OBS04 - Avaliação Inicial da Gestação Flashcards

1
Q

Quais são os estágios iniciar de evolução celular após a fecundação? Em qual estágio ocorre a entrada na cavidade uterina? Em qual estágio ocorre a nidação?

A
  • Após fecundação: Zigoto → 2 células → 4 células → 8 células.
  • 3º dia: Mórula (entra na cavidade uterina).
  • 4º dia: Blastocisto
  • 6º dia: nidação no estágio de Blastocisto (início da gestação).
    > Momento da implantação.
    > Diferenciação das células (embrioblasto e trofocele).
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2
Q

Quais exames laboratoriais podem auxiliar no diagnóstico de gravidez?

A
  1. hCG:
    - Glicoproteína produzida pelo trofoblasto, mantém corpo lúteo.
    - Duplica a cada 48-72h.
    - Subunidade beta é mais específica.
    - Testes imunológicos
  2. Testes:
    2.1 - Testes imunológicos (TIG):
    - Anticorpos contra hCG humano na urina.
    - Qualitativo (sim/não).
    - Não é tão acurado.

2.2 - Testes radioimunológicos:
- Competição do hormônio com traçador.

2.3 - ELISA:
- Hormônio ligado a enzima, produto colorido.
- Mais utilizado.
- É quantitativo e mais acurado.

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3
Q

Quais são os sintomas iniciais e os sinais de gestação? O que significa cada um desses epônimos abaixo?

Epônimos:
- Tubérculos de Montgomery;
- Rede de Haller;
- Sinal de Hunter;
- Sinal de Hegar;
- Sinal de Hartmann;
- Sinal de Osiander;
- Sinal de Hozapfel;
- Sinal de Piskacek;
- Sinal de Nobile-Budin;
- Regra de Goodel;
- Sinal de Jacquemier (Chadwick);
- Sinal de Kluge;
-Sinal de Puzos.

A
  1. Sintomas iniciais: inespecíficos.
    - Náuseas e vômitos.
    - Sensibilidade mamária as vezes 1º sintoma).
    - Frequência urinária aumentada.
    - Constipação intestinal.
    - Tontura.
    - Sonolência e fadiga.
  2. Sinais de gestação:
    - Atraso menstrual.
  • Alterações cutâneas:
    > Estrias (mais presente em abdômen).
    > Cloasma/melasma (manchas hipercrômicas principalmente em face).
    > Linha nigra.
  • Alterações mamárias:
    > Tubérculos de Montgomery (hipertrofia das glândulas mamárias).
    > Rede de Haller (vascularização mais visível da mama).
    > Sinal de Hunter (aréola secundária bem desenvolvida).
  • Aumento do volume abdominal.
  • Aumento do volume uterino:
    > 12 semanas = altura do púbis (sai da cavidade pélvica).
    > 16 semanas = entre 12-20 semanas
    > 20 semanas = altura da cicatriz umbilical
    > 40 semanas = altura do apêndice xifoide.
  • Sinal de Hegar: istmo amolecido ao toque bimanual (sinal do “eca” do útero está mole).
  • Sinal de Hartmann: sangramento na implantação (pode confundir com menstruação).
  • Sinal de Osiander: pulso da artéria vaginal.
  • Sinal de Hozapfel: peritônio rugoso.
  • Sinal de Piskacek: útero assimétrico (útero pisca = assimétrico).
  • Sinal de Nobile-Budin: preenchimento do fundo de saco ao toque.
  • Regra de Goodel: amolecimento do colo uterino.
  • Sinal de Jacquemier (Chadwick): coloração violácea da mucosa vulvar.
  • Sinal de Kluge: coloração violácea da mucosa vaginal.
  • Ausculta dos batimentos fetais:
    > +/- 12 semanas com Sonar.
    > +/- 20 semanas com Pinar.
  • Percepção dos movimentos fetais (examinador).
  • Sinal de Puzos: rechaço fetal ao toque vaginal (a partir de 14 semanas).
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4
Q

Quais são os sinais clínicos de presunção/possibilidade, de probabilidade e de certeza de gravidez?

