Processo Penal - Provas Flashcards

1
Q

Pode haver, por liberalidade do delegado, por exemplo, um contraditório no inquérito. O elemento de informação sujeito a contraditório no IP será considerado prova?

A

Não. Prova é elemento que foi produzido em contraditório judicial.

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2
Q

Elementos de informação (produzidos sem contraditório judicial) podem fundamentar condenação?

A

Apenas se forem corroborados por provas.

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3
Q

O que são provas cautelares?

A

Aquelas que correm o risco de perecimento.

MM: Se há necessidade de cautela (cuidado), é porque há um risco).

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4
Q

O que são provas não repetíveis?

A

Aquelas que, uma vez produzidas, não poderão ser novamente refeitas.

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5
Q

O que são provas antecipadas?

A

Aquelas produzidas antes do momento processual previsto.

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6
Q

Elementos de informação (produzidos sem contraditório judicial) podem fundamentar absolvição?

A

Sim.

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7
Q

Segundo o art. 155, CPP, o juiz formará sua convicção pela livre
apreciação da prova produzida em contraditório judicial. Nesse ponto o CPP adota: o sistema da íntima convicção (da certeza moral do juiz); o sistema da tarifação da prova (da certeza moral do legislador/da prova tarifada); ou o sistema do convencimento motivado (persuasão racional)?

A

Sistema do convencimento motivado (persuasão racional).

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8
Q

No Brasil, há alguma hipótese de adoção do sistema da íntima convicção?

A

Sim, no Tribunal do júri, para jurados.

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9
Q

No sistema da íntima convicção (ou da certeza moral do juiz), podem ser valoradas questões extrajurídicas (ou metajurídicas)? Ex.: carta psicografada.

Image: Chico Xavier

A

Sim. Um jurado pode aceitar carta psicografada como prova (valoração secundum conscientiam da prova).

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10
Q

Segundo o CPP, a decisão judicial que se limita à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida, pode ser considerada fundamentada?

A

Não (art. 315, §2°, CPP).

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11
Q

Segundo o CPP, a decisão judicial que emprega conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso, pode ser considerada fundamentada?

A

Não (art. 315, §2°, CPP).

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12
Q

Segundo o CPP, a decisão judicial que invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão pode ser considerada fundamentada?

A

Não (art. 315, §2°, CPP).

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13
Q

Segundo o CPP, a decisão judicial que não enfrentar todos os argumentos levantados pode ser considerada fundamentada?

A

Não (art. 315, §2°, CPP).

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14
Q

Segundo o CPP, a decisão judicial que se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos, pode ser considerada fundamentada?

A

Não (art. 315, §2°, CPP).

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15
Q

Segundo o CPP, a decisão judicial que deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento, pode ser considerada fundamentada?

A

Não (art. 315, §2°, CPP).

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16
Q

O art. 315, caput, CPP, determina que toda decisão sobre prisão preventiva será fundamentada (reforma do pacote anticrime). O art. 315, §2°, CPP, indica circunstâncias em que a decisão judicial não pode ser considerada fundamentada. O §2° do art. 315, CPP, restringe-se a decisões sobre prisões preventivas ou se estende a toda decisão judicial ?

A

O §2° do art. 315, CPP, aplica-se a toda decisão judicial.

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17
Q

Segundo a maioria da doutrina, no processo penal, hoje se fala em busca da verdade real ou em busca da verdade materialmente possível?

A

Em busca da verdade materialmente possível.

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18
Q

Segundo o CPP (art. 156), o ônus da prova, no PP, incumbirá a quem?

A

Segundo o CPP, o ônus da prova incumbirá a quem alegar (princípio da autorresponsabilidade das partes).

Obs.: Segundo o P. da Autorresponsabilidade das partes, considerada a inércia da jurisdição, as partes assumem o protagonismo na produção das provas e as consequências pela produção probatória.

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19
Q

Segundo previsão expressa do CPP, é faculdade do juiz ordenar, de ofício, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes (observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida)?

A

Sim.

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20
Q

Segundo previsão expressa do CPP, é faculdade do juiz ordenar, de ofício, determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante?

A

Sim.

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21
Q

Para a posição majoritária, o art. 156, CPP (segundo o qual o ônu de provar cada alegação, no PP, incumbe a quem a alega), é constitucional? Há posição minoritária contrária?

A

Sim. Sim (Aury Lopes Jr, por exemplo).

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22
Q

O sistema acusatório é previsto expressametne pela lei?

A

Sim (alteração do pacote anticrime, art. 3-A, CPP).

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23
Q

Segundo disposição expressa do CPP, é adequada a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação?

A

Não (art. 3-A, CPP).

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24
Q

É possível questionar a compatibilidade entre o art. 3-A, CPP (sistema acusatório), e o art. o art. 156, CPP (que em seus §§ faculta ao juiz ordenar diligências de ofício para obter elementos de informação)? Essa discussão já está posta?

A

Sim. Há ADI sobre o tema (pendente de julgamento).

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25
Q

Em que consiste o P. da comunhão das provas?

A

Princípio segundo o qual, uma vez produzidas, as provas não pertecem a uma das partes, mas a ambas, no interesse da justiça, para formar a conficção do magistrado.

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26
Q

Em que consiste o P. da imediatidade?

A

Princípio segundo o qual, a prova deverá ser colhida diretamente pelo juiz.

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27
Q

O CPP prevê expressamente o princípio da identidade física do juiz?

A

Sim.

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28
Q

Segundo o CPP, o juiz que presidiu a instrução deve ser o que profere sentença?

A

Sim (P. da identidade física do juiz).

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29
Q

É correto dizer que o P. da identidade física do juiz decorre do P. da imediatidade?

A

Sim.

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30
Q

O P. da identidade física do juiz foi suprimido do CPC? E do CPP?

A

Sim. Não.

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31
Q

Segundo o P. da oralidade e concentração, na produção de provas do PP, deve predominar a palavra falada. Isso impede que a testemunha consulte breves apontamentos escritos?

A

Não.

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32
Q

No PP, os fatos axiomáticos ou intuitivos (evidentes) devem ser objeto de prova?

A

Não.

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33
Q

No PP, os fatos notórios (cujo conhecimento faz parte da cultura de uma sociedade) devem ser objetos de prova?

A

Não.

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34
Q

No PP, as presunções legais absolutas (juris et jure) devem ser objeto de prova? Admitem prova em contrário?

A

Não. Não.

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35
Q

As presunções relativas (juris tantum) admitem prova em contrário?

A

Sim.

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36
Q

No PP, os fatos inúteis devem ser objeto de prova?

A

Não.

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37
Q

De acordo com a doutrina majoritária, a utilização da prova emprestada é possível se aquele contra quem ela for utilizada não tiver participado do processo em que essa prova foi produzida?

A

Não. Para a doutrina majoritária, a utilização da prova emprestada só é possível se aquele contra quem ela for utilizada tiver participado do processo em que essa prova foi produzida, observados os princípios do contraditório e da ampla defesa.

