Pneumo - Asma Flashcards
(13 cards)
Criança 11 anos chega com tosse crônica com aperto no peito, dispneia, sibilância e tem histórico de alergia.
Mãe relata que os sintomas são variáveis, intermitentes, piores à noite ou pela manhã e desencadeados por “gatilhos”.
Como vamos fazer o diagnóstico?
Até os 6 anos o diagnóstico é pela clínica, no caso dele vamos pedir uma Espirometria com prova broncodilatadora.
400mcg de salbutamol ou fenoterol via inalatória e espirometria após 15-20 minutos…
Prova positiva: ↑ Absoluto e percentual do VEF1 (>200ml e 12%). Capacidade Vital Forçada (CVF) variando 350ml
No diagnóstico da asma na Espirometria (prova de função pulmonar), oque vamos avaliar?
Volume expiratório forçado no 1º seg (VEF1)
✓ Capacidade Vital Forçada (CVF)
✓ Índice de Tiffeneau (VEF1/CVF) em média 0,8:
Mais específico e sensível para detectar obstrução de vias aéreas
No diagnóstico da asma, espirometria também é importante para avaliar a
gravidade da doença, quais são os sinais de gravidade?
Intermitente: Sintomas raros, VEF ≥ 80%
- Persistente:
− Leve: sintomas semanais, VEF1 ≥ 80%
− Moderada: sintomas diários, despertares noturnos semanais
− Grave: sintomas diários, limitação de atividades,
exacerbações frequentes, VEF1 ≤ 60%
Como classificamos o controle da asma ?
Se tem limitações diarias.
Se precisa usar medicação de resgate, 2x semanais esta adequado e mais de 2x não.
Se tem despertares noturnos.
Se tem sintomas diurnos, 2x semanais esta adequado e mais de 2x não.
Espirometria (PFE; VEF1) normal ou < .
- Asma Controlada: todos adequados.
- Asma Parcialmente Controlada: até 2 inadequados.
- Asma Não Controlada: > 2 inadequados.
Obs.: a principal causa de falha no tratamento é o uso incorreto das medicações.
- Ferramenta numérica: Asthma Control Test (ACT)
− 20 a 25: asma bem controlada.
− 16 a 19: asma não controlada.
− 5 a 15: controle muito pobre da asma.
tratamento de manutenção
Corticoide inalatório (CI): droga de escolha; ↓ resposta imunoinflamatória da árvore brônquica.
B2 Agonista de Longa Ação (LABA):
2ª escolha em >5 anos; sempre associados ao CI; ex Formoterol.
− Mantém o brônquio dilatado por mais tempo, porém é insuficiente isoladamente, pois não modula a inflamação
Como funciona o tratamento?
- STEP 1: sintomas pouco frequentes.
- STEP 2: sintomas de asma ou uso de medicação de
resgate 2x no mês ou mais. - STEP 3: sintomas de asma na maioria dos dias OU
despertar por asma pelo menos 1x/sem. - STEP 4: sintomas de asma graves ou apresentação
inicial com exacerbação aguda.
Marta, 29 anos, tabagista passiva, apresenta tosse seca noturna, sensação de aperto torácico e episódios de sibilância desencadeados por exercício e exposição a poeira. Realizou espirometria com os seguintes achados:
VEF1: 1,9 L (65% do previsto)
CVF: 3,1 L
VEF1/CVF: 61%
Pós-broncodilatador: VEF1 2,4 L (82% do previsto) → aumento de 500 mL e 26%
A presença de variabilidade no VEF1 confirma a obstrução reversível compatível com asma.
Criança de 7 anos com diagnóstico de asma controlada com budesonida 100 mcg 2x/dia apresenta, nos últimos 2 meses, piora dos sintomas com 3 episódios de chiado por mês, uso de salbutamol 3x/semana e despertares noturnos em 3 ocasiões. Não foi hospitalizada. Considerando o GINA 2024, qual é a classificação do controle e a conduta mais adequada?
Asma parcialmente controlada – aumentar corticoide para dose média e avaliar adesão
Lucas, 17 anos, asmático, chega ao pronto atendimento com dispneia intensa, fala entre palavras, FR 35 irpm, FC 128 bpm, SpO₂ 87% em ar ambiente, sibilos audíveis à distância e uso de musculatura acessória. Não responde bem ao primeiro ciclo de salbutamol + ipratrópio. Qual a conduta prioritária?
Adicionar corticoterapia sistêmica e repetir nebulização com beta-2 agonista.
Homem de 45 anos, tabagista de cigarro eletrônico há 6 anos, relata tosse seca, sensação de aperto torácico e sibilância induzida por esforço. Espirometria mostra VEF1/CVF de 68% com resposta ao broncodilatador (aumento de 14% e 300 mL no VEF1). Radiografia de tórax normal. Assinale a melhor conduta:
Confirmar asma com espirometria reversível e iniciar tratamento com corticoide inalatório.
Sobre a exacerbação grave de asma, qual dos critérios abaixo é considerado indicativo de maior risco e justifica internação hospitalar imediata?
Picos de PFE (pico de fluxo expiratório) < 50% do previsto e incapacidade de completar frases.
De acordo com o GINA 2024, correlacione o tratamento com sintomas…
Sintomas <2x/mês, sem risco?
Sintomas >2x/mês?
Sintomas diários, leve limitação?
Sintomas frequentes, crises graves?
Refratária a tudo?
Sintomas <2x/mês, sem risco CI-formoterol em baixa dose quando necessário.
Sintomas >2x/mês CI diariamente ou CI-formoterol sob demanda.
Sintomas diários, leve limitação CI dose média + LABA diário
Sintomas frequentes, crises graves CI dose alta + LABA + considerar antileucotrieno
Refratária a tudo Encaminhar para imunobiológico (omalizumabe, mepolizumabe etc.)