Modulo I Flashcards

(64 cards)

1
Q

Conceito de Biosegurança

A

Condição de segurança biológica alcançada por meio da aplicação de princípios, tecnologias e ações destinadas a previnir, reduzir, controlar riscos inerentes às atividades, exposição não intencional ou disseminação acidental de agentes biológicos e derivados que possam conter riscos à saúde humana, animal, vegetal e ambiental.

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2
Q

Biossegurança em 1940

A

O conceito de Biossegurança foi estabelecido e se referia à contenção e ao controle de infecções laboratoriais.

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3
Q

Biossegurança em 1970

A

O conceito de Biossegurança começou a ser difundido e valorizado, em função dos potenciais impactos da engenharia genética.

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4
Q

Biossegurança em 1980

A

A OMS trouxe a abordagem de risco, classificando os riscos em biológicos, químicos, físicos, radioativos e ergonômicos, conceituando a Biossegurança como práticas de prevenção para o trabalho em laboratório com agentes patogênicos.

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5
Q

Biossegurança em 1990

A

A definição de Biossegurança, baseada em Organismos Geneticamente Modificados, foi oficialmente introduzida pela primeira Lei de Biossegurança em 1995. Houve inclusão de temas como ética em pesquisa, meio ambiente, animais e processos envolvendo tecnologia de DNA recombinante em programas de Biossegurança.

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6
Q

Símbolo da biossegurança

A

É um símbolo de risco biológico e foi desenvolvido pelo engenheiro Charles Baldwin da Dow Chemical, em 1966, a pedido do Center Disease Control – CDC/USA.

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7
Q

Bioproteção

A

Refere-se às medidas de proteção institucionais e da equipe destinadas a prevenir perdas, roubos, uso indevido, desvio ou liberação intencional de agentes biológicos manuseados no laboratório.

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8
Q

Risco

A

O risco é a combinação da probabilidade de um perigo se materializar em danos com diferentes tipos de gravidade, de acordo com o contato com esse perigo.

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9
Q

Definição e classificação de riscos ocupacionais

A

Risco que o profissional de saude está sujeito.

Biológicos
Físicos
Mecânicos
Químicos
Ergonômicos

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10
Q

Perigo

A

É a fonte de um risco.

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11
Q

Perigos dos riscos biológicos

A

Vírus
Bactérias
Protozoários
Fungos
Parasitas

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12
Q

Perigos dos riscos físicos

A

Ruídos
Vibrações
Radiação ionizante
Radiação não ionizante
Frio
Calor
Pressões anormais
Umidade

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13
Q

Perigos dos riscos mecânicos

A

Arranjo físico inadequado
Máquinas/equipamentos sem proteção
Ferramentas inadequadas/defeituosas
Iluminação inadequada
Eletricidade
Probabilidade de incêndio/explosão
Armazenamento inadequado
Animais peçonhentos

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14
Q

Perigos dos riscos químicos

A

Poeiras
Fumos
Névoas
Neblinas
Gases
Vapores
Substâncias compostas/outros produtos em geral

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15
Q

Perigos dos riscos ergonômicos

A

Esforço físico intenso
Levantamento e transporte manual de pesos
Exigência de postura inadequada
Controle rígido de produtividade
Imposição de ritmos excessivos
Trabalho noturno/jornadas prolongadas
Monotonia e repetitividade
Situações que geram estresse físico e/ou psíquico

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16
Q

Ponto central da biossegurança

A

A adoção de medidas de contenção que sejam capazes de conter o perigo associado aos agentes biológicos.

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17
Q

Contenção

A

São as medidas e procedimentos de Biossegurança adotados, que incluem barreiras físicas e biológicas, necessárias para evitar o contato ou a disseminação de agentes biológicos ativos potencialmente perigosos.

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18
Q

Objetivo da contenção

A

Prevenir, reduzir ou eliminar a exposição de profissionais, dos usuários do sistema de saúde, da população em geral e do ambiente aos agentes potencialmente perigosos.

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19
Q

Contenção Primária

A

Refere-se à proteção dos profissionais e dos usuários contra à exposição os agentes de risco, sendo geralmente alcançada pelo uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), pela implementação das Boas Práticas de Laboratório (BPL), além de incluir a imunização como fator de proteção.

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20
Q

Contenção Secundária

A

Consiste na proteção do ambiente contra à exposição aos agentes de risco. Esse nível de contenção inclui a adoção de medidas e práticas relacionadas à adequação das instalações e da infraestrutura do local de trabalho; à classe de risco do agente manipulado.

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21
Q

Primeira Lei de Biossegurança
(Lei nº 8.974/1995)

A

Estabelecia normas de segurança e mecanismos de fiscalização no uso de técnicas de engenharia genética na construção, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, liberação e descarte de organismos geneticamente modificaos, bem como criava a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) que entre outras obrigações, estabeleceria normas técnicas de segurança e pareceres ténicos.

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22
Q

Lei de Biossegurança vigente no Brasil
(Lei nº 11.105/2005)

A

Regulamenta os incisos II, IV e V do 1* do art. 225 da Constituição Federal, estabelecendo normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), reestrutura a CTNBio e dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança (PNB).

