Queimadura, manejo de feridas Flashcards

1
Q

Qual a conduta imediata em pacientes com queimaduras?

A
  • Avaliar segurança da cena
  • Afastar da fonte de calor
  • Água corrente temperatura ambiente ou ≥12º até 15-30 minutos da queimadura
  • Prevenir hipotermia
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Q

Como fazer o atendimento inicial?

A
  • Fazer ABCDE
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3
Q

Quais as possíveis complicações respiratórias do paciente queimado?

A
  • lesão térmica de VAS
  • inalação de produtos tóxicos
  • intoxicações
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4
Q

Qual a clínica do paciente que se suspeita de lesão térmica das VAS?

A
  • hiperemia de orofaringe
  • rouquidão
  • estridor
  • chamuscamento de pelos faciais
  • taquipneia
  • queimadura cervical circunferencial
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5
Q

Como fazer o diagnóstico e tratamento?

A
  • clínica + laringoscopia

- garantir via aérea imediatamente com IOT precoce e suporte ventilatório

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6
Q

Qual a clínica da inalação de produtos tóxicos?

A
  • escarro carbonáceo
  • sibilância
  • insuficiência respiratória que evolui em 24-48h
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7
Q

Como fazer o diagnóstico?

A
  • broncoscopia

- RM com xelônio 133

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8
Q

Como tratar?

A
  • broncoscopia com lavagem das vias aéreas
  • oxigenoterapia 100%
  • nebulização com heparina
  • IOT em pacientes com sinais de insuficiência respiratória
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9
Q

Qual a clínica do paciente intoxicado por monóxido de carbono?

A
  • queimadura em ambiente fechado

- depende da concentração de COHb (desde cefaleia e náusea até coma)

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10
Q

Como fazer o diagnóstico? E o tratamento?

A
  • Saturimetria de dedo
  • dosar carboxihemoglobina
  • história compatível
  • O2 a 100%
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11
Q

Quando suspeitar de intoxicação por cianeto?

A
  • paciente com queimadura em local fechado e queima de materiais sintéticos
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12
Q

Qual a clínica e tratamento?

A
  • história compatível
  • evolução rápida para queda do nível de consciência, insuficiência respiratória e acidose lática
  • O2 100% e hidroxicobalamina e tiosulfato de sódio
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13
Q

Como fazer cálculo de superfície corporal queimada (SCQ)?

A

Regra dos 9 (tudo metade anterior e metade posterior)

  • cabeça 9%
  • tronco AP: 36%
  • MMSS todo: 9%
  • MMII todo: 18%
  • genitália: 1%
  • palma da mão do paciente aberta: 1%
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14
Q

Quais as características da queimadura de 1ºgrau? Dê exemplos

A
  • atinge somente epiderme
  • dolorosa/arde
  • eritematosa sem bolhas
  • Não entra no cálculo de SCQ
  • Ex.: queimadura solar
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15
Q

Quais as características da queimadura de 2ºgrau?

A
Superficial:
- atinge derme papilar
- eritematosa com bolhas
- dolorosa
Profunda:
- atinge derme reticular
- mais pálida com bolhas
- dolorosa
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16
Q

Como tratar a de 2º grau?

A
  • tendência a retirar as bolhas
  • curativo
  • ATB tópico
  • na profunda pode precisar de enxertia
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17
Q

Quais as características da queimadura de 3ºgrau?

A
  • pega toda espessura da pele até hipoderme
  • coloração enegrecida, aspecto de couro
  • não doi
  • fazer enxertia precoce
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18
Q

Quais as características das queimaduras químicas?

A
  • lesão progresiva até neutralização
  • alcalina é mais grave, causa necrose por liquefação
  • Não neutralizar o pH. Gera uma reação exotérmica
  • Irrigação com água morna sob baixa pressão
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19
Q

Quando enviar para Centro Especializado de Tratamento de Queimaduras?

