POS OP Flashcards

(86 cards)

1
Q

Como se divide os períodos operatórios?

A

Médico da aval para a cirurgia-entra no período pré operatório

Adentrou no centro cirúrgico até sair: período Intraoperatorio

Saiu do centro cirúrgico até 12h-24h: Pré operatório imediato (varia)

Saiu do período imediato até a alta hospitalar: pos operatório mediato

Da alta hospitalar até a alta médica: Pôs operatório tardio

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2
Q

Conceitue a alta médica

A

Deixa de tomar remédios referentes à cirurgia

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3
Q

O que pode acontecer no período pós operatório?

A

Riscos de complicações e patologias podem evoluir

Todos os sistemas do nosso corpo podem ser acometidos

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4
Q

FERIDAS: Conceitue um Seroma

A

Coleção líquida + líquido linfático
Mais benigno
Aspecto viscoso + claro + amarelado
Associado a grandes retalhos (ex.: mastectomia ou incisão superficial)

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5
Q

Quadro clínico do seroma

A

Edema bem localizado + circunscrito
Desconforto a pressão
Pode ter drenagem de líquido claro (mas não é muito frequente)

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6
Q

Prevenção do seroma

A

Drenos de sucção

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7
Q

Tratamento do seroma

A

Primeiro drenagem/aspiração, se continuar: abertura da ferida cirúrgica e usar gaze e soro fisiológico

Em caso se tela sintética ou infecção no local: fazer drenagem aberta no centro cirúrgico + tratar infecção no centro cirúrgico e não fechar sem tratar (pode virar sepse)

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8
Q

Conceitue o hematoma

A
  • Coleção de sangue anormal após fechamento da pele

- Camada variável (potencial infeccioso dentro de cavidade)

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9
Q

O hematoma está associado principalmente a que?

A

Hemostasia deficiente
Depressao de fatores de coagulação
Coagulopatias
Uso abusivo de alguns medicamentos (AAS - ver custo beneficio)

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10
Q

Qual o quadro clinico e achados do exame físico?

A

Quadro clínico varia de acordo com o local + tumefação expansiva + dor em sítio operatório

Exame físico: tumefacao maciça, coloração azulada, edema, doloroso, drenagem de líquido vermelho escuro

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11
Q

Qual é a prevenção para o hematoma?

A

Descontinuar anticoagulantes e corrigir coagulopatias

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12
Q

Qual é o tratamento para o hematoma?

A

Pequeno: tratamento conservador-corrigir coagulopatias

Exapansivos e no pescoço: tratar no centro cirúrgico

Retroperitonio: pode causar ileo paralítico (tratar depois que corrigir coagulação)

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13
Q

O que são deiscências?

A

Separação das camadas musculoaponeuroticas

Temeroso (pode levar a outras, evisceracoes, hérnias, infecção)

Se relaciona a erros técnicos de sutura

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14
Q

Quais são as causas da deiscência ?

A
Obesidade 
Idade 
Desnutrição 
Corticoesteroides 
Infecção profunda
Pressão intraabdominal aumentada 
Cicatrização inadequada
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15
Q

Quais são as características das Deiscências?

A

Início abrupto (mais)

Prenunciado (25%)-drenagem de líquido vermelho/salmão

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16
Q

Qual é o quadro clínico da deiscência?

A
Líquido claro de cor salmão 
Com ou sem presença de evisceração 
Febre 
Leucocitose 
Dor abdominal 
Ileo paralítico
Peritonite difusa 
Formação de fistulas internas 

(+sintomas associados principalmente se tiver complicações)

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17
Q

Qual a conduta da deiscência?

A

Avaliar extensão
Pequenas deiscências: gaze com solução salina
Associada a extensão: (no centro cirúrgico) compressão externa+reposição volemica+procurar por foco séptico e deiscências
Casos de infecção: vai para o centro cirúrgico (debridamento e tratar o foco séptico)
Sistema a vácuo: aparelho de sucção e espuma com poros (diminui líquido intersticial, tamanho e colonização bacteriana)

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18
Q

Quais são as causas da infecção?

