Princípios de Direito Penal Flashcards

(31 cards)

1
Q

Princípio da reserva legal ou da estrita legalidade

A

somente a lei pode criar crimes e determinar penas;

assegurando que a criação de normas penais seja feita exclusivamente pelo Poder Legislativo, por meio de Lei Ordinária ou Lei Complementar;

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2
Q

É possível a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a Direito Penal ?

A

É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a Direito Penal (CF, art. 62, § 1º, I, b) seja para prejudicar ou beneficiar o réu.

Entretanto, o STF admite medidas provisórias que versem sobre direito penal favorável ao réu

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3
Q

Princípio da anterioridade

A

A lei deve ser anterior à conduta criminosa.

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4
Q

Princípio da taxatividade

A

Os tipos penais e o preceito primário das leis penais devem ser claros e objetivos em relação ao seu texto.

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5
Q

O que é analogia in malam partem?

A

não é permitido interpretar normas penais de forma prejudicial ao réu sem previsão legal específica

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6
Q

Princípio da individualização da pena

A

O Juiz ao aplicar uma pena ao caso concreto deve considerar as peculiaridades do caso.

Esse Princípio deve ser observado nos seguintes planos:
* Plano legislativo: ao estabelecer as penas em abstrato.
* Plano judicial: aplicação da lei ao fato concreto.
* Plano administrativo: execução da pena. A forma com que uma pena será executada entre duas pessoas difere entre elas.

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7
Q

Princípio da personalidade ou da intranscendência

A

Pena (ou multa) não pode passar da pessoa do condenado;

Obrigação de reparar o dano e perdimentos de bens —podem ser estendidos ao herdeiros- . Até o limite do valor da herança.

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8
Q

Princípio da ofensividade ou lesividade

A

a conduta deve ser capaz de ofender um bem jurídico;

lesão/dano ou perigo

o fato de ser exteriorizado;

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9
Q

Princípio da alteridade

A

a conduta deve ofender um bem jurídico de terceiro;

direito penal não pune a autolesão;

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10
Q

Princípio da intervenção mínima

A

O direito penal só deve atuar quando a criminalização de uma conduta for indispensável para proteger bens e interesses.

Subdivide-se em outros dois Princípios:
* Princípio da fragmentariedade.
* Princípio da subsidiariedade: o Direito Penal é a ultima ratio.

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11
Q

Princípio da subsidiariedade

A

o Direito Penal é o último recurso a ser lançado pelo Estado.

os ilícitos que não são suficientemente repreendidos
pelos demais ramos do Direito e demais meios de controle estatal.

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12
Q

Princípio da fragmentariedade

A

Nem todos os ilícitos configuram ilícitos penais.

Serão considerados ilícitos penais os que forem previstos em lei e que atentam contra valores fundamentais dos indivíduos e da sociedade.

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13
Q

Princípio da responsabilidade penal subjetiva

A

A responsabilização penal depende de dolo ou culpa.

Não se admite no Direito Penal a responsabilidade objetiva.

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14
Q

Princípio da adequação social

A

uma conduta tipificada em lei não será considerada criminosa se for tolerada ou aceita pela sociedade;

Causa supralegal de exclusão da tipicidade (material).

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15
Q

Princípio do ne bis in idem

A

É a proibição de dupla punição pelo mesmo fato.

Esse Princípio pode ser analisado sob 3 aspectos:

* Processual: ninguém pode ser processado duas vezes pelo mesmo fato.

* Material: ninguém pode ser condenado duas vezes pelo mesmo fato.

* Execucional: ninguém pode sofrer execução penal duas vezes por condenações relacionadas ao mesmo fato

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16
Q

Princípio da insignificância

A

o Estado não deve se valer do Direito Penal quando a conduta não é capaz de lesar o bem jurídico tutelado pela norma penal, ou, pelo menos, coloca-lo em perigo.

Natureza Jurídica: Causa supralegal de exclusão da tipicidade material

17
Q

Requisitos objetivos adotados pela Jurisprudência para a aplicação do Princípio da insignificância

A

a) mínima ofensividade da conduta;

b) nenhuma periculosidade social da ação;

c) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;

d) inexpressividade da lesão jurídica provocada.

