.
b) Padrão seesaw, gangorra, de respiração abdominal ou diafragmática. Na inspiração o abdome é empurrado pra fora, enquanto as costelas inferiores são puxadas pra dentro.
c) Respiração rápida e superficial, culminando em atelectasia e descompasso entre ventilação e perfusão que pode levar à falência respiratória.

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25
Q

Sinais objetivos de ventilação inadequada na inspeção:

A
  • Assimetria sugere fratura de arcos costais ou tórax instável
  • Esforço respiratório indica ameaça iminente à ventilação
  • Taquipneia
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26
Q

Sinais objetivos de ventilação inadequada na ausculta:

A
  • MV abolido ou diminuído
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27
Q

Medidas para prevenir o não reconhecimento de ventilação inadequada

A
  • Monitorar FR
  • Monitorar esforço respiratório
  • Obter gasometria arterial
  • Capnografia contínua
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28
Q

A oximetria de pulso avalia perfusão periférica e pode indicar hipoperfusão ou choque. Qual medida é feita para saber se a ventilação está adequada? Diga outro uso desse equipamento

A

Capnografia

Pode ser usada para confirmar que o tubo está na via aérea em um paciente que foi intubado

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29
Q

A oximetria de pulso e a medida do CO2 expirado são fundamentais para determinar se serão necessárias medidas para diminuir o risco de agravar o comprometimento ventilatório. As medidas a serem tomadas incluem técnicas de manutenção da VA, VA definitiva e ventilação suplementar. Todas essas medidas exigem muita manipulação da vítima. Qual medida deve ser tomada previamente para prevenir danos?

A

Como a maioria das manobras movimenta o pescoço, é necessário proteger a coluna cervical sempre que há risco de lesão nesse local até avaliação clínica e radiológica que descarte essa hipótese.

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30
Q

Como é feita a remoção de capacete em uma vítima? O que pode ser tentado, especialmente se a lesão cervical já foi identificada?

A
Com duas pessoas
1ª restringe o movimento cervical
2ª remove o capacete
1ª oferece suporte ao peso da cabeça
2ª assume a restrição de movimentos cervicais

É possível estabilizar cabeça e pescoço e usar um cortador de metal para minimizar a movimentação do pescoço

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31
Q

Quando é feita a oferta de O2 de alto fluxo em relação ao manejo da VA?

A

Tanto antes quanto imediatamente depois

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32
Q

Qual risco devemos sempre ter em mente no manejo de VA e o que devemos ter a disposição para prevenir agravos?

A

Risco de vômito e aspiração

Sonda de aspiração com ponta rígida

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33
Q

Lesões em face e introdução de sondas ou tubos, pensar em…

A

Lesão de placa cribiforme

Evitar acesso pela cavidade nasal

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34
Q

Fatores que podem indicar dificuldade no manejo de VA

A

Lesão da coluna cervical
Artrite avançada na coluna cervical
Trauma maxilofacial ou de mandíbula severo
Limitação na abertura da boca
Obesidade
Variações anatômicas (micrognatismo, prognatismo e pescoço curto e musculoso)
Pacientes pediátricos

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35
Q

Mnemônico para avaliar VA difícil

A

Localize externamente (micro/prognatismo, pescoço curto e grosso, trauma facial)
Examine 3-3-2 (distância entre incisivos, entre hioide e queixo, entre a proeminência tireoidea e assoalho da boca = em dedos)
Mallampati (visualização da hipofaringe)
Obstrução
Neck mobility (fora do trauma: pedir para encostar o queixo no peito e depois olhar para o teto)

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36
Q

Descreva a classificação de Mallampati

A

I - Palato mole, úvula, fauces e pilares visíveis
II - Palato mole, úvula e fauces
III - Palato mole e base da úvula
IV - Apenas palato duro

Estruturas visíveis em cada classe

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37
Q

Sobre as decisões gerais na abordagem da VA no trauma, responda:

a) Qual o primeiro passo?
b) Se não for possível, o que deve ser feito
c) Se o item a foi realizado com sucesso qual o próximo passo?
d) Quais as possibilidades a partir do item c?
e) O que fazer em caso de insucesso?