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38
Q

É permitido o “elemento informativo emprestado” (elemento produzido no inquérito)?

A

Não.

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39
Q

Caso o processo original tenha sido anulado por outro motivo que não a prova, admite-se a prova emprestada?

A

Sim.

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40
Q

A prova emprestada tem o mesmo valor da prova originalmente produzida?

A

Sim.

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41
Q

É possível a utilização de prova emprestada no processo administrativo disciplinar, devidamente autorizada na esfera criminal?

A

Sim (STJ), desde que produzida com observância do contraditório e do devido processo legal.

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42
Q

São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, o que acontece com a prova?

A

Será inutilizada, por decisão judicial.

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43
Q

É permitido às partes acompanhar o incidente de desentranhamento e inutilização de prova considerada ilícita?

A

Sim.

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44
Q

O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível poderá ser o mesmo a proferir a sentença ou acórdão correspondente?

A

Não. O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão correspondente.

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45
Q

Para a doutrina, qual a diferença entre provas ilícitas e provas ilegítimas?

A

Provas ilícitas -> violação de direito material.
Provas ilegítimas -> violação de direito processual.

Obs.: normalmente, quando a prova é ilícita e, portanto, viola norma de direito material, o agente que é responsável por sua produção pratica crime. Ex.: é ilícita uma confissão obtida mediante tortura e, caso obtida pelo delegado, ele responderá por crime.

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46
Q

É inadmissível uma confissão obtida mediante tortura e, caso obtida pelo delegado, ele responderá por crime. Nesse caso, a prova é ilícita ou ilegítima?

A

Ilícita (viola direito material).

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47
Q

Podem ser utilizadas no processo penal as provas ilicitamente colhidas, que beneficiem a defesa? E a ilícita por derivação que beneficie a defesa?

A

Sim. Sim.

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48
Q

a Suprema Corte dos Eua, no julgamento Miranda vs. Arizona,
em 1966, tornou popular o chamado aviso de Miranda, consolidando que as declarações à polícia somente podem ser consideradas válidas caso o declarante tenha sido avisado que ______________ (3).

MM: Roger e Riggs predem um suspeito, o que dizem a ele (3)?

A

1- tem o direito de ficar calado;
2- tudo que disser poderá ser usado contra ele;
3- tem direio a um advogado.

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49
Q

O CPP adota expressamente a Teoria do Fruto da Árvore envenenada?

A

Sim.

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50
Q

Há exceções à teoria da ilicitude por derivação (exclusionary
rules). Uma delas é a Teoria do nexo de causalidade atenuado, também chamada de Teoria da tinta diluída ou da mancha purgada (purged taint), adotada expressamente pelo CPP. Em que consiste essa teoria?

A

Por essa teoria, deve-se considerar lícita (não aplicada a teoria da ilicitude por derivação) aprova quando o nexo causal não for direto e imediato, ou seja, for atenuado, diluído.

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51
Q

Suprema Corte dos Eua, caso Wong Sun vs. US, de 1963 - A polícia teria entrado de maneira ilegal no domicílio de uma determinada pessoa e efetuou a prisão dela. Depois, dessa prisão, decorreu a apreensão de drogas que estavam em posse de outro indivíduo, que alegou ter recebido drogas de um terceiro sujeito, que foi preso. Esse sujeito resolveu confessar o crime em seu interrogatório. Nesse caso, a confissão é lícita? Qual a teoria aplicável?

A

Sim. Teoria do nexo de causalidade atenuado, da tinta diluída ou da mancha purgada (purged taint).

Obs.: o caso narrado trata da origem da Teoria do nexo de causalidade atenuado, hoje adotada expressamente pelo CPP.

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52
Q

Suprema Corte dos EUA, caso Bynum vs. US, de 1960 - Foi feita identificação datiloscópica a partir de prisão ilegal do réu. Mas, havia essa identificação nos arquivos do FBI. A prova é válida? Qual a teoria aplicável?

A

Sim. Teoria da fonte independente ( independente source doctrine).

Obs.:o caso narrado trata da origem da Teoria da fonte independente, hoje adotada expressamente pelo CPP.

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53
Q

Suprema Corte dos EUA, Nix vs. Williams-Williams II, de 1984 - a polícia conseguiu localizar o corpo de vítima de homicídio a partir de declaração ilegalmente obtida, do réu. Todavia, houve a alegação de que um grupo de voluntários já estava à procura do corpo, nas redondezas e que, de acordo com o plano de busca, chegariam a descobrir o local exato. A prova deveria ser considerada lícita? Qual a teoria aplicável?

A

Sim. Teoria da descoberta inevitável.

Obs.:o caso narrado trata da origem da Teoria da descoberta inevitável, hoje adotada expressamente pelo CPP

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54
Q

Segundo a Teoria da exceção da boa-fé (reconhecida pela Suprema Corte dos EUA), caso o agente que produza uma prova ilícita não tenha conhecimento da ilicitude, ela poderia ser aproveitada. Essa teoria foi expressamente prevista no CPP? Vem sendo adotada pela jurisprudência nacional?

A

Não. Não.

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55
Q

Segundo a Teoria do risco, quando o próprio réu abre mão de seu direito ao silêncio e assim produz provas contra si, a prova deve ser admitida (“si usted no cuida sus garantias, no pretenda que lo haga un juez”). Essa teoria foi adotada pelo CPP? Vem sendo adotada pela jurisprudência nacional?

A

Não. Não.

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56
Q

Em que consiste a Serendipidade?

Obs.: Há uma lenda oriental pela qual três príncipes de Serendip, viajantes que eram, fizeram descobertas diversas, sem qualquer relação do objetivo inicial da viagem.

A

Teoria do encontro fortuito de provas (Serendipidade): a prova de determinada infração penal se obtém a partir de uma diligência regularmente autorizada para a investigação de outro delito.

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57
Q

Realizada uma interceptação telefônica (legal), foram colhidas informações sobre crimes diferentes dos investigados originalmente. As informações coletadas podem subsidiar denúncias dos crimes novos descobertos? Qual teoria aplicável?

A

Sim (Teoria do encontro fortuito de provas/Serendipidade).

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58
Q

Realizada uma interceptação telefônica (legal), foram colhidas informações sobre crimes diferentes dos investigados originalmente. As informações coletadas podem subsidiar denúncias dos crimes novos descobertos (Teoria do encontro fortuito de provas/Serendipidade). Para que sejam utilizadas as novas informações, é necessário que sejam conexas aos crimes originalmente investigados? Como pensa o STF? E o STJ?

A

STF: Sim (as informações coletadas podem subsidiar denúncias dos crimes novos descobertos, desde que conexas aos crimes originalmente investigados).
STJ: Não (o STJ tem entendimento recente de que é válido o encontro fortuito de provas, ainda que sem conexão ou continência com o crime originalmente investigado).

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59
Q

Sobre a Teoria do encontro fortuito de provas, o que é Serendipidade de 1° Grau?