A

Contaminação bacteriana Penetração em víscera oca
Microbiota humana
Falha da técnica cirúrgica

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19
Q

Quais são os principais agentes da infecção?

A

Staphylococcus
Enterobacter
E. Coli

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20
Q

Qual o quadro clínico de uma infecção?

A

Sintomas e sinais da inflamação
Drenagem purulenta
Ferida infeccionada

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21
Q

Quais são as classificações da infecção?

A

Incisional Superficial, Incisional Profunda, Espaço Orgânico

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22
Q

Descreva a Incisional Superficial

A

Pele e TSC E geralmente antes de 30 dias após a operação

Precisa ter esses 2 mais 1 desses:

Drenagem purulenta OU infecção em sítio superficial OU sintoma de edema OU dor OU eritema

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23
Q

Descreva a Incisional Profunda

A

Atinge músculos e fascias E de 30 dias a 1 ano

Precisa ter esses 2 mais 1 desses:

Drenagem purulenta OU infecção em sítio superficial OU sintoma de edema OU dor OU eritema

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24
Q

Descreva o Espaço Orgânico

A

Menos de 30 dias a um 1 ano se com implante

Qualquer lugar (engloba vísceras)

Secreção purulenta em dreno no espaço orgânico ou organismos cultivados no material aspirativo ou sintomas de edema, dor e eritema