A
  • Sintomas/sinais de presunção ou possibilidade:
    > Sinais sistêmicos (ex.: náuseas, polaciúria…).
    > Tudo o que é percebido pela mãe (inclui percepção materna de movimentos fetais).
  • Sinais de probabilidade:
    > Modificações uterinas, vaginais e vulvares (ex.: aumento do volume uterino, alterações na vulva e vagina…).
  • Sinais de certeza: percepção e palpação departes fetais pelo examinador e batimentos cardíacos fetais (ex.: sinal de Puzos).
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5
Q

Para que serve a USGTV no diagnóstico da gestação? O que esperamos encontrar na imagem de uma gestação de 4, 5 e 6-7 semanas? Qual a correspondência entre o valor do BHCG e a imagem na USGTV? O que é limite discriminatório do beta-hCG?

A
  1. USG Transvaginal:
    1.1 - Utilidade:
    - Melhor exame até a 12-14 semanas para ver o feto.
    - Melhor parâmetro para avaliar idade gestacional (IG):
    > Comprimento cabeça-nádega (CCN): 12-14 semanas.
    > Erro máximo de 7 dias.
    > Se IG bater com a DUM, seguir DUM. Se for diferente, seguir IG pela USGTV.

2.2 - Evolução da gravidez:
- Saco gestacional: 4 semanas.
- Vesícula vitelina (anel hiperecogênico): 5 semanas.
- Batimentos cardíacos fetais: 6-7 semanas.

*USG abdominal vê tudo, mas com atraso de 1 semana em relação ao USGTV.

**Se saco gestacional maior que 25mm e não for possível visualizar embrião, é aborto retido.

***A vesícula vitelínica serve de nutrição para o embrião até a placenta assumir essa função.

  1. Em relação ao Beta-hCG e a USGTV:
    1.000 mUI/mL —> Saco gestacional
    7.200 mUI/mL —> Vesícula vitelínica
    10.800 mUI/mL —> Embrião com BCF
  • Limite discriminatório: beta-hCG 1.500 mUI/ml, tem que ver saco gestacional. Caso não veja na USGTV, gestação de localização desconhecida.
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6
Q

O que é a regra de Nagele? Para que ela serve e como podemos utiliza-la? E a regra de McDonald?

A
  1. Regra de Nagele: cálculo da data provável do parto a partir da DUM.
    - Somar 7 ao número de dias (cuidado com as trocas de meses).
    - Diminuir 3 (meses posteriores a março) OU somar 9 ao número do mês.

*Lembrar de adicionar um ao ano após diminuir 3 nos meses posteriores a março.

  1. Regra de McDonald: calcular a IG pela altura do fundo uterino (pouco acurado).
    IG = fundo uterino x 8
    ————————–
    7
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7
Q

O que é hiperêmese gravídica? Qual o quadro clínico dessa doença? Quais os achados laboratoriais e quais condutas devem ser tomadas? Quais as possíveis complicações?

A
  1. Quadro clínico:
    - Perda de peso (> 5%).
    - Desidratação.
  2. Laboratório:
    - Hipocalemia.
    - Alcalose metabólica hipoclorêmica.
    - Cetose e cetonúria.
  3. Conduta (nos casos graves):
    - Medidas gerais:
    > Hidratação venosa.
    > Reposição de Tiamina (Vitamina B1)
    > Zerar dieta inicialmente e progredir conforme aceitação.
    - Antieméticos parenterais.
    - Correção de distúrbios hidroeletrolíticos.
  4. Complicações:
    - Encefalopatia de Wernicke-Korsakoff.
    - Síndrome de Mallory-Weiss.
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8
Q

Quais modificações acontecem no organismo materno nos sistemas osteoarticular, metabólico e gastrointestinal?

A
  1. Osteoarticulares:
    - Acentuação da lordose lombar: mantém equilíbrio antero-posterior.
    - Dores lombares e cervicais.
    - Marcha anserina (base alargada): mantém equilíbrio latero-lateral.
    - Relaxamento articular (progesterona).
  2. Metabólico:
    - Estado diabetogênico:
    > Hipoglicemia de jejum.
    > Hiperglicemia pós-prandial.
    > Hiperinsulinemia.
    - Lipólise (aumento de colesterol e triglicerídeos).
    - Uso de ácidos graxos e corpos cetônicos.

