Teoria do Crime - Ilicitude Flashcards
(85 cards)
A ________ é a relação de contrariedade do fato típico com a ordem jurídica.
O sistema finalista adotado pelo CP a partir de 1984, seja bipartido ou tripartido, em nada interfere na posição dela, considerada em ambos como elemento autônomo do conceito analítico de crime.
ILICITUDE
O fato típico em principio indica a _________ (mas há exceções por meio de normas permissivas).
ILICITUDE
Faz-se a análise da ilicitude apenas após analisada e comprovada a existência do fato típico.
Nem tudo que é ilícito é um ilícito penal.
Se no âmbito penal há absolvição com base na ausência de_______, a sentença penal gera efeitos nas outras esferas, apesar da independência das instâncias.
ILICITUDE
A ilicitude é analisada sob as óticas bipartida e tripartida, mas isso nada tem a ver com a divisão do finalismo penal em bipartido ou tripartido.
Certo.
Para as TEORIAS BIPARTIDAS DA ILICITUDE, o crime é formado pelo INJUSTO PENAL + CULPABILIDADE.
Fato típico e ilicitude formam um mesmo bloco, o injusto penal.
Todos os fatos típicos são ilícitos, salvo se justificados.
A tipicidade é uma RATIO ESSENDI da ilicitude, ou seja, é componente intrínseca, é parte integrante.
Certo
Para as TEORIAS BIPARTIDAS DA ILICITUDE, o INJUSTO PENAL possuíria um conteúdo variável analisado sob a ótica da ofensividade (danosidade), definindo o ASPECTO MATERIAL DA ILICITUDE.
Certo.
É esse aspecto material que fundamenta as CAUSAS SUPRALEGAIS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE.
Para as TEORIAS TRIPARTIDAS DA ILICITUDE, o crime é fato típico + ilicitude + culpabilidade.
Fato típico e ilicitude estão separados.
Certo.
Estuda-se o fato típico e depois parte-se para a análise da ilicitude: se existe alguma norma que considera o fato típico como lícito.
Para as TEORIAS TRIPARTIDAS DA ILICITUDE, a análise sobre a ilicitude dá prevalência à dimensão ________, que consiste meramente em analisar se há norma jurídica capaz de afastar a ilicitude da conduta típica.
formal
O CP adota a teoria _______ da ilicitude.
tripartida
Apesar da prevalência do aspecto formal ou material da ilicitude conforme a teoria que se adote, prevalece a CONCEPÇÃO UNITÁRIA de que a ilicitude é ao mesmo tempo formal e material, fazendo parte da mesma coisa, una.
Portanto, não haverá fato ilícito se não houver também uma dimensão material, a lesividade material (dano social), como resultado da evolução ético-social, mas essa análise é feita conjuntamente (ou após) à análise formal (existência ou não de causas excludentes da ilicitude).
A dimensão _______ (danosidade social – evolução ético-social) é que fundamenta as causas supralegais de exclusão da ilicitude
material
As ________ são causas que tornam a conduta típica compatível com a norma.
EXCLUDENTES DA ILICITUDE
As ___________ também são chamadas de justificantes, justificativas, descriminantes, causas de justificação, tipos penais permissivos, eximentes (não se confundem com dirimentes: excludente de culpabilidade).
EXCLUDENTES DA ILICITUDE
Segundo a TEORIA INDICIÁRIA ou TEORIA DA ____________, partindo do conceito tripartido de ilicitude, o fato típico é um pressuposto, MERO INDÍCIO, indicativo da ilicitude, que deixa de existir se houver uma causa excludente da ilicitude.
RATIO COGNOSCENDI.
O fato típico é presumivelmente ilícito, cabendo por meio probatório demonstrar a existência de causa de excludente da ilicitude: PRESUNÇÃO RELATIVA.
Enquanto que na teoria bipartida, a tipicidade é RATIO ESSENDI da ilicitude, intrínseca.