Image: disco voador.

MM: tem a ver com conexão e continência.

A

Quando há conexão ou continência entre o crime originário e o crime achado.

Image: disco voador -> lembra contato imediato de 1° Grau -> Serendipidade de 1° Grau é quando há contato direto/correlação (onexão ou continência) entre o crime originário e o crime achado.

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60
Q

Sobre a Teoria do encontro fortuito de provas, o que é Serendipidade de 2° Grau?

A

Quando não há conexão ou continência entre o crime originário e o crime achado.

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61
Q

As cortes superiores no Brasil admitem elementos de informação com Serendipidade de 1°Grau (quando há conexão ou continência entre o crime originário e o crime achado fortuitamente). O STF aceita elementos de informação com Serendipidade de 2° Grau? E o STJ?

A

STF não. STJ sim.

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62
Q

Existe a necessidade de seguir o procedimento do art. 266 do CPP (sobre reconhecimento pessoal do réu), a fim de que haja a regularidade do reconhecimento. Mas, se houver outras provas que demonstrem que o réu é autor do fato investigado, pode haver a possibilidade de condenação, independentemente da nulidade/validade do procedimento do reconhecimento?

A

Sim (STJ).

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63
Q

João foi denunciado pela suposta prática do delito de ameaça (artigo 147, caput, do Código Penal), pois no dia 1º de janeiro de 2023 teria enviado uma mensagem via Whatsapp para Henrique contendo ameaça de morte. A denúncia foi instruída com print screen (captura de tela) extraído do aparelho celular de Henrique e fornecido por ele contendo a referida mensagem. Na resposta à acusação, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo se manifestou pela inocência de João, a ser provada no curso do processo. A vítima e as testemunhas de acusação foram ouvidas em juízo e confirmaram os fatos narrados na denúncia. Ao final, João foi interrogado em juízo, oportunidade em que confessou que enviou a referida mensagem de Whatsapp para Henrique após uma discussão entre ambos. No caso narrado, o(a) defensor(a) público(a) deverá ater-se que a cadeia de custódia digital foi _____________________ (observada ou inobservada?) pois o print screen é ________________ (suficiente ou insuficiente?) para a demonstração da materialidade delitiva sem os dados terem sido adquiridos.

A

Inobservada e insuficiente.

Obs.: na ocasião, a banca considerou errada a alternativa segundo a qual “a cadeia de custódia digital fo inobservada, pois restou ausente a ata notarial, que seria o instrumento público capaz de atribuir autenticidade ao print screen”. A alternativa certa foi: “a cadeia de custódia digital foi inobservada, pois o print screen é insuficiente para a demonstração da materialidade delitiva sem os dados terem sido adquiridos”.

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64
Q

A busca pessoal (“baculejo”) pode ser realizada com base única em fontes não identificadas (como “denúncia anônima”)?

A

Não. A busca pessoal (“baculejo”) NÃO pode ser realizada com base única em fontes não identificadas (como “denúncia anônima”)

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65
Q

O fato deterem sido encontrados objetos ilícitos após revista pessoal ilegal convalida a ilegalidade prévia?

A

Não. O fato deterem sido encontrados objetos ilícitos após revista pessoal ilegal não convalida a ilegalidade prévia.

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66
Q

A busca pessoal (“baculejo”) pode ser realizada com base única em intuições e impressões subjetivas, intangíveis, apoiadas, por exemplo, exclusivamente, no tirocínio (experiência) policial?

A

Não. A busca pessoal (“baculejo”) NÃO pode ser realizada com base única em intuições e impressões subjetivas, intangíveis, apoiadas, por exemplo, exclusivamente, no tirocínio (experiência) policial.

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67
Q

A busca pessoal (“baculejo”) é válida quando apoiada em elementos concretos visando a colheita de provas e reunião de corpo de delito?

A

Sim.

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68
Q

A busca pessoal (“baculejo”) é válida quando os policiais encontram objeto ilícito com o elemento suspeito, em revista posterior à diligência e amparada em denúncia anônima?

A

Não. O fato deterem sido encontrados objetos ilícitos após revista pessoal ilegal não convalida a ilegalidade prévia. Além disso, a busca pessoal (“baculejo”) NÃO pode ser realizada com base única em fontes não identificadas (como “denúncia anônima”)

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69
Q

É lícita a prova obtida por meio de revista íntima com base unicamente em denúncia anônima?

A

Não. É ilícita a prova obtida por meio de revista íntima com base unicamente em denúncia anônima.

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70
Q

É lícita a revista pessoal realizada por agente de segurança privada?

A

Não. É ilícita a revista pessoal realizada por agente de segurança privada.

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71
Q

Intuições e impressões subjetivas do policial, apoiadas exclusivamente na sua experiência profissional, podem justificar a busca pessoal (“baculejo”)?.

A

Não. Não justificam a busca pessoal intuições e impressões subjetivas do policial, apoiadas exclusivamente na sua experiência profissional.

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72
Q

A mera alegação genérica de atitude suspeita é suficiente para a licitude da busca pessoal?

A

Não. A mera alegação genérica de atitude suspeita é insuficiente para a licitude da busca pessoal.

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73
Q

A fuga e o nervosismo ao avistar a polícia justificam invasão de domiciliar sem mandado judicial?

A

Não. A fuga e o nervosismo ao avistar a polícia não justificam invasão de domiciliar sem mandado judicial.

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74
Q

A busca e apreensão é medida cautelar real. Ela depende de fatos contemporâneos para a sua concessão?

A

Não. A busca e apreensão NÃO depende de fatos contemporâneos para a sua concessão.

75
Q

Guilherme foi denunciado pela suposta prática do delito de roubo tentado (art. 157, caput, c/c art. 14, II, ambos do CP) na Comarca de João Pessoa. Decorrido o início do processo penal sem percalços, foi designada audiência de instrução e julgamento, sendo as partes devidamente intimadas. Após a oitiva da vítima e dos policiais responsáveis pela prisão em flagrante, Guilherme foi interrogado. Ato contínuo, o Ministério Público do Estado da Paraíba, por entender haver dúvida razoável acerca da sanidade mental do acusado, requereu a instauração do respectivo incidente. A defesa, instada a se manifestar, disse ser contra a medida, por entender estrategicamente ser prejudicial ao acusado. O juiz, então, deferiu o requerimento ministerial, nomeando curador e ordenando a data para o exame. Ao assim proceder, o juiz agiu acertadamente?

A

Não. O juiz agiu erroneamente, pois o incidente de insanidade é prova pericial constituída em favor da defesa, não sendo possível determiná-la compulsoriamente quando a defesa se opõe (informativo 838 do STF).

76
Q

Sobre quem recai o ônus da prova no processo penal (MP ou MP e defesa)?

A

Em regra, ao MP. No PP, o ônus da prova recai sobre o Ministério Público durante toda a persecução penal, tendo a defesa apenas interesse em provar suas alegações.

