Neonatologia Flashcards

1
Q

Como classificar o RN?

A

Idade gestacional

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2
Q

Como calcular a idade gestacional?

A

DUM/USG

EF: Capurro e Ballard

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Q

Qual a limitação do método de capurro para definir a idade gestacional?

A

Capurro não é adequado para pré-termo, principalmente abaixo de 29 semanas. Nesse caso é indicado Ballard

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4
Q

Como classificar o RN conforme a idade gestacional?

A
≥ 42s: pós termo
37-41s6d: termo
< 37 s: pré termo
- < 28s: pré termo extremo
- 34 a < 37s: tardio
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5
Q

Como classificar o RN conforme o peso de nascimento?

A

< 2.500g: baixo peso
< 1.500g: muito BP
< 1.000g: extremo BP

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6
Q

Como classificar o RN conforme o peso x idade gestacional?

A

Gráficos de percentil do peso x IG
percentil 90: >p90 - GIG
AIG: entre p10 e p90
abaixo do percentil 10: PIG

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7
Q

Como deduzir em média se a criança é AIG, GIG ou PIG?

A

Se a criança nasce a termo e pesar menos de 2kg vai ser PIG

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8
Q

O que são infecções congênitas?

A

Infecções transmitidas via hematogênica transplacentária

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9
Q

Quando suspeitar de infecção congênita²

A

RN na maioria é assintomático, pois geralmente a infecção é transmitida no final da gestação (final da gravidez transmissão maior), mas a gravidade é menor
Suspeita com doença ou sorologia materna

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10
Q

Quais são as manifestações clínicas das infecções congênitas?

A
  • Quadro antenatal: RN PIG, CIUR, prematuridade
  • quadro inespecífico ou específico
    (em todas as infecções pode ter manifestações viscerais (hepatomegalia), ocular (coriorretinite, catarata), neurológico (microcefalia, hidrocefalia), cutâneo, medular (refletem no hemograma)
  • sequelas
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11
Q

Como interpretar a presença de IgM e IgG nos RN?

A

A IgM não atravessa a placenta pois é muito grande,
se RN com IgM positiva - infecção
RN com IgG - pode ser materna

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12
Q

Quais as infecções congênitas mais comuns?

A
Sífilis
toxoplasmose
citomegalia
rubéola
varicela
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13
Q

Qual estágio da sífilis é mais comum a transmissão para o RN?

A

A sífilis primária é a que mais transmite para o feto e assim, suscessivamente

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14
Q

Qual a clínica da sífilis congênita precoce?

A

Sífilis precoce (<2 anos):

  • rinite (serosanguinolenta) - pode causar destruição da mucosa nasal
  • placas mucosas
  • condiloma plano (o mesmo da sífilis 2ª)
  • lesões cutâneas - contagiosas- (exantema maculopapular semelhante ao da sífilis 2ª. Mas o exantema mais característico é o pênfigo palmoplantar)
  • Lesões ósseas (inflamação óssea, periostite - Pseudoparalisia de Parrot: diminuição da movimentação dos membros devido a dor)
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15
Q

Qual a clíínica da sífilis congênita tardia (> 2 anos)?

A

Processo cicatricial (sequelas)

  • Nariz em sela (achatamento da base nasal)
  • Rágades (sulcos cutâneos secundário as placas mucosas)
  • Fronte olímpica (abaulamento do osso frontal)
  • Tíbia em sabre
  • alterações dentárias (Dentes de Hutchinson - incisivo central deformado- e molar em amora)
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16
Q

Como investigar sífilis congênita?

A
Na suspeita... sempre:
VRDL (não treponêmico) -> sangue periférico
em alguns casos: 
- hemograma: anemia, plaquetopenia, leucopenia ou leucocitose
- líquor: para descartar neurossífilis
vdrl +, céls > 25, Ptn > 150
- Rx ossos longos 
- avaliação auditiva/visual
- avaliação hepática/eletrólitos
- rx de tórax
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17
Q

Como avaliar a indicação de solicitar os exames da sífilis congênita completos ou só alguns?

A

Conforme foi realizado o tratamento da gestante

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18
Q

O que é considerado tratamento de sífilis na gestante adequado?

A
  • Penicilina Benzatina
  • adequado para a fase (doses e intervalos)
  • iniciado até 30 dias antes do parto (para garantir o tratamento do feto)
  • avaliado risco de reinfecção
  • queda do VDRL documentada
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19
Q

Como conduzir um RN de mãe não tratada ou inadequadamente tratada?

