Teoria do Crime - Ilicitude Flashcards

(85 cards)

1
Q

A ________ é a relação de contrariedade do fato típico com a ordem jurídica.

O sistema finalista adotado pelo CP a partir de 1984, seja bipartido ou tripartido, em nada interfere na posição dela, considerada em ambos como elemento autônomo do conceito analítico de crime.

A

ILICITUDE

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2
Q

O fato típico em principio indica a _________ (mas há exceções por meio de normas permissivas).

A

ILICITUDE

Faz-se a análise da ilicitude apenas após analisada e comprovada a existência do fato típico.

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3
Q

Nem tudo que é ilícito é um ilícito penal.

Se no âmbito penal há absolvição com base na ausência de_______, a sentença penal gera efeitos nas outras esferas, apesar da independência das instâncias.

A

ILICITUDE

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4
Q

A ilicitude é analisada sob as óticas bipartida e tripartida, mas isso nada tem a ver com a divisão do finalismo penal em bipartido ou tripartido.

A

Certo.

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5
Q

Para as TEORIAS BIPARTIDAS DA ILICITUDE, o crime é formado pelo INJUSTO PENAL + CULPABILIDADE.

Fato típico e ilicitude formam um mesmo bloco, o injusto penal.

Todos os fatos típicos são ilícitos, salvo se justificados.

A tipicidade é uma RATIO ESSENDI da ilicitude, ou seja, é componente intrínseca, é parte integrante.

A

Certo

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6
Q

Para as TEORIAS BIPARTIDAS DA ILICITUDE, o INJUSTO PENAL possuíria um conteúdo variável analisado sob a ótica da ofensividade (danosidade), definindo o ASPECTO MATERIAL DA ILICITUDE.

A

Certo.

É esse aspecto material que fundamenta as CAUSAS SUPRALEGAIS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE.

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7
Q

Para as TEORIAS TRIPARTIDAS DA ILICITUDE, o crime é fato típico + ilicitude + culpabilidade.

Fato típico e ilicitude estão separados.

A

Certo.

Estuda-se o fato típico e depois parte-se para a análise da ilicitude: se existe alguma norma que considera o fato típico como lícito.

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8
Q

Para as TEORIAS TRIPARTIDAS DA ILICITUDE, a análise sobre a ilicitude dá prevalência à dimensão ________, que consiste meramente em analisar se há norma jurídica capaz de afastar a ilicitude da conduta típica.

A

formal

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9
Q

O CP adota a teoria _______ da ilicitude.

A

tripartida

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10
Q

Apesar da prevalência do aspecto formal ou material da ilicitude conforme a teoria que se adote, prevalece a CONCEPÇÃO UNITÁRIA de que a ilicitude é ao mesmo tempo formal e material, fazendo parte da mesma coisa, una.

A

Portanto, não haverá fato ilícito se não houver também uma dimensão material, a lesividade material (dano social), como resultado da evolução ético-social, mas essa análise é feita conjuntamente (ou após) à análise formal (existência ou não de causas excludentes da ilicitude).

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11
Q

A dimensão _______ (danosidade social – evolução ético-social) é que fundamenta as causas supralegais de exclusão da ilicitude

A

material

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12
Q

As ________ são causas que tornam a conduta típica compatível com a norma.

A

EXCLUDENTES DA ILICITUDE

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13
Q

As ___________ também são chamadas de justificantes, justificativas, descriminantes, causas de justificação, tipos penais permissivos, eximentes (não se confundem com dirimentes: excludente de culpabilidade).

A

EXCLUDENTES DA ILICITUDE

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14
Q

Segundo a TEORIA INDICIÁRIA ou TEORIA DA ____________, partindo do conceito tripartido de ilicitude, o fato típico é um pressuposto, MERO INDÍCIO, indicativo da ilicitude, que deixa de existir se houver uma causa excludente da ilicitude.

A

RATIO COGNOSCENDI.