77
Q

É correto dizer que, no PP, o ônus da prova recai sobre a defesa apenas quando esta alegar excludentes de ilicitude do fato apontado como criminoso?

A

Não.

Segundo o CPP, cabe à defesa provar o que alegar (pode ser também a excludente de culpabilidade e extintivas de punibilidade, por exemplo).

Mas, segundo Aury, no processo penal, não há distribuição de cargas probatórias, senão atribuição ao acusador (…) Gravíssimo erro é cometido por numerosa doutrina (e rançosa jurisprudência), ao afirmar que à defesa incumbe a prova de uma alegada excludente.

78
Q

Segundo o Superior Tribunal de Justiça, o hearsay testimony (testemunho indireto) é prova válida? Possui, por si, segurança necessária a comprovar a ocorrência de um crime?

Obs.: O QUE É HEARSAY TESTIMONY? É a testemunha do “ouvi dizer” (hear-say), ou seja, ela não viu ou presenciou o fato e tampouco ouviu diretamente o que estava ocorrendo, senão que sabe através de alguém, por ter ouvido alguém narrando ou contando o fato.

A

Sim. Não. Segundo o STJ, o hearsay (hear-say -> ouviu-dizer) testimony é prova válida. Mas, NÃO possui, por si, segurança necessária a comprovar a ocorrência de um crime.

79
Q

É lícita a prova obtida mediante abertura de carta, telegrama, pacote ou meio análogo, sem autorização judicial ou fora das hipóteses legais?

A

Não. Sem autorização judicial ou fora das hipóteses legais, é ilícita a prova obtida mediante abertura de carta, telegrama, pacote ou meio análogo.

80
Q

A confissão do réu é divisível ou indivisível? Retratável ou Irretratável?

A

Divisível e retratável. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.

81
Q

A decisão que afasta o sigilo telemático do investigado deve indicar os termos inicial e final dos dados aos quais a autoridade policial pode ter acesso?

Obs.: a quebra de sigilo telemático diz respeito ao acesso às mensagens via whatsapp, facebook, torpedos, e-mails e outros, ou seja, a meios que se utilizam da informática e internet.

A

Não. Não há previsão legal neste sentido. Assim, não há necessidade de delimitação temporal para quebra de sigilo telemático.

82
Q

Pedro foi preso em flagrante delito portando cinco quilos de maconha em sua mochila. Em seu interrogatório, negou a traficância, mas admitiu a posse da droga, afirmando que ela não lhe pertencia e que apenas a estava levando para guardá-la, em troca de recompensa financeira. Pedro, que não possuía antecedentes criminais, foi condenado por tráfico ilícito de entorpecentes. Segundo o entendimento do STJ, Pedro tem direito à atenuante da confissão espontânea? Ou seja, indaga-se aqui: para haver incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico, exige-se o reconhecimento da traficância pelo acusado? Ou basta a mera admissão da posse?

A

Pedro NÃO tem direito à atenuante. “A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio” (Súmula 630, STJ).

83
Q

Para haver incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico de drogas, exige-se o reconhecimento da traficância pelo acusado? Ou basta a mera admissão da posse?

A

“A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio” (Súmula 630, STJ).

84
Q

A busca pessoal (“baculejo”) dependerá de mandado quando a medida for determinada no curso de busca e apreensão domiciliar?

A

Não. A busca pessoal NÃO dependerá de mandado quando a medida for determinada no curso de busca e apreensão domiciliar.

85
Q

A busca pessoal (“baculejo”) dependerá de mandado quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito?

A

Não. A busca pessoal (“baculejo”) NÃO dependerá de mandado quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito.

86
Q

A busca pessoal (“baculejo”) dependerá de mandado quando já realizada prisão válida (legal)?

A

Não. A busca pessoal (“baculejo”) NÃO dependerá de mandado quando já realizada prisão válida (legal), seja em flagrante ou por prisão preventiva. Ou seja, durante a prisão legal de um investigado, pode ser realizada busca pessoal.

87
Q

Será admitida acareação entre acusado e vítima?

A

Sim.

88
Q

Será admitida acareação entre acusados?

A

Sim.

89
Q

Será admitida acareação entre acusado e testemunha?

A

Sim.

90
Q

Será admitida acareação entre testemunhas?

A

Sim.

91
Q

Será admitida a acareação entre pessoas ofendidas (vítimas)?

A

Sim.

92
Q

Será admitida a acareação entre acusados (coréus)?

A

Sim, ainda que não tenham a obrigação de dizer a verdade em juízo. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. (art. 229, CPP).

93
Q

Em que consiste o Princípio da mesmidade (no contexto da prova, em PP)?

A

O princípio da mesmidade estabelece que o elemento analisado e utilizado em juízo seja realmente o recolhido na cena do crime, ou seja, que aquilo que se encontrou na cena seja o mesmo (como o próprio nome sugestiona) a ser levado para valoração em juízo. Esse princípio guarda relação com a cadeia de custódia da prova, ao estabelecer que a prova a ser valorada judicialmente é exatamente e integralmente aquela que foi colhida.

94
Q

Maria foi denunciada por supostamente ter infringido os artigos 33 e 35 da Lei nº 11.343/2006. Segundo a denúncia, a partir de depoimentos prestados por terceiros, seguidos de interceptações telefônicas, foi possível aferir a participação de Maria no tráfico de drogas no centro de Florianópolis, entre 20 de agosto e 27 de setembro de 2021. Finda a instrução criminal, Maria foi condenada à pena de 8 anos de reclusão, em regime inicial fechado. A Defensoria Pública de Santa Catarina, então, interpôs apelação, tendo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina dado provimento para reconhecer a ilicitude das interceptações telefônicas, anulando o processo. Com o desentranhamento das interceptações telefônicas, o mesmo magistrado proferiu nova sentença condenatória, aplicando idêntica pena. Em relação ao hipotético caso narrado, especificamente quanto à possibilidade do juiz que teve contato com a prova ilícita proferir novo julgamento, a nova sentença deve ser mantida ou anulada?

A

Anulada, pois a nova atuação judicial do juiz “contaminado” macula sua imparcialidade, que constitui uma garantia do réu.

95
Q

As mensagens obtidas por meio do print screen da tela da ferramenta WhatsApp Web devem ser consideradas provas lícitas ou ilícitas?

A

ILÍCITAS. As mensagens obtidas por meio do print screen da tela da ferramenta WhatsApp Web, por poderem ter parte do conteúdo apagado sem deixar vestígios, devem ser consideradas provas ilícitas.

96
Q

É possível a utilização de WhatsApp para a citação de acusado solto no Processo Penal?

A

Sim. É possível a utilização de WhatsApp para a citação de acusado, desde que sejam adotadas medidas suficientes para atestar a autenticidade do número telefônico, bem como a identidade do indivíduo destinatário do ato processual (STJ).

97
Q

Para ser válida a utilização de WhatsApp para a citação de acusado solto no Processo Penal basta que oficial de justiça, que possui fé pública, confirme ser o réu a pessoa citada?

