Reconstrução de Orelha - Trauma e Neoplasias Flashcards

(34 cards)

1
Q

Reconstrução pós trauma - o que fazer com a cartilagem?

A
  • Retirar tecidos desvitalizados e não guardar a cartilagem para reconstrução pois ela se deforma.
  • Há quem defenda que a cartilagem seja inserida em uma loja abdominal ou cervical, porém, com o tempo, ela é achatada e perde seu contorno.
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2
Q

Quando reconstruir a orelha pós trauma?

A

Após 6 meses - 1 ano.

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3
Q

Quais são problemas específicos encontradas na reconstrução total de orelha por trauma diferentemente da microtia?

A
  • A falta de cobertura cutânea existente é muito mais crítica do que na microtia, ocasionando exposição do meato acústico impedindo a utilização da incisão anterior e a ausência de pele extra, a qual se costuma adquirir por meio da remoção da cartilagem micrótica deformada.
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4
Q

Como proceder na reconstrução total por trauma?

A
  • Se a pele existente puder ser usada, então a loja cutânea é mais bem realizada por incisões acima e/ou abaixo do local proposto.
  • Se os tecidos locais forem muito cicatriciais ou impedirem o cirurgião de desenvolver uma loja de pele ampla –> reparação deve ser complementada com uma cobertura de retalho fascial com enxerto de pele.
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5
Q

Qual são os problemas relacionados com uso de expansores de pele nessa área?

A
  • Trazem riscos de extrusão e formação de cápsula fibrosa, dificultanto a criação de um contorno auricular.
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6
Q

É possível realizar o reimplante da orelha?

A
  • Uma amputação com corte limpo dá ao cirurgião chances maiores de sucesso.
  • Pequenos segmentos amputados são recolocamos como enxertos compostos.
  • O reimplante pode ser difícil/impossível em caso de lesões com tecidos lacerados/avulsionados com osso exposot.
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7
Q

O reimplante microcirúrgico é viável?

A
  • Ele costuma ser falho devido aos pequenos vasos e congestão venosa.
  • Geralmente a anastomose é terminolateral nos vasos temporais para preservar o retalho facial de padrão axial. - Nesse momento pode ser utilizada sanguessuga como opção de resgate.
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8
Q

É possível salvar uma cartilagem auricular?

A

Na tentativa de salvar uma cartilagem auricular desnuda, recomenda-se ser inserida, sem pele, numa loja abdominal, cervical ou colocadas sob a pele da região retroauricular.

Os resultados são pobres pois a delgada cartilagem se torna achatada por baixo da cobertura cutânea compacta e discrepante.

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9
Q

Como é a ideia de um reimplante de orelha amputada com remoção de pele e fenestração da cartilagem?

A

Baudet propôs a remoção da pele pós auricular da parte amputada, fenestração a cartilagem e colocou o segmento auricular em uma área cruenta que foi criada levantando-se um retalho de pele mastoidéa retroauricular.

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10
Q

Reimplante da cartilagem auricular recobrindo-a imediatamente com retalho fascial e enxerto cutâneo?

A

Em casos selecionados, as feridas são limpas e o couro cabeludo está intacto, pode-se remover a pele da orelha amputada e cobrir a cartilagem esqueletizada imediatamente com um retalho fascial e enxerto de pele.

Porém, segundo Brent, seria preferível utilizar a técnica de fenestração de Baudet inicialmente e reservar essa fáscia para uma reconstrução secundária caso esta tentativa fracasse.

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11
Q

O que é Oto-hematoma/Orelha em couve flor?

A

O sangue se acumula entre pericôndrio e a cartilagem produzindo coágulo fibrótico que oblitera as circunvoluções da orelha.

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12
Q

Qual a conduta diante do Oto-hematoma/Orelha em couve flor?

A
  • Drenar o sangue por meio de incisões (não fazer aspiração, pois há recoleta).
  • Fazer curativos captonados e compressivos em cada lado da orelha com sutura em colchoeiro horizontais.
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13
Q

O que fazer diante da estenose do canal auditivo externo?

A
  • Se a estenose é pequena, a zetaplastia das bandas cicatriciais pode resolver.
  • Se estenose grave, excisar o tecido e fazer enxerto para o meato.
  • Além disso, é preciso de um molde para manter o meato prévio, por pelo menos 3-4 meses.
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14
Q

Como tratar defeito da hélice de até 1,5 cm?