Cabe ressaltar que essa lei se restringe a regulamentar OGM e a utilização de céluas-tronco embrionárias humanas para fins de pesquisa e terapia.

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23
Q

Resolução Normativa Nº 1, de 20/06/2006

A

Dispõe sobre a instalação e o funcionamento das Comissões Internas de Biossegurança (CIBios) e sobre os critérios e procedimentos para requerimento, emissão, revisão, extensão, suspensão e cancelamento do Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB).

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24
Q

Resolução nº 18, de 23 de março de 2018

A

Dispõe sobre a classificação de riscos de OGM e os Níveis de Biossegurança a serem aplicados na atividades e projetos com OGM e seus derivados em contenção.

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25
Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS)
Assessora a Presidência da República para a formulação e implementação da Política Nacional de Biossegurança (PNB).
26
Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio)
Presta apoio técnico e assessora o Governo Federal na formulação, atualização e implementação da PNB de OGM e seus derivados.
27
Órgãos e Entidades de Registro e Fiscalização (OERF)
Fiscaliza as atividades de pesquisa e comercialização de OGM e seus derivados. Nas Instituições de Saúde a fiscalização é desempenhada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
28
Ministério da Saúde
Aprova a Classificação de Risco dos Agentes Biológicos, elaborada em 2021, pela Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS) do Ministério da Saúde. Define o processo para habilitação dos Laboratórios de Referência Nacional e Regional, no âmbito da Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública. Aprova a Norma Técnica de Biossegurança para Laboratórios de Saúde Pública.
29
Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências.
30
Ministério do Trabalho e Emprego
Estabelece as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos Serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.
31
Cabine de Segurança Biológica classe I
Protege o trabalhador e o ambiente com exaustão de todo o ar circulante sendo realizado por filtro HEPA.
32
Cabine de Segurança Biológica classe II
É subdividida em A1, A2, B1 e B2 – protege o trabalhador, o produto ou experimento e o ambiente através de fluxo de ar vertical no interior da cabine.
33
Combinações mais utilizadas na Cabine de Segurança Biológica classe II
1- recirculação 70% e exaustão de 30% (CSB IIA2) 2- exaustão total de 100% do ar (CSB IIB2) que é realizada através filtro HEPA.
34
Cabine de Segurança Biológica classe III
Barreira de contenção total – protege o trabalhador, o produto e o ambiente através de uma cabine completamente fechada com pressão negativa. O trabalho é realizado por meio de luvas afixadas à cabine. A exaustão de todo o ar circulante é realizada através de dois filtros HEPA.
35
Em quais cabines cada classe de agente biológico pode ser manipulada?
Os agentes biológicos de classe de risco 1, 2 e 3 podem ser manipulados nas CSB I, II e III. Os agentes biológicos de classe de risco 4 podem ser manipulados em CSB III ou CSB II em laboratórios NB-4 com vestimentas de pressão positiva.
36
Avaliação de risco
É o termo usado para descrever o processo sistematizado pelos quais são avaliados os riscos decorrentes de um trabalho com perigo(s), e as informações resultantes são usadas para determinar quais medidas de controle serão aplicadas para reduzir esses riscos a um nível aceitável.
37
Função da avaliação de risco
Coletar informações, avaliá-las e utilizá-las para implementar processos, procedimentos e tecnologias de controle dos riscos.
38
Ciiclo da Avaliação de Risco
Coletar informações Avaliar riscos Desenvolver uma estratégia de controle de risco Selecionar e implementar medidas de controle de risco Revisar os riscos e as medidas de controle de risco
39
Coletar informações
Serão identificadas as atividades realizadas, treinamento da equipe, agentes biológicos manipulados com suas formas de transmissão, formas de prevenção e tratamento, além das condições de infraestrutura do laboratório.
40
Avaliar riscos
É feita a identificação e avaliação dos riscos existentes no contexto, após reunir todas as informações disponíveis sobre as circunstâncias do trabalho a ser executado.
41
Avaliação de Risco passo 1
Você precisa determinar a probabilidade de ocorrência de uma exposição e/ou liberação de um agente biológico e da gravidade das consequências associadas.
42
Avaliação de Risco passo 2
Estabelecer como a probabilidade e a consequência contribuem para o risco inicial do trabalho a ser executado. Ou seja, você vai determinar qual(is) risco(s) uma situação específica apresenta.
43
Avaliação de Risco passo 3
Com base nas informações coletadas na avaliação de risco, decidir se esses riscos são aceitáveis ou não, antes de prosseguir com o trabalho.
44
Desenvolver estratégia de controle de riscos
Reduzir todos os riscos iniciais a um nível aceitável e permitir que o trabalho prossiga com segurança.
45
Eliminação - Redução de risco
Consiste na eliminação do perigo, seja através da utilização de um agente biológico inativado ou da utilização de um substituto inofensivo.
46
Redução e Substituição - Redução de risco