*A gestante faz hipoglicemia de jejum, pois preferencialmente transfere a glicose para o feto. Ao se alimentar, fará hiperglicemia pós-prandial, pois há maior circulação de hormônios contra-insulínicos (ex.: lactogênio placentário) que bloqueiam o uso periférico de insulina, causando hiperinsulinemia.

  1. Gastrointestinal:
    - Aumento da pirose.
    - Hiperemia gengival.
    - Aumento da fosfatase alcalina (produzida pela placenta).
    - Redução do esvaziamento gástrico (efeito da progesterona).
    - Redução do peristaltismo (efeito da progesterona).
    - Redução da contração da vesícula biliar (aumenta risco de litíase).

*Em casos de suspeita de litíase biliar não usar a fosfatase alcalina como parâmetro, pois a mesma encontra-se naturalmente aumentada na gestação.

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9
Q

Quais modificações acontecem no organismo materno nos sistemas cardiovascular, hematológico e urinário?

A
  1. Cardiovascular:
    - Aumento da frequência cardíaca (10-15 bpm).
    - Aumento do débito cardíaco (redução da pós carga pela placenta que funciona como uma “fístula arterio-venosa”).
    - Aumento da pressão venosa (varizes MMII e hemorróidas).
    - Redução da resistência vascular periférica.
    - Redução da PAS (3-4 mmHg) e da PAD (10-15 mmHg).

*O débito cardíaco tem seu pico máximo no pós parto imediato, com posterior redução.

*A pressão arterial reduz no primeiro e no segundo trimestres e volta a níveis pré-gravídicos no terceiro trimestre. Por isso, é possível retirar anti-hipertensivos a depender da dose, do medicamento e dos valores da PA, caso seja retirado é provável precisar retorna-los no terceiro trimestre.

  1. Hematológico:
    - Aumento do volume plasmático (40-50%).
    - Aumento do volume eritrocitário (20-30%). “Anemia fisiológica”.
    - Leucocitose (sem aumento de bastões).
    - Aumento do fibrinogênio dos fatores de coagulação (VII, VIII, IX e vW).
    - Redução da viscosidade sanguínea.
    - Redução do hematócrito.
    - Redução quimiotaxia.
    - Redução sistema fibrinolítico.

*Essas medidas evitam sangramento no parto e pós-parto.

**Em valores absolutos há aumento do volume eritrocitário, mas como o volume plasmático aumenta mais mais, o valor relativo no hemograma (hematócrito) cai.

  1. Urinário:
    - Aumento da TFG (50%).
    - Aumento no diâmetro do ureter e da pelve renal (estase urinária, mais marcante a direita).
    - Redução da Ur e Cr.
    - Redução da reabsorção tubular de glicose (glicosúria fisiológica).
    - Redução do tônus vesical (incontinência urinária).

*Cr de 1 na gravidez já é preocupante.

**O aumento no diâmetro do ureter e da pelve renal não devem ser confundidos com nefrolitíase!

***O edema está associado ao hiperaldosteronismo secundário da gravidez (aumento da TFG = aumento da aldosterona para evitar perda volêmica = edema). Outros fatores que auxiliam na formação do edema: redução da pressão coloidosmótica e compressão do útero na veia cava inferior.

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10
Q

Quais modificações acontecem no organismo materno no sistema respiratório? Quais são as ações da progesterona no organismo materno?

A
  1. Respiratório:
    - Aumento do volume corrente (compensar perda do volume pulmonar pela elevação do diagragma).
    - Aumento da pO2 arterial.
    - Redução da capacidade residual funcional.
    - Redução da pCO2 arterial (valor de referência 20 mmHg).
    - Diminuição do bicarbonato sérico.

*Tendência na gasometria arterial: alcalose respiratória compensada = “fisiológica na gravidez”.

**Dispneia suave, gradual e sem outros sintomas pulmonares (ex.: tosse, esforço respiratório…) também pode ocorrer na gestação.