18
Q

O Delegado de Polícia pode aplicar o P. da Insignificância diante de uma situação flagrancial?

A

2ª Corrente) SIM

19
Q

Aplicação do Princípio da Insignificância nos casos de furto

A

Deve ser analisado o caso concreto;

o valor do bem inferior é a 10% do salário mínimo vigente à época dos fatos;

não se aplica no furto com ingresso na residência da vítima ou furto noturno;

furto qualificado: em regra, não se aplica; mas é possível sua aplicação a depender do caso concreto.

20
Q

Não se aplica o P. da Insignificância aos seguintes crimes:

A

1) Roubo, extorsão e demais crimes cometidos com violência ou grave ameaça

2) Crimes previstos na lei de drogas (independente da quantidade ou consumo pessoal)

3) Crimes contra a fé pública

4) Crime de contrabando

5) Crimes relacionados a violência doméstica

6) Crimes contra a Administração Pública

7) a casos de transmissão clandestina de sinal de internet via radiofrequência

8) Estelionato contra entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.

21
Q

É possível a aplicação do P. da Insignificância a reincidentes?

A

Regra: NÃO se aplica o princípio da insignificância ao agente reincidente

22
Q

Aplica-se o P. da Insignificância aos seguintes crimes:

A

1) Crimes contra a ordem tributária (Lei 8.137/90) e descaminho (art. 334, CP)– valor pacífico no STJ e STF: Até R$ 20.000,00

2) Crimes ambientais– A doutrina é contrária, mas a jurisprudência admite a aplicação deste princípio, após uma rigorosa análise.

23
Q

Aplicação do Princípio da Insignificância

A questão da posse e do porte de armas de fogo e munições

A

1) Não se aplica o princípio da insignificância ao posse ou porte de arma de fogo, seja de calibre permitido, restrito ou proibido e ainda que não acompanhado de munição– Pacífico no STJ e STF

2) a posse ou porte de munições, desacompanhadas de arma de fogo, tanto o STF quanto o STJ tem entendido que, a depender do caso concreto e da quantidade de munições, é possível aplicar o P. da Insignificância

24
Q

É possível a aplicação do princípio da insignificância aos atos infracionais (menores de idade)?

25
O que é **Infração bagaletar imprópria** ou **princípio da insignificância imprópria**
* É a infração que nasce com relevância para o ordenamento jurídico, mas sua punição se faz desnecessária. * O crime permanece íntegro, mas **constata-se a desnecessidade da pena.** * Princípio da irrelevância penal do fato *** Natureza jurídica de extinção da punibilidade** * Ex.: pagamento do tributo em crimes tributários materiais * Ex.2: reparação do dano no peculato culposo * Ex.3: perdão judicial pelo homicídio culposo do próprio filho
26
No crime de contrabando, há somente uma situação em que a jurisprudência entende que o Princípio da insignificância deve ser aplicado:
o contrabando de pequena quantidade de remédio para consumo pessoal
27
Princípios penais expressos na CF/88: LILIP
Legalidade Individualização da pena Limitação ou humanidade das penas Intranscendência ou Pessoalidade Presunção de inocência
28
O princípio da insignificância é aplicável ao crime de contrabando de cigarros ?
é aplicável quando a quantidade apreendida **não ultrapassar 1.000 (mil) maços**, excetuada a hipótese de reiteração da conduta.
29
Quanto a insignificância é só lembrar da MARI!
**M**ínima ofensividade da conduta; **A**usência de periculosidade social da ação; **R**eduzido grau de reprovabilidade do comportamento; **I**nexpressividade da lesão jurídica.
30
o que é NTERPRETAÇÃO ANALÓGICA?
existe uma norma regulando a hipótese, mas de forma bem genérica, o que torna necessário o recurso a via interpretativa. > O legislador deixou em aberto, permitindo ao julgador analisar o caso concreto. Pode ser utilizada em prejuízo do acusado.
31
o que é Interpretação extensiva?
> Utilizada para ampliar o alcance da lei, pois o texto legal não é suficiente para atingir sua vontade. > Pode ser utilizada em desfavor do acusado.