Parasitoses Intestinais Flashcards

1
Q

Protozoários

A
  1. Unicelulares (não vistos ao “olho nu”)
  2. Eucarióticos (c/ membrana nuclear)
  3. Tamanho > bact/fungos
  4. Podem ser de vida livre ou parasitas (osmotrófico ou fagotrófico)
  5. Aeróbios ou microaerófilos
  6. Mais patogênicos são assexuados (ameba, tricomonas, giárdia) c/ divisão binária
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Protozoários

A
  1. Entamoeba histolytica (amebíasE) e Giardia lamblia (giardíase)
  2. NÃO causam EOSINOFILIA
  3. Maioria assintomáticos
  4. Transmissão fecal-oral (regiões sem saneamento)
  5. Ciclo: Cisto (ingestão) → Trofozoíta (intestino) → Cisto (fezes = EPF)
  6. TTO: Metro/Sec/TiNIDAZOL ou Nitazoxanida (Annita = pega todos) ou Albendazol (helmintos + só GIARDIA)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Helmintos

A
  1. Pluricelulares (vistos ao olho nu)
  2. Reprodução sexuada (hetero ou autofecundação)
  3. Maioria ovíparos
  4. Causam eosinofilia
  5. Maioria assintomáticos (obrigatório tratar)
  6. Transmissão oral-fecal/ pele/ carne
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Helmintos - P*latelmintos

TTO: Praziquantel

A
  1. Trematosa: Schistosoma mansonia (esquistossomose)

2. Cestoda: Taenia solium, Taenia saginata (teníase), Equinococcus

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Helmintos - Nematelmintos

  • Ovo (ingestão) → larva → verme (intestino) → ovo (fezes = EPF)
  • TTO: Me/Ti/AlBENDAOL
A
  1. Ascaris lumbricoides (ascaridíase)
  2. Stronguloides stercoralis (estrongiloidíase)
  3. Ancylostoma duodenale
  4. Necator americanus (ancilostomiase)
  5. Enterobius vermiculares (enterobíase ou oxiuríase)
  6. Trichuris trichiura (tricuríase)
  7. Wuchereia bancrofti (filariose)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Amebíase

A
  1. Entamoeba histolytica (única c/ potencial patogênico)
  2. Habitat: cólon
  3. Acomete mais homens
  4. Cisto (ingestão e infecção) água/ alimentos contaminados com fezes c/ resistência à acidez gástrica → incubação 2-6 semanas
  5. Trofozoítas: amadurecimento cólon (úlcera amebianas profunda em “botão de camisa”) e liberam cistos nas fezes
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Amebíase - QC

A
  1. Mais comum ser portador assintomático
  2. Intestinal: diarreia aguda (disenteria) e crônica, ameboma (massa palpável)
  3. Extraintestinal (↓ imunidade): Abscesso hepático amebiano → dor QSD, Sinal Torre-Homem (dor à percussão gral costa D)
    1. Abscesso pulmão, cérebro
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Amebíase - QC Intestinal

A
  1. Colite (ceco e sigmoide) c/ forma aguda ou disenteria: diarreia mucossanguinolenta 10-12x/d, náusea, febre, tenesmo → pode ser fulminante e desenvolver megacólon tóxico
  2. Crônica: incomum, desconforto abdominal e irregularidade
  3. Ameboma: semioclusão do cólon e massa palpável
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Amebíase - QC Extraintestinal

A
  1. Acessar corrente sanguínea (sistema porta) e disseminação
  2. Abscesso hepático (mais comum): agudo (<10 dias), dor em QSD, hepatomegalia, febre, sudorese noturna e sinal Torres-Homem (dor percussão gradil costal em HD)
  3. Abscesso pulmonar ou cerebral
  4. Aspecto “achocolatado”, sem cheiro: “pasta de anchova”
  5. No geral é única (70%) e no lobo direito
  6. NÃO DRENAR!
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Atenção p/ Exame parasitológico de Fezes (EPF):