Consiste na redução do risco através da substituição por um agente biológico atenuado ou menos infeccioso, redução do volume/título que está sendo usado, ou mudança no procedimento para um que seja menos perigoso.
47
Isolamento - Redução de risco
Consiste em isolar o perigo, visto que nem sempre é possível eliminar ou reduzir, principalmente em um ambiente clínico, portanto, a alternativa é isolar o(s) agente(s) biológico(s) (por exemplo, em um dispositivo de contenção primária).
48
Proteção - Redução de risco
Consiste em proteger a equipe e o meio ambiente através da utilização de controles de engenharia (por exemplo, Cabine de Segurança Biológica - CSB), Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e vacinação da equipe.
49
Conformidade - Redução de risco
Consiste em ter controles administrativos e uma gestão efetiva do programa de biossegurança, tais como: boas práticas e procedimentos microbiológicos observados pela equipe, boa comunicação de perigos, riscos e medidas de controle de risco, treinamento apropriado, Procedimentos Operacionais Padrão (POP), uma cultura de segurança estabelecida.
50
Risco residual
Mesmo depois que uma medida de controle for selecionada, um certo grau de risco ainda continuará presente.
51
Requisitos essenciais
Adoção de um conjunto básico de princípios, tecnologias e práticas de biossegurança para atuar como medidas de controle de risco, a fim de garantir que todo o trabalho permaneça abaixo do aceitável.
52
O que se deve fazer nos casos em que os riscos iniciais caem em categorias superiores?
Nesse caso, uma seleção de medidas de controle de risco será necessária, além dos requisitos essenciais. As medidas de controle adicionais, selecionadas para reduzir o risco residual a um nível aceitável, são consideradas medidas intensificadas de controle.
53
Revisar os riscos e as medidas de controle de risco
Deve ser feita revisão rotineira das avaliações de risco, com a consequente alteração quando necessário, levando em consideração novas informações sobre o agente biológico, as mudanças nas atividades ou os equipamentos do laboratório ou do estabelecimento de saúde e novas medidas de controle de risco que possam ser aplicadas.
54
Mas como devo fazer a revisão dos riscos e das medidas de controle?
Você deve realizar inspeções, revisão e auditoria de processos para confirmar se as medidas adotadas foram efetivas e se o treinamento foi realizado de forma adequada. Isso também proporcionará uma oportunidade para que melhorias sejam feitas nos processos.
55
Principais EPI utilizados
Luvas de procedimento Jaleco/Avental Protetor facial Oculos de segurança Máscaras cirúrgicas Mascaras N95/PFF2 Touca descartavel Sapatilha/Propé
56
Cabines de segurança biológica - EPC
São equipamentos com sistemas de filtração de ar que protegem o profissional, o material que está sendo manipulado e o ambiente laboratorial dos aerossóis potencialmente infectantes, os quais podem se espalhar durante a manipulação de materiais biológicos.
57
Chuveiros de emergência e lava-olhos - EPC
EPC para acidentes com produtos químicos ou com material biológico que o profissional pode acionar para minimização de danos no corpo ou olhos.
58
Extintores de Incêndio - EPC
Devem estar disponíveis no laboratório para controlar incêndios. O ambiente laboratorial possui diversos tipos de materiais que podem entrar em combustão, sendo os extintores mais adequados de pó químico ou gás carbônico.
59
EPC
Equipamentos de contenção que possibilitam a proteção do trabalhador, da comunidade e do meio ambiente em uma determinada área.
60
EPI
São barreiras primárias que podem reduzir ou eliminar a exposição individual a agentes potencialmente perigosos.
61
O que fazer caso ocorra derramamento de agente biológico?
1 - Conter o material contaminado; 2 - Cobrir com toalha de papel ou gaze; 3 - Despejar solução de hipoclorito de sódio com concentração 0,5 a 1% de cloro ativo por cima; 4 - Deixar o desinfetante agir por 20 minutos, pelo menos; 5 - Se houver material quebrado, recolher com o auxílio de pinça e pá de lixo; 6 - Recolher o restante com um pano ou papel toalha; 7 - Descartar como resíduo infectante em saco branco.
62
O que fazer caso o acidente seja com perfurocortante?
Você deve procurar serviço especializado para testagem de hepatites virais e HIV e seguir a orientação médica para início da profilaxia pós-exposição, com uso de medicações anti-HIV até 72 horas após o acidente.
63
O que fazer em caso de derramamento de reagentes químicos?
1 - Se atingir os olhos, enxágue-os por 15 minutos com água fria; 2 - Interromper imediatamente o trabalho e retirar todas as pessoas do laboratório; 3 - Isolar a área; 4 - Utilizar mantas absorventes ou areia absorvente para conter o derramamento; 5 - Abrir as portas/janelas e ligar o exaustor, se disponível; 6 - Encaminhar funcionários para o Núcleo de Saúde do Trabalhador ou acionar o SAMU (Se for o caso) 7 - Informar ao médico o produto químico envolvido no acidente.
64
Como saber manusear os reagentes de uso do laboratório?
Todos os reagentes de uso do laboratório devem ser tratados de acordo com a orientação da Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), que deve estar disponível no espaço, sendo responsabilidade da gerência/direção garantir esse processo.