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25
O que pode causar infecção?
-Fatores do paciente, do ambiente, do tratamento - Bactérias no Centro Cirúrgico - Ascite, obesidade, diabetes, desnutrição (podem facilitar) - Do ambiente (C.E, medicamentos contaminados) - Fatores de tratamento (drenos, operações de emergência, demoradas) - Flora da Pele - Falha técnica
26
Quais são as características da infecção da ferida?
5-6 dias após a operação (90% antes dos 30 dias iniciais) Depois dos 30 dias pode ser devido a um implante Observa-se: eritema, sensibilidade em edema local e febre baixa
27
Qual a prevenção da infecção da ferida?
Cortar cigarro (pré e pós) Redução de peso em obesos Controle glicêmico rigoroso em diabéticos Avaliar a interrupção de corticoesteroides Na noite interior: com sabonete bactericida O antibiótico para profilaxia depende de acordo com a ferida
28
Qual é a profilaxia das feridas em geral?
Todas possuem profilaxia antibiótica Profilaxia de 30 min antes da incisão Tipo de profilaxia depende do local APENAS FERIDAS SUJAS TEM ANTIBIÓTICO TERAPIA
29
Quais são os antibióticos mais recomendados?
Cefalosporinas de 1a e 2a geração
30
Conceitue a Hipotermia
Queda maior que 2°C pela interferência dos mecanismos termorreguladores do corpo
31
A hipotermia é normal??
Relativamente, 50% dos casos
32
Quais os fatores podem levar a hipotermia?
``` Trauma Idade Avançada Transfusão sanguínea de líquidos sem aquecimento Anestesia (principalmente em idade avançada) Analgesia com opioides Operações prolongadas Reposição volemica Feridas expostas ```
33
Quais os mecanismos que fazem a hipotermia ser algo prejudicial?
Processos homeostaticos ineficientes-alterações no sistema cardiovascular e na coagulação - ativação do simpático - aumento da nora epinefrina - vasoconstrição e PA elevada - menor perfusão periférica -isquemia no pós op e arrítmia
34
Qual é a prevenção para a hipotermia?
Monitorizar a temperatura central Manter o ambiente do centro cirúrgico aquecido Aquecer os fluidos e gases inalados
35
O que é a hipertermia maligna?
Crise hipermetabolica potencialmente fatal deflagrada pela exposição a anestésico geral em indivíduos susceptíveis (herança autossômica dominante)
36
Como funciona a hipertermia maligna?
Anestésico geral (ex.:alogênicos) - concentração anormal de cálcio no citoplasma - contração das fibras musculares - maior rigidez - aumenta o metabolismo energético (libera calor) - aumenta o consumo de ATP - pode gerar hipoxia celular e acidose latica + hipercapnia
37
Qual a prevenção para a hipertermia maligna?
- Identificar indivíduos susceptiveis (histórico familiar, intolerância a cafeina, mialgia pós atividade física e tendência a febre) - Trocar deflagrador (ex.: proporfol)
38
Se não tiver sucesso na prevenção da hipertemia maligna, como ela se apresenta??
``` Taquicardia Arrítmia Temperatura elevada Acidose Rigidez muscular Espasmo muscular (prediz) ```
39
Qual é o tratamento para a hipertermia maligna?
``` Descontinuar anestésico deflagrador Administrar dantrolene Monitorar a temperatura e sinais vitais Monitorar débito urinário Oxigenar o paciente ```
40
O que é a febre pós operatória?
Temperatura corporal acima da faixa de normalidade (reguada na área anterior do hipotálamo) 2/3 dps que entram no pós operatório possuem (1/3 das causas eh infecção)
41
Quais são as causas infecciosas e as não infecciosas da febre pós operatória?
Causas infecciosas: abscessos, bacteremia, empiema e endocardite Causas não infecciosas: necrose hepática aguda, insuficiência adrenal, reação alergica e atelectasia
42
O que fazer em um paciente com febre?
Avaliar o estado imune Avaliar as doenças primárias existentes Ver a epidemiologia para a infecção Uso de medicamentos
43
Pico de febre 48-72h no pós operatório sugere o que?
Atelectasia
44
Picos tardios de febre (5-8 dias pós op) + febre de grande flutuação indica o que?
Comprometimento de outros sistemas
45
Qual a conduta geral para situações de febre?
``` Avaliação clínica (Avaliação do estado imune do paciente + avaliar doenças primárias pré existentes + epidemiologia para a infecção + uso de medicamentos) Hemograma Avaliação de urina tipo 1 e tipo 2 RXT Hemocultura ```
46
O que fazer com febre persistente?
TC para buscar causa intraabdominal
47
Qual é o tratamento para a febre pós operatória?
Antitérmicos + Antibióticos, se necessário (suspeita: antibiótico de amplo espectro e não esperar o resultado da cultura)
48
O que é atelectasia?
Colapso dos alvéolos - gera acúmulo de secreção - pode haver acúmulo de bactérias - pode complicar para pneumonia - complicação respiratória comum
49
Qual é a complicação respiratória mais comum?
Atelectasia
50
O que contribui para o colapso dos alvéolos na atelectasia?
Incisão Narcóticos no pós op Maior risco: obesos e tabagistas
