PNALD Flashcards

1
Q

Doença hepática associada a nutrição parenteral - prevalência

A

Dificil definir - muitos estudos consideram apenas elevação de marcadores sem correlação histológica
Muitos pacientes apresentam elevações transitórias com posterior normalização

Mudança na composição ao longo dos anos que provavelmente mudou a prevalência

Aumento do risco com maior tempo de uso

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2
Q

Doença hepática associada a nutrição parenteral - tipos

A

Esteatose - é a mais comum em adultos
Colestase - mais comum em crianças mas também pode ocorrer em adultos
Barro/cálculos biliares

Podem ser sobrepor

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3
Q

Esteatose - quando costuma surgir, apresentação e evolução

A

Geralmente dentro de 2 semanas

Leve a moderada elevação de transaminases, menor de bilirrubina FA e GGT
Maioria assintomáticos

Curso benigno
Em pacientes recebendo a longo prazo pode evoluir para esteato-hepatite e cirrose

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4
Q

Esteatose - principais explicações fisiopatológicas

A

Aumento de lipogênese e redução do transporte de lipídeos

Composição da dieta com overfeeding, especialmente excesso de calorias as custas de carboidrato:
- Carboidrato > excesso se deposita na forma de gordura no fígado
- Aumento de insulina > promove síntese e esterificação de ácidos graxos com lipogênese e inibe oxidação dos ácidos graxos
- Deficiência de ácidos graxos essenciais (mais raro atualmente) diminui síntese de lipoproteina e transporte de TG, que se acumula no fígado
- O excesso de lipídeos também pode contribuir , especialmente fórmulas com apenas TCL (oxidado em taxa mais lenta)

Outros:
Deficiência de colina
Sepse ; infecções de repetição e translocação de toxinas

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5
Q

Colestase - apresentação e evolução

A

Aumento de FA e GGT - não são tão específicos
Indicador mais valorizado é aumento de BD > 2

Pode progredir para cirrose principalmente no longo prazo > associação com mortalidade elevada naqueles que evoluem com ascensão progressiva dos marcadores

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6
Q

Colestase - principais explicações fisiopatológicas

A

Ausência de dieta enteral:
- Atrofia de enterócitos e prejuízo da imunidade > maior translocação bacteriana com endotoxinas e ativação inflamatória / supercrescimento bacteriano - hepatotoxinas
- Prejuízo da circulação enterohepática de sais biliares > por intestino curto e tb pelo supercrescimento
- Menor estímulo a secreção biliar

Excesso de lipideos > 1 g/Kg/dia, especialmente a longo prazo
Fitosterois (óleos derivados da soja) > metabolização ruim e podem acumular prejudicando o fluxo biliar

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7
Q

Lama e cálculos biliares - principal causa e como pode evoluir

A

Falta de estímulo enteral > redução de colecistoquinina com menor contração da vesícula e escoamento da bile

Maior risco quanto maior o tempo

Colecistite acalculose ou calculosa

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8
Q

Papel da sepse

A

Liberação de citocinas pró-inflamatórias com inflamação hepática > alteração na membrana dos canaliculares com redução do escoamento

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9
Q

Papel da síndrome do intestino curto

A

Interrupção da circulação entero-hepática de sais biliares (maior parte por mecanismo ativo no íleo distal , tb passivo no início do delgado) > altera composição da bile promovendo colestase (são como se fossem solventes)

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10
Q

Papel da ausência de estímulo enteral

A

Reduz contração da vesícula e secreção biliar

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11
Q

Papel do supercrescimento bacteriano - o que é, porque ocorre e como influencia

A

Grandes quantidades de bactérias tipicamente encontradas no íleo distal e intestino grosso (anaeróbias principalmente) populam o intestino delgado alto

Falta de estímulo da dieta enteral com hipoplasia dos enterócitos e redução de secreção de IgA

Produzem hepatotoxinas
Podem desconjugar sais biliares alterando ainda mais a absorção o ciclo enterohepático

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12
Q

TCL x TCM

A

TCL oxidado a uma taxa menor com maior risco de deposição hepática

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13
Q

Formulações de aminoácidos na NP

Quando podem prejudicar
Grupo mais susceptivel

A

Deficiência, especialmente taurina que participa da solubilização de ácidos graxos

Excesso de aminoácidos

Especialmente em crianças

Contaminação por alumínio > fórmulas antigas

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14
Q

Carnitina

Pepel
Possível associação com PNALD

A

Metabolismo de gorduras com mobilização dos estoques hepáticos

Não é adicionada a parenteral de rotina
Porém não foi possível estebelecer uma relação com níveis séricos e PNALD em adultos e a suplementação com aumento dos níveis séricos não mostrou dados consistentes de melhora

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15
Q

Colina

Fonte
Ação
Papel na PNALD

A

Síntese a partir da metionina
É menor quanto metionina obtida por via parenteral

Necessário para síntese de VLDL para transporte de triglicérides do fígado

Relação com aumento de aminotransferases e esteatose
Melhora com suplementação (trabalho com N pequeno)

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16
Q

Monitorização

A

Semanal nos agudos
Mensal no uso crônico

17
Q

Passo a passo da abordagem na disfunção hepática

Quando preocupar
Primeiros passos gerais

A

Níveis > 2-3x LSN, especialmente se persistentes ou em piora
Principalmente se BD > 2

Excluir outras causas de hepatopatia > medicamentos (incluindo “naturais”), sepse, obstrução biliar

Se suspeita tratar SCB > empachamanto, distensão, cólica, flatos, diarreia
Via enteral
Metronidazol 250mg TID por 10-14 dias ; cipro, genta VO

Sempre avaliar aporte calórico e fórmula > mesmo que não seja a causa pode contribuir para piora

Sempre tentar retorno de enteral mesmo que apenas trófica

18
Q

Modificaçãoes na fórmula da NP de acordo com alterações

A

Avaliar meta energética e sinais de overfeeding
Avaliar trial com redução das calorias se não possível determinar gasto preciso

Reduzir tempo de infusão > menor estímulo à insulina

Esteatose - redução carboidratos
Colestase - redução de lipídeos

19
Q

Outras opções farmacológicas

A

Ursacol > melhora de prurido e enzimas canaliculares mas sem evidência de que melhora progressão da doença e com experiência de uso na PNALD limitada
É uma forma de ácido biliar que substitui outros potencialmente hepatotóxicos e possui também efeito imunomodulador com estabilização da membrana do hepatócito