P2: Endocrinologia Flashcards

(92 cards)

1
Q

Quais são os 4 Ps do DM?

A

Poliúria
Polidipsia
Polifagia
Perda ponderal

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Q

Quais os achados para confirmar o diagnóstico de DM?

A

Sinais e sintomas
Exame complementar
Teste confirmatório

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Q

Quais os exames que podem ser usados no diagnóstico de DM?

A

Hb glicada
Glicemia de jejum
Glicemia ao acaso
Teste de tolerância à glicose (TTG)

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4
Q

Qual o valor médio de aumento na glicemia após refeições “permitido” pelo pâncreas saudável?

A

Aumento de 40-60 mg/dL.

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5
Q

Qual a conduta para casos de manifestações leves e HbA1c < 7,5%?

A

Modificação de estilo de vida + Monoterapia com Metformina.

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6
Q

Qual a conduta para casos de manifestações moderadas e HbA1c entre 7,6 e 9%?

A

Modificação de estilo de vida + Metformina + Outro hipoglicemiante

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7
Q

Qual a conduta para casos de manifestações graves e HbA1c > 9,0%?

A

Modificação de estilo de vida + Insulina OU agonista de receptor de GLP-1

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8
Q

Qual a conduta para casos de glicemia > 300 mg/dL?

A

Modificação de estilo de vida + Hospitalização.

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9
Q

Em diabéticos idosos e/ou pessoas com comorbidades, deve-se ter metas de glicemia mais flexíveis ou mais rígidas, em relação aos outros diabéticos?

A

Metas mais flexíveis, para se evitar hipoglicemia.

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10
Q

Qual a meta de HbA1c em diabéticos?

A

Em torno de 7%.

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11
Q

Qual a meta de glicemia de jejum em diabéticos?

A

Menor que 100 mg/dL (tolerar até 130).

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12
Q

Qual a meta de glicemia pós-prandial em diabéticos?

A

Menor que 160 mg/dL (tolerar até 180).

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13
Q

Em pacientes diabéticos muito jovens, deve-se ter metas mais flexíveis ou mais rígidas?

A

Mais flexíveis, para se evitar hipoglicemia.

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14
Q

Sulfoniluréia pode gerar _____ de peso.

Metformina pode gerar _____ de peso.

A

Sulfoniluréia pode gerar ganho de peso.

Metformina pode gerar perda de peso.

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15
Q

Deve-se usar Metformina imediatamente em casos graves agudos?

A

Não, pois ela pode gerar ácido lático (acidose).

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16
Q

A Metformina gera efeitos colaterais em qual sistema? É pra sempre? Como atenuar esses efeitos?

A

Sistema digestório. Geralmente, apenas nos primeiros dias de tratamento. Deve-se tomar o medicamento às refeições.

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17
Q

Pode-se indicar Metformina para gestantes?

A

Teoricamente, não.

Na prática, sim.

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18
Q

Metformina tem efeitos adversos cardiovasculares?

A

Não. Pode ser benéfica para pacientes com risco cardiovascular.

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19
Q

Quais vitaminas a Metformina pode prejudicar a absorção?

A

B12 e B9 (folato).

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20
Q

Quais as contraindicações para Metformina?

A
Doença hepática
Insuf. renal (ClCr < 30)
DPOC
IAM em fase aguda
Etilismo
Sepse
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21
Q

O que pode acontecer em relação à digestão da Metformina?

A

A parte externa do medicamento pode sair nas fezes. É normal.

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22
Q

Qual é outra condição em que se pode utilizar Metformina?

A

SOP.

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23
Q

O que as sulfoniluréias fazem?

A

São secretagogos que estimulam a liberação de insulina pelo pâncreas.

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24
Q

As 3 sulfoniluréias disponíveis no BR?