A
  • se > 10% de SCQ
  • qualquer queimadura de 3º grau
  • queimadura de face, mão, genitália, grandes articulações
  • queimadura elétrica ou química
  • criança
  • comorbidades que podem descompensar
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20
Q

Quais as complicações da queimadura?

A
  • HDA por úlcera de Curlinh

- CEC na área de queimadura prévia. Úlcera de Marjolin

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21
Q

Como fazer a reposição volêmica no intrahospitalar?

A

Através da fórmula de Parkland:

  • 4mL x Peso x SCQ
  • faz metade nas primeiras 8h da queimadura e metade nas próximas 16h
  • se > 20% de SCQ deve usar RL
  • não usar coloide
  • considerar volume infundido no pré-hospitalar
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22
Q

Quais as diferenças para as recomendações do ATLS?

A
  • 2mL x Peso x SCQ
  • crianças < 14 ano: 3mL x Peso x SCQ
  • se criança < 30kg: associar 5% dextrose
23
Q

Como avaliar a resposta a reposição volêmica?

A
  • diurese: 0,5mL/kg/h no adulto

- 1mL/kg/h na criança

24
Q

Quando e como realizar escarotomia?

A
  • Pacientes com queimadura de espessura total torácica evoluindo com insuficiência respiratória
  • Pacientes com 3º grau circunferencial de membro pode fazer síndrome compartimental e tambem se beneficiaria
  • incisão no subcutâneo
25
Q

Quais as características da queimadura elétrica? O que pode causar?

A
  • lesão de entrada e saída com queimadura grave
  • pode causar rabdomiólise: hipercalemia, hiperfosfatemia, hipocalemia, mioglobinúria
  • pode causar síndrome compartimental: dor ao estiramento passivo, membro frio, não precisa de redução de pulsos
26
Q

Como tratar a rabdomiólise?

A
  • ECG: se voltagem > 1000V
  • hidratação vigorosa buscando diurese de 1-1,5mL/kg/h
  • alcalinização da urina com bicarbonato de sódio e manitol
27
Q

Quando e como realizar a fasciotomia?

A
  • pacientes com síndrome compartimental pós queimadura elétrica ou esmagamento
  • incisão da fáscia
28
Q

Qual a classificação do fechamento das feridas?

A
  • primário: sutura imediata
  • secundária: deixa aberto (infecção ou perda de tecido - ficaria sob tensão)
  • terciário (aberto tardio): deixa aberto inicialmente e depois fecha por retalho ou enxertia (úlcera de pressão)
29
Q

Quais as fases de cicatrização de feridas?

A
  • inflamatória
  • fase proliferativa
  • fase de maturação
30
Q

O que ocorre na fase inflamatória?

A
  • hemostasia e vasoconstrição
  • após vasodilatação (histamina) e chegada de neutrófilos (limpam) e macrófagos (maestros) que liberam TGFß
  • depois chegam linfócitos que estimulam IFNgama que estimula proliferação de fibroblastos
31
Q

O que ocorre na fase proliferativa?

A
  • angiogênese
  • fibroplasia: proliferação de fibroblastos que libera colágeno tipo 3 primeiro depois tipo 1
  • início da epitelização: queratinócitos
32
Q

O que ocorre na fase de maturação?

A
  • Miofibroblasto: contrai as bordas da ferida

- troca do colágeno tipo 3 para tipo 1

33
Q

Quais os fatores que inibem cicatrização?

A
  • infecção: principal
  • isquemia
  • DM, idade avançada, desnutrição, radioterapia
  • deficiência de vitamina A, C, zinco e ferro
  • uso de CTC
34
Q

Quais os objetivos principais das mordeduras?

A
  • cuidados com a ferida

- profilaxias

35
Q

Como fazer os cuidados iniciais?

