UE II PROVA 1 - Bernardo Flashcards
(68 cards)
Sobre Regulamentação do SAMU, qual o objetivo da Portaria 2.657 de 2004?
Portaria 2.657 de 2004: Estabelece as atribuições das centrais de regulação médica de urgências e o dimensionamento
técnico para a estruturação e operacionalização das centrais samu-192
O que é a regulação médica do SAMU?
A regulação médica das urgências operacionalizadas através das centrais de regulação médica de urgências é um processo de trabalho através do qual se garante escuta
permanente pelo médico regulador, com acolhimento de todos os pedidos de socorro que
acorrem a central e o estabelecimento de uma estimativa inicial do grau da urgência, desencadeando resposta mais adequada.
A fim de garantir a resposta efetiva as demandas de urgência, o que as GRADES DE REFERÊNCIA e as GRADES DE ATENÇÃO devem levar em conta?
GRADES DE REFERÊNCIA: Quantidades, tipos e horários dos procedimentos ofertados, e a especialidade de cada serviço.
GRADES DE ATENÇÃO: deverão mostrar, a cada instante, a condição de capacidade
instalada do sistema regionalizado.
Caso a solicitação seja oriunda de serviço de saúde sem
hierarquia, qual deve ser o procedimento? (Aprendizado com os bombeiros)
Ainda que o paciente tenha recebido tratamento inicial, ele ainda é considerado em situação de risco, deverá ser adequadamente acolhido e
priorizado pela central de regulação de urgências, como se fosse um atendimento em domicílio ou em via pública.
Em qual situação o SAMU pode recusar o atendimento e direcionar para outra central?
Caso o paciente já tiver sido atendido por outro serviço de saúde, estiver fora de situação de risco e apenas precisando de transporte.
Quantos itens tem nas Atribuições Específicas do SAMU? Cite alguns.
I. manter escuta médica … 24 hs, todos os dias da semana, pelo número gratuito nacional das urgências médicas 192
II. identificar necessidades, por meio da utilização de metodologia adequada, e classificar os pedidos de socorro oriundos da população em geral, a partir de seus domicílios ou de vias e lugares públicas;
III. identificar, qualificar e classificar os pedidos de socorro oriundos de unidades de saúde,
… telemedicina sempre que necessário. Discernir sobre a
urgência, gravidade e risco de todas as solicitações
IV. hierarquizar necessidades;
V. decidir sobre a resposta mais adequada para cada demanda; (conforme protocolo)
VI. garantir os meios necessários para a operacionalização de todas as respostas necessárias;
VII. monitorizar e orientar o atendimento feito pelas equipes de Suporte Básico e Suporte
Avançado de Vida;
VIII. providenciar os recursos auxiliares de diferentes naturezas necessários para
complementar a assistência, sempre que necessário;
IX. notificar as unidades que irão receber pacientes, informando as equipes médicas
receptoras as condições clínicas dos pacientes e possíveis recursos necessários;
X. permear o ato médico de regular por um conceito ampliado de urgência… não se
limitando apenas a conceitos médicos pré-estabelecidos ou protocolos ;
XI. …observatório privilegiado da saúde e do sistema, …. de forma dinâmica, sistematizada, e em tempo real, todo o seu funcionamento.
XII. respeitos os preceitos constitucionais do país, a legislação do SUS, ética médica…
Sobre as Normas Gerais e Fluxo da Regulação do Samu, o que diz o item “g”?
g) o médico regulador, ao receber o caos, deverá num curto espaço de tempo (30 segundos a um minuto), por meio de técnicas, julgar gravidade, e em situação crítica, desencadear melhor resposta imediatamente, acionando múltiplos meios, sempre que necessário podendo,
em seguida, concluir o detalhamento do caso
Qual o papel do helicóptero nos atendimentos de urgência e emergência?
Helicóptero → levar equipe em local difícil, suporte inicial, dar tempo da ambulância chegar. Raramente transporta o paciente.
Após avaliação inicial via telefone, qual a segunda decisão do médico regulador? Quais ações ele deverá tomar ainda durante o transporte do paciente?
l) após reavaliação, o médico regulador, deverá tomar uma segunda decisão a respeito da
necessidade do paciente, definindo inclusive para qual unidade de saúde o paciente deve ser transportado, se for o caso
m) se o paciente for transportado, cabe ao médico regulador monitorar e acompanhar todo o
atendimento prestado no trajeto
n) o médico regulador deve estabelecer contato com o médico do serviço receptor,
repassando a ele as informações técnicas sobre cada caso, para que a equipe local possa
preparar-se para receber o paciente da melhor maneira possível
Qual o papel do rádio operador durante as chamadas do SAMU?
q) o rádio operador deve acompanhar a movimentação dos veículos do SAMU, durante todas as etapas da regulação acima mencionadas
O que não é atribuição do serviço hospitalar móvel de urgência e emergência?
Parágrafo único: não é atribuição do serviço hospitalar móvel de urgência e
emergência o transporte de pacientes de baixa e média complexidade na rede,
assim como o transporte de pacientes para realizarem exames complementares, devendo ser acionado apenas para o transporte de pacientes
de alta complexidade na rede.
Qual a recomendação de descanso para o médico regulador?
Quando em jornada de 12 horas de plantão, deverá ter uma hora de descanso remunerado para cada 5 horas de trabalho
● Parágrafo único: os intervalos de descanso não poderão coincidir com os horários de maior demanda, tais como a primeira e última hora de cada
plantão, bem como, não poderão comprometer o pronto atendimento às demandas do serviço
Em quais situações o médico regulador não pode ser responsabilizado?
Médico regulador não poderá ser responsabilizado por ações que não tenham sido
executadas por razões que não dependam de seu controle, como indisponibilidade de
ambulâncias e condições viárias adversas no momento
O que a Resolução 2.110/ 2014 do CFM diz sobre Vaga Zero?
A “vaga zero” é prerrogativa e responsabilidade exclusiva do médico regulador de urgências.
Deve ser considerada como situação de exceção e não uma prática cotidiana na atenção às
urgências.
CFM: o médico regulador
deverá, obrigatoriamente, fazer contato telefônico com o médico que receberá o paciente no
hospital de referência, detalhando o quadro clínico e justificando o encaminhamento.
Se a unidade enfrentar o problema de superlotação, o seu responsável deverá comunicar
o fato aos responsáveis pela gestão para que seja encontrada uma solução.
O que deverá ser feito caso a unidade que recebe o paciente trazido pelo SAMU, não tenha condições de recebe-lo?
Parágrafo único: no caso de falta de macas ou qualquer outra condição que impossibilite a liberação da equipe, dos equipamentos e da ambulância, o médico plantonista responsável pelo setor deverá comunicar imediatamente o
fato ao coordenador de fluxo e/ou diretor técnico, que deverão tomar providências necessárias
Em caso de óbito por causa violenta não natural, qual