A

Notificar sífilis congênita

Realizar todos os exames e tratar todos os casos

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20
Q

Como realizar o tratamento do RN com sífilis congênita conforme o resultado dos exames?

A
  • líquor alterado:
    Penicilina cristalina IV 10d (única que atinge concentração no SNC)
    se por acaso não foi possível realizar a punção lombar, tratar como neurossífilis
  • Líquor normal e outra alteração:
    Penicilina cristalina IV 10d
    Penicilina procaína IM 10d (indicado pelo MS para fazer em hospital dia)
  • Assintomático e TODOS exames normais (VDRL -):
    Penicilina benzatina - dose única
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21
Q

Como conduzir RN de mãe adequadamente tratada?

A

VDRL RN sempre
VDRL ≥ materno em 2 diluições?
Sim -> sífilis congênita -> realizar DEMAIS exames e tratar 10 dias de penicilina (cristalina ou procaína, a depender do LCR)

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22
Q

Se o RN tiver um VDRL que não é maior que o materno em 2 diluições em mãe adequadamente tratada?

A

Exame físico

normal: acompanhamento
alterado: VDRL reagente: sífilis congênita - todos os exames (10 dias de tratamento a depender o LCR penicilina cristalina ou procaína)
alterado: VDRL não reagente: pensar em outras infecções

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23
Q

Como é feito o acompanhamento do RN com sífilis congênita?

A
  • Teste não treponêmico (VDRL): 1, 3, 6, 12 e 18 meses
    declinar aos 3 meses e não reagente aos 6 meses
  • No RN que teve neurossífilis: LCR 6/6m
  • Avaliação auditiva, visual e neurológica: 6/6m nos primeiros 2 anos de vida
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24
Q

Como a mãe pode transmitir toxoplasmose para o feto?

A

Só transmite a mãe que é agudamente infectada, a não ser que a mãe seja imunodeprimida e a infecção latente esteja reativada

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25
Q

Como é feito o diagnóstico de toxoplasmose na gestante? Como interpretar as sorologias?

A

IgM, IgG
A IgM pode ficar reagente por muito tempo, mesmo que a infecção não seja mais aguda.
No primeiro trimestre
- IgM - / IgG + : imune
- IgM +/ IgG - : repetir em algumas semanas -> IgM + IgG+ infecção aguda pelo toxoplasma
- IgM + e IgG +
realizar pesquisa do índice de avidez de IgG:
a avidez aumenta quando a infecção aconteceu há mais de 3/4m, o inverso não é necessariamente verdadeiro

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26
Q

Como é realizado o tratamento da gestante com toxoplasmose?

A
  • No momento do diagnóstico:
    Espiramicina (não trata o feto, apenas evita a infecção fetal, mas não passa pela placenta)
    + avaliar infecção fetal
    USG/PCR líquido amniótico
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27
Q

Se for confimada a infecção fetal pela amniocentese como realizar o tratamento?

A

Se infecção fetal:
(só pode ser feito após o 1° trim pelo risco de teratogenicidade)
Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico

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28
Q

Qual a clínica de toxoplasmose?

A

Tríade de Sabin:

  • coriorretinite (grave, que pode ser causa de cegueira)
  • Hidrocefalia
  • Calcificações difusas (por todo o parênquima - na toxo -> todo)
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29
Q

Como é feita a investigação de toxoplasmose congênita no RN?

A

(teste do pezinho pesquisa a IgM)

  • Sorologia IgG e IgM
  • neuroimagem + LCR
  • fundoscopia
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30
Q

Como é feito o tratamento do RN com toxoplasmose?

A

TRATAR TODOS OS RN INFECTADOS
(mesmo assintomáticos, pq se não tratada vai desenvolver sequelas com o passar do tempo)
- Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico (+no 1 ano de vida - para reduzir a parasitemia na corrente sanguínea)
- Corticoide
se coriorretinite grave
Ptn LCR > 1g/dl

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31
Q

Como é a transmissão da citomegalovirose congênita?

A

Infecção materna

aguda, reinfecçaão ou reativação!!!

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32
Q

Como é a clinica da citomegalovirose congênita?

A
  • Microcefalia
  • Rash petequial/purpúrico
  • Calcificações periventricular (Circunda o Meu Ventrículo)
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33
Q

Como é feita a investigação da citomegalovirose congênita?