A

Glibenclamida
Glicazida MR (a melhor)
Glimepirida

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25
É prioridade prescrever sulfoniluréias?
Não. Apesar de ser barata e disponível, é bom evitar prescrever.
26
Quais os efeitos colaterais das sulfoniluréias?
``` Hipoglicemia Ganho de peso Náuseas e vômitos Arritmias Prejuízo à angiogênese (CUIDADO SCA) ```
27
As sulfoniluréias têm ____ potência na redução da glicemia do que a Metformina.
As sulfoniluréias têm mais potência na redução da glicemia do que a Metformina.
28
Qual a primeira opção de anti-hipertensivo em pacientes diabéticos?
IECA/BRA, pois previnem nefropatia diabética. Mas devem ser suspensos em doenças renais agudas.
29
As glinidas têm ação semelhante a qual classe de antidiabéticos?
Sulfoniluréias.
30
As glinidas são utilizadas no mercado?
Não mais.
31
As tiazolidinedionas/glitazonas têm qual mecanismo de ação?
São sensibilizadoras à insulina.
32
Qual a principal tiazolidinediona/glitazona?
Pioglitazona.
33
Quais são os efeitos colaterais das tazolidinedionas/glitazonas?
Ganho de peso Edema Hepatotoxicidade
34
As tiazolidinedionas/glitazonas devem ser usadas em monoterapia?
Não, por conta dos efeitos colaterais (e do custo).
35
Quais as contraindicações das tiazolidinedionas/glitazonas?
ICC Hepatopatia Etilismo (!!!) Gestação (!!!)
36
Qual o mecanismo dos inibidores da alfa-glicosidase, e quais os efeitos colaterais principais dessa classe?
Eles inibem a digestão de oligo e polissacarídeos. Com isso, há efeitos colaterais no TGI (melhoram com 1-2 meses de uso).
37
Qual o único inibidor da alfa-glicosidase?
Acarbose.
38
Os inibidores da alfa-glicosidase são ____ usados.
São pouco usados. Praticamente não se usa.
39
Qual a melhor classe de antidiabéticos?
Os análogos de GLP-1.
40
Quais as classes de antidiabéticos orais?
``` São 8. Metformina Sulfoniluréias Glinidas Tiazolidinedionas/Glitazonas Inibidores da alfa-glicosidase Análogos de GLP-1 Inibidores da DPP-4 Inibidores da SGLT-2 ```
41
Como é o mecanismo dos análogos de GLP-1?
Liberação de insulina dependente de glicose, por estímulos indiretos.
42
O uso dos análogos de GLP-1 é por via oral?
Não, é subcutâneo. Porém, há avanços na invenção de uma versão oral.
43
Quais as contraindicações dos análogos de GLP-1?
História de pancreatite; Alguns tipos de NEM; CA medular de tireóide.
44
Quais os efeitos colaterais dos análogos de GLP-1?
Náuseas, vômitos e diarréias | Hipoglicemia (mais raro)
45
Como atuam os inibidores da DPP-4?
A DPP-4 desativa as incretinas, que estimulam a liberação de insulina. Esses medicamentos inibem a DDP-4.
46
Os inibidores da DPP-4 _____ o pâncreas.
Os inibidores da DPP-4 protegem o pâncreas.
47
Quais os exemplos de inibidores da DPP-4?
Sitagliptina Saxagliptina Linagliptina Alogliptina
48
Qual o inibidor da DPP-4 mais seguro para função renal?
Linagliptina. | Porém, é caro.
49
Quais os efeitos adversos dos inibidores da DPP-4?
Cefaleia Nasofaringite Pancreatite aguda (raro) Função hepática prejudicada (raro)
50
Os inibidores da DPP-4 podem causar hipoglicemia ou alteração de peso?
Não.
51
Como é o mecanismo dos inibidores da SGLT-2?
A SGLT-2 medeia a reabsorção renal de glicose. Os inibidores fazem com que a glicose seja excretada.
52
Os inibidores da SGLT-2 ____ problemas CV.
Os inibidores da SGLT-2 reduzem problemas CV.
53
Os inibidores da SGLT-2 têm ____ efeitos adversos. Os principais são...
Os inibidores da SGLT-2 têm poucos efeitos adversos. Os principais são candidíase vulvovaginal e ITU.
54
Qual a contraindicação para os inibidores da SGLT-2?
Disfunção renal moderada/grave.
55
Em relação às refeições, quando se usa Metformina e quando se usam as sulfoniluréias?
Metformina durante as refeições. | Sulfoniluréias antes das refeições.
56
Qual o único antidiabético que não é contraindicado para DM1?
Insulina.
57
Na DM2, deve-se pesquisar ______ e ______ uma vez ao ano. Na DM1 também, mas apenas ________.
Na DM2, deve-se pesquisar microalbuminúria e retinopatia uma vez ao ano. Na DM1 também, mas apenas a partir do quinto ano.
58
A insulina NPH é de ação...
Intermediária.
59
O esquema Bedtime de insulinização funciona como?
Insulinização com NPH antes de dormir, para melhorar a glicemia basal na madrugada.
60
Qual dose de NPH utilizar no esquema Bedtime?
0,1 a 0,2 UI/kg.
61
Como funciona o esquema basal de insulinização?
- Uso de insulina de ação intermediária 2-4x no dia, ou - Uso de insulina de ação intermediária/lenta 2x no dia, ou - Uso de análogos de ação rápida 1x no dia 0,1 a 0,5 UI/kg
62
Como funciona o esquema basal-plus na insulinoterapia?
Esquema basal + Insulina de ação rápida/ultrarrápida 1-2x no dia, na refeição.
63