A
  1. Entamoeba coli, Endolimax nana, E. hartmanni, Iodamoeba bustchlii e dientoamoeba fragilis = NÃO TRATAR
  2. São amebas comensais (não patogênica) = NÃO TRATAR
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Amebíase - Dx:

A
  1. EPF: cistos nas fezes
  2. Sorologia e pesquisa de antígenos fecais de ameba (mais sensível que EPF)
  3. PCR: padrão-ouro
  4. USG ou TC c/ sorologia antiameba: abscesso amebiano
  5. Dxx: RCU, DC e câncer de cólon
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Amebíase - TTO

*Deve ser tto em qqer forma de apresentação clínica (sintomática ou assintomática)

A
  1. Secnidazol 2 g dose única (evitar na gestação / lactação) c/ eficácia de 95% → 1ª Escolha
  2. Outros: Metronidazol 3x/d por 5 dias ou Tinidazol
  3. Se forma intestinal grave ou extraintestinal (ou abscesso): Metronidazol por 10 dias
  4. Abscesso é tto c/ medicações, não deve ser drenado, exceto se complicação (piogênico, ruptura, s/ resposta >4d)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Giardíase

A
  1. Giardia lamblia (intestinalis ou duodenalis)
  2. Parasita o intestino delgado na forma proximal do jejuno (forma trofozoíta)
  3. Ingestão de alimentos não cozidos/ H2O não filtrado e eliminação nas fezes do CISTO (cloração da água não mata cisto)
  4. Transmissão anal-oral
  5. Maioria assintomáticos
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Giardíase - QC:

A
  1. Foma aguda (enterite aguda): diarreia, dor abdominal cólica
  2. Forma crônica (enterite crônica)
  3. Diarreia NÃO INVASIVA (capacidade de “atapetear” e inflamar duodeno) e s/ invasão tecidual → dxx c/ dças disabsortivas
    1. Diarreia clara, fezes amolecidas, cólicas, desconforto abdominal
  4. Má absorção (nutriente nas fezes), fezes gordurosas/ amolecidas
  5. Atrofia de Vilosidades: perda peso, anemia, ↓ absorção ADEK, B12, B9
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Giardíase - Dx:

A
  1. EPF (método de Faust) ou biópsia duodenal
  2. Dxx c/ doença celíaca
  3. TTO de escolha: derivados do imidazólicos como Tinidazol/ Secnidazol 2g dose única OU Metronidazol por 5 dias
    1. Alternativa: albendazol por 5 dias (nas ascaridíase não complicada é dose única)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Vermes do Ciclo Pulmonar de LOSS - Síndrome de Löeffler é: SANTA

A
  1. S: Strongyloides stercoralis
  2. A: Ancylostoma duodenalle
  3. N: Necator americanus
  4. T: Toxocasa canis
  5. A: Ascaris lumbricoides
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Síndrome eosinofílica pulmonar de Löeffler

A
  1. Tosse seca
  2. Infiltrado pulmonar MIGRATÓRIO
  3. Eosinofilia
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Ciclo de Loss

A
  1. Ovo (ingestão água ou alimentos) → Larva → Pulmão (busca O2 nos alvéolos) → Verme Adulto após tosse e deglutição → Intestino Delgado → Ovo (fezes)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Ascaridíase (ou lombriga)

*Mijo = cças

A
  1. Ascaris lumbricoides
  2. Habitat: intestino delgado (jejuno)
  3. Verminose mais frequente no mundo
  4. Maioria assintomáticos
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Ascaridíase (ou lombriga) - QC:

  • Entra em qualquer buraco
  • Pode se “embolar” e obstruir
A
  1. QC: dor abdominal, diarreia, anorexia
  2. Se em grande quantidade: obstrução intestinal: Valva ileocecal em cças (bolo de áscaris em até 40%) → Suboclusão intestinal
  3. Cólica biliar, pancreatite aguda (subida e obstrução)
  4. Síndrome de Loeffler (durante ciclo pulmonar): tosse seca, (broncoespamo), eosinofilia, infiltrado pulmonar migratório
  5. Populações com baixa ingesta de vitamina e interação na absorção , pode levar a HIPOvitaminose A, com tendência a manifestações oculares em crianças
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Ascaridíase (ou lombriga) - TTO:

A
  1. Dx: EPF
  2. TTO: Albendazol (1ª opção)
    1. Outras opções: Levamisol, Pamoato de pirantel, Annita, Ivermectina, Mebendazol
  3. Suboclusão intestina: Suporte → SNG + Hidratação
    1. Piperazina (imobilizar sist. muscular do verme) + Óleo mineral
    1. Após eliminação: albendazol
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Ancilostomíase (ou Amarelão ou opilação ou doença do Jeca Tatu)

A
  1. Necator americanus e Ancylostoma duodenale
  2. Parasitam o duodeno e jejuno proximal
  3. Não é pela ingestão de ovos, mas pela penetração das larvas na pele*
  4. Andar descalços em zona rural
  5. Órgãos de fixação (dentes cortantes) que ancoram na mucosa duodenal c/ inflamação hemorrágicas (sugar sangue) = Causa de Anemia ferropriva
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Ancilostomíase (ou Amarelão) - Ciclo:

A
  1. Verme (intestino) → Ovo (fezes) liberado no solo → Larva Rabdoide (1º estágio - L1 = Rn) → Larva Filarioide (L3 = inFecta) → penetra PELE do hospedeiro (pés descalços, folículos piloso, interdigitais) → ciclo PULMONAR (ciclo de Loss) → L4 na mucosa intestinal
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Ancilostomíase - QC:

*Maioria assintomáticos

A
  1. Anemia Ferropriva
  2. Lesão de Pele: maculopapulares eritematosas e pruriginosas (dxx c/ larva migrans)
  3. Síndrome de Löeffler: eosinofilia
  4. Gastroenterite: náusea, vômito, diarreia, dor abdominal e flatulência
  5. Dx: EPF
  6. TTO: Me/AlBENDAZO ou Pamoato de Piratel
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Estrongiloidíase

A
  1. Strongyloides stercoralis (Skin)
  2. Habitat: delgado
  3. Em imunossuprimidos/ corticoide crônico: hiperinfestação p/ todo organismo (larvas circulantes em órgãos)
  4. Penetra pela pele causando linhas entortadas, pruriginosas
  5. Pode causar a estrongiloidiase intestinal com: indigestão, dor abdominal em cólicas, vômitos, diarreia, esteatorreia, enterologia perdedora de proteínas e perda peso
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Estrongiloidíase - Evolução:

A
  1. Ciclo Direto: Verme (intestino → Ovo → Larvas rabditoides (L1) → meio externo c/ fezes → Larvas filarioides (L2) no solo → penetra pele do humano → corrente sanguíneo →Pulmão (Ciclos de Loss) → Delgado
  2. Autoinfestação (Imunossuprimidos/ uso corticoide ): lavar rabditoide no intestino se transforma na Larva Filarioide (intestino) s/ passar pelo solo → risco sepse
  3. Ciclo indireto: macho fecunda fêmea que põe ovos embrionários no solo → Rabditoides (L1 no solo) → Filarioide infestantes (L2)
27
Q

Estrongiloidíase - QC:

A
  1. Maioria assintomática
  2. Dor epigástrica, surda ou queimação (dxx c/ úlcera duodenal)
  3. Diarreia
  4. Síndrome disabsortiva
  5. Lesão cutânea e Sd. Loeffler (tosse seca, sibilância, infiltrado migratório)
  6. Disseminada: carrega bactérias entéricas e fungos junto → sepse por translocação de gram negativos (principal FR é corticoide crônico) c/ ↑ letalidade
28
Q

Estrongiloidíase - Dx:

A
  1. EPF (método de Baermann-Morae p/ larvas) ou pesquisa de formas larvarias no lavado broncoalveolar
  2. É comum redução da resposta imune humoral (Th2)
  3. Infecção por HTLV-1 predispõe a está complicação disseminada de estrogiloidíase
  4. A ciclosporina parece ter atividade contra S.stercoralis (esse esquema de Qt não predispõe)
  5. TTO: Ivermectina dose única (ou se grave por ate 10 dias), Cambedazol e Tibendazol
29
Q

Toxocaríase (síndrome da larva migrans visceral)

A
  1. Toxocara canis ( é o mais comum)
  2. Dça multissistêmica causada por 3 diferentes nematelmintos: Tococara canis (ascaris do cão) , Toxocara cati (do gato) e Ascaris suum (do porco)
  3. Pode desenvolver forma ocular isolada (larva migrans ocular)
  4. Principal hospedeiro: Cão
  5. Contaminação em áreas públicas de lazer de areia c/ fezes cães e gatos: geofagia (cças < 5anos)
  6. Ingestão de terra contaminada c/ ovos é principal mecanismo de aquisição
30
Q

Toxocaríase (síndrome da larva migrans visceral)

*Típica em cças entre 1-5 anos

A
  1. Cão é hospedeiro definitivo e o homem/ cças é acidental (ingestão de ovos)
  2. Não completa ciclo evolutivo e “vaga” por todos órgaõs: ↑ eosinofilia
  3. Ciclo de Loss com sintomas respira em 20-86% das crianças c/ infiltrado peribrônquico ao Rx (40%)
  4. Principal reservatório da toxocaríase humanas: cachorras c/ infecção latente que transmite aos filhotes (filhotes principais disseminadores)
  5. HEPATOMEGALIA É COMUM
31
Q

Toxocaríase (síndrome da larva migrans visceral) - QC:

*Hx em areia e cães/gato

A
  1. Sd. Löeffler: dispneia, sibilos, tosse, estertores (TC em vidro fosco)
  2. Hepatomegalia
  3. Febre, rash cutâeno pruriginoso, sudorese noturna
  4. Eosinofilia INTENSA (dxx com leishmaniose visceral que tem pancitopenia)
  5. Ocular: ↓ acuidade visual e estrabismo (lesão brancacenta elevada na retina) risco de perda visual
  6. Hipergamaglobulinemia policlonal
32
Q

Toxocaríase (síndrome da larva migrans visceral) - Dx:

A
  1. Leucocitose à custa de EOSINOFILIA
  2. Hipergaglobulinemia policlonal
  3. Biópsia é padrão-ouro mas não usado
  4. Sorologia (ELISA) é dx de escolha
  5. NÃO há como confirmar dx no EPF (não atingem maturidade no intestino humano)
  6. TTO: Me/AlBENDAZOL por 5 dias ± Corticoide (IResp, edema cerebra, disfunção cardíaca) → no geral são autolimitados
33
Q

Enterobíase ou Oxiuríase

  • Parasita do ceco, apêndice (obstruindo a luz do órgão causando apendicite), cólon ascendente e ileo terminal
  • Coceira anal
A
  1. Enterobius vermiculares ou oxiúro
  2. Não faz ciclo pulmonar de Loss*
  3. Habitat: intestino GROSSO (aderido à mucosa) em região anal e perianal onde liberam ovos
  4. Transmissão fecal-oral (autoinfestação) → não precisa parar no solo, sendo a mão principal contaminante
  5. Mais comum na infância sem alteração pondero-estatural
  6. Pode causar vulvovaginite parasitária
  7. O ovo do parasita resiste a 3 semanas no ambiente doméstico
  8. Fêmea fecundada sai do ceco e vai para região perianal onda faz ovoposicao
  9. Prevalência é maior em >5 anos
34
Q

Enterobíase ou Oxiuríase

*Prurido na região anal

A
  1. PRURIDO ANAL noturno (ativação dos enteróbios pelo calor do corpo acamado)
  2. Prurido e Corrimento vaginal na infância (migração errática do verme) → onanismo (masturbação)
  3. Eosinofilia é um achado não esperado, pois parasita não invade tecidos
  4. Enterobio pode causa salpingite crônica e DIP
  5. Dx: Fita gomada (método de Graham) anal
  6. TTO: Pamoato de pirantel, Albendazol dose única
35
Q

