TUTORIA 3 part. II - Obesidade Flashcards
Conceitue obesidade na infânica

A obesidade é representada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal em extensão tal, que acarreta prejuízos à saúde dos indivíduos.
Qual é a fisiopatologia/ patogênese da obesidade na infância e na adolescência?
LEPTINA
- Secretadas em proporção ao conteúdo de gordura corporal, agem no hipotálamo ativando vias efetoras catabólicas e inibindo vias efetoras anabólicas, o que traz como resultado final a diminuição da ingestão alimentar
- Outro mecanismo seria a hiperinsulinemia crônica bloqueando o sinal de transdução da leptina.
Qual é a fisiopatologia/ patogênese da obesidade na infância e na adolescência?
NEUROPEPTÍDEOS OREXÍGENOS E ANOREXÍGENOS
O neuropeptídeo Y (NPY) é um dos mais potentes estimuladores da ingestão alimentar dentro do sistema nervoso central. A secreção do NPY no hipotálamo aumenta com a depleção dos estoques de gordura corporal e/ou reduzida sinalização dada ao cérebro pela leptina. Por outro lado, a leptina inibe sua secreção.
Qual é a fisiopatologia/ patogênese da obesidade na infância e na adolescência?
COLECISTOQUININA (CCK)
A colecistoquinina é estimulada pelo consumo alimentar, principalmente de proteínas e gorduras. Liberada pelas células da mucosa duodenal, ela ativa receptores (CCK-A), na região pilórica do estômago, que enviam sinal, via vagal aferente, para o trato solitário e daí para o núcleo paraventricular e a região ventromedial do hipotálamo, diminuindo a ingestão alimentar. A CCK está implicada no efeito de saciação (término da refeição).
Qual é a fisiopatologia/ patogênese da obesidade na infância e na adolescência?
GRELINA
A grelina é um peptídeo, produzido predominantemente no estômago, que age na regulação da ingestão alimentar. As concentrações plasmáticas de grelina aumentam gradualmente antes das refeições e diminuem imediatamente após estas. A grelina estimula a expressão do neuropeptídeo Y e da AGRP no hipotálamo, aumentando a ingestão alimentar. Na síndrome de Prader-Willi, os níveis de grelina estão elevados, o que pode contribuir para a acentuada hiperfagia e a obesidade associadas a essa síndrome.
Qual é a fisiopatologia/ patogênese da obesidade na infância e na adolescência?
ADIPONECTINA
- A adiponectina é produzida por adipócitos diferenciados, sendo considerada a mais abundante proteína do tecido adiposo.
- A adiponectina tem efeito antidiabético, antiaterogênico e anti-inflamatório. Enquanto as demais substâncias produzidas pelo tecido adiposo e relacionadas à resistência insulínica aumentam na obesidade, a produção e as concentrações de adiponectina apresentam diminuição. O fato de a obesidade ser um estado de deficiência de adiponectina torna esse hormônio um alvo interessante para possíveis intervenções terapêuticas.
Quais são os fatores responsáveis pela fisiopatologia/ patogênese da obesidade na infância e na adolescência?
- Leptina
- Grelina
- Neuropeptídeos orexígenos e norexígenos
- CCK
- Adiponectina
Qual é a relação do hipotálamo com a obesidade?
Lectinas saão secretadas em proporção ao conteúdo de gordura corporal, agem no hipotálamo ativando vias efetoras catabólicas e inibindo vias efetoras anabólicas, o que traz como resultado final a diminuição da ingestão alimentar. Como essas vias têm efeitos opostos no balanço energético, determinam, em última análise, os estoques de energia, sob a forma de triglicérides.
Como é feito o diagnóstico de obesidade na infância e na adolescência?
Por meio da anamnese, dados nutrológicos (anamnese alimentar) e exame físico (peso, altura, IMC, circunferência abdominal) é possível identificar critérios para o diagnóstico da obesidade.
Os exames complementares podem ser utilizados para obtenção de dados mais precisos sobre a composição corporal, para investigação de possíveis causas da obesidade e para o diagnóstico das repercussões metabólicas mais comuns da obesidade, entre as quais estão?
- Dislipidemia
- Alterações do metabolismo glicídico
- Hipertensão arterial
- Doença hepática gordurosa não alcoólica
- Síndrome da apneia obstrutiva do sono
- Síndrome dos ovários policísticos.
Na anamnese há um interrogatório sobre diversos aparelhos. Cite algumas perguntas.
- Respiração oral
- Roncos
- Paradas respiratórias durante o sono
- Sibilância
- Fadiga aos esforços
- Alterações na pele
- Resposta vacinal
- Dor ou edema em articulações dos membros inferiores
- Dor abdominal, retroesternal e hábito intestinal;
Quais são os sinais clínicos mais frequêntesem crianças adolescentes e obesos? Cite 2 de cada aparelho.
- Cardiovascular
- gastro/hepático
- respiratório
- genitourinário
- SN
- endócrino
- ortopédico
- pele

As medidas antropométricas mais utilizadas na faixa etária pediátrica são?
- Peso;
- Estatura (altura/ comprimento);
- Circunferência abdominal;
Qual a classificação do estado nutricional de acordo com o IMC/idade por percentil e escore-Z?

