Parto Flashcards

(61 cards)

1
Q

Características da ameaça de trabalho de parto (3)

A
  1. Contrações irregulares (frequência e intensidade)
  2. Sem alterações de colo do útero
  3. Melhora com repouso
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2
Q

Conduta diante de ameaça de trabalho de parto (2)

A
  1. Alta com mobilograma
  2. Não prescrever analgésico, antiespasmódico ou antiemético

A ameaça pode durar 15 dias

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3
Q

Sinais maiores do trabalho de parto (2)

A
  1. Contrações: TGD + regulares (2-3/10 min) + duradouras (40-60s) + intensas (não melhora com repouso)
  2. Modificações no colo do útero: dilatação + esvaecimento/apagamento
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4
Q

Padrão tríplice gradiente descendente (TGD)

A

Contrações que se iniciam no fundo, onde são mais intensas e duradouras, empurrando o feto em direção ao canal de parto

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5
Q

Sinais menores do trabalho de parto (3)

A
  1. Perda do tampão mucoso (“perda do sinal”)
  2. Bolsa das águas (coxim de LA entre a apresentação e a pelve materna)
  3. RMO (a maioria evolui para TP após 1h)
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6
Q

Diferença no padrão de alteração do colo uterino em multíparas e primíparas

A

Multípara = dilata e esvaece simultaneamente
Primípara = esvaece depois dilata

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7
Q

Avaliação do colo uterino segundo o índice de Bishop (3)

A
  1. =< 5: desfavorável
  2. 6-7: indeterminado
  3. > = 8: favorável
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8
Q

Alimentação durante trabalho de parto (latente x ativa)

A

Fase latente: alimentos leves
Fase ativa: líquidos claros

Jejum apenas na fase ativa se alto risco de aspiração

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9
Q

Posição contraindicada durante trabalho de parto

A

Decúbito dorsal horizontal

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10
Q

Indicação de amniotomia durante trabalho de parto (2)

A
  1. Não é necessária
  2. Se realizar, a partir de 7 cm de dilatação
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11
Q

Cuidados ao realizar amniotomia (3)

A
  1. Romper o mais anterior possível (próximo ao púbis)
  2. Auscultar BCF após amniotomia
  3. Mais fácil durante a contração
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12
Q

Monitorização da gestante durante a fase ativa do trabalho de parto (3)

A
  1. BCF a cada 30 min
  2. Dinâmica uterina a cada 1 h
  3. Toque vaginal a cada 1-2 h
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13
Q

Momento para colocar a gestante em posição para o parto (multípara x primípara)

A

Multípara: dilatação total (10 cm)
Primípara: apresentação +2 de Dee Lee

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14
Q

Em gestantes anestesiadas, frequentemente é preciso conduzir o parto com ocitocina, pois a analgesia reduz a intensidade e a eficiência das contrações

Verdadeiro ou falso

A

Verdadeiro

Conduzir = trabalho iniciado espontaneamente

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15
Q

Durante o trabalho de parto, é importante que a gestante esteja de bexiga vazia

Verdadeiro ou falso

A

Verdadeiro (evitar prolapso, fístula e rotura)

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16
Q

Paradoxo da episiotomia e da prematuridade

A

Quanto menor o feto, maior a episiotomia = importante garantir o maior canal de parto, pois o RN prematuro é “frágil” e pode sofrer lesão intracraniana durante a passagem

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17
Q

Como segurar o RN após o parto? (3)

A
  1. Cabeça no antebraço
  2. Períneo na palma da mão
  3. Nível da cabeça abaixo do nível do antebraço (drenagem de secreções)
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18
Q

Frequência das apresentações fetais (3)

A
  1. 96%: cefálica
  2. 3,5%: pélvica
  3. 0,5%: córmica ou ausente (situação transversa)
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19
Q

Evento fisiológico que justifica a maior frequência de apresentação cefálica

A

“Cambalhota” fisiológica - ocorre entre o segundo e o terceiro trimestre (26-28 sem)

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20
Q

Fatores que predispõem à apresentação pélvica ou córmica (4)