Tricuríase (Tricocefalíase)

*Prolapso retal e diarreia crônica

A
  1. Trichuris trichuria
  2. Habitat: intestino grosso (Ceco)
  3. Transmissão pela água ou alimento contaminado
  4. Maioria assintomático ou pode se manifestar com dor abdominal, disenteria crônica, anemia ou prolapso retal
  5. Não tem ciclo pulmonar
36
Q

Tricuríase (Tricocefalíase)

  • Perfura o epitélio e eliminar sangue
  • Prolapso retal
A
  1. Pode levar a anemia ferropriva (ulcerações), diarreia crônica c/ tenesmo (colite), enterorragia
  2. PROLAPSO RETAL: mais comum em cças
  3. Dx: EPF
  4. TTO: Pamoato de oxipirantel ou albenzadol dose única ou Mebendazol por 3 dias
37
Q

Teníase

*Platelminto

A
  1. Taenia solium (porco) e saginata (vaca/ boi)
  2. Classe Cestoda do filo Platelmintos (vermes achatados)
  3. Corpo: escólex (cabeça), pescoço e estróbilo (proglote = reprodução)
  4. Fixa na mucosa intestinal por ventosas
  5. Apenas a T. solium causa cisticercoce
38
Q

Teníase

A
  1. Intermediário: porco (T. solium) ou boi (T. saginata) → ingerem os ovos →oncosferas → larvas cisticercos
  2. Hospedeiro definitivo: homem → ingere as larvas
  3. Homem: Ingestão de carne mal passada contendo as larvas c/ formação de um único verme adulto “solitário” → parasitam intestino delgado
39
Q

Teníase - QC:

A
  1. Maioria assintomática
  2. Quadro intestinal inespecífico (inflamação da mucosa)
  3. Tonturas, fraqueza, insônia, cefaleia
  4. Saginata é mais sintomática que solium, por ser maior.
  5. Desconforto perianal
40
Q

Teníase - DX e TTO:

A
  1. Dx: EPF c/ tamização fecal (“peneiração”)

2. TTO: Praziquantel dose única, Mebendazol por 4 dias ou Albendazol por 3 dias ou niclosamida

41
Q

Cisticercose humana

A
  1. Só ocorre na T. solium quando homem ingere os ovos (proglotes grávidas)
  2. Ovos c/ ação suco gástrico são convertidos em oncosferas e vão para vários órgãos
  3. Neurocisticercoce: quando cisticercos se alojam no parênquima cerebral
42
Q

Cisticercose humana - QC:

A
  1. Epilepsia/ convulsão na idade adulta (reação imune local)
  2. Crises generalizadas ou focais
  3. Hidrocefalia por obstrução do fluxo liquórico: ↑ PIC (cefaleia, náusea, papiledema, borramento visão)
  4. TC ou RM: lesões cística c/ ou s/ reforço anelar, calcificações nodulares e lesões com reforço focal (LESÕES MÚLTIPLAS)
43
Q

Cisticercose humana

A
  1. Dx: Sorologia, liquor, exame de imagem
  2. TTO: Praziquantel (OU Albendazol) + Corticoide (Dexametasona p/ ↓ edema e inflamação pela morte dos parasitas) por 21 dias
44
Q

Himenolepíase

*Não passa pelo pulmão

A
  1. Enteroparasitose causada por 2 cestodos: Hymenolepis nana (Tênia anã = mais comum)* e H. diminuta (ratos)
  2. Principal infecção por cestodos no mundo
  3. Não necessita de hospedeiro intermediário
  4. Habitat: Mucosa ileal
  5. Ingestão na água e alimentos ou por pessoa-pessoa (contado direto), autoinfestação
45
Q