A

Vírus urina/saliva (<3 semanas de vida, pois após esse período não é possível saber se for congênita)

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34
Q

Como é feito o tratamento da citomegalovirose congênita?

A

Somente nos casos mais graves
Ganciclovir por 6 semanas
Valganciclovir vo

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35
Q

Qual a principal sequela do CMV congênito?

A

Surdez neurossensorial

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36
Q

Por que é prescrito ácido folínico no tratamento da toxoplasmose?

A

Pois a sulfadiazina e a pirimetamina interferem no metabolismo da di-hidrofolato redutase, que é quem metaboliza o ácido fólico. Por isso deve ser dado outro metabólico q independe dessa enzima

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37
Q

O que deve ser pensado em um RN que se cansa após as mamadas?

A

Insuficiência cardíaca -> cardiopatia congênita

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38
Q

Quais as condições para acontecer síndrome da rubéola congênita?

A

Mulher com infecção aguda da rubéola durante a gestação

A síndrome da rubéola congênita só vai acontecer se a mãe contrair rubéola até 16 semanas de gestação

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39
Q

Qual a clínica da síndrome da rubéola congênita?

A
  • surdez
  • catarata
    pode ter coriorretinite (em sal e pimenta, igual da sífilis)
  • cardiopatia congênita
    PCA (persistência do canal arterial leva a uma sobrecarga de volume pulmonar)
    Estenose de artéria pulmonar
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40
Q

Quais as condições para a varicela congênita?

A

Em qualquer momento da gravidez o vírus pode passar pela placenta e causar infecção, mas para desenvolver síndrome da varicela congênita a gestante tem que ter < 20 semanas e ter varicela

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41
Q

Qual a clínica da síndrome da varicela congênita?

A

Lesões cicatriciais (costumam acompanhar o trajeto de dermátomos)
Hipoplasia dos membros
Costumam ter doença neurológica grave

42
Q

Como diferenciar os distúrbios respiratórios neonatais?

A

Quem?
História
- Idade gestacional, forma de parto, fatores específicos
Como a doença se manifesta?
Clínica
- Taquipneia, tiragem (retração), BAN, gemidos, cianose
- Evolução do quadro (como foi o aparecimento das manifestações, se foram progressivamente melhorando ou piorando)
Radiografia
- padrão infiltrado, expansibilidade pulmonar (hiperinsuflação, hipoinsuflação)

43
Q

O que é a síndrome do desconforto respiratório (doença da membrana hialina)?

A

É a diminuição de surfactante no interior dos alvéolos

44
Q

Como é a fisiopatologia da síndrome do desconforto respiratório?

A

A partir de 24 semanas de gestação, produz-se no interior dos alvéolos surfactante, ele evita o colapso dos alvéolos na expiração.
Os alveolos colabam e conforme a doença vai avançando vai sendo desenvolvidas atelectasias no parênquima pulmonar

45
Q

Quais os fatores de risco associado a síndrome do desconforto respiratório (doença da membrana hialina)?

A

Prematuridade (só tem quantidade de surfactante suficiente a partir de 34-35s) - quanto mais prematura maior o risco e maior a gravidade
Diabetes (a insulina em excesso é capaz de retardar a maturação pulmonar - surfactante em quantidade insuficiente) - GIG

46
Q

Quais os fatores de redução de risco da síndrome do desconforto respiratório (doença da membrana hialina)?

A

O Cortisol acelera a maturidade pulmonar fetal

  • ruptura prolongada das membranas (aumento de cortisol pelo estresse fetal)
  • estresse fetal crônico - restringe o crescimento PIG (filho de mãe hipertensa, usuária de drogas…)
47
Q

Como se manifesta a síndrome do desconforto respiratório (doença da membrana hialina)?

A

Início nas primeiras horas (apresenta melhora clínica após 3 dias de vida, em geral…)
desconforto respiratório clássico

48
Q

Como é a manifestação radiográfica da síndrome do desconforto respiratório do RN?

A

Padrão reticulogranular difuso (alvéolo com microatelectasia adjacente ao alvéolo hiperinsuflado) / aspecto de vidro moído
Formação de aerobroncograma (ar que contrasta com as áreas de microatelectasias)
Volume pulmonar diminuído (atelectasias)
As microatelectasias alveolares e o processo de colapso e expansão alveolar acumula uma quantidade de líquido nos alvéolos dando aspecto de hipotransparência pulmonar difusa

49
Q

Qual o tratamento da doença da membrana hialina (SDR do RN)?