O fato típico é presumivelmente ilícito, cabendo por meio probatório demonstrar a existência de causa de excludente da ilicitude: PRESUNÇÃO RELATIVA.

Enquanto que na teoria bipartida, a tipicidade é RATIO ESSENDI da ilicitude, intrínseca.

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15
Q

As excludentes da ilicitude possuem componentes ______ (pressupostos legais) e componentes _____ (elemento anímico; vontade e consciência de agir acobertado pela justificante).

A

objetivos; subjetivos.

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16
Q

Existem excludentes da ilicitude LEGAIS e SUPRALEGAIS.

As LEGAIS dividem-se em ________ (art. 23, CP) e _______ (parte especial ou legislação extravagante)

A

genéricas; específicas.

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17
Q

As excludentes da ilicitude GENÉRICAS são (4)

A

ESTADO DE NECESSIDADE;

LEGÍTIMA DEFESA;

EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO;

ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL.

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18
Q

São os pressupostos do ESTADO DE NECESSIDADE (2)

Nele, existem dois ou mais bens jurídicos em perigo; para preservar um, sacrifica-se o outro.

A

i) existência de situação de perigo causada INVOLUNTARIAMENTE;

ii) não é o agente que cria essa ameaça.

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19
Q

Quem cria o perigo voluntariamente (por dolo ou culpa) não pode invocar o estado de necessidade.

A

Certo.

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20
Q

O ESTADO DE NECESSIDADE pode decorrer da ação da natureza, de um animal ou de uma conduta humana INVOLUNTÁRIA.

A

Se a conduta humana for VOLUNTÁRIA, trata-se de uma injusta agressão: a excludente seria a LEGÍTIMA DEFESA.

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21
Q

Existem duas teorias acerca do ESTADO DE NECESSIDADE

A

i ) TEORIA DIFERENCIADORA (CP ALEMÃO): é excludente de ilicitude quando o bem sacrificado é de menor valor; se o bem sacrificado é de maior valor, o estado de necessidade é causa de exclusão de culpabilidade.

ii) TEORIA UNITÁRIA (CP BRASILEIRO): é sempre excludente da ilicitude
.
Um dos pressupostos é a razoabilidade do sacrifício do direito.

Quando não é razoável o sacrifício de um direito de maior valor em detrimento de um de menor valor, tem-se uma CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA.

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22
Q

Os REQUISITOS DO ESTADO DE NECESSIDADE SÃO CUMULATIVOS (7)

A

1 - PERIGO ATUAL (A lei não informa perigo “iminente”): real, concreto e imediato, que já está ocorrendo. Analisado ex ante (antes do dano ocorrer) e sob a ótica do homem médio.

2 - AMEAÇA A DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO:
Ameaça a direito próprio e sacrifica-se direito alheio: ESTADO DE NECESSIDADE PRÓPRIO

Ameaça a direito alheio e sacrifica-se direito alheio: ESTADO DE NECESSIDADE DE TERCEIRO.

3 - PERIGO CAUSADO INVOLUNTARIAMENTE

4 - INEXISTÊNCIA DE DEVER LEGAL DE ENFRENTAR O PERIGO (GARANTIDOR)

5 - INEVITABILIDADE DO COMPORTAMENTO LESIVO: é exigido do agente atuar da forma menos lesiva, ou seja, se há outras alternativas para isso (commudus discessus): critério do homem médio: proporcionalidade.

6 - RAZOABILIDADE DO SACRIFÍCIO: igualdade entre os bens jurídicos (vida com vida; patrimônio com patrimônio etc) é situação razoável para o sacrifício.

7 - CONHECIMENTO DA SITUAÇÃO JUSTIFICANTE: intenção de preservar um bem jurídico próprio ou de terceiro numa situação de perigo.
É o único pressuposto subjetivo (típico do sistema finalista de direito penal, onde TODA CAUSA DE JUSTIFICAÇÃO EXIGE UM ELEMENTO SUBJETIVO).

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23
Q

No ESTADO DE NECESSIDADE _______ o produtor da fonte de perigo é o titular do bem sacrificado.