A

a) Pré-oxigenar (02 e dispositivo de máscara com válvula e balão ou tubo naso/orofaríngeo)
b) Se não conseguir oxigenar, VA definitiva ou cirúrgica
c) Avaliar a anatomia e prever se é VA difícil
d) Difícil: chame ajuda se possível e considere intubar com o paciente acordado ou medidas auxiliares. Fácil: intubação assistida por drogas com pressão na cricoide
e) Considerar medidas auxiliares (GEB, ML, TL) ou via aérea definitiva/cirúrgica

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38
Q

Geralmente, em qual ordem as diferentes abordagens da VA são usadas?

A

Inicialmente manobras manuais (chin lift, jaw thrust) ou
Equipamentos básicos de permeabilização de VA (cânula orofaríngea ou naso)
Tubo endotraqueal com 2ª pessoa estabilizando a coluna, se -
Máscara laríngea ou outros extraglóticos até VA definitiva, se -
VA cirúrgica: crico

39
Q

Opções iniciais permeabilização de VA

a) Diga quais são
b) Qual a necessidade de realizá-las em pacientes com nível de consciência rebaixado?
c) Qual cuidado tomar antes dessa abordagem?

A

a) Primeiro manobras manuais (chin lift e jaw thrust), seguido de equipamentos básicos (cânula oro ou nasofarígea).
b) A língua pode cair para trás e obstruir a VA
c) Imobilização da coluna cervical

40
Q

Explique a manobra chin lift (ou elevação do mento)

A

Os dedos de uma mão são colocados sob o queixo, que é elevado cuidadosamente (em direção anterior). O polegar da mesma mão afasta o lábio inferior, para abrir a boca. O polegar pode também ser colocado posteriormente aos incisivos inferiores e, simultaneamente, o mento é elevado. Essa manobra não deve provocar a hiperextensão do pescoço. A outra mão fixa a testa.

41
Q

Explique a manobra jaw thrust (tração da mandíbula)

A

Uma mão em cada ângulo da mandíbula, deslocando-a para cima. Prevenir a hiperextensão cervical.

42
Q

Qual manobra de VA pode ser usada em pacientes sob ventilação com dispositivo de máscara com válvula e balão para alcançar vedação e ventilação adequadas?

A

Jaw thrust

43
Q

Explique a aplicação de cânula nasofaríngea

A

O tubo é introduzido em uma das narinas
e empurrado com cuidado em direção à orofaringe
posterior. Ele deve ser previamente bem lubrificado e,
então, deve ser introduzido na narina que não esteja aparentemente obstruída. Se durante a introdução do for encontrada alguma obstrução, interrompa o procedimento e tente a outra narina.

44
Q

Explique a aplicação de cânula orofaríngea, há alguma adequação em pacientes pediátricos?

A

O tubo é inserido na boca por trás da língua. A técnica preferida é com concavidade voltada para cima em
direção cranial até o palato mole. Após tocar o palato
mole, roda-se o dispositivo 180° e desliza-se o tubo por
trás da língua. Esse método não deve ser usado em crianças por risco de lesionar a boca e a faringe. Neste caso, deprimir a língua com um abaixador e, então, inserir o tubo posteriormente à língua.

45
Q

Quais os riscos de optar por cânulas naso ou orofaríngeas em pacientes acordados?

A

Engasgo, vômito e aspiração

46
Q

Pacientes que toleram uma cânula orofaríngea provavelmente irão necessitar de…

A

IOT

47
Q

Quais são os dispositivos extraglóticos ou supraglóticos e em quem eles geralmente são usados?

A

Máscara laríngea
Tubo laríngeo
Tubo esofágico multilumen (combitube)

Pacientes que necessitam de abordagem avançada de VA em que a tentativa de intubação foi malsucedida ou é VA difícil.

48
Q

V ou F: A máscara laríngea e o tubo laríngeo são vias aéreas definitivas

A

Falso

49
Q

Como funciona o tubo esofágico multilumen ou combitube?

A

Uma das vias se comunica com o esôfago (será ocluída com um balão) e outra com a traqueia (ventilação)

50
Q

Quais os tipos de via aérea definitiva?