As excludentes da ilicitude possuem componentes ______ (pressupostos legais) e componentes _____ (elemento anímico; vontade e consciência de agir acobertado pela justificante).
objetivos; subjetivos.
Existem excludentes da ilicitude LEGAIS e SUPRALEGAIS.
As LEGAIS dividem-se em ________ (art. 23, CP) e _______ (parte especial ou legislação extravagante)
genéricas; específicas.
As excludentes da ilicitude GENÉRICAS são (4)
ESTADO DE NECESSIDADE;
LEGÍTIMA DEFESA;
EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO;
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL.
São os pressupostos do ESTADO DE NECESSIDADE (2)
Nele, existem dois ou mais bens jurídicos em perigo; para preservar um, sacrifica-se o outro.
i) existência de situação de perigo causada INVOLUNTARIAMENTE;
ii) não é o agente que cria essa ameaça.
Quem cria o perigo voluntariamente (por dolo ou culpa) não pode invocar o estado de necessidade.
Certo.
O ESTADO DE NECESSIDADE pode decorrer da ação da natureza, de um animal ou de uma conduta humana INVOLUNTÁRIA.
Se a conduta humana for VOLUNTÁRIA, trata-se de uma injusta agressão: a excludente seria a LEGÍTIMA DEFESA.
Existem duas teorias acerca do ESTADO DE NECESSIDADE
i ) TEORIA DIFERENCIADORA (CP ALEMÃO): é excludente de ilicitude quando o bem sacrificado é de menor valor; se o bem sacrificado é de maior valor, o estado de necessidade é causa de exclusão de culpabilidade.
ii) TEORIA UNITÁRIA (CP BRASILEIRO): é sempre excludente da ilicitude
.
Um dos pressupostos é a razoabilidade do sacrifício do direito.
Quando não é razoável o sacrifício de um direito de maior valor em detrimento de um de menor valor, tem-se uma CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA.
Os REQUISITOS DO ESTADO DE NECESSIDADE SÃO CUMULATIVOS (7)
1 - PERIGO ATUAL (A lei não informa perigo “iminente”): real, concreto e imediato, que já está ocorrendo. Analisado ex ante (antes do dano ocorrer) e sob a ótica do homem médio.
2 - AMEAÇA A DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO:
Ameaça a direito próprio e sacrifica-se direito alheio: ESTADO DE NECESSIDADE PRÓPRIO
Ameaça a direito alheio e sacrifica-se direito alheio: ESTADO DE NECESSIDADE DE TERCEIRO.
3 - PERIGO CAUSADO INVOLUNTARIAMENTE
4 - INEXISTÊNCIA DE DEVER LEGAL DE ENFRENTAR O PERIGO (GARANTIDOR)
5 - INEVITABILIDADE DO COMPORTAMENTO LESIVO: é exigido do agente atuar da forma menos lesiva, ou seja, se há outras alternativas para isso (commudus discessus): critério do homem médio: proporcionalidade.
6 - RAZOABILIDADE DO SACRIFÍCIO: igualdade entre os bens jurídicos (vida com vida; patrimônio com patrimônio etc) é situação razoável para o sacrifício.
7 - CONHECIMENTO DA SITUAÇÃO JUSTIFICANTE: intenção de preservar um bem jurídico próprio ou de terceiro numa situação de perigo.
É o único pressuposto subjetivo (típico do sistema finalista de direito penal, onde TODA CAUSA DE JUSTIFICAÇÃO EXIGE UM ELEMENTO SUBJETIVO).
No ESTADO DE NECESSIDADE _______ o produtor da fonte de perigo é o titular do bem sacrificado.
No ESTADO DE NECESSIDADE _______ o produtor da fonte de perigo não é o titular do bem sacrificado.
DEFENSIVO
AGRESSIVO
MESMO DE QUEM TEM O DEVER DE ENFRENTAR O PERIGO, não é exigível um sacrifício que implique em grave dano a si próprio.
Certo.