51
Quadro clínico e Exame Fisico da atelectasia
QC: febre baixa, mal estar EF: exapansividade, murmúrio vesicular e fremito toracovocais diminuídos
52
Conduta para atelectasia
Controle da dor e analgesia Passa a ter movimentos naturais (tosse para que alvéolos descolabem) Espirômetro: ver fração expirada do paciente
53
Qual a relação entre pneumonia e atelectasia?
A pneumonia pode ser uma complicação da atelectasia
54
Paciente lá mais susceptíveis a desenvolver pneumonia:
Idosos Pacientes com soda nasogástrica Pacientes sedados
55
Qual é a diferença entra a pneumonia precoce e a tardia?
Precoce (2-5 dias) | Tardia (após 5 dias) - geralmente por falha da assistência em saúde
56
Qual o quadro clínico da pneumonia?
``` Febre alta Pode haver confusão mental Hemograma com leucocitose RXT demonstrando algum infiltrado Tosse produtiva ```
57
O que fazer quando um paciente com pneumonia evolui para insuficiência respiratória?
INTUBAR
58
Conduta para pacientes com pneumonia
Limpeza pulmonar agressiva Indução de catarro para cultura Teste de sensibilidade Colher cultura e iniciar A.T de amplo espectro
59
EP e SARA não são estágios da insuficiência pulmonar em adultos
FALSO
60
Por qual mecanismo acontece o edema pulmonar?
Aumento da pressão hidrostática do pulmão - acúmulo de líquido nos alvéolos- não há troca gasosa
61
Quais são as causas do edema pulmonar?
Insuficiência cardíaca Infarto Ressuscitação volemica agressiva
62
Quais são as repercussões do edema pulmonar?
Hipoxia | Aumento da FR e da musculatura acessória
63
Qual a conduta em caso de edema pulmonar?
Uso de máscara de oxigênio (casos leves) | Intubação (complicações respiratórias maiores)
64
Tratamento para edema pulmonar
Estímulo à diurese | Restrição de líquido
65
O que o Trauma Pulmonar Agudo e o SARA?
Graus de insuficiência respiratória secundária ao trauma Decorrentes de uma resposta inflamatória fisiopatológica Aconteceram quando há edema pulmonar e aumento do espaço entre o alvéolos e o capilar
66
Qual fator diferencia o SARA do TPA?
A relação entre a quantidade de oxigênio expirada e inspirada
67
O que caracteriza a TPA?
Pressão parcial de oxigênio/fração de expiração de oxigenio < 300 (entre 300 e 200)
68
O que fazer em casos de TPA?
Fazer medidas de suporte | Tratar lesão pulmonar que está gerando a resposta fisiopatológica
69
O que caracteriza o SARA?
Pressão parcial de oxigênio/fração de expiração de oxigenio < 200 Paciente expira, mas oxigênio não chega ao sangue (HIPOXIA)
70
Qual é o quadro clínico do SARA?
Dispneia intensa | Taquipneico (esforço respiratório e muscular alto)
71
Qual a conduta em casos de SARA?
Intubar (Swan Ganzs- indicado para monitorização em casos de pacientes com edema pulmonar que representem RXT anormal)
72
O que caracteriza o termo “precoce” da obstrução intestinal e como ela é dividida?
<30 dias após operação Divisão: - Obstrução intestinal Funcional (Ileo) - Obstrução Intestinal Mecânica (Barreira)
73
Qual é a diferença entre Ileo Primário e secundário?
Primario: 2-4 dias + sem fatores predisponentes Secundário: ileo adinâmico ou paralítico
74
Qual a causa do Ileo?
Stress cirúrgico e Manipulação da alça | Atividade simpática inibitória - analgesia narcótica - redução da ingesta oral - diminui a motilidade intestinal
75
Qual é o quadro clínico do Ileo?
Abdome distendido Silencioso Desconforto ****Ausência de dor (é funcional)****
76
Qual o diagnóstico do Ileo?
``` Exames complementares (hemograma, eletrólitos, urina tipo 1, radiografia) Clinica do paciente ```
77
Prevenções para o Ileo
Minimizar lesões na serosa Usar barreiras anti-adesao Limitar disseccoes peritoneais
78
Tratamento para o Ileo
Corrigir distúrbios eletroliticos Analgesia com AINES Relaparotomia
79
Como pode ser a obstrução mecânica?
Luminal Mural Extraluminal
80
Qual a fisiopatologia da obstrução mecânica?
Aderência Ruptura de anastomoses Hérnias internas Intuscepcao
81
Qual a diferença entre uma obstrução alta e uma baixa?
Alta: vômitos biliosos Baixa: vômitos fecaloides
82
Qual o quadro clínico de uma obstrução mecânica?
``` Dor (muito mais intensa) Desconforto Abdome distendido Ruídos HA + Hipertimpanismo Vômitos Febre Hipovolemia ``` *sepse em casos mais graves
83
Características da retenção urinária
Incapacidade de esvaziar a bexiga Comum e reversível Dor- ativa mecanismos nervosos que falham o M. detrusor da bexiga (não esvazia adequadamente)
84
Qual é o quadro clínico da detenção urinária?
Dor em hipogástrio | Macicez e hipersensibilidade à percussão
85
Qual é a conduta em casos de retenção urinária?
Analgesia | Avalia tempo entre a última micção e o momento atual (não pode ser maior que 6-7h)
86
Tratamento para retenção urinária
Cateterização de rotina ou uso de cateter de follen Pacientes de alto risco: podem ser necessárias cistoscopia e cistometria