  1. Ações da progesterona:
    - Bronquiodilatação.
    - Relaxamento da junção esofagogástrica (pirose).
    - Retardo do esvaziamento gástrico.
    - Diminuição da paristalse.
    - Dilatação pielocalicial.
    - Vasodilatação.
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11
Q

Quando devemos iniciar o pré-natal? Qual o número mínimo de consultas a serem realizadas? E o número ideal? Quando elas devem ser realizadas?

A
  • Iniciado o mais rápido possível.
  • Mínimo de 6 consultas (OMS/MS):
    > Uma no 1º trimestre.
    > Duas no 2º trimestre.
    > Três no 3º trimestre.
  • Se possível (ideal):
    > Mensalmente até 28ª semana.
    > Quinzenalmente da 28ª até a 36ª semana.
    > Semanalmente da 36ª até a 41ª semana.

*Não pode deixar chegar as 42 semanas, encaminha com 41semanas a maternidade.

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12
Q

Quais são os exames solicitados no pré-natal? Em que período eles devem ser realizados?

A
  1. Exames obrigatórios:
    - Hemograma: 1ª consulta e 3º trimestre
    - Tipagem sanguínea e fator Rh: 1ª consulta.
    - Coombs indireto (se Rh -): 1ª consulta, 28, 32, 36 e 40 semanas.
    - Glicemia de jejum: 1ª consulta e 3º trimestre (se não houver condições de fazer o TOTG).
    - TOTG 75g: 24-28 semanas.
    - EAS com urocultura: 1ª consulta e 3º trimestre.
    - HBsAg, VDRL e Anti-HIV: 1ª consulta e 3º trimestre.
    - Toxoplasmose: 1ª consulta e a cada 2-3 meses.
    - Eletroforese de hemoglobina: recomendada pelo pelo MS como rotina, mas demais referências não preconizam.

*Algumas referências recomendam realizam o coombs indireto mesmo se Rh +.

**Algumas referências recomendam fazer imunoglobulina na 28ª semana da gravidez em casos de fator Rh - e coombs indireto também negativo (MS não segue essa linha). Caso seja realizado, o exame do coombs dará positivo após a medicação (reação com a imunoglobulina).

***O MS preconiza diagnóstico por isso realiza o HBsAg e não o anti-Hbs.

  1. Outros exames: não é rotina pelo MS.
    > Parasitológico de fezes.
    > Preventivo (seguir rastreio habitual do MS, coletar igual a não gravídica).
    > Ultrassonografia (ideal uma por trimestre, não é obrigatório pelo MS).

*Sorologia para Rubéola, CMV ou Hepatite C como rastreamento não são recomendadas pelo Manual do MS (não tem intervenção específica). O Manual de Infectologia recomenda rastrear Hepatite C para evitar transmissão vertical.

*USG: 1º trimestre) avaliar idade gestacional e formação fetal; 2º trimestre) morfológico; 3º trimestre) acompanhamento do crescimento.

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13
Q

Qual mnemônico nos ajuda a lembrar os exames solicitados na primeira consulta de pré-natal? E os exames solicitados no terceiro trimestre?

A
  1. Primeira consulta: TESTAR.
    Tipagem sanguínea e fator R +/- coombs indireto
    EAS e urocultura
    Sexuais (HIV, AgHbs e VDRL)
    Toxoplasmose
    Anemia (hemograma) e Açucar (glicemia em jejum)
    Repetir
  2. Terceiro trimestre: RESA.
    Repetir
    EAS e urocultura
    Sexuais (HIV, HnsAg e VDRL)
    Anemia (hemograma) e Acuçar (glicemia em jejum ou TOTG)

*Toxoplasmose repetir a cada 2-3 meses.

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14
Q

Ao se realizar o exame de toxoplasmose IgG e IgM em uma gestante quais resultados podemos encontrar? Quais as condutas frente a cada um desses resultados?