A
Suporte
CPAP nasal (mantém a estabilidade alveolar - impedir o colapso alveolar e evitar a progressão da doença) - começar o mais precocemente possível
50
Q

Quais as indicações de ventilação mecânica na SDR do RN (doença da membrana hialina)?

A
  • acidose respiratória importante (marcador de hipoventilação - acúmulo de CO2)
  • hipoxemia mesmo com CPAP
  • apneia persistente
51
Q

Qual a outra possibilidade de tratamento da síndrome do desconforto respiratório do RN? E qual a via de administração?

A

Sufactante exógeno

Via intubação traqueal ou através de laringoscopia por meio de uma sonda

52
Q

Quais as indicações do uso do surfactante?

A

RN refratários aos tratamentos prévios, necessitam de IOT
RN com menos de 30s que julgo que tem mais risco de complicar, pode ser usada a técnica do INSURE (intubação/surfactante/extubação)

53
Q

Qual a estratégia mais importante para evitar as complicações da síndrome do desconforto respiratório do RN?

A

Uso precoce de CPAP nasal

54
Q

Por que é indicado o uso de antibióticos na síndrome do desconforto respiratório do RN?

A

Porque é muito difícil diferenciar do quadro de pneumonia bacteriana no RN

55
Q

Como pode ser feita a prevenção de síndrome do desconforto respiratório do RN?

A
Corticoide antenatal (um corticoide que atravesse a barreira hematoplacentária)
Surfactante ainda na sala de parto para RN com risco muito alto de DMH (não é muito mais usado pois está demonstrado que o CPAP iniciado precocemente é igualmente eficaz)
56
Q

Onde é o foco inicial da sepse neonatal?

A

Geralmente o foco inicial é pulmonar

57
Q

Como pode ocorrer a sepse neonatal precoce e quais as bactérias associadas?

A
Sepse precoce:
- ascendente (do trato genital feminino)
- intraparto (aspirou microorganismos no trato genital feminino
Strepto do grupo B (GBS)
S. agalactiae
enterobactérias
58
Q

Como pode ocorrer a sepse neonatal e quaistardia as bactérias associadas??

A

Nosocomial, comunitária
Staphylococcus (coagulase neg e S. aureus)
outros gram negativos

59
Q

Como diferenciar a sepse precoce da sepse tardia?

A

Até 48hrs - sepse precoce

a partir de 7 dias - sepse tardia

60
Q

Quais os fatores de risco para sepse neonatal?

A

Favorecem a sepse precoce:
Bolsa rota > 18 horas
Corioamnionite (a febre materna é um grande marcador clínico)
Colonização materna pelo GBS
Para sepse precoce e também tardia:
Prematuridade (precoce pois pode ser um sinal de infecção uterina)

61
Q

Como é a clínica da sepse neonatal?

A

Pode haver período assintomático (pois se for contaminada no canal do parto e demora até 48hrs para manifestar - maior diferença com alterações respiratórias puras q não tem período assintomático)
Desconforto respiratório
Alteração cardíaca, hipotermia, alteração no estado de alerta, doença sistêmica

62
Q

Quais os achados na radiografia de tórax da sepse neonatal?

A

Infiltrado reticulogranular difuso = DMH

63
Q

Quais exames adicionais para o diagnóstico de sepse neonatal?

A

Hemograma
(neutropenia e relação I/T ≥ 0,2)
PCR (serve para fazer seguimento da criança, se estiver piora do quadro vai ter aumento do PCR)

64
Q

O que é a relação I/T?

A

Relação entre os neutrófilos imaturos e os neutrófilos totais
se tiver aumento de formas jovens vai ter aumento na relação I/T (semelhante ao desvio para esquerda)

65
Q

Havendo suspeita de sepse neonatal, quais exames para identificação do agente?

A

Hemocultura
Cultura do LCR
Urinocultura ( não faz sempre, a princípio só na infecção tardia, a não ser que seja bebe com malformação do aparelho urinário já conhecida intraútero)

66
Q

Qual o tratamento empírico para sepse neonatal precoce?

A

Ampicilina + aminoglicosídeo

67
Q

Qual o tratamento empírico na sepse neonatal tardia?

