Medicina interna de equinos Flashcards

(43 cards)

1
Q

Quais são as principais causas de claudicação em equinos (em ordem de importância)?

A

1° Tendões/bainhas
2° Articulações
3° Pés
4° Ossos
5° Vasos/nervos

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2
Q

Qual a definição de claudicação?

A

Transtorno estrutural ou funcional caracterizado pela desarmonia em um ou mais membros.

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3
Q

Classificação das claudicações quanto à etiologia.

A

Inflamatórias, mecânicas e devido a paralisias motoras.

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4
Q

Classificação das claudicações quanto ao grau.

A

Grau I: transtorno motor discreto
Grau II: claudica, porém apoia o membro afetado no solo
Grau III: claudica apoiando o membro com muita dificuldade
Grau IV: não apoia o membro afetado
Grau V: decúbito

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5
Q

Classificação das claudicações quanto à apresentação.

A

Súbitas, lentas e recidivantes

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6
Q

Classificação das claudicações quanto à região afetada.

A

Pé, jarrete, canela, escápula, boleto, coluna vertebral, bacia, etc.

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7
Q

Classificação das claudicações quanto à evolução.

A

Agudas ou crônicas.

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8
Q

Classificação das claudicações quanto à manifestação.

A

Contínuas: não sofre variação com o exercício ou repouso.
Remitente: claudicação melhora com o exercício ou com o repouso.
Intermitente: desaparece ou retorna com o exercício ou com repouso.
A frio: manifesta-se com repouso e desaparece com o exercício
A quente: mais intensas com o exercício e só desaparecem com o repouso.

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9
Q

Classificação das claudicações quanto à natureza.

A

Manqueira de apoio: manifesta-se no momento em que o animal apoia o membro no solo (+ em solos duros)
Manqueira de elevação: quando o animal eleva o membro para locomoção (+ em terrenos fofos, de baixa densidade)
Mistas: durnte as duas condições anteriores.

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10
Q

O diagnóstico clínico das claudicações dos cavalos constitui-se em um tríplice problema. Quais são eles?

A

1- Qual o membro claudicante?
2- Qual a sede da lesão ou da afecção?
3- Qual a natureza ou afecção que esta acometendo o animal como causa da claudicação?

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11
Q

O que deve ser feito para saber qual membro está claudicando?

A

1- Anamnese
2- Exame do animal: inspeção em repouso e em movimento; exame objetivo e exames complementares.

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12
Q

O que deve ser feito para saber qual a sede da lesão (claudicação)?

A

1- Anamnese rememorativa (evolução e causas prováveis)
2- Tipo de manqueira (a frio ou a quente; uso de ferraduras)
3- Atitudes do membro ou exploração funcional (posição em relação ao solo e tipos de apoio)
4- Progressão do passo (distância, arco de avanço = elevação, trajetória do passo)
5- Sintomas locais (5 sentidos)
6- Provas particulares

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13
Q

Quais são as provas particulares relacionadas à estática e dinâmica da atitude funcional do membro enfermo (claudicação)?

A
  • Aprumo forçado: ergue o membro (apoio contralateral forçado)
  • Prova da rampa ou da cunha de Lungwitz: lesões nos sesamoides e face posterior do casco - flexiona o boleto e faz o animal trotar.
  • Prova da flanela: bandagem de flanela sob pressão alivia a claudicação (casos de extenose do metacarpo)
  • Prova do esparavão: no jarrete (esparavão ósseo) - flexiona o jarrete e faz o animal trotar.
  • Movimentos de flexão, abdução, adução, rotação e tração
  • Anestesias locais e regionais (+ usada em casos crônicos)
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14
Q

Como deve ser feita a inspeção de um animal com claudicação?

A

Observa-se ele em movimento e repouso, pelos 4 pontos cardiais (de frente, por trás e dos dois lados); no passo, no trote (melhor de observar claudicação) e no galope; pista reta e redondel e em solos de 3 consistências diferentes (grama, cimento e areia fofa).