A

Não. É possível a utilização de WhatsApp para a citação de acusado. Entretanto, não basta que o oficial de justiça confirme ser o réu a pessoa citada. O STJ admite a citaçãopor whatsApp desde que sejam adotadas medidas suficientes para adotar a autenticidade do número, bem como a identidade do indivíduo destinatário do ato processual (STJ).

98
Q

É válida a prova obtida pelo espelhamento de conversas via WhatsApp Web?

A

Não. O STJ considera inválida a prova obtida pelo espelhamento de conversas via WhatsApp Web, porque a ferramenta permite o envio de novas mensagens e a exclusão de mensagens antigas ou recentes, tenham elas sido enviadas pelo usuário ou recebidas de algum contato, e a eventual exclusão não deixa qualquer vestígio no aplicativo ou no computador

99
Q

Em caso de çululá que tenha sido apreendido no momento da prisão em flagrante, é adequado que o policial responsável acesse diretamente as conversas do WhatsApp da pessoa presa sem a autorização judicial?

A

Não. Na ocorrência de autuação de crime em flagrante, ainda que seja dispensável ordem judicial para a apreensão de telefone celular, as mensagens armazenadas no aparelho estão protegidas pelo sigilo telefônico.

100
Q

A Polícia Civil de Roraima iniciou investigação contra Mário e Mariano diante de indícios de participarem ativamente do tráfico de drogas na região central de Boa Vista. Em meio à investigação, o Delegado responsável entendeu pertinente a interceptação telefônica dos réus. Após manifestação favorável do Ministério Público estadual, tal medida foi deferida pelo magistrado competente, de forma motivada e pelo prazo de 15 dias, findo o qual as interceptações foram imediatamente cessadas. Todavia, ao produzir o relatório, a Polícia Civil mencionou que dos 15 dias de interceptação, 05 deles foram excluídos sumariamente pela própria equipe policial da base do sistema, por não interessar ao caso. O Ministério Público, então, ofereceu denúncia contra Mário e Mariano, por tráfico de drogas e associação para o tráfico, referindo-se a alguns trechos da interceptação realizada. Devidamente citados, iniciou-se o prazo para resposta à acusação. A Defensoria Pública deve alegar a ilicitude da prova obtida através da interceptação telefônica e o que dela derivou?

A

Sim. A Defensoria Pública deve alegar a ilicitude da prova obtida através da interceptação telefônica e o que dela derivou. A alegação da ilicitude poderá ser feita em face da quebra da cadeia de custódia pelo fato de que houve a exclusão de parte da interceptação telefônica e que a inutilização deveria ter sido autorizada judicialmente.

Obs.: A expressão “quebra da cadeia de custódia” se refere a uma falha ou interrupção na documentação e controle do histórico de uma evidência. No contexto legal, cadeia de custória refere-se às evidências colhidas. A quebra da cadeia de custódia representa uma falha na documentação e controle das evidências

101
Q

Há prioridade na realização do exame de corpo de delito quando o crime envolver violência doméstica e familiar contra mulher?

A

Sim.

102
Q

É correto dizer que “o ônus da prova acerca da ocorrência de alguma excludente de ilicitude cabe ao réu, em obediência à repartição da responsabilidade probatória”?

A

Não. Segundo Aury, “no processo penal, não há distribuição de cargas probatórias, senão atribuição ao acusador (…) Gravíssimo erro é cometido por numerosa doutrina (e rançosa jurisprudência), ao afirmar que à defesa incumbe a prova de uma alegada excludente”.

103
Q

Há prioridade na realização do exame de corpo de delito quando o crime envolver violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência?

A

Sim.
Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva:
I - violência doméstica e familiar contra mulher;
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.

104
Q

o STJ entendeu que o reconhecimento do suspeito por simples exibição de fotografia pode servir como prova em ação penal, se confirmado em juízo?

A

Não. O STJ entendeu que o reconhecimento do suspeito por simples exibição de fotografia NÃO pode servir como prova em ação penal, ainda que confirmado em juízo.

105
Q

O CPP indica que “Art. 266. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma: (…) II- a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la”. Esse procedimento consiste em mera recomendação, a ser realizada apenas se possível?

A

Não. O STJ passou a entender que o procedimento do 226 do CPP não se trata de mera recomendação, mas sim, regra que deve ser seguida. Ou seja, quando houver necessidade de se fazer o reconhecimento de pessoa, DEVE a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, ser colocada ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança.

106
Q

A Polícia Civil de determinado estado abriu investigação acerca do tráfico de drogas em uma comunidade, inclusive com a utilização de fuzis e outras armas de grande potencial lesivo. Diante da dificuldade em obter a individualização dos supostos traficantes, bem como o local da guarda dos entorpecentes e armas, haja vista a utilização da residência de diversos moradores para tal função, a autoridade policial requereu ao juiz a expedição de um mandado de busca e apreensão coletivo, a permitir o ingresso em qualquer residência da comunidade, bem como a apreensão de objetos ligados ao tráfico de drogas, tais como celulares e planilhas. A essa modalidade ilícita e ilegal de obtenção de provas, dá-se o nome de ___________________________.

Image: Chico Bento pescando.

MM: A autoridade que pretende fazer um multirão de coleta de elementos informativos a partir de mandado genérico assemelha-se a um pescador de festa junina, que seleciona o prémio que quer.

A

Fishing expedition.

107
Q

A confissão, ainda que parcial, atenua a pena, se utilizada para dar suporte à condenação?

A

Sim. A confissão, ainda que parcial, atenua a pena, se utilizada para dar suporte à condenação. “Súmula 545: Quando a confissão for utilizada para a formação do convencimento do julgador, o réu fará jus à atenuante prevista”. Mas, A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio.

108
Q

A confissão é apta a retirar a hediondez de um crime?

A

Não. A confissão NÃO retira a hediondez de nenhum delito.

109
Q

Diante da possível prática do crime de invasão de dispositivo informático alheio (Art. 154-A, CP), agentes policiais investigativos poderão, sem autorização judicial, atuar como agentes infiltrados nas atividades criminais cibernéticas?

A

Não. É, sim, necessária autorização judicial expressa para que agentes policiais possam atuar como agentes infiltrados nas atividades criminais cibernéticas.

Obs.: o ECA, inclusive, prevê expressamente a necessidade de autorização jucidial para que agentes de polícia se infiltrem na internet com o objetivo de investigar crimes sexuais contra crianças e adolescentes.

110
Q

A constatação da materialidade do crime de tráfico de drogas, quando se tratar de maconha (substância de cheiro conhecido), pode ocorrer a partir de verificação da própria polícia investigativa, sem que seja necessário o exame pericial definitivo?

A

Não. Em regra, exige-se o laudo pericial definitivo a respeito da substância para que se admita condenação por tráfico de drogas. Em situações excepcionais, admite-se que a comprovação da materialidade do crime possa ser efetuada por meio do laudo de constatação provisório, quando ele permita grau de certeza idêntico ao do laudo definitivo, pois elaborado por perito oficial, em procedimento e com conclusões equivalentes.