Himenolepíase

A
  1. QC: maioria assintoma´tica, dor abdominal, diarreia, anorexia, prurido anal, pode haver convulsões
  2. Dx: EPF
  3. TTO: Praziquantel 2 doses com 10 dias de intervalo
46
Q

Esquistossomonase (doença de Mason-Pirajá)

A
  1. Schistosoma mansoni
  2. Classe Trematoda, filo Platelmintos (vermes achatados)
  3. Parasitam os VASOS SANGUÍNEOS do homem
  4. Hospedeiro definitivo (vermes adultos): homem (sistema venoso mesentérico)
  5. Hospedeiro intermediário (larvas): Caramujo Biomphalaria (águas doces paradas)
  6. Endêmica do RN, BA, MG
47
Q

Esquistossomonase (doença de Mason-Pirajá) - Ciclo

  • Penetração cutânea na água
  • Vive nos vasos mesentéricos
A
  1. Fezes contendo ovo c/ miracídio é lançado na água → miracídio nada e penetra no caramujo → cercária sai do caramujo e penetra pele homem → dermatite cercariana (esquistossômulo) → Schistossoma adulto (vaso mesentérico inferior do homem)
  2. Destinos dos ovos: lúmen retal; parede do reto (biópsia) ou retorno ao sistema porta (hipertensão portal)
48
Q

Esquistossomonase (doença de Mason-Pirajá) - QC

*Função hepática é preservada (periportal c/ fibrose de Symmers) s/ nódulos regeneração mas pode ter hepatite isquêmica

A
  1. Dermatite cercariana (coceira do nadador)
  2. Febre de Katawama: febre aguda eosinofílica (imunológico por hipersensibilidade após 4-8 sem)
  3. Febre alta, calafrios, sudorese noturna, mialgia, hepatoesplenomegalia, adenomegalia, EOSINOFILIA
  4. Granuloma esquistossomótico → fibrose de Symmers → Hipertensão portal (INTRA-HEPÁTICA PRÉ-SINUSOIDAL)
  5. Diarreia, cólica
49
Q

Esquistossomose - Forma Hepatoesplênica

A
  1. Esplenomegalia + hipertensão portal (intra-hepática pré-sinusoidal)
  2. Varizes esofágicas: hematêmese, ruptura, hipotensão
  3. OBS: forma pulmonar é comum c/ hipertensão c/ IVD, turgência, hepatomegalia
  4. OBS: forma renal membranoproliferativo tipo I (ou mesangiocapilar)
50
Q

Esquistossomose - Forma Crônica

A
  1. Hipertensão portal, pulmonar, forma neurológica (medula espinhal toracolombar c/ mielite transversa) e glomerulopatia esquistossomótica (imunocomplexos)
  2. Pseudoneuoplasia: simulando AdenoCa cólon
51
Q

Esquistossomose - Dx

A
  1. Sorologia: esquistossomose na forma aguda
  2. EPF (Lutz e Kato-Kartz): dx só após 40 dias da infecção (OVO ESPICULADO)
  3. Biópsia retal: maior sensibilidade (80%)
  4. Elevação de gamaglobulinemia
  5. Anemia hemolítica: hiperesplenismo
52
Q

Esquistossomose - TTO:

*Visa eliminação dos vermes p/ evitar desenvolvimento de formas graves

A
  1. Praziquantel/ oxaminique em tomada única
  2. Cura em 80% após 6 meses a 2 anos de tto (lento)
  3. Controle de cura c/ 6 EPF
  4. Prevenção: vacina proteína Sm14 (multivalente)
53
Q

Esquistossomose

A
  1. No ciclo da doença estão envolvidos dois hospedeiros: um definitivo (homem) e um intermediário (caramujo)
  2. É um helminto da classe Trematoda
  3. Qualquer pessoa que entre em contato com a cercaria independente da idade, sexo, etnia pode vir a contrair a doença - basta entrar em contato com caramujo infectado
  4. Febre de katayama associada a eosinofilia é altamente sugestivo
  5. Nas áreas não endêmicas sua notificação é compulsória
  6. Em áreas endêmicas é recomendado que todos os casos de forma grave sejam notificados e seu objetivo for a eliminação da transmissão focal é fundamental a notificação de todos os casos
54
Q