A

Depende do padrão de bactérias no hospital

Lembrar q tem q cobrir staphylo (oxa, vanco para MRSA) junto em algo que cobre gram negativo

68
Q

Como é feita a prevenção de sepse por GBS em um RN ≥ 35s assintomático?

A

Sinais clínicos de doença?

  • sim -> hemoculturas, ATB…
  • não -> temperatura materna intraparto ≥ 38ºC?
  • sim -> hemoculturas, ATB… (não é consenso)
  • não -> profilaxia intraparto indicada para a mãe?
  • não -> cuidados neonatais de rotina
  • sim -> profilaxia intraparto feita de forma adequada?
  • sim -> cuidados neonatais de rotina
  • não -> observação clínica por 36-48hrs após o nascimento
69
Q

O que é a taquipneia transitória do RN (sd do pulmão úmido)?

A

Retardo da absorção do líquido pulmonar

70
Q

Qual a história do RN que desenvolve taquipneia transitória do RN?

A

Cesárea eletiva

A termo/ pré termo tardio (cesárea agendada)

71
Q

Qual a clínica da taquipneia transitória do RN?

A

Início nas 1ªs horas de vida
Desconforto leve/moderado
rápida resolução (< 72h)

72
Q

Quais são os achados radiológicos da taquipneia transitória do RN?

A

Pulmão encharcado
Congestão hilar (tentativa de reabsorver o líquido do trato respiratório)
Aumento da trama vascular
líquido cisural
Derrame
Cardiomegalia
Hiperinsuflação (por edema da pequena via aérea)

73
Q

Como é feito o tratamento da taquipneia transitória do RN?

A

Oxigenoterapia (< 40%)
Suporte
NÃO FAZER DIURÉTICOS (pois o mecanismo do edema não é por hipervolemia)

74
Q

Como é feita a prevenção da taquipneia transitória do RN?

A

Evitar cesarianas eletivas

75
Q

O que é o mecônio?

A

Mecônio: substância que é o somatório da descamação epitelial, enzimas digestivas, líquido deglutido, que se acumula desde o início da gestação no bebe
Na maior parte das vezes só é eliminado após o nascimento

76
Q

Qual a etiopatogenia da síndrome de aspiração meconial?

A

Se o feto passa por asfixia (sofrimento fetal), isso provoca o relaxamento do esfíncter anal e a eliminação do mecônio
A asfixia também aumenta os movimentos respiratórios -> aspiração do mecônio -> mecônio na traqueia -> após o nascimento aspiração para as vias aéreas inferiores
- obstrução expiratória (como se fosse aspiração de corpo estranho que funcionasse como obstrução parcial, funcionando como válvula)
- pneumonite química
-infecção secundária

77
Q

Quem é o paciente que tem síndrome de aspiração meconial?

A

Líquido amniótico meconial
Sofrimento fetal
Termo e pós termo (geralmente o prematuro não tem mecônio na ampola retal, pois a peristalse dele está ainda desorganizada)

78
Q

Quais os marcadores de síndrome de aspiração meconial?

A

Unhas impregnadas de mecônio
cordão umbilical impregnado de mecônio
Sinais de sofrimento fetal

79
Q

Qual a clínica da síndrome de aspiração meconial?

A

Início nas primeiras horas

desconforto GRAVE

80
Q

Qual o aspecto radiográfico da síndrome de aspiração meconial?

A

Infiltrado GROSSEIRO
pneumotórax (lesão de via aérea pela hiperinsuflação)
Volume pulmonar aumentado

81
Q

Qual o tratamento para a síndrome de aspiração meconial?

A

Suporte ventilatório

Surfactante (pois o mecônio causa uma inflamação tão intensa q pode reabsorver o surfactante)

82
Q

Qual a principal complicação da síndrome de aspiração meconial ?

A

Hipertensão pulmonar persistente

83
Q

Como ocorre a circulação fetal?

A

O sangue é oxigenado pela placenta
O pulmão apresenta alta resistência pois está colabado, o que impede o sangue de passar por ele
O AD e o AE são comunicados através do forame oval
A artéria pulmonar e a aorta são comunicadas pelo canal arterial
A região da aorta antes da chegada do canal arterial recebe sangue mais oxigenado, porque o sangue do canal vem da veia cava superior

84
Q

O que ocorre na hipertensão pulmonar persistente?