A
  1. IgG e IgM negativos:
    - Suscetível.
    - Repetir sorologia a cada 2-3 meses.
    - Medidas de prevenção:
    > Evitar contato com gatos.
    > Evitar comer carne crua, leite não pasteurizado.
    > Evitar contato com a terra.
    > Não comer vegetais com casca.
  2. IgG positivo e IgM negativo:
    - Paciente imune.
    - Não precisa repetir exame, exceto em paciente imunodeprimida.
  3. IgG negativo e IgM positivo:
    - Infecção aguda ou falso positivo.
    - Iniciar tratamento e repetir sorologia em 3 semanas OU solicitar IgA:
    > Sorologia após 3 semanas com IgG positivo: infecção nova, continua tratamento e rastreia feto.
    > Sorologia após 3 semanas com IgG negativo: falso positivo anterior, suspender tratamento e repetir sorologia a cada três meses.
    > Em qualquer momento IgA positivo: infecção nova, continua tratamento e rastreia feto.
  4. IgG e IgM positivos:
    - Infecção aguda ou crônica.
    - ≤ 16 semanas: Teste de avidez
    > Baixa avidez (< 30%): infecção aguda.
    > Alta avidez (> 60%): infecção antiga
    - > 16 semanas: infecção aguda.

*Infecção aguda = tratar a gestante e investigar o feto!

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15
Q

Em casos de infecção aguda por toxoplasmose confirmada na gestação qual deve ser a conduta?

A
  1. Investigação fetal:
    - PCR do líquido amniótico (amniocentese): entre 16-18 semanas.
    - USG mensal (pouco acurado).
  2. Tratamento:
    - Sem infecção fetal: Espiramicina (trata mãe e evita transmissão vertical, mas não trata bebê).
    - Com infecção fetal/não é possível descartar: Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido folínico (esquema tríplice).

⚠️ MS 2020 ⚠️
Tratamento no diagnóstico recente de toxoplasmose (sem investigação fetal):
- Até 16 semanas: começa com espiramicina.
- Após 16 semanas: começa com esquema tríplice.
> Se descartada infecção, troca por Espiramicina.
> Se confirmada infecção, mantém esquema tríplice.

*Manter tratamento até o parto.

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16
Q

Quais vacinas são recomentadas durante a gestação? Como elas deve ser administradas? Quais vacinas são contraindicadas na gestação?

A
  1. Recomendadas:
    - Tétano (dT).
    > Completar esquema: 3 doses espaçadas por no mínimo 20 dias cada dose.
    > Dose adicional de reforço após 5 anos.
  • Coqueluche (dTpa):
    > dT completo, duas doses ou reforço: a partir da 20ª semana até 20 dias antes do parto (proteger bebê da coqueluche).
    > Uma dose de dT: fazer uma dose de dT e uma dose de dTpa.
    > Não vacinadas para dT: fazer duas doses de dT e 1 dose de dTpa.

*A dTpa independente do esquema sempre respeita o tempo preconizado de 20ª semana até 20 dias antes do parto para proteger bebê da coqueluche.

  • Influenza: nas campanhas anuais.
  • Hepatite B: para todas as gestantes não vacinadas.
  1. Contraindicadas: organismos vivos ou atenuados.
    - Rubéola, Sarampo e Caxumba (MMR).
    - Varicela.
    - Sabin.
    - BCG.
    - Febre amarela*.
    *Exceto em situações de exposição (viagem inadiável para área endêmica ou pertencente de área endêmica).
17
Q

Quais são as recomendações para o uso de ferro e ácido fólico na gestação?

A
  1. Ferro profilático (Hb > 11 mG/dL): 40-60 mg de Fe elementar a partir do 2º trimestre até 3 meses pós-parto (ou até parar de amamentar de maneira exclusiva).
  2. Ácido fólico profilático: 0,4 mg por dia, iniciar três meses antes da gestação e durar até término da gravidez (1º trimestre: evita defeito do tubo neural; após: evita anemia megaloblástica).
    - Se filho anterior acometido por defeito do tubo neural OU uso de anticonvulsivante: aumentar dose para 4 mg/dia.

*Outras vitaminas só devem ser realizadas após análise criteriosa da dieta com suplementação específica.

**Exercício físico e atividade sexuais normais.

18
Q

Para que serve e como é realizado o rastreamento para S. agalactiae? Qual a conduta após o rastreamento?

