O3.2 Puerpério Flashcards

(52 cards)

1
Q

Fases do Puerpério

A
  • Puerpério imediato: 1º ao 10º dia
  • Puerpério tardio: 11º dia ao 45º dia
  • Puerpério remoto: >45ºdia
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2
Q

No puerpério fisiológico quando útero fica intrapélvico e o que estimula sua regressão?

A

1) Em torno de 2 semanas
2) Reflexo útero-mamário: ↑ocitocina
→ Ocorre ↓citoplasma das fibras musculares e não do nº de células

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3
Q

No puerpério fisiológico, o que é o globo de segurança de Pinard?

A

Útero contraído e de consistência firme

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4
Q

No puerpério fisiológico

1) Quando colo uterino estará fechado?
2) Como estará o aspecto externo do colo?

A

1) Após 1 semana

2) Aspecto em fenda transversa

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5
Q

No que consiste a “crise vaginal” que ocorre no puerpério fisiológico?

A

Atrofia vaginal nos primeiros 15 dias pós parto, secundária à diminuição de hormônios sexuais nessa fase.

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6
Q

Em quanto tempo após parto há retorno da ovulação, caso paciente não esteja amamentando?

A

6-8 semanas

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7
Q

Quais as etapas da lactação?

A
  • Mamogênese: ↑crescimento e desenvolvimento da mama
  • Lactogênese: início da lactação (apojadura), não depende de estímulo
  • Lactopoiese: manutenção da lactação, depende de estímulo
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8
Q

No puerpério fisiológico, como estará o débito urinário da mulher e por quê?

A

Diminuído: bexiga distendida (relaxamento da parede), resíduo urinário significativo, dilatação ureteral (pode ter até refluxo)

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9
Q

No puerpério fisiológico, como estão:

1) Débito cardíaco
2) Resistência vascular periférica

A

1) Aumentado: saída da placenta e diminuição da compressão aortocava
2) Aumentada: circulação placentária funcionava como shunt

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10
Q

Em que momento começa o puerpério?

A

Saída da placenta

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11
Q

Quando considerar hemorragia puerperal?

A
  • Parto vaginal: perda sanguínea >500ml
  • Parto cesáreo: perda >1000ml
    → Em geral associada à manifestações clínicas
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12
Q

Classificação da hemorragia puerperal

A
  • Primária/Precoce: até 24h

- Secundária/Tardia: >24h até 6-12sem

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13
Q

4 causas mais comuns de hemorragia puerperal

A
  • Tônus: hipo/atonia uterina (principal)
  • Trauma: laceração (2º lugar)
  • Tecido: restos ovulares
  • Trombo: coagulopatia
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14
Q

Com base no momento de ocorrência da hemorragia puerperal, quais principais causas:

1) Durante dilatação do colo e expulsão do feto
2) Secundamento
3) Quarto período (período de Greenberg)
4) Puerpério

A

1) Rotura uterina
2) Retenção placentária e inversão uterina
3) Hipo/atonia uterina e lacerações de trajeto
4) Restos ovulares, infecções e coagulopatias

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15
Q

Fatores de risco para Hemorragia Puerperal

A
  • Útero muito distendido: polidramnia, gemelaridade, miomatose uterina
  • Trabalho de parto prolongado ou taquitócito
  • Anestesia geral (halotanos)
  • Corioamnionite
  • Acretismo placentário: útero de couvelaire
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16
Q

Como prevenir atonia uterina?

A

Ocitocina 10UI IM após expulsão do feto (ou desprendimento do ombro)

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17
Q

Conduta na atonia uterina

A
M: massagem uterina
O: ocitocina (+/- misoprostol retal)
R: rafia b-lynch
R: rafia vascular (hipogástrica, ilíaca interna ou uterina): ligadura arterial
E: embolização de aa. uterinas
U: último passo é histerectomia
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18
Q

Na refratariedade às medidas clinicofarmacológicas na abordagem da atonia uterina, qual medida pode ser tentada antes das condutas cirúrgicas?

A

Balão de Bakri: insufla balão dentro do útero para tentar parar sangramento.

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19
Q

Complicações da hemorragia puerperal

A
  • Anemia
  • Insuficiência renal: pré-renal
  • CIVD
  • Insuficiências hepática e pulmonar
  • Sd. Sheehan
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20
Q

Como se manifesta clinicamente a Síndrome de Sheehan?

A

→ Pan-hipopituitarismo

  • Agalactia
  • Amenorreia e Atrofia genital
  • Hipotireoidismo
  • Insuficiência Adrenal
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21
Q

Por que a retenção placentária ou de restos ovulares causa hemorragia puerperal?

A

Dificuldade de contração miometrial adequada: endométrio não volta ao normal e há perdas sanguíneas constantes

22
Q

Tratamento da Retenção Placentária ou de Restos Ovulares.