111
Q

A quem compete processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente quando praticados por meio da rede mundial de computadores? À Justiça Federal ou à Justiça Estadual?

A

Depente.

Regra: à Justiça Federal compete processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente quando praticados por meio da rede mundial de computadores (STF).

Exceção: o STJ delimitou que, nos casos em que o crime é praticado por meio da troca de informações privadas (via whatsaap ou rede social), a competência é da Justiça Estadual.

112
Q

Nos casos em que o crime de compartilhamento de material pornográfico infantil ou de adolescente (art. 241-A, ECA) é praticado por meio de troca de informações privadas, como nas conversas via Whatsapp ou por meio de chat na rede social, a quem compete processar e julgar? À Justiça Federal ou à Justiça Estadual?

A

Justiça Estadual (STJ).

113
Q

A quem compete processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente quando praticados por meio da rede mundial de computadores? À Justiça Federal ou à Justiça Estadual?

A

Justiça Federal -> Se ficar constatada a internacionalidade da conduta ou se a publicação do material for feita em site de amplo acesso.

Justiça Estadual -> Se o compartilhamento do material for realizada em caráter privado.

114
Q

Gustavo publicou material pornográfico infantil em sites que podem ser acessados por qualquer sujeito, em qualquer parte do planeta, desde que esteja conectado à internet. A competência para processar e julgar o caso é da Justiça Federal ou da Justiça Estadual?

A

Justiça Federal.

115
Q

Gustavo enviou a seu amigo, pelo Whatsaap, material pornográfico de adolescentes. A competência para processar e julgar o caso é da Justiça Federal ou da Justiça Estadual?

A

Justiça Estadual.

116
Q

A omissão dolosa sobre fatos objetos do acordo de colaboração pode fundamentar a rescisão do acordo?

A

Sim.

117
Q

Para apuração de fato criminoso, somente será lícita a captação, por agentes policiais, de sinais oriundos de rádio transmissores através de autorização judicial fundamentada. Segundo o CPP, deve o requerimento indicar o local e a forma de instalação do dispositivo eletrônico específico para a captação? Ou isso é irrelevante para a autoridade judicial e sua decisão correspondente?

A

Sim. Segundo o CPP, o requerimento de captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos, deve indicar o local e a forma de instalação do dispositivo eletrônico específico para a captação.

118
Q

Mas, afinal, o que é standard (padrão) de prova? Podemos definir como os critérios para aferir a suficiência probatória, o ‘quanto’ de prova é necessário para proferir uma decisão, o grau de confirmação da hipótese acusatória. O standard é preenchido quando o grau de confirmação alcança o padrão adotado. O standard probatório pode variar conforme a fase procedimental? É aceito que a exigência probatória seja menor para receber uma acusação do que o exigido para proferir uma sentença condenatória?

Obs.: “standard” significa “padrão”.

A

Sim. Sim.

119
Q

O que consiste na chamada “perda de uma chance probatória”?

A

Refere-se à situação em que uma parte em um processo legal perde a oportunidade de apresentar/produzir uma prova que poderia ser crucial para o seu caso

120
Q

O que é “injustiça epistêmica” no PP?

MM: epistemologia = conhecimento.

A

Quando uma tese ou um pleito é judicialmente ignorado, quando deixa de ser conhecida. A injustiça epistêmica refere-se à injustiça que ocorre no âmbito do conhecimento e da informação.

121
Q

Roberto, jovem pobre, em situação de rua, foi denunciado como incurso no artigo 157, caput, do CP, pois, em tese, roubou, através de socos e pontapés, 25 reais pertencentes à vítima Arnaldo, também em situação de rua, em um bar na cidade de Fortaleza. Durante a instrução criminal foram ouvidos somente um policial e um bombeiro como testemunhas, que chegaram após a ocorrência e ficaram responsáveis por atender a vítima, sem presenciar os fatos. O réu foi condenado nos termos da denúncia a partir do testemunho de policial e bombeiro que não presenciaram o fato. Para a doutrina, como se chama esse testemunho de quem ouviu dizer?

A

hearsay testimony

122
Q

Roberto, jovem pobre, em situação de rua, foi denunciado como incurso no artigo 157, caput, do CP. O réu, tanto na delegacia quanto em juízo, confirmou que realmente agrediu a vítima, mas agiu em legítima defesa contra injusta agressão do ofendido, e dela nada roubou. Disse, ainda, que havia diversas câmeras no local a demonstrar o ocorrido, bem como diversas testemunhas presenciais. O réu foi condenado nos termos da denúncia. Como a doutrina chama o ignorar da tese defensiva levantada pelo réu em seus depoimentos?

MM: ignorar é deixar de conhecer (conhecimento = epistemologia).

A

Injustiça epistêmica.

123
Q

Roberto foi denunciado como incurso no artigo 157, caput, do CP. Durante a instrução criminal foram ouvidos somente um policial e um bombeiro como testemunhas, que chegaram após a ocorrência e ficaram responsáveis por atender a vítima, sem presenciar os fatos. A vítima, por sua vez, não chegou a ser ouvida, pois o Ministério Público do Ceará desistiu de sua oitiva sob a justificativa de que está em situação de rua. O réu, tanto na delegacia quanto em juízo, confirmou que realmente agrediu a vítima, mas agiu em legítima defesa contra injusta agressão do ofendido, e dela nada roubou. Disse, ainda, que havia diversas câmeras no local a demonstrar o ocorrido, bem como diversas testemunhas presenciais. A ausência de oitiva da vítima, de pedido pelas câmeras e das testemunhas presenciais é chamada pela doutrina de ____________________.

A

Perda de uma chance probatória.

124
Q

Sobre os conceitos referentes à cadeia de custódia da prova previstos no Código de Processo Penal, chama-se de _________________ a ocorrência do exame pericial em si, com a manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito.

A

Processamento.

125
Q

Márcio e Mauro foram denunciados por supostamente terem praticado o crime de receptação (art. 180, caput, Código Penal). A Márcio, primário, foi oferecida − e aceita − a suspensão condicional do processo, por dois anos, desmembrando-se o processo. Em relação a Mauro, reincidente, o processo teve seu regular trâmite inicial, sendo concretizada sua citação pessoal e aberta vista ao seu advogado particular para resposta à acusação. Na peça processual, o advogado arrolou como testemunha de defesa, dentre outras pessoas, Márcio. Em relação à situação narrada e de acordo com a jurisprudência firmada pelo Superior Tribunal de Justiça, Márcio poderá ser ouvido como testemunha?

A

Não. Márcio não poderá ser ouvido como testemunha nem informante, por não ter o dever de falar a verdade, poder ficar em silêncio e até mentir.

126
Q

Segundo o STJ, o coréu beneficiário de suspensão condicional do processo pode ser testemunha do coréu que não foi beneficiado pela suspensão?