Comprometem a cambalhota fisiológica

A
  1. Alterações uterinas (mioma, septo, compressão externa por cisto de ovário)
  2. Placenta prévia
  3. Gemelaridade
  4. Malformações fetais (hidrocele, gastrosquise, meningomielocele)
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21
Q

Diferença entre procidência e prolapso

A

Ambos se referem à presença de uma parte fetal menor à frente da apresentação principal, com diferença na integridade das membranas:
- íntegra na procidência
- rota no prolapso

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22
Q

Conduta na procidência e no prolapso

A

Procidência: cesárea (sem urgência)
Prolapso: cesárea de urgência - com a rotura, o feto pode ter o reflexo de ventilação, fazendo aspiração maciça de LA

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23
Q

Patologias do LA geralmente não predispõem à apresentação pélvica ou córmica

Verdadeiro ou falso

A

Verdadeiro: elas ocorrem principalmente no terceiro trimestre, após a ocorrência da cambalhota fisiológica

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24
Q

Diferenças entre fase latente e ativa do trabalho de parto (2)

A
  1. Latente: frequência 1-2 contrações em 10 min
  2. Ativa: frequência 3-5 contrações em 10 min + dilatação >= 4-6 cm
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25
Variáveis representadas no **partograma** (6)
1. **Contrações** (quantidade, duração e intensidade) 2. **Dilatação** cervical 3. **Apresentação** fetal (altura, variedade) 4. **BCF** 5. Integridade das **membranas** 5. **Analgesia** ou **indutores** (ocitocina, misoprostol)
26
Informações "**extras**" representadas no partograma (7)
1. **Nome** e **idade** 2. **Paridade** e **idade gestacional** 3. **Motivo** da internação 4. **Comorbidades** 5. **Medicamentos** em uso 6. **Tipagem** sanguínea e **sorologias** 7. Último **USG** e exames **laboratoriais**
27
**Símbolos** utilizados no partograma (8)
1. **Dilatação**: X ou triângulo 2. **Apresentação**: O 3. **BCF**: º 4. **Lâmbda** (occipício): Y 5. **Bregma**: losango 6. Contrações **fortes**: quadrado preenchido 7. Contrações **moderadas**: quadrado metade preenchido 8. Contrações **fracas**: quadrado não preenchido com traço diagonal
28
Linha de **alerta**
Linha diagonal registrada **1h após a primeira dilatação** que representa a evolução esperada da dilatação (pelo menos **1 cm/h**)
29
Linha de **ação**
Linha diagonal registrada **4h após a linha de alerta** e **paralela** a essa
30
**Zonas** do partograma (3)
1. I: **antes** da linha de alerta 2. II: **entre** as linhas de alerta e de ação 3. III: **após** a linha de ação
31
Definição e tipos de **distócia** (3)
Todo trabalho de parto que **não ocorre da forma esperada** Tipos: 1. **Trajeto** (pelve materna) 2. **Objeto** (feto) 3. **Motor** (contratilidade uterina)
32
Distócia de **trajeto** (2)
1. **Pelve materna**: estreitamento 2. **Partes moles**: mioma, estenose cervical por conização, septo vaginal, condiloma acuminado gigante
33
Distócia de **objeto** (4)
1. Tamanho: **macrossomia** 2. Apresentação: **córmica, pélvica, composta** 3. Variedade de posição (distócia de rotação): **deflexão, assinclitismo** ~ não está em OP no estreito inferior da pelve (não fez a rotação interna adequadamente) 4. **Malformação** fetal (Apenas as apresentações córmica e deflexão de 2º grau são absolutamente distócicas)
34
Situações/apresentações fetal absolutamente **distócicas** (2)
1. Situação **transversa** 2. Apresentação cefálica em **deflexão de 2º grau** *Pélvica, deflexão de 1º e 3º grau, macrossomia e malformações fetais* são **potencialmente** distócicas