No ESTADO DE NECESSIDADE _______ o produtor da fonte de perigo não é o titular do bem sacrificado.

A

DEFENSIVO
AGRESSIVO

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24
Q

MESMO DE QUEM TEM O DEVER DE ENFRENTAR O PERIGO, não é exigível um sacrifício que implique em grave dano a si próprio.

A

Certo.

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25
O dever legal de enfrentar o perigo abrange qualquer dos deveres do art. 13, §2º, CP, notadamente o direito contratual.
É necessário interpretar o art. 24 em sintonia com o art.13. §2º: A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
26
No ESTADO DE NECESSIDADE ________, pensa-se estar certo a respeito da existência de uma causa excludente de ilicitude, mas elanão é real, e sim IMAGINADA.
PUTATIVO. A avaliação do estado de necessidade putativo é feita caso a caso, levando em consideração as circunstâncias do caso e a justificativa do erro do agente. O estado de necessidade putativo não é uma causa de exclusão da ilicitude, mas pode levar a uma redução da pena, dependendo das circunstâncias do caso.
27
O ESTADO DE NECESSIDADE PUTATIVO é considerado uma forma de ERRO DE _______, ou seja, um erro sobre os elementos que constituem a causa de justificação.
TIPO
28
Ocorre o ESTADO DE NECESSIDADE ________ quando duas ou mais pessoas estão, simultaneamente, em estado de necessidade. Não há crime para ninguém, todos são acobertados pela excludente de ilicitude.
RECÍPROCO. É aceito.
29
É a reação que visa repelir uma agressão INJUSTA e que seja ATUAL OU IMINENTE, a direito PRÓPRIO OU DE TERCEIRO, através do uso MODERADO dos meios ADEQUADOS.
Legítima defesa.
30
A legítima defesa está prevista no art. ______ e é definida no art. ______.
Art. 23, II (excludentes da ilicitude); Art. 25, caput. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
31
O art. 25, caput prevê a legítima defesa _______; enquanto o art. 25, §único prevê a legítima defesa ________.
Genérica; Específica. (ADICIONADA PELO PACOTE ANTICRIME) Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o AGENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida REFÉM durante a prática de crimes.
32
Os requisitos legais da legítima defesa são CUMULATIVOS (4) .
1 - AGRESSÃO INJUSTA: não permitida pelo direito; ilícita. 2 - AGRESSÃO ATUAL OU IMINENTE: ocorrendo ou prestes a ocorrer (quando já houve início da execução, excetuando atos preparatórios); 3 - REPULSA MODERADA COM OS MEIOS NECESSÁRIOS: uso dos meios disponíveis e eficazes, menos lesivos, até que cesse a agressão. 4 - DIREITO PRÓPRIO OU DE OUTREM: legítima defesa própria; legítima defesa de terceiros.
33
SOB A ÓTICA FINALISTA, a legítima defesa exige um elemento subjetivo da vontade, o animus _______.
DEFENDENDI; Assim, uma *LEGÍTIMA DEFESA IMPRUDENTE* (sem querer) não seria considerada legítima defesa. Sob a perspectiva funcionalista, SIM.
34
Se se exige agressão INJUSTA para haver legítima defesa, NÃO É POSSÍVEL FALAR EM LEGÍTIMA DEFESA RECÍPROCA.
Certo. Pois para haver legítima defesa, uma das agressões deve ser ilegal, ou seja, ILEGÍTIMA DEFESA.
35
A injusta agressão pode ser dolosa, culposa ou omissiva.
Certo.
36
Se se exige agressão INJUSTA para haver legítima defesa, NÃO É POSSÍVEL FALAR EM LEGÍTIMA DEFESA contra quem está amparado por alguma excludente de ilicitude, a não ser que haja _______ nessa conduta.
EXCESSO.
37
A legítima defesa praticada em relação ao EXCESSO de outrem que esteja amparado por excludente de ilicitude é chamada de LEGÍTIMA DEFESA _______.