A

Não. Não poderá ser ouvido como testemunha nem informante, por não ter o dever de falar a verdade, poder ficar em silêncio e até mentir.

127
Q

Aury Lopes Jr. chama de “limites extra penais da prova” a forma como o CPP trata a prova do estado das pessoas. Como se prova o estado (vivo/morto; casado/solteiro) das pessoas no PP?

A

Na forma da lei civil (com certidão de nascimento; de óbito; de casamento).

128
Q

Há vedação à adoção de outros meios de prova, além dos previstos na Lei Processual Penal?

A

Não. Adota-se o princípio da liberdade dos meios de prova.

129
Q

O que são provas nominadas?

(ex.: acareação; interceptação telefônica).

A

Provas expressamente adotadas (nominadas) pela lei.

130
Q

O que são provas inominadas?

A

Provas que não são expressamente adotadas (nominadas) pela lei, mas são aceitas. Adota-se o princípio da liberdade dos meios de prova.

131
Q

O que é prova anômala?

A

A prova que é utilizada para fins diferentes daquele comumente previstos nas leis processuais.

132
Q

Imagina-se que um magistrado, ao invés de expedir carta precatória para oitiva de testemunha que mora em outra comarca, determinar que o oficial de justiça entre em contato com a testemunha por telefone, indagando sobre os fatos e, em seguida, certifique, nos autos, sobre a conversa. Nesse caso, se o magistrado considerar essa certidão como prova testemunhal, ela pode ser tida como prova anômala?

A

Sim.

133
Q

Imagina-se que um magistrado, ao invés de expedir carta precatória para oitiva de testemunha que mora em outra comarca, determinar que o oficial de justiça entre em contato com a testemunha por telefone, indagando sobre os fatos e, em seguida, certifique, nos autos, sobre a conversa. Nesse caso, se o magistrado considerar essa certidão como prova testemunhal, ela pode ser tida como prova anômala/irritual. Essa prova é válida ou é nula?

A

A existênciade prova anômala/irritual deve ser analisada em compatibilidade com a persuasão racional do magistrado e com a teoria da relativização das nulidades processuais, de forma que, a princípio, não há que se falar em nulidade da prova, salvo se comprovado prejuízo à parte.

134
Q

Imagina-se que um magistrado, ao invés de expedir carta precatória para oitiva de testemunha que mora em outra comarca, determinar que o oficial de justiça entre em contato com a testemunha por telefone, indagando sobre os fatos e, em seguida, certifique, nos autos, sobre a conversa. Nesse caso, se o magistrado considerar essa certidão como prova testemunhal, ela pode ser tida como prova ______________________.

A

anômala.

135
Q

O que é prova irritual?

A

Prova irritual é a prova típica, mas colhida sem a observância do rito, do modelo previsto em lei.

136
Q

A prova irritual é aceita no PP?

A

Depende. Como a irritual é produzida sem obediência do modelo legal, trata-se, em tese, de prova ilegítima, passível de declaração de nulidade. Entretanto, considerado o princípio do livre convencimento motivado e a teoria da relativização das nulidades processuais, a consideração de nulidade depende de comprovação de prejuízo.

137
Q

O que são “fontes de prova”?

Ex.: peritos; documentos.

A

Pessoas (fontes de prova pessoal) ou coisas (fonte de prova real) de onde se originam as provas.

138
Q

Uma testemunha pode ser considerada uma fonte de prova pessoal ou real?

A

Pessoal.

139
Q

Um perito pode ser considerado uma fonte de prova pessoal ou real?

A

Pessoal.

140
Q

Documentos podem ser considerados fontes de prova pessoal ou real?

A

Real.

141
Q

O que são “meios de prova”?

A

Tudo o que possa servir, de maneira direta ou indireta, à demonstração da verdade, tais como a prova documental, a prova pericial, testemunhal etc.

142
Q

O que são os “meios de obtenção de prova”?

A

Procedimentos regulados por lei, com a finalidade de obter provas (ex.: procedimento para interceptação telefônica; procedimento para infiltração de agentes).

143
Q

O que são meios de obtenção de prova extraordinários?

Image: controle de vídeo game.

A

Técnicas especiais de investigação. Ex.: ação controlada.

144
Q

Durante o IP, a falta de aviso ao acusado sobre seu direito ao silência causa nulidade? Em que hipótese?

A

Apenas mediante comprovação do prejuízo.

145
Q

Pode o delegado acessar os dados de celular apreendido em prisão em flagrante (sem mandado de busca e apreensão)?

A

Não (STJ).

146
Q

Pode o delegado acessar os dados (conversas, fotos, arquivos, mensagens, e-mails) de celular apreendido após o cumprimento de mandado de busca e apreensão? Qual a regra e qual a exceção?

A

Regra: sim (STJ) (a decisão de busca e apreensão é suficiente).

Exceção: se o celular foi utilizado por terceiros, é necessária nova autorização judicial para acessar os dados (STJ).

147
Q

O reconhecimento das qualificadoras de motivo torpe e de feminicídio no crime de homicídio praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar caracteriza bis in idem?

A

Não (STJ).

148
Q

É obritagória a fixação do regime aberto e a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos quando reconhecida a figura do tráfico privilegiado e ausentes etores negativos na 1ª fase da dosimetria da pena (observados os requisitos do art. 33, §2° “c”, e 44, ambos do CP)?

A

Sim (STJ).

149
Q

Reconhecido, em recurso exclusivo da defesa que o réu foi condenado por fatos não descritos na denúncia, cabe ao Tribunal anular a sentença e absolver o réu? Cabe determinar o retorno dos autos ao 1° grau?

A

Sim. Não.

Reconhecido, em recurso exclusivo da defesa que o réu foi condenado por fatos não descritos na denúncia, cabe ao Tribunal anular a sentença e absolver o réu, mas NÃO determinar o retorno dos autos ao 1° grau.

150
Q

Cabe ao delegado lavrar TCO relacionado ao crime de porte de droga para consumo pessoal?

A

Apenas se não houver juiz para fazê-lo (STF).

151
Q

Policiais podem advogar? E em causa própria?

A

Não. Não.

152
Q

Ciúme, no homicídio, pode configurar motivo torpe? Pode configurar motivo fútil?

A

Sim. Sim.

A depender do caso, ciúme pode configurar motivo torpe OU motivo fútil (STJ).

153
Q

Desferir “cintadas” em criança como meio de correção pode ser considerável ato socialmente aceitável quando realizado pelos pais?

A

Não (STJ.

154
Q

A ausência de motivo pode caracterizar motivo fútil?

ATENÇÃO: houve mudança de posicionamento jurisprudencial, prevaleceu o Bitencourt.

A

Não (STJ.

155
Q

Prostituta que arranca cordão do pescoço de seu cliente que não quis pagar pelo programa responde por roubo?

A

Não (STJ).

156
Q

Para o STJ, excepcionalmente, as guardas municipais podem realizar busca pessoal?

A

Sim (STJ).