O que deve ser feito no exame físico de um paceinte obeso?
- Peso e estatura
- Prega cutânea triciptal (PCT), subescapular e circuferência do braço
- Circuferência abdominal (CA)
- Pressão arterial sistêmica (PA)
Como é feito o diagnóstico das principais comorbidades?
Endócrina
Uma glicemia de 100 a 125 mg/dL ou uma hemoglobina glicada de 5,7 a 6,4% sugerem pré-diabetes, quando será mandatório a realização do TTG.
- Intolerância à glicose (pré-diabetes)
- DM
Como é feito o diagnóstico das principais comorbidades?
Renal
Obesidade predispõe os indivíduos a desenvolverem:
- Nefropatia diabética
- Nefroesclerose hipertensiva
- Esclerose glomerular focal ou segmentar
- Urolitíase
A obesidade causa alterações estruturais como glomerulomegalia e espessamento da membrana basal glomerular. Hemodinamicamente a obesidade determina hiperfiltração e hiperperfusão renal, contribuindo para a falência renal.
Como é feito o diagnóstico das principais comorbidades?
Cardiovascular
- Hipertensão arterial sistêmica (HAS) - O risco da ocorrência de HAS é aumentado na presença de obesidade, e este risco aumenta com a gravidade da obesidade.
-
Estrutura e função cardíaca - Crianças obesas podem apresentar alterações na função e na estrutura cardíaca, que são similares àquelas encontradas nos adultos de meia idade. Os achados incluem:
- Aumento da massa ventricular esquerda, do ventrículo esquerdo e do diâmetro atrial esquerdo;
- maior quantidade de gordura epicardíaca
- Maior disfunção sistólica e diastólica
Como é feito o diagnóstico das principais comorbidades?
Pulmonares
- Apneia obstrutiva do sono – É descrita como uma completa obstrução das vias aéreas superiores durante o sono e faz com que os movimentos respiratórios parem, exceto se ocorrer grande esforço respiratório. Obstrução parcial das vias aéreas é denominado hipoventilação obstrutiva.
- Asma – A obesidade também está relacionada com a presença de asma, especialmente em crianças não atópicas. A gênese parece ser o estado inflamado do obeso.
Quais são os fatores de risco da obesidade?

Como é feito o tratamento da obesidade na infância e na adolescência?
ESTÁGIO 1
- Dieta e atividade física, incluindo aumento no consumo de frutas e vegetais.
- Limitando as atividades sedentárias como assistir televisão, jogar vídeo games e uso de computadores e tablets.
- Se não houver melhora no IMC em 3 a 6 meses passar para o próximo estágio.

Como é feito o tratamento da obesidade na infância e na adolescência?
ESTÁGIO 2
- Ingestão de alimentos com baixa densidade calórica e dieta balanceada e refeições estruturadas
- Atividade física supervisionada de no mínimo 60 minutos por dia
- 1 hora ou menos de televisão e/ou computadores e tablets e auto monitoramento por meio de recordatórios alimentares e de atividade física.
- Acompanhamento com nutricionista é necessária nesse estágio com retornos mensais ajustados a necessidade do paciente e família.

Como é feito o tratamento da obesidade na infância e na adolescência?
ESTÁGIO 3
- Contato mais próximo com os profissionais da saúde e uso de mais estratégias comportamentais e monitoramento.
- Retornos semanais nas primeiras 8 a 12 semanas seguidas por retornos mensais são recomendados.
- Esse estágio requer o envolvimento de uma equipe multidisciplinar com experiência em obesidade infantil
- Crianças com resposta inadequada ao estágio 3, com riscos aumentados a saúde e baixa motivação devem ser considerados para o estágio 4.

Como é feito o tratamento da obesidade na infância e na adolescência?
ESTÁGIO 4
Inclui dietas com baixa calorias, uso de medicações e/ou cirurgia. Esse estágio requer uma equipe multidisciplinar especialista em obesidade infantil em um centro pediátrico contendo protocolos clínicos e pesquisa de avaliação e evolução dos resultados e riscos no manejo de obesidade infantil.