A
  • Ocitocina
  • Extração manual (curagem): tirar placenta
  • Extração instrumental (curetagem): tirar restos ovulares
  • Histerectomia: refratariedade
23
Q

Fatores Predisponentes para inversão uterina

A
  • Tração excessiva de cordão umbilical
  • Hipo/atonia uterina
  • Esvaziamento rápido da cavidade uterina
24
Q

Para abordagem de qual situação indicam-se as seguintes manobras:

1) Hamilton
2) Taxe
3) Credé
4) Huntington

A

1) Hipo/atonia uterina: massagem do útero
2) Inversão uterina (clínico): reposicionamento do útero
3) Descolamento artificial da placenta: massagem no fundo uterino
4) Inversão uterina (cirúrgico): tração do fundo uterino com pinças de Allis

25
Além de uterotônicos e prostaglandinas, qual outro medicamento pode ser usado na abordagem (prevenção e tratamento) de hemorragia puerperal?
Ácido tranexâmico endovenoso
26
O que é morbidade febril puerperal?
→ Infecção Puerperal | Febre (≥38ºC) por mais de 48h a partir do 2º dia: no primeiro dia a febre pode ser fisiológica.
27
Forma clínica mais comum de Infecção Puerperal
Endometrite | - Outras: infecção de ferida operatória, mastites, infecções urinárias
28
Fatores de risco para infecção puerperal
- Cesariana: mais importante - Anemia - Desnutrição - RPMO - Múltiplos exames vaginais - Fissura mamária
29
Quadro clínico da endometrite
- Febre típica: >48h, a partir do 2º dia - Tríade de Bumm - Lóquios piossanguinolentos
30
No que consiste a Tríade de Bumm da infecção puerperal
- Útero amolecido - Útero subinvoluído - Útero doloroso
31
Qual agente etiológico deve ser coberto no tratamento de endometrite puerperal tardia (>10º dia)
Clamídia: burlou o resguardo
32
Profilaxia de Endometrite puerperal
- Antibioticoterapia na cesariana: já na indução anestésica ou após clampeamento do cordão - Evitar amniotomia - ↓toques vaginais - Antissepsia e assepsia - Correção de discinesias uterinas (evitar parto prolongado)
33
Conduta na Endometrite puerperal
- Internar - Estabilizar - Clindamicina + Gentamicina (+ Ampicilina se enterococo)
34
Até quando manter antibioticoterapia na endometrite puerperal
Após 72h com paciente afebril e assintomática: vai para casa sem atb.
35
Agente etiológico mais comum de infecção de parede abdominal pós cesariana
Staphylococcus aureus
36
Em casos de infecção puerperal tratada com atb mas com febre persistente (>48h): 1) Primeiro exame a pedir 2) Hipótese diagnóstica mais provável
1) USG pelve | 2) Abscesso pélvico
37
Quando pensar em Tromboflebite pélvica séptica, como complicação de endometrite puerperal?
→ Diagnóstico de Exclusão | - Pacientes em antibioticoterapia que tiveram remissão parcial dos sintomas mas mantém febre >48-72h.
38
Qual melhor exame para rastreio e confirmação de tromboflebite pélvica séptica, pós endometrite puerperal.
- Rastreio: usg com doppler de veia ovariana | - Confirmação: TC/RNM de pelve: dá o diagnóstico e avalia extensão do processo
39
Tratamento e prognóstico da tromboflebite pélvica séptica, pós endometrite puerperal.
- Manter esquema ATB e adicionar Heparina: melhor é HBPM | - Prognóstico é bom, geralmente não precisa operar
40
Quando pensar em embolia pulmonar séptica pós endometrite puerperal?
Febre + dispneia súbita, dor torácica + hemoptise
41
Qual bactéria mais associada ao choque séptico secundário à infecção puerperal
Escherichia coli
42
Quando pensar em sepse puerperal por Clostridium?
Infecções graves com presença de gás em tecidos: enfisema subcutâneo ou evidenciado pela imagem
43
Como diferenciar clinicamente ingurgitamento mamário de mastite puerperal?
Mastite apresenta sinais clássicos de inflamação: dor, calor, rubor
44
Tratamento ingurgitamento mamário
- Adequar amamentação: ↑ frequência, corrigir pega, ordenhar leite - Apoio psicológico à lactante - Melhorar sustentação da mama com sutiã adequado - Analgésicos e antitérmico
45
Como prevenir fissuras nas mamárias no período de amamentação
- Exposição da mama ao sol | - Lubrificação da mama com o próprio leite
46
Fatores de risco para mastite puerperal
- Idade <25 anos - Primípara - Fissura mamária - RN com infecção na rinofaringe
47
Tratamento da mastite puerperal
- Analgésicos, antitérmicos - Antibiótico 7 a 14d: cefalosporina 1ª geração - Manter amamentação - Melhorar sustentação da mama com sutiã adequado
48
Quando suspender amamentação nos casos de abscesso mamário
- Drenagem purulenta pela papila | - Incisão cirúrgica próxima ao mamilo
49
Qual distúrbio psiquiátrico mais comum no puerpério?
Disforia pós-parto (blues puerperal): ocorre em até 60% das puérperas
50
Clínica da Disforia pós-parto
- Labilidade emocional: choro fácil, acha que não é boa o suficiente - Gosta do recém nascido, tem vontade de amamentar - Autolimitada: até 2ª semana
51
Dentre os distúrbios psiquiátricos típicos do puerpério, qual contraindica a amamentação?
Psicose puerperal grave
52
Justificativa fisiopatológica para os distúrbios de humor no puerpério imediato
↓Estrogênio/progesterona → ↑ MAO (enzima monoamina-oxidase → ↓ serotonina/noradrenalina