A

Tubo orotraqueal, tubo nasotraqueal e via

aérea cirúrgica (cricotireoidostomia ou traqueostomia).

51
Q

Alterações em A que indicam a necessidade de uma VA definitiva

A

Impossibilidade de manter VA pérvia, comprometimento iminente ou potencial de VA (lesão por inalação, fratura facial, hematoma retrofaríngeo)

52
Q

Alterações em B que indicam a necessidade de uma VA definitiva

A

Impossibilidade de manter oxigenação adequada com ventilação por dispositivo bolsa válvula máscara e oxigênio suplementar ou apneia

53
Q

Alterações em C que indicam a necessidade de uma VA definitiva

A

Hipoperfusão levando a alteração do nível de consciência (obnubilado ou combativo)

54
Q

Alterações em D que indicam a necessidade de uma VA definitiva

A

Lesão cerebral levando a alteração do nível de consciência com ECG = ou < 8, convulsões persistentes e necessidade de proteger a VA inferior de aspiração

55
Q

Quais das situações abaixo são indicativas de VA definitiva?

Fraturas maxilofaciais severas
Hematoma em pescoço
Lesão de faringe/laringe
Lesão por inalação e queimadura em face
Lesão em pescoço e estridor
Lesão em cabeça e inconsciente
Lesão em cabeça e combativo
Esforço respiratório inadequado (taquipneia, hipoxia, hipercarbia, cianose)
Mudança progressiva na ventilação
Uso de musculatura acessória
Paralisia de músculos respiratórios
Respiração abdominal
Deteriorização neurológica aguda
Herniação cerebral
Apneia
A

Todos

56
Q

V ou F: Deve-se obter estudos radiológicos (raio x ou TC) para garantir a segurança da coluna cervical antes de estabelecer uma VA definitiva em paciente com indicação imediata.

A

Falso.

Se não tiver necessidade de intubação imediata é possível obter raiox, mas um exame normal não exclui a possibilidade de lesão.

57
Q

Na intubação endotraqueal a via oral é a rota preferida, mas em alguns pacientes pode ser feita a via nasal. Quais pacientes? Existe alguma contraindicação dessa via?

A

Pode ser uma alternativa para pacientes respirando espontaneamente e é contraindicada em caso de apneia e fraturas de face, base de crânio e placa cribiforme.

58
Q

A fratura de base de crânio é uma contraindicação relativa de intubação nasotraqueal. Quais sinais podem ajudar a identificar um caso assim?

A

Olhos de guaxinim (equimose periorbitária bilateral)
Sinal de Battle (equimose retroauricular)
Extravazamento de líquido cefalorraquidiano (rinorreia ou otorreia)

59
Q

Qual a técnica mais indicada de IOT?

A

Técnica com 3 pessoas e restrição de movimento cervical

60
Q

Cite um ponto positivo e um negativo da aplicação de pressão cricoide na IOT

A

Reduz risco de aspiração

Reduz a visualização da laringe

61
Q

Qual a manobra de manipulação da laringe usada na IOT? Qual seu benefício?

A

BURP - backward, upward, rightward pressure na cartilagem tireoidea

Melhora a visualização das cordas vocais

62
Q

O que é GEB? Quando ele é usado?

A

Gum Elastic Bougie

Usado em VA problemática, quando as cordas vocais não são visualizadas na larigoscopia

63
Q

V ou F: É possível realizar uma intubação às cegas a partir de uma máscara laríngea ou tubo laríngeo.

A

Verdadeiro

64
Q

Como usar o GEB?

A

Após lubrificação, é colocado atrás da epiglote com a ponta apontando para a frente. A intubação traqueal é confirmada por cliques ao passar pelos anéis traqueais. Depois um tubo endotraqueal lubrificado é passado por cima do GEB, o GEB é removido e a posição é confirmada com ausculta de sons pulmonares e capnografia.

65
Q

Como é feita uma IOT?

A

Laringoscopia direta e inserção de tubo orotraqueal, insuflação do balonete e iniciar ventilação assistida.