SUCESSIVA.
38
Atos reflexos e atos de animais não são passiveis de gerar legítima defesa, MAS SIM O _________
ESTADO DE NECESSIDADE.
39
Se um animal é usado como instrumento de uma ação humana injusta, haverá __________.
LEGÍTIMA DEFESA.
40
Se uma agressão injusta partir de um INIMPUTÁVEL, é possível a legítima defesa.
Certo.
41
NA LEGÍTIMA DEFESA DE TERCEIRO, se o seu direito for _______, a defesa só se justifica se ele não tiver consentido, disposto desse direito.
DISPONÍVEL.
42
Não há legítima defesa de BEM JURÍDICO COLETIVO (de todos) praticada pelo particular, mas sim apenas pelo ______.
Estado.
43
Em relação a BENS JURÍDICOS PÚBLICOS (do Estado), é cabível a LEGÍTIMA DEFESA DE TERCEIROS.
Certo. Se é possível para bens jurídicos particulares, é possível para os públicos.
44
A defesa erroneamente imaginada como legítima e, portanto, injusta, é chamada de legítima defesa _________.
PUTATIVA.
45
A agressão putativa é injusta e por isso gera uma legítima defesa real contra si.
Certo.
46
É possível a legítima defesa putativa recíproca.
Certo. Não há agressão injusta efetiva para nenhum dos lados; os dois estariam num quadro de erro.
47
A LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA é uma hipótese de ERRO, que pode ocorrer sobre o TIPO ou sobre a PROIBIÇÃO.
Certo.
48
Se o erro, na LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA, for INESCUSÁVEL, VENCÍVEL: - sobre o TIPO: afasta-se o dolo, pune-se a culpa; - sobre a PROIBIÇÃO: diminuição da pena.
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
49
Se o erro, na LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA, for INVENCÍVEL, desculpável, escusável, SEJA SOBRE O TIPO OU SOBRE A PROIBIÇÃO, SERÁ EXCLUDENTE DE ILICITUDE. CHAMADA DE LEGÍTIMA DEFESA ________.
SUBJETIVA. Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
50
Quando o agente já afastou o perigo, mas prossegue na agressão, ela se torna injusta, configurando o ________. Aplicável a todas as excludentes da ilicitude, SEJA DOLOSO OU CULPOSO.
EXCESSO. ART. 23 (excludentes genéricas da ilicitude) Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
51
O EXCESSO _________ é aquele que NÃO GERA RESPONSABILIZAÇÃO CRIMINAL, pois praticado SEM DOLO NEM CULPA, derivado da variação de ânimo complexa, da surpresa, da perturbação etc.
EXCULPANTE.
52
O EXCESSO EXCULPANTE está previsto no __________.
ART. 45, §ÚNICO, CPM. Excesso escusável Parágrafo único. Não é punível o excesso quando resulta de escusável surprêsa ou perturbação de ânimo, em face da situação.
53
Segundo a doutrina e a jurisprudência, o EXCESSO EXCULPANTE É APLICÁVEL AO DIREITO PENAL COMUM, sendo considerado uma CAUSA ___________, AFASTANDO A _________.
SUPRALEGAL DE EXCLUSÃO DA CULPABILIDADE; EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA.
54
O agente que comete ERRO NA EXECUÇÃO (ABERRATIO ICTUS) ao praticar uma legítima defesa, está acobertado por ela, não sendo responsabilizado.
CERTO.
55
Os _______ são aparatos colocados para a defesa de um bem jurídico contra eventuais ataques ou ameaças. Ex.: cerca elétrica, arame, cacos de vidro em muros etc.
OFENDÍCULOS.
56
Parte da doutrina e a maioria da jurisprudência considera os OFENDÍCULOS uma LEGÍTIMA DEFESA __________. Exige-se a existência dos requisitos legais para a legítima defesa, princnipalmente a MODERAÇÃO. Esses ofendículos devem ser VISÍVEIS, percebidos com facilidade; se forem ocultos, não poderá ser levantada a legítima defesa.
PREORDENADA - PREDISPOSTA.
57