35
Conduta diante de distócia de **rotação**
Girar o polo cefálico para posicionar o **occipício no pube** materno, utilizando um **fórcipe de Kielland**
36
Distócia de **motor**
1. **Hipoatividade**: fibrose, exaustão por parto prolongado (mais comum em *multíparas*) 2. **Hiperatividade**: dor, ansiedade, medo (mais comum em *primíparas*) 3. **Hipertonia**: contrações muito frequentes, sobredistensão uterina, DPP
37
Risco diante de **hiperatividade** uterina com **parto obstruído**
**Rotura uterina** (maior risco se cicatriz uterina)
38
Sinal clínico de **iminência de rotura** uterina
Sinal da **ampulheta** (transição entre corpo/músculo e segmento/tecido conjuntivo)
39
**MOTOR** Conduta diante de hipocontratilidade e hipercontratilidade/hipertonia uterina
- Hipo: 1. **Deambulação** e posição verticalizada 2. **Ocitocina** (nunca misoprostol, pois não é possível controlar a dose) 3. **Amniotomia** - apenas se 6+ dilatação [nessa ordem] - Hiper: **Analgesia** **Hidratação** **Suspensão** de ocitocina
40
Doses e intervalos na indução de parto com **misoprostol**
1 comprimido de **25 mcg de 6 em 6h**, até atingir a dose *máxima de 150 mcg*
41
Doses e intervalos na indução de parto com **ocitocina**
**5 UI ocitocina em 500 mL** SG Inicia com **12 mL/h** e **dobra a cada 30 min** até a dose *máxima de 192 mL/h*
42
Frequência de **dinâmica uterina** após início de indução com ocitocina
DU a cada **30 min** (dobrar dose se < 3 contrações moderadas)
43
Doses e intervalos de **nifedipino** para tocólise
Dose inicial de **30 mg** e manutenção de **20 mg de 8/8h** até 48h, se dinâmica negativa após 90 min da dose inicial
44
Conduta diante de **dinâmica positiva** após 90 min de dose inicial de nifedipino
Administrar **20 mg** e reavaliar em 60 min: - DU ausente: manutenção - DU presente: falha terapêutica, utilizar **outro medicamento**
45
Doses e intervalos de **indometacina** na tocólise
Duas doses de **100 mg VR** com intervalo de 12h e manutenção de **25 mg VO 8/8h**, até 48h
46
Conduta diante de **trabalho de parto** (fase latente vs ativa)
1. Latente: **alta com mobilograma** e retorno na fase ativa (dura em média 8h) 2. Ativa: **internação** + abertura de partograma
47
Tempo de **dequitação** fisiológica
Até **30 min**
48
O uso conjunto de **misoprostol + ocitocina** é ________ | Permitido / Proscrito
**Proscrito**, pois aumenta o risco de **taquissistolia** e **rotura uterina**
49
A **analgesia farmacológica** pode ser ofertada em qualquer momento do trabalho de parto | Verdadeiro ou falso
**Verdadeiro** (no CAISM, utilizamos para dilatação >= 6 cm)
50
**INDUÇÃO** Métodos de indução do TP e quando considerar falha de indução
- Colo desfavorável: Bishop =< 4 Misoprostol 25 mcg 6/6h (dose máxima 150 mcg) Contraindicação: cicatriz uterina (cesárea, miomectomia) Sonda Foley 40 mL (tempo máximo de 24h) Contraindicação: bolsa rota - Colo favorável: Bishop >= 8 Ocitocina 5 UI em 500 mL SG5 em BIC - iniciar 12 mL/h e dobrar a cada 30 min (dose máxima 192 mL/h) - Falha de indução: 6 cps = 150 mcg de misoprostol (dose máxima) 24h com balão Foley 192 mL/h de ocitocina (dose máxima)
51
**PÓS-DATISMO** Definição, conduta e cuidados com a gestação nesse momento
- Definição: >= 40+1 sem Se gemelar = 40+ sem - Conduta: Indução do parto se >= 41 sem - maior risco de: insuficiência placentária com mortalidade fetal, oligoâmnio, macrossomia, DCP e distocia, RCIU e SAM - Cuidados após 40 sem: Mobilograma diário Uma cardiotocografia Amnioscopia ou USG (se LA meconial ou reduzido = resolução da gestação)