A
  • Avanço bilateral, sem mobilização de cartilagem.
  • Pode-se avançar apenas a hélice como também a raiz da hélice em V-Y.
  • Uma ressecção pequena em cunha da anti-hélice pode-se fazer necessária.
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15
Q

Como tratar defeito de até 1,5 cm de hélice + antihélice?

A
  • Ressecção em formato de cunha e fechamento primário.
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16
Q

Como tratar defeitos no terço superior de 1,5 - 2,5 cm na borda da hélice?

A
  • Geralmente com avanço condrocutâneo composto em ambas as direções (Antia-Buch).
  • Nesse retalho, deve excisar pele + cartilagem sem chegar na pele posterior.
17
Q

Como tratar defeitos no terço superior de 1,5 - 2,5 cm na hélice + antihélice?

A
  • Enxertos compostos da orelha contralateral.
18
Q

Como tratar defeitos do terço superior ISOLADOS da hélice > 2,5 cm?

A
  • Reconstrução em 3 estágios com tubo de Gilles.
  • Primeiro estágio consiste na confecção de um tubo de pele.
  • Segundo estágio a ponta distal do tubo é seccionada e transferida para o defeito proximal.
  • Terceiro estágio consiste na secção da ponta proximal do tubo e transferência para o defeito distal.

Por não conter cartilagem (estruturação rígida), deve-se ser utilizado apenas para defeito da HÉLICE.

19
Q

Como tratar defeitos no terço médio da hélice < 2,5 cm?

A
  • Retalho condrocutâneo de avanço (Antia-Buch) caso envolva apenas hélice.
20
Q

Como tratar defeitos no terço médio da anti-hélice < 2,5 cm?

A
  • Ressecção em cunha ou estrela.
21
Q

Como tratar defeitos no terço médio > 2,5 cm? Opção 1

A
  • Geralmente reparados com enxertos de cartilagem coberto com retalho cutâneo adjacente (técnica de DIEFFENBACH).
22
Q

Como tratar defeitos no terço médio > 2,5 cm? Opção 2.

A
  • Realizar tunelização, conforme CONVERSE (inserir segmento de cartilagem por meio de um túnel na pele).
23
Q

Como tratar defeitos no lóbulo < 50%?

A
  • Ressecção em cunha com fechamento primário.
  • Deformidade mínima.
24
Q

Como tratar defeitos no terço inferior com perda de > 50% do lóbulo?

A

Geralmente incluir enxerto cartilaginoso para dar suporte a longo prazo em uma cirurgia de dois estágios.

25
Como tratar defeitos da concha de espessura parcial (sem acometer o pericôndrio)?
- Cicatrização por 2ª intenção - Enxerto de pele total
26
Como tratar defeitos de espessura total da concha?
- Retalho auricular posterior ilhado (Masson). - O defeito posterior é corrigido com enxerto ou retalho local.
27
Quais são as principais deformidades no lóbulo?
Traumáticas e queloides.
28
Quais são os tumores auriculares benignos mais comuns?
- O mais comum é a ceratose actínica. - Os cistos sebáceos geralmente estão na face medial da orelha, principalmente no lóbulo. - Outros: granuloma piogênico, granuloma berílio, verruga contagiosa, verruga senil, cilindroma, nevo, papiloma, lipoma, lifangioma, leiomioma e condroma --> ressecção cirúrgica.
29
Qual a porcentagem de neoplasias de pele que atingem a orelha? Onde normalmente eles as afetam?
- 5% - estando a maioria localizado na hélice. - Normalmente CBC e CEC, não havendo maior incidência de um ou outro descrito no Nelligan.
30
Qual a porcentagem de comprometimento da cartilagem ao diagnóstico?
33% - 1/3.
31
Os linfonodos cervicais _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ estão envolvidos no CBC.
RARAMENTE.
32
Qual o grau de acometimento de linfonodos cervicais no CEC?
1/3 - 33%. Também costumeiramente atingidos em melanomas.
33
O que fazer quando o tumor é grande e acomete a cartilagem?
Excisar toda a orelha e áreas adjacentes, além de linfadenectomia cervical, principalmente em CEC e melanoma.
34
Como proceder diante de uma melanoma auricular?
- Intervenção radical precoce. - Muitas vezes incluindo a ressecção inclusive do osso temporal.