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15
Q

Onde está o problema quando o membro que claudica se eleva ou apoia em adbdução ou em adução?

A

Problemas externos e da região inguinal.

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16
Q

Quando o casco fica mais elevado do solo, qual pode ser o problema?

A

Flexão espasmódica do membro (harpejo) e na osteoartrite társica (esparavão).

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17
Q

Quando o animal apoia cuidadosamente o membro o que pode ser?

A

Algum processo doloroso no interior do casco ou superfície solear (contusão da sola, estrepada, abscesso solear, fratura da falange distal).

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18
Q

Quando o animal apoia e eleva o membro rapidamente quais são as suspeitas?

A

Flexão espasmódica e nas afecções dos tendões e dos músculos.

19
Q

Quando ocorre flexões articulares incompletas quais são as suspeitas?

A

Anquiloses ou processos articulares; ou flexão mais ampla nas roturas de ligamentos.

20
Q

Qual a suspeita quando o animal eleva a cabeça sincronamente com o apoio do membro comprometido ao chão?

A

Afecção na região distal (manqueira baixa).

21
Q

Qual a suspeita quando o animal eleva a cabeça com a elevação do membro do solo?

A

Afecção na região proximal (manqueira alta).

22
Q

Qual a suspeita quando o animal da passos curtos e rápidos dos membros anteriores?

23
Q

Qual a suspeita quando o animal apresenta incoordenação motora posterior?

A

Lesões do Sistema Nervoso Central, ossos da coluna, ossos da pelve e nas mieloencefalites.

24
Q

Quais são os 3 tipos de manqueira e onde estão localizadas?

A

Baixa: passo logo. Terço médio do III° metacárpico ou metatársico, até a extremidade distal do membro.

Alta: passo curto. Terço proximal dos membros anteriores e posteriores.

Mista: não há diferença. Entre o terço médio do radio e ulna até o terço médio do metacarpo, nos membros anteriores, e do terço médio da tíbia e fíbula até o terço médio do terceiro metatársico, nos membros posteriores.