157
Q

A decisão judicial que autoriza espelhamento de whatsaap é nula?

A

Não necessariamente (o STJ já reconheceu a validade de espelhamento de whatsaap).

158
Q

Cheiro de maconha em pessoa investigada permite revista pessoal? Permite entrada em domicílio?

A

Sim. Não.

Cheiro de maconha em pessoa investigada permite revista pessoal, mas NÃO entrada em domicílio.

159
Q

É constitucional a norma estadual que prevê supressão remuneratória de policial civil investigado em sindicância?

A

Não (STF).

160
Q

Para o STJ, a causa de aumento do furto praticado durante o período noturno incide no furto qualificado?

A

Não.

161
Q

Policial que, fora de suas funções, prende arbitrariamente vizinho por conta de xingamentos sofridos, pratica ato ilícito? A situação gera dano moral presumido?

A

Sim. Sim.

Policial que, fora de suas funções, prende arbitrariamente vizinho por conta de xingamentos sofridos, pratica ato ilícito e a situação gera dano moral presumido.

162
Q

Segundo o STF, guardas municipais integram o Sistema de Segurança Pública? Exercem função de polícia?

A

Sim. Não.

Guardas municipais têm entre suas atribuições o poder-dever de prevenir, inibir e coibir infrações penais ou administrativas e atos infracionais que atentem contra os bens, serviços e instalações municipais. Trata-se de atividade típica de segurança pública exercida na tutela do patrimônio municipal.

163
Q

Toque lascivo em vítima que se encontra dormindo configura estupro de vulnerável?

A

Sim, por equiparação (STJ).

164
Q

O perdão judicial extingue a punibilidade nos crimes militares?

A

Não (STF).

O perdão judicial NÃO extingue a punibilidade nos crimes militares.

165
Q

Para o STF, investigação prévia é requisito para validar violação de domicílio?

A

Não. Se houver justa causa, o domicílio pode ser invadido sem mandado e sem investigação prévia.

166
Q

PMs receberam denúncia anônima de que um indivíduo estaria traficando drogas e, ao se dirigirem ao local, aboraram um suspeito que, após avistar a viatura policial, evadiu-se para o interior de seu imóvel. Na ocasião, após o ingresso no imóvel, foi encontrada grande quantidade de droga. Tal droga é prova lícita ou ilícita?

A

Lícita (STF).

Se houver justa causa, o domicílio pode ser invadido sem mandado e sem investigação prévia.

167
Q

“Prints” de conversas de WhatsApp são provas válidas?

A

Sim. Cabe ao acusado que questione sua idoneidade (STJ).

168
Q

O fato de um suspeito ser visto saindo de um matagal em local conhecido como ponto de tráfico de drogas é motivo suficiente para fundamentar busca pessoal?

A

Não.

169
Q

É possível utilização de agentes infiltrados no meio cibernético?

A

Sim, desde que mediante autorização judicial.

170
Q

É possível utilização de agentes infiltrados no meio cibernético via espelhamento de Whatsaap?

A

Sim, desde que mediante autorização judicial.

171
Q

É possível celebrar Acordo de Não Persecução Penal em relação a crimes de racismo?

A

Não.

172
Q

Nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, é possível a imposição de pena de multa isoladamente?

A

Não. Nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, NÃO é possível a imposição de pena de multa isoladamente, ainda que prevista de forma autônoma no preceito secundário do tipo penal imputado.

173
Q

Respostas vagas e imprecisas para perguntas simples caracterizam fundada suspeita para busca pessoal ou veicular?

A

Sim (STJ).

174
Q

A polícia pode acessar agenda telefônica de celular apreendido sem autorização judicial específica para tal?

A

Sim (STJ). Para o STJ, a agenda telefônica (lista de contatos) não se inclui no sigilo telefônico.

175
Q

Segundo o STJ, ainda que o MP tenha pedido a absolvição, o juiz pode condenar o réu?

A

Para o STJ, sim, excepcionalmente.

Argumentação: apesar da adoção do sistema acusatório, há interesse do Estado em proteger vítimas e punir réus.

176
Q

Delegado pode determinar busca e apreensão sem mandado judicial em local aberto ao público?

A

Sim.

177
Q

Equipe policial recebe denúncia anônima no sentido de que parte do carregamento subtraído de um roubo (armas e munições) estava nas dependências de borracharia do investigado. Os policiais, então, aguardaram até não haver mais clientes, abordaram o investigado e adentraram ao local, tudo sem mandado. Há ilegalidade no procedimento?

A

Não. Delegado pode determinar busca e apreensão sem mandado judicial em local aberto ao público.

178
Q

A PM pode realizar atos de investigação e pedir busca e apreensão em relação a crime que não se trate de crime militar?

A

Sim.

179
Q

É válida, no Processo Penal, a prática do “per walk”?

Image: Cersei, de GoT, em “shame”.

A

Não, inclusive, pode configurar abuso de autoridade.

Perp walk = termo que se refere à prática policial de expor, intencionalmente, o acusado preso de forma sensacionalista em local público.

Perp = acusado/criminoso.

180
Q

Denúncia anônima de tráfico em residência somada à fuga do suspeito justifica busca residencial (na casa do suspeito) sem mandado judicial?

A

Sim (STJ).

181
Q

Dispensar droga ao avistar a aproximação da polícia e empreender fuga para a própria residência justifica o ingresso em domicílio sem mandado?

A

Sim (STJ).

182
Q

Preso que apenas solicita entrega de drogas no interior do presídio pratica delito de tráfico (se a efetiva transferência do entorpecente não ocorre)?

A

Não. Nesse caso, ele pratica, no máximo, ato preparatório.

183
Q

O Ministério Público Federal, por intermédio dos Procuradores da República Manoel e Joaquim, ajuizou ação penal contra Ricardo, Rodrigo e Pedro, donos de uma empreiteira com sede na cidade de São Paulo, pelos crimes de tráfico de influência, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A denúncia foi distribuída para uma das varas da Justiça Federal de São Paulo, com competência criminal, e recebida pelo magistrado federal competente. No curso da ação penal, os advogados de Ricardo, Rodrigo e Pedro apresentaram exceção de suspeição dos Procuradores da República Manoel e Joaquim. Nesse caso, o juiz, depois de ouvir os Procuradores da República, decidirá a exceção,

A
com possibilidade de recurso em sentido estrito, não cabendo qualquer dilação probatória, devendo a parte que suscitar o incidente apresentar todas as provas com a petição que instruir o pedido.

B
com possibilidade de recurso em sentido estrito, podendo antes admitir a produção de provas no prazo de três dias.

C
sem recurso, não cabendo qualquer dilação probatória, devendo a parte que suscitar o incidente apresentar todas as provas com a petição que instruir o pedido.

D
sem recurso, podendo antes admitir a produção de provas no prazo de três dias.

E
com possibilidade de recurso em sentido estrito, podendo antes admitir a produção de provas no prazo de 20 dias.

A

D
sem recurso, podendo antes admitir a produção de provas no prazo de três dias.