A

Não ocorre a redução da resistência no território vascular pulmonar mesmo após o nascimento
Com isso, como o canal arterial ainda ta pérvio, o sangue escolhe passar pelo canal arterial (shunt da direita para a esquerda)
Por causa do shunt, após o canal (pós ductal), a saturação é menor
Levando o estabelecimento de cianose
E diferença da satO2 pré e pós ductal
Tratamento: NO (oxido nítrico) inalatório - vasodilatador pulmonar

85
Q

Quais os elementos da triagem neonatal?

A

Teste do pezinho

teste do coraçãozinho

86
Q

Quais são as condições rastreadas no teste do pezinho?

A
HF, HF, HD, T
Hipotireoidismo congênito
Fenilcetonúria
Hemoglobinopatias
Fibrose cística
Hiperplasia adrenal congênita
Deficiência de biotinidase
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
87
Q

Com quantos dias é realizado o teste do pezinho?

A

3º-5º dia, até 30 dias

88
Q

Como é feito o teste do coraçãozinho?

A
Entre 24-48hrs de vida
SpO2 MSD (pré ductal) e MI (pós ductal)
89
Q

O que é avaliado no teste do coraçãozinho?

A

Para identificar cardiopatias dependentes do canal arterial

90
Q

O que é considerado um teste do coraçãozinho normal?

A

SpO2 ≥ 95% e diferença < 3%

91
Q

O que fazer se for encontrado alteração no teste do coraçãozinho?

A

Alteração: repetir em 1h

alteração confirmada: ecocardiograma

92
Q

Como é feito o teste da orelhinha?

A

A triagem feita nos recém nascidos sem fatores de risco é a pequisa de emissões otoacústicas

93
Q

Quais são as principais causas do teste do reflexo vermelho (teste do olhinho) alterado?

A

Catarata congênita, glaucoma congênito, retinoblastoma, inflamações intraoculares da retira e retinopatia da prematuridade estágio 5.
As alterações podem incluir opacidade ou reflexo assimétrico

94
Q

Em que consiste o BERA?

A

O potencial auditivo do tronco encefálico (BERA) consiste no registro das ondas eletrofisiológicas geradas em resposta a um som apresentado e captado por eletrodos colados na cabeça do recém-nascido e avalia a integridade neural das vias auditivas
É um método mais demorado, necessita de pessoal treinado e pode resultar em falsos positivos pela imaturidade do sistema nervoso na faixa etária de RN até 4 meses.

95
Q

O que pode interferir no teste do pezinho?

A

Transfusões sanguíneas
Se houver necessidade de transfusão o ideal é que o exame seja sempre coletado antes, ainda que isso implique em nova coleta posteriormente

96
Q

O que é a displasia broncopulmonar?

A

Condição de etiologia multifatorial, associada à presença de fatores que interferem no desenvolvimento adequado do pulmão imaturo de uma criança prematura, como exposição pulmonar prolongada ao oxigênio

97
Q

Como é feito o manejo pós alta hospitalar de crianças com displasia broncopulmonar?

A

Restrição moderada da ingesta hídrica - parece evitar o edema pulmonar, melhorar a função
Aumento do aporte calórico diário - suprir o aumento do consumo calorico provocado pela doença pulmonar (alimentos com maior densidade energética)
Habitualmente necessária a oferta de O2
Não são recomendados ATB profiláticos, sendo apenas feito o tratamento de possíveis exacerbações infecciosas
Realização da profilaxia para VSR com pavilizumabe nos 2 primeiros anos de vida, caso tenham necessitado de terapia nos 6 meses que antecederam o início da sazonalidade

98
Q

Quais os fatores de risco para displasia broncopulmonar?

A

Prematuridade, uso de O2, ventilação mecânica, infecção, persistência do Canal arterial, fatores genéticos

99
Q

Qual o quadro clínico da displasia broncopulmonar?

A

Variável

Taquidispneia, necessidade de O2 e suporte ventilatório em intensidade variável

100
Q

Quais os critérios para diagnóstico de displasia broncopulmonar?

A

Rn que permanece em oxigenoterapia por mais de 28 dias de vida
Doença é caracterizada como leve, moderada e grave de acordo com a necessidade de O2 com 36s de IG corrigida (para os que nasceram com menos de 32 sem) e 56 dias de vida para os que nasceram com >32 semanas.

101
Q

Quais os achados no RX de tórax da displasia broncopulmonar?

A

Enfisema intersticial, atelectasia com áreas de hiperinsuflação formações císticas