25
Quais tipos de terreno e pista devem ser utilizados para diagnosticar as diferentes manqueiras?
Duro: intensifica manqueiras de apoio Mole (fofo): intensifica as manqueiras de elevação. Redondel: quando o membro adetado estiver situado internamente ao raio da pista, agrava-se quanto menor for o tamanho do raio. Pode iniciar o exame com uma guia de 8m e diminuir 1m a cada procedimento.
26
Qual é o % de consumo voluntário de concentrados em cavalos adultos, potros em crescimento e éguas em lactação e gestação?
Cavalos adultos: 1 a 2% do seu peso vivo ao dia. Potros e éguas em lactação e gestação: até 3%.
27
Quais são as formas de superalimentação dos equinos?
1- Superalimentação competitiva 2- Alimentos concentrados administrados ''as-libitum'' 3- Alimentação individual com quantidades excessivas de grãos e farelos com carboidratos 4- Ingestão acidental 5- Quando os potros alimenta-se com rações das éguas
28
Quais são as afecções que podem ocorrer na Síndrome Ortopédica do Desenvolvimento de Potros?
Displasia Fiseal (fisite, epifisite); Osteocondrose ou Discondroplasia; Deformidades Flexoras (contratura dos tendões) Deformidades Angulares dos Membros Doença Articular Degenerativa
29
Qual afecção é decorrente de distúrbios na alimentação mas não é componente da Síndrome Ortopédica do Desenvolvimento?
Osteodistrofia Fibrosa (cara inchada)
30
Os processos crônicos decorrentes da superalimentação dos potros apresentam forte inter-relação com o desencadeamento de alterações onde?
Na ossificação endocondral. As alterações podem acometer a placa fisária que é responsável pelo crescimento e modelação, principalmente dos ossos longos.
31
Com que idade o equino completa o desenvolvimento do esqueleto?
Entre o 2 e 3° ano de vida, assegurado pela calcificação das regiões fisárias dos ossos, conhecidas como linhas de crescimento.
32
Para que possamos nos certificar de que o desenvolvimento e a calcificação da fise ocorreram, qual exame pode ser feito?
Podemos utilizar o controle radiográfico das regiões epifisárias distal do rádio e proximal da tíbia na posição anteroposterior. Nesses ossos, o fechamento das fises se processa em torno dos 2 aos 2,5 anos de idade.
33
A imagem radiográfica da fise distal do rádio de potros pode ser classificada em 3 categorias, quais são elas?
Categoria A: fises completamente fechadas Categoria B: fises que se apresentam fechadas no centro e abertas medial e ou lateralmente Categoria C: linhas fisarias completamente imaturas
34
O que é a displasa fiseal (epifisite, fisite)?
É uma afecção que acomete potros em crescimento (4 a 8 meses ou aos 12 a 24 meses) principalmente submetidos à superalimentação. Não é um processo inflamatório. Decorre de processo displásico da placa fiseal, devido a desorganização estrutural na maturação óssea e da cartilagem de conjugação. Ocorre alargamento e até achatamento da região da placa de crescimento de certos ossos longos.
35
O que é a osteocondrose - O.C.D - (discondroplasia)?
É uma enfermidade que se caracteriza por distúrbios na diferenciação celular na maturação da cartilagem de crescimento das articulações dos membros dos potros. Ocorre principalemente em potros de crescimento rápido e com grande massa muscular, especialmente em idade que varia de 3 a 6 meses e que são submetidos à superalimentação e/ou desvios na ingestão de minerais.
36
Quais são os dois estágios da osteocondrose - O.C.D - (discondroplasia)?
1° estágio: redução da diferenciação normal das células cartilaginosas, não ocorre a calcificação da região de transição da matriz, o que impediria a penetração de vasos da medula na cartilagem. Não se processa a ossificação endocondral e a matriz cartilaginosa se mantem ou poderá até sofrer hipertrofia. 2° estágio: ocorre necrose dos planos basais da cartilagem espessada e estresse físico, aumento da pressão e tensão da articulação, proporcionando formação e progressão das erosões e fissuras da cartilagem.
37
As erosões podem se estender dos planos mais profundos para a superfície da cartilagem. A lesão dissecante faz com que haja agravamento dos sinais clínicos de sinovite e dor, permitindo, que nesta fase de evolução se denomine o processo como?
Osteocondrite dissecante
38
Ao se iniciar a fase necrosante ou dissecante da osteocondrose, o processo pode se apresentar sob a forma de cistos subcondrais denominados de lesão cística óssea. A etiopatogenia pode produzir 2 situações principais quanto à localização das lesões, quais são elas?
1- Central, geralmente cística 2- Periférica, que pode ser cística, erosiva ou dissecante
39
A deformidade angular dos membros em potros acomete mais os anteriores ou os posteriores?
Mais os membros anteriores.
40
Quando a deformidade na qual a angulação da região distal do membro está fora da linha de aprumo anterior recebe a denominação de?
Valgus
41
Quando a angulação distal do membro está desviada para dentro da linha de aprumo anterior, a deformidade é denominada?
Varus
42
A gravidade do processo de desvio angular pode ser estabelecida com o grau de angulação obtida, quais são eles?
0 a 2 graus: desvio discreto 2 a 4: desvio moderado 4 a 8: desvio grave mais que 8: desvio severo ou grave
43
Quando a deformidade angular é considerada devido a crescimento anormal da metáfise e, portanto, sujeita a correção cirúrgica e quando ela indica anormalidades dos ossos ou flacidez de ligamentos?
Quando a intersecção das duas linhas esta sobre a fise, está sujeita à cirurgia. Quando há um ângulo de intersecção sobre a articulação ou distal ela indica anormalidades dos ossos ou flacidez de ligamentos.