Esquistossomose - Containdicações do TTO:

A
  1. Gestação
  2. Amamentação (se risco/benefício compensar o tto da mulher nutriz só deve amamentar após 24h da medicação
  3. Crianças <2 anos (imaturidade hepática)
  4. Desnutrição ou anemia acentuada
  5. Infecções agudas ou crônicas intercorrentes
  6. Insuf. hepática grave ou IR ou IC descompensada
  7. Hipersensibilidade e dça do colágeno
  8. Dça mental
55
Q

Bicho geográfico ou de praia

A
  1. Causada por larvas de vários nematodeos, principalmente ancilostomídeos de cães e gatos (Ancylostoma braziliensis)
  2. Parasita cutâneo sendo AUTOLIMITADO, por migração das larvas na pele mas não completa seu ciclo de vida no homem
  3. Pápulas pruriginosas, depois lesão serpentiforme marrom-avermelhada com muito prurido, elevada e migração da larva (aumento lesão)
  4. Acomete mais mãos ou pés
  5. Tto: ivermectina ou albendazol 400 mg/d durante 3 dias VO OU tiabendazol tópico
  6. Mesmo sem TTO as larvas morrerão após semanas c/ resolução espontânea das lesões
56
Q

Parasitose que não usa albendazol

A

Amebíase (= metronidazol)

57
Q

Salmonelose septicêmica prolongada

A
  1. É um doença decorrente da infecção por salmonella em pessoas com esquistossomose
  2. Febre prolongada irregular e hepatoesplenomegalia de grande monta
  3. QC semelhante à calazar, leishmaniose visceral
  4. Além da salmonela sp outras enterobacterias podem causar mesmo QC
  5. Faz parte do dxx de febre de origem indeterminada
58
Q

Helminto que NÃO causa eosinofilia

A
  1. Enterobiose ou oxiuríase

2. Pois não ocorre invasão tecidual, que seria responsável por aumento de IgE

59
Q

Palavras-Chave nas Parasitoses

A
  1. Ascaridíase: suboclusão intestinal
  2. Ancislostomiase: anemia ferropriva
  3. Tricuríse: prolapso retal
  4. Esteongiloidiase: dermatite larvaria
  5. Giardíase: esteatorreia (tapeteameamento com baixa absorção de B9 e B12)
60
Q

Prevenção da Estrongiloidiase disseminada

A
  1. Em pacientes que começarão pulsoterapia de metilprednisona
  2. Ivermectina 200 mcg/kg/d por 2 dias consecutivos
61
Q

Ação dos antiparasitários

A
  1. Benzimidazólicos (Tibendazol, Albendazol e Mebendazol): inibição seletiva e irreversível da capitação de glicose pelo verme adulto, com depleção depósito de glicogênio (imobilidade, paralisia e morte)- anti-helmintico de amplo espectro
    2.
62
Q

Parasitose com queixa de Síndrome Ulcerosa

A
  1. Estrongiloidiase e giardíase
  2. Mimetizam sintomas ulcerosos: dor ou queimação epigástrico, saciedade precoce, plenitude pós-prandial)
  3. Formas adultas vivem no delgado
63
Q

Abscessos hepáticos amebianos

A
  1. As bactérias alcançam o fígado mais frequente por via biliar
  2. Os abscessos quase nunca precisam ser drenados
  3. TC é o método de imagem de escolha, com sensibilidade >90%
  4. A maioria dos pacientes com abscesso amebiano não apresenta simultaneamente amebíase intestinal, dificultando seu Dx
64
Q

Angioedema (angioneurótico)

A
  1. Ocorre devido produção de IgE por suas proteinases

2. Mais associados são: Ascaris lumbricoides e Giardia lamblia