Como funciona o esquema basal-bólus da insulinoterapia?
Esquema basal com bólus em todas as refeições.
64
Como se calcula a dose de insulina no esquema basal-bólus?
0,5 a 1,5 UI/kg Do total desse resultado: 60-70% basal 30-40% prandial
65
Quais insulinas se pode usar na gestação?
Prandial: Regular, Asparte/NovRapid Basal: Levemir, NPH (Na prática, continua usando a outra insulina pra não arriscar descompensação)
66
O que é a fase de remissão parcial, ou de "Lua de Mel", na insulinoterapia? O que deve ser feito nessa fase?
É quando há melhora na sobrecarga pancreática ao início do tratamento. Deve-se diminuir a dose de insulina.
67
Na adolescência/períodos de estresse, pode ser necessário aumentar ou diminuir a dose de insulina?
Aumentar.
68
Deve-se dividir as doses prandiais no esquema basal-bólus de que forma?
De acordo com a glicemia pós-prandial de cada refeição (refeição com mais glicemia deve receber maior dose).
69
O diagnóstico de DM gestacional é feito de que forma?
Glicemia de jejum > 92 mg/dL (PRIMEIRA CONSULTA JÁ DIAGNOSTICA) Se glicemia de jejum normal/baixa, realizar TOTG em 24 e 28 semanas. Diagnosticar se houver UM desses valores: Jejum > 92 1h > 180 2h > 153
70
O que se deve considerar no tratamento para a gestante com DM gestacional?
Mudança de estilo de vida Insulinização Metformina (principalmente a partir de 12 semanas)
71
Como é o quadro de cetoacidose diabética?
Hiperglicemia Acidose metabólica Desidratação Cetose
72
Como é o quadro do estado hiperosmolar hiperglicêmico?
Hiperglicemia e hiperosmolaridade Desidratação Esturpor/coma Evolução lenta
73
Esturpor e coma podem ocorrer em quais emergências hiperglicêmicas?
Cetoacidose diabética e estado hiperosmolar hiperglicêmico. | Mas é mais comum em estado hiperosmolar hiperglicêmico.
74
Quais os fatores precipitantes para o surgimento de emergências hiperglicêmicas?
``` Tratamento inadequado da DM Doenças agudas Distúrbios endócrinos Medicamentos Álcool/drogas Bebidas adocicadas Distúrbios alimentares ```
75
Quais fármacos podem precipitar o surgimento de emergências hiperglicêmicas?
AIEs BBs Agonistas adrenérgicos iSGLT-2
76
Como é a manifestação clínica de uma emergência hiperglicêmica, geralmente?
``` 4 Ps Náuseas, vômitos e dor abdominal Vasodilatação, hipotermia Desidratação Manifestações neurológicas Hálito cetônico ```
77
Na CAD, há _____ da relação BHB-acetoacetato. | Vai de cerca de ___ para até ___.
Na CAD, há aumento da relação BHB-acetoacetato. | Vai de cerca de 2:1 até 10:1.
78
A respiração de Kussmaul ocorre nas emergências hiperglicêmicas?
Sim, mas apenas em casos muito graves.
79
Como é feito o diagnóstico de CAD?
Glicemia >= 250 mg/dL pH arterial <= 7,3 HCO3- sérico <= 15 mEq/L Cetonemia
80
Como se classifica a CAD?
Leve: pH venoso entre 7,25 e 7,3. HCO3- entre 10 e 15 Moderada: pH venoso entre 7,0 e 7,25. HCO3- entre 5 e 10 Grave: pH venoso < 7,0. HCO3- < 5 Euglicêmica: pH < 7,3. HCO3- < 18. Glicemia < 200.
81
Como é feito o diagnóstico de EHH?
Glicemia > 600 mg/dL Osmolalidade sérica > 320 mOsm/kg HCO3- >= 15 mEq/L Cetonemia discreta
82
Em emergências hiperglicêmicas, pode haver hiponatremia?
Pode haver, mas é uma falsa hiponatremia. Para calcular a natremia real: [Na] + (1,6 x [glicose] - 100) / 100 (A cada 100 aumento na glicose acima de 100, soma 1,6 na natremia)
83
Quais exames complementares pedir para emergências hiperglicêmicas?
``` Glicemia plasmática Cetonemia K, Na, P, Cl Hemograma pH sanguíneo, HCO3-, anion gap Acompanhar hidratação/reposição volêmica ```
84
Quais os objetivos do tratamento de emergências hiperglicêmicas?
- Redução GRADUAL da glicemia e da osmolaridade plasmática - Reposição volêmica e restauração da perfusão - Correção eletrolítica - Na CAD, redução da cetose
85
Onde se trata CAD leve, moderada e grave, e EHH?
CAD leve: unidade intermediária | CAD moderada/grave e EHH: UTI
86
Por que deve-se reduzir a glicemia de maneira gradual?
Para se evitar edema cerebral.
87
Qual o tempo médio de tratamento das emergências hiperglicêmicas?
12 horas.
88
A ______ é indispensável para correção da glicemia nas emergências hiperglicêmicas.
Insulinoterapia.
89
O que deve ser avaliado na reposição de líquidos no tratamento das emergências hiperglicêmicas?
Sódio Potássio (necessidade de repor) Prevenção de hipoglicemia Controle da diurese
90
Deve-se realizar reposição de HCO3- em emergências hiperglicêmicas?
Não, pois pode ser maléfico. Porém, administrar em baixas doses se pH <= 7,0
91
Deve-se realizar reposição de fosfato em emergências hiperglicêmicas?
Não. Apenas em situações muito específicas.
92
Quais as complicações da CAD?
Hipoglicemia Hipopotassemia Hipoxemia, EAP (São as comuns) Edema cerebral Trombose vascular (São as raras)