A
  • Prevenção da sepse neonatal pelo S. agalactiae.
  • Recomendado pelo CDC, mão é recomendado pelo Ministério do Saúde de rotina.
  • Feito apenas se disponível.
  1. Rastreamento:
    - Swab vaginal e retal entre 35-37 semanas (algumas referências falam a partir de 36 semanas).
    - Válido por 5 semanas.
    - Dispensável se (casos nos quais se fará profilaxia para GBS independente do resultado do Swab):
    > Sepse neonatal anterior por GBS.
    > Bacteriúria por GBS na gestação atual (mesmo negativando após tratamento).
  2. Conduta:
    - Swab positivo / Sem swab com fator de risco: Penicilina cristalina ou Ampicilina EV.

*Fatores de risco: trabalho de parto prematuro, febre intraparto (>38ºC) e amniorrexe > 18h.

*Penicilina cristalina na dose de 5 milhões de UI ataque + 2,5 milhões de UI de 4-4h até clampear cordão umbilical.

  • Swab negativo / Cesariana eletiva / Sem rastreio e sem fator de risco: não precisam de profilaxia.

*Cultura positiva anterior: controverso. Se swab negativo, não fazer profilaxia. Sem swab, fazer profilaxia (entra como novo fator de risco pelo CDC 2020). Antes desse documento de 2020 não era considerado fator de risco.

**Cesariana eletiva (sem trabalho de parto com bolsa íntegra), mesmo com Swab positivo não precisa fazer profilaxia.

19
Q

Para que serve o aconselhamento genético na gestação? Quais são os exames de rastreamento?

A

Rastrear (exames de rastreamento) e identificar (exames diagnósticos) anomalias congênitas.

  1. Exames de rastreamento:
    1.1 - Métodos biofísicos: USG.
    - Transluscência nucal:
    > Medição da prega no pescoço (parâmetro mais importante na USG).
    > Representação ultrassonográfica do pescoço alado (Sd. de Down, Sd. de Turner…).
    > Realizada entre 11-14 semanas.
    > Varia com outros fatores como a IG, o tamanho do feto…
    > Suspeita, no geral: TN ≥ 2,5mm.
  • Ducto venoso:
    > Adiciona mais um fator biofísico na avaliação de anomalia fetal.
    > Marcador indireto de cardiopatia congênita.
  • Osso nasal
    > Também acessório a transluscência nucal.

1.2 - Métodos bioquímicos:
- Entre 11 a 14 semanas:
> Junto com o biofísico.
> Teste duplo: hCG + PAPP-A.

*Síndrome de Down: ⬆️ hCG e ⬇️ PAPP-A.

  • Entre 15 a 18 semanas:
    > Tardio, pouco uso na prática.
    > Teste triplo: hCG + AFP + Estriol.
    > Teste quádruplo: hCG + AFP + Estriol + inibina A.
  • NIPT (não invasivo):
    > Avalia o DNA fetal livre na circulação materna.
    > Não é definitivo, pois não vê o cariótipo.
    > Exame caro e pouco disponível.

*Os exames de rastreio servem para indicar ou não os exames diagnósticos, que são mais invasivos. Nenhum exame de rastreamento define doença.

**Além de exames de rastreio alterados, história familiar de doença genética ou casal com alguma doença/mutação genética também entram nas indicações de testes diagnósticos.

20
Q

Quais são os exames diagnósticos usados no aconselhamento genético na gestação?

A
  1. Biópsia de Vilo Corial:
    - Invasivo e definidor (perda fetal de cerca de 1%).
    - Exame mais precoce (feito entre 10-13ª semana).
    - Taxa de perda maior que a amniocentese, mas é relativamente seguro.
    - Feito por via transabdominal ou transcervical.
    - Visualiza vilo corial (placenta rudimentar).
  2. Amniocentese:
    - É o mais seguro (menor taxa de perda, cerca de 0,5%) e o mais realizado.
    - A partir da 14-16ª semana
    - Aspira 20mL de líquido amniótico e envia para análise.
  3. Cordocentese:
    - A partir da 18ª semana.
    - Maior taxa de perdas (2-3%) e de mais difícil execução.
    - Pouco usado na prática (aminiocentese é preferível).
    - Ocorre uma punção do cordão umbilical com aspiração de sangue e envio do material para análise.