A tese da LEGÍTIMA DEFESA DA HONRA é INCONSTITUCIONAL, por contrariar os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF), da proteção à vida e da igualdade de gênero (art. 5º, caput, da CF);
CERTO. STF. Plenário ADPF 779/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 1º/8/2023 (Info 1105).
58
A defesa, a acusação, a autoridade policial e o juízo estão IMPEDIDOS DE UTILIZAR, direta ou indiretamente, A TESE DA LEGÍTIMA DEFESA DA HONRA (ou qualquer argumento que induza à tese) nas fases pré-processual ou processual penais, bem como durante o julgamento perante o TRIBUNAL DO JÚRI, sob pena de nulidade do ato e do julgamento;
CERTO. STF. Plenário ADPF 779/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 1º/8/2023 (Info 1105).
59
NÃO FERE a soberania dos vereditos do Tribunal do Júri o provimento de apelação que ANULE A ABSOLVIÇÃO FUNDADA EM QUESITO GENÉRICO, quando, de algum modo, possa implicar a repristinação da odiosa tese da LEGÍTIMA DEFESA DA HONRA.
CERTO. STF. Plenário ADPF 779/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 1º/8/2023 (Info 1105).
60
O ___________ exclui a ilicitude de fatos típicos praticados em obediência a um dever imposto pelo ordenamento jurídico.
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
61
Para que haja a exclusão da ilicitude no DEVIDO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL, o dever deve ser imposto por LEI EM SENTIDO _______, de caráter geral e NÃO PARTICULARES, DE NATUREZA PENAL OU NÃO.
AMPLO; Basta que seja um ato normativo, não necessariamente uma lei formal: decretos, portarias, regulamentos.
62
Ordem de superior hierárquico NÃO É EXCLUDENTE DE ILICITUDE, pois é ato particular. Obrigações morais, religiosas, sociais, não configuram estrito cumprimento pois não estão respaldados na lei geral, ampla.
Certo.
63
O dever legal é ESTRITO. Ou seja, se o comando legal for ultrapassado, haverá EXCESSO (DOLOSO OU CULPOSO).
Certo.
64
O estrito cumprimento do dever legal ________ é a hipótese de erro no entendimento do comando legal pelo agente.
PUTATIVO.
65
O ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL É INCOMPATÍVEL COM UMA CONDUTA CULPOSA.
Certo. Nenhum comando legal determina uma ação imperita, imprudente ou negligente.
66
A força letal só é utilizada legalmente por um policial em legítima defesa própria ou de terceiros, pois não há dever legal de matar, a não ser na execução da pena de morte.
Certo.
67
A exclusão da ilicitude da conduta praticada em estrito cumprimento do dever legal _______ (comunica; não comunica) no concurso de pessoas.
Comunica.
68
______ (é; não é) possível particular agir em estrito cumprimento do dever legal.
É; Ex.: advogado que age contrariamente a algum mandamento do Estatuto da OAB.
69
O _________ é a prática de fatos típicos em virtude de atividade regulamentada (PERMITIDA) pelo ordenamento jurídico.
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. Ex.: prática de esportes violentos, as cirurgias estéticas, o desforço imediato para a assegurar a posse e o próprio art. 301 do CPP, que permite que qualquer do povo prenda alguém que está em flagrante delito.
70
Assim como no estrito cumprimento do dever legal, o exercício regular NÃO ESTÁ ESPECIFICADO EM UM TIPO PERMISSIVO ESPECÍFICO, pois há em todo o ordenamento normas de permissão de exercício de direitos.
Certo.
71
Exercício regular de um costume, segundo a doutrina dominante, ________ (possibilita; não possibilita) invocar e excludente de exercício regular de direito.