66
Q

O posicionamento correto do tubo numa IOT pode ser indicado, mas não confirmado, por:

A

Sons respiratórios bilateralmente e sem borborigmo no epigástrio

67
Q

O que indica a presença de borborigmo na inspiração no epigástrio após IOT? Conduta?

A

Intubação de esôfago - remoção do tubo

68
Q

Qual exame pode ser feito após uma IOT para garantir que a traqueia foi intubada e não o esôfago? Qual parâmetro indica a intubação traqueal?

A

Um detector de CO2, capnografia ou colorimetria.

A presença de CO2 no ar exalado confirma intubação traqueal.

69
Q

Como confirmar o posicionamento correto do tubo na IOT? Conduta após confirmação? Se o paciente for transportado o que fazer?

A

Radiografia de tórax
Fixação no lugar
Se o paciente for transportado após confirmação do posicionamento, verificar com ausculta e detecção de CO2 novamente

70
Q

V ou F: Se a IOT não for bem sucedida na primeira tentativa ou se as cordas vocais são de difícil visualização, use um GEB e inicie preparações para uma VA difícil.

A

Verdadeiro

71
Q

V ou F: O uso de anestesia, sedativo e bloqueador neuromuscular para IOT é potencialmente perigoso no trauma.

A

Verdadeiro

72
Q

Em quais pacientes de trauma é indicada a intubação em sequência rápida?

A

Pacientes que precisam de controle da VA com reflexo de vômito intacto, especialmente se houver TCE

73
Q

Ocasionalmente o uso de drogas é feito na IOT em situação de trauma. Para isso, o médico deve ter conhecimentos e estar preparado para compreender a farmacologia usada, ser habilidoso na técnica de intubação e…

A

Ser capaz de realizar uma via aérea cirúrgica, se necessário

74
Q

Qual o passo a passo da ISR (10)

A
  1. Ter um plano para o insucesso na tentativa de
    intubação que inclua a possibilidade de abordar
    a via aérea cirurgicamente. Saber onde está o
    material necessário para essas situações.
  2. Certificar-se de que o aspirador e os dispositivos
    para fornecer ventilação com pressão positiva
    estão disponíveis e funcionantes.
  3. Preoxigenar o doente com oxigênio a 100%.
  4. Comprimir a cartilagem cricoide.
    5 . Administrar um sedativo (por exemplo,
    etomidato, 0,3 mg/kg) ou sedar segundo as
    práticas do serviço em que trabalha.
  5. Administrar 1 a 2 mg/kg de succinilcolina por via
    endovenosa ( a dose habitual é 100 mg).
    7 . Obtido o relaxamento do doente, intubá-lo por via
    orotraqueal.
  6. Insuflar o balão e confirmar o posicionamento do
    tubo por meio da ausculta torácica do doente e
    da determinação quanto a presença de co2 no ar
    expirado.
  7. Interromper a compressão da cricoide.
  8. Ventilar o doente.
75
Q

Sobre o bloqueador neuromuscular usado na ISR

a) Qual o mais usado
b) Qual o tempo para começar a agir
c) Quanto tempo dura o efeito
d) Por qual motivo deve ser usado com cautela em grandes esmagamentos e queimados

A

a) Succinilcolina
b) Paralisia em menos de 1 minutos
c) 5 minutos ou menos
d) Risco de hiperpotassemia severa

76
Q

Qual a pior complicação na ISR? Conduta?

A

A falha em estabelecer uma VA definitiva. Ventilação com dispositivo bolsa máscara até resolução da paralisia.

77
Q

A impossibilidade de IOT indica um planejamento alternativo para a VA que pode ser:

A

Máscara laríngea
Tubo laríngeo
VA cirúrgica

78
Q

Por qual motivo a cricotireoidostomia é preconizada como VA cirúrgica no trauma, no lugar da traqueostomia?

A

Mais fácil de ser realizada
Associada a menos sangramento
Requer menos tempo

79
Q

Quais são as duas técnicas de crico feitas no trauma?

A

Por punção e cirúrgica

80
Q

O que é uma crico por punção?

A

A inserção de um cateter sobre agulha pela membrana cricotireoidea em situações emergenciais para fornecer oxigênio ao doente em um curto espaço de tempo, até que a via aérea definitiva possa ser realizada.