A
  • lavagem com água e sabão em casa e na unidade com PVPI ou clorexidina
  • controle do sangramento
  • exploração da ferida
36
Q

Deve-se suturar a lesão?

A
  • de acordo com MS: não, mas avaliar cada caso
  • outras referências: sim
  • Quando não dúvida: prejuízo estético, lesão extensa (pode fazer sutura de aproximação, não fazer em lesões puntiformes
37
Q

Deve-se fazer ATB? Qual? Qual cobertura?

A
  • profilático sempre
  • amoxicilina com clavulanato
  • estafilo, estrepto e Patereulla multocida
38
Q

Quais as fontes transmissoras de raiva?

A
  • morcego (principal)
  • urbano: cães e gatos
  • silvestre: raposas, chacais, guaxinim
  • rural: equino e bovinos
  • coelhos e roedores não transmitem
39
Q

O que fazer em acidente leve com animal não suspeito? Defina acidente leve

A
  • acidente leve: superficial, tronco, pequeno, tronco e membros
  • observar o animal por 10 dias
  • ficou sadio, encerra
  • morreu, sumiu ou ficou doente: 4 doses de vacina (0, 3, 7, 14 dias)
40
Q

O que fazer em acidente leve com animal suspeito?

A
  • fazer 2 doses de vacina: 0, 3 dias
  • observar o animal por 10 dias
  • ficou sadio: acabou
  • sumiu, morreu ou ficou doente: completa as 4 doses
41
Q

Qual a definição de acidente grave?

A
  • cabeça, face, pés, profundas e lambedura de mucosa
42
Q

O que fazer em lesão grave e animal não suspeito?

A
  • faz duas doses: 0, 3 dias
  • observa o animal
  • ficou sadio: acabou
  • morreu, sumiu ou doente: completa vacina + soro
43
Q

O que fazer em lesão grave de animal suspeito?

A
  • vacina completa + soro sempre (nas bordas da lesão)
44
Q

O que fazer em contato com morcego?

A
  • sempre soro e vacina

- não manipular o morcego

45
Q

O que fazer em casos de re-exposição?

A
  • esquema completo > 90 dias: faz doses 0, 3
  • esquema completo ≤ 90 dias: nada
  • esquema incompleto > 90 dias: tudo
  • esquema incompleto ≤ 90 dias: completa
46
Q

Como e para quem fazer profilaxia pré-exposição?

A
  • 3 doses de vacina: 0, 7 e 28 dias

- veterinário, biólogo, zootecnista

47
Q

Como fazer a profilaxia de tétano?

A
  • de acordo com a história vacinal e tipo de lesão

- se lesão de alto risco pode fazer água oxigenada na lesão

48
Q

Defina feridas alto e baixo risco

A
  • baixo risco: superficial, limpa, sem corpo estranho ou necrose
  • alta risco: profunda, suja, mordedura, queimadura, PAF, arma branca
49
Q

O que fazer em paciente com vacina completa e lesão leve?

A
  • se última dose > 10 anos: só vacina
50
Q

O que fazer em paciente com vacina incompleta ou incerta e lesão leve?

A
  • vacina, não faz soro
51
Q

O que fazer em paciente com vacina completa e lesão grave?

A
  • se última dose < 5 anos: nada

- se última dose > 5 anos: vacina e considerar soro em idosos, imunodeprimidos, desnutridos

52
Q

O que fazer em paciente com vacina incompleta ou incerta e lesão grave?

A
  • vacina e soro
53
Q

Quais as diferenças entre queloide e cicatriz hipertrófica?

A

Queloide:

  • alem das bordas da ferida
  • não regride
  • após 3 meses da injúria
  • negros, face, tronco e MMSS
  • injeção de CTC, curativo compressivo com silicone

Cicatriz hipertrófica:

  • respeita a injúria inicial
  • frequentemente regride sozinho
  • após 4 semanas
  • preferencialmente áreas flexoras
  • expectante (depois pode tentar igual queloide)