NÃO POSSIBILITA Uma vez que o direito subjetivo que confere a possibilidade decorre do direito objetivo, de autorização legal.
72
O exercício da medicina, via de regra, enquadra-se no exercício regular de direito (p. ex. cirurgia estética). Porém, a depender do caso concreto, há possibilidade de estado de necessidade, não dependendo de nenhum tipo de autorização, ciência ou acordo com terceiro.
Certo.
73
TRANSFUSÃO DE SANGUE EM TESTEMUNHA DE JEOVÁ: é considerado em ESTADO DE NECESSIDADE o médico que procede em transfusão de sangue em pessoa sob risco de morte (mesmo contra a vontade da pessoa ou da família);
Certo. Direito à vida sobreposto à consciência religiosa. Se não houver risco, não há estado de necessidade.
74
A TEORIA DA TIPICIDADE CONGLOBANTE trabalha com a ideia da ANTINORMATIVIDADE, entendida como a ausência de dever legal ou de permissão legal. Portanto, o estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular do direito excluiriam a TIPICIDADE (o fato típico) e não a ilicitude.
Certo.
75
As EXCLUDENTES ESPECIAIS DE ILICITUDE constam da parte especial do CP ou nas leis especiais, fora do CP. GERALMENTE, excludentes especiais de ilicitude utilizam o termo “não há crime”; isso não é regra fixa.
Certo.
76
CAUSAS SUPRALEGAIS DE JUSTIFICAÇÃO Não estão previstas na lei. É uma justificativa criada, aceita pela doutrina e aplicada pela jurisprudência. É absolutamente excepcional.
Certo.
77
No âmbito da ILICITUDE, as CAUSAS SUPRALEGAIS SÃO GERAIS, aplicadas a qualquer indivíduo enquadrado na justificação.
Certo. Diferentemente da CULPABILIDADE, onde as causas supralegais são aplicáveis a um indivíduo específico numa situação pontual.
78
As CAUSAS SUPRALEGAIS estão intimamente ligadas ao conceito de ILICITUDE _________, segundo a qual é ilícito não só o que contraria o ordenamento, mas que também provoque efetivo DANO SOCIAL.
MATERIAL. Ex.: despenalização de fatos que com a evolução ético-social perderam seu caráter lesivo, de acordo com os valores vigentes na sociedade em determinado tempo.
79
O ______________ é a CAUSA SUPRALEGAL DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE no direito brasileiro.
CONSENTIMENTO DO OFENDIDO.
80
Requisitos de validade do CONSENTIMENTO DO OFENDIDO(6)
- consentimento sério; - capacidade para emitir um consentimento válido; - consentimento sem vício (sem coação, fraude, ameaça etc); - bem disponível; - anterior à ofensa; - atuação consciente do agressor quanto ao consentimento dado.
81
Consentimento do ofendido _________ não é válido, mas pode ser suprido pelo seu representante legal, nos limites da lei (poder familiar, tutela, curatela etc).
INCAPAZ
82
O DISSENTIMENTO DO OFENDIDO impede absolutamente a aplicação da justificação.
Certo.
83
Nas situações em que o DISSENTIMENTO DO OFENDIDO É ELEMENTAR DO TIPO PENAL, se houver consentimento do ofendido, exlui-se a _______.
TIPICIDADE. Ex.: violação de domicílio; estupro.
84
A REGRA É QUE O CONSENTIMENTO DO OFENDIDO É UMA CAUSA SUPRALEGAL DE EXCLUSÃO DA ________; TODAVIA, SE O DISSENTIMENTO FOR UMA ELEMENTAR DE UM CRIME, O CONSENTIMENTO NESSE CASO EXCLUI A _________.
ILICITUDE; TIPICIDADE.
85
As causas reais de exclusão da ilicitude ________ (refletem; não refletem) nos outros ramos do direito. Em relação às descriminantes putativas, às causas supralegais de justificação e às dirimentes (excludentes de culpabilidade) legais e supralegais, elas _______ (podem;não podem) ser discutidas em outras esferas do direito.
REFLETEM; PODEM.