81
Q

Como a realização de uma crico por punção afeta a necessidade de IOT?

A

Com a cricotireoidostomia por punção oferta-se oxigênio suplementar de forma temporária e a intubação endotraqueal passa a ser necessária de forma urgente e não mais emergente.

82
Q

Como é a técnica da crico por punção? (inserção e ventilação)

A

Inserção de um cateter sobre agulha de grosso calibre de diâmetro (#12 a #14 em adultos e #16 a #18 em crianças) através da membrana cricotireoidea e em direção à traqueia abaixo do nível da obstrução.

O cateter é, então, conectado a uma fonte de oxigênio a 15 L/min (40 a 50 psi) por meio de uma conexão em Y ou por meio de um tubo que apresente um orifício cortado na lateral. A insuflação intermitente, um segundo sim e quatro segundos não, é realizada com o posicionamento do polegar sobre a extremidade aberta do conectar em Y ou sobre o orifício lateral.

83
Q

A vítima de trauma pode ser oxigenada por quanto tempo por uma crico por punção? Qual a limitação dessa técnica?

A

30 a 45 minutos

Acúmulo de CO2 por exalação inadequada, especialmente em TCE

84
Q

V ou F: Quando há suspeita de obstrução completa da região glótica por corpo estranho, a crico por punção é o procedimento recomendado.

A

Falso.

Embora a alta pressão possa expelir o material impactado para a hipofaringe, de onde ele poderia ser retirado com facilidade, pode ocorrer barotrauma significativo, incluindo ruptura pulmonar com pneumotórax hipertensivo.

85
Q

Como é feita a crico cirúrgica?

A

Incisão na pele que se estende pela membrana cricotireoidea. Uma pinça hemostática curva pode ser utilizada para dilatar a abertura, e um tubo endotraqueal ou um tubo de traqueostomia de pequeno calibre ( de preferência de 5 a 7 mm de diâmetro) pode ser inserido.

86
Q

Existe alguma limitação quanto à idade para realizar uma crico cirúrgica? Qual o motivo?

A

Deve-se tomar cuidado, especialmente em crianças,
para evitar a lesão da cartilagem cricoide, que é o
único suporte circunferencial para a parte superior da
traqueia. Portanto, a cricotireoidostomia cirúrgica não
é recomendada para crianças com idade inferior a 12
anos.

87
Q

Qual cuidado deve ser tomado ao inserir um tubo endotraqueal na crico cirúrgica? Isso previne o quê?

A

Fixação

Prevenir mal posicionamento

88
Q

A traqueostomia percutânea é uma boa proposta como uma alternativa à traqueostomia aberta no trauma?

A

Esse procedimento não é seguro durante o atendimento inicial ao traumatizado, pois o pescoço do doente deve ser hiperestendido para posicionar adequadamente a cabeça para a execução do procedimento com segurança.

89
Q

Sobre o manejo da oxigenação:

a) Qual o fluxo mínimo ofertado?
b) Qual medida dever ser mantida para perceber mudanças na oxigenação?
c) Qual parâmetro da medida acima sugere fortemente uma perfusão periférica adequada?

A

a) 10 L/min
b) Oximetria de pulso
c) Saturação de O2 = ou > 95%

90
Q

A oximetria de pulso é menos confiável em duas situações clínicas. Quais?

A

Anemia severa Hb < 5 d/dL

Hipotermia < 30 ºC

91
Q

O uso da oximetria de pulso em limitado por não distinguir a oxihemoglobina da carboxihemoglobina ou metahemoglobina. Portanto é pouco aplicável em pacientes com…

A

Intoxicação por monóxido de carbono

Vasoconstrição intensa

92
Q

V ou F: A ventilação por dispositivo bolsa válvula máscara preconizada é com uma pessoa.

A

Falso, com duas pessoas para garantir melhor vedação.

93
Q

5 situações clínicas que resumem o alto risco de comprometimento de VA:

A
TCE
Trauma maxilofacial
Trauma de pescoço
Trauma de laringe
Obstrução por outros motivos