52
**MECANISMO DE PARTO** 6 etapas do mecanismo do parto e suas principais características
- Insinuação: Apresentação no estreito superior da pelve - Descida: Progressão da apresentação do estreito superior ao inferior - Rotação interna: Rotação no menor grau para atingir a variedade de posição OP, a mais fisiológica para o desprendimento cefálico - Desprendimento cefálico: Ocorre o hipomóclio, quando na posição OP - Rotação externa: Rotação contrária à interna, com retorno do dorso fetal à posição original, para acomodar o diâmetro biacromial ao diâmetro anteroposterior da pelve e favorecer o desprendimento de espáduas - Desprendimento de espáduas: Ombro anterior antes do posterior
53
**PERÍODOS DO PARTO** 4 períodos do parto e suas características
- Dilatação/trabalho de parto: Dividido em fase latente e fase ativa (ativa = 3+ contrações E 4+ cm de dilatação) - Expulsivo: Dilatação total (10 cm) até expulsão do feto Contrações uterinas + puxos maternos (contratura voluntária da musculatura abdominal) Primípara: 2h sem analgesia / 3h com analgesia Multípara: 1h sem analgesia / 2h com analgesia Ocitocina 10 UI IM após expulsivo - Dequitação: Saída da placenta - normal em até 30 min Extração manual após 30-60 min - Greenberg: 1h após dequitação Alto risco de HPP
54
**MONITORIZAÇÃO** Monitorização e intervenções importantes no parto vaginal
- Dilatação: BCF a cada 15-30 min CTG apenas se alto risco ou alteração de BCF Toque vaginal a cada 4h - Expulsivo: BCF a cada 5 min Não fazer episiotomia de rotina (apenas se sofrimento fetal, distocia, risco de laceração perineal grave) Proteção do períneo com compressa no desprendimento cefálico - Dequitação Ocitocina 10 UI IM + massagem uterina (não recomendado de rotina se fez ocitocina) Tração controlada do cordão + rotação da placenta - Greenberg: Tônus uterino + FC + PA a cada 15 min
55
**CESÁREA** Indicações absolutas de cesárea
- DCP, deflexão 2o grau e situação transversa - Prolapso de cordão - Placenta prévia e vasa prévia - Herpes genital ativo - Cesárea de incisão longitudinal prévia ou miomectomia
56
**ANALGESIA** Analgesia durante o parto e suas características e indicações
- Não farmacológico: Massagem, bola, banho, acompanhamento Qualquer momento - Dipirona 1 g - Meperidina (dolantina) 1 amp IM + metoclopramida (alto risco de náusea) Se dipirona insuficiente - Peridural Apenas em fase ativa (3 contrações moderadas, 4+ cm dilatação)
57
**DISTOCIA** Fluxograma diagnóstico
Após identificar parto distócico: - Avaliar **contrações** uterinas: Se ausentes ou excessivas = motor Se normais e fortes = DCP ou rotação - Avaliar **apresentação e variedade de posição**: Se cefálico fletido = DCP Se não cefálico fletido = rotação
58
**TEMPO** Tempo considerado normal, pela OMS, do período de dilatação e do expulsivo
- Dilatação: Primípara: 10h Multípara: 12h - Expulsivo: Primípara: 3h sem analgesia / 4h com analgesia Multípara: 2h sem analgesia / 3h com analgesia
59
**DOULA** Definição e acompanhante
Assistente da gestante que orienta sobre a gestação e o trabalho de parto, oferece apoio físico (analgesia não farmacológica) e emocional, esclarece duvidas e “fiscaliza” violência obstétrica Não conta como acompanhante - a gestante tem direito a 1 acompanhante + doula
60
**TAQUITÓCITO** Complicações do parto taquitócito
- Atonia uterina - Laceração - HPIV (neonato)
61
**DCP** Condições que devem ser corrigidas antes de dar o diagnóstico de DCP
1. Contrações uterinas (não podem ser fracas OU hipertônicas) 2. Analgesia 3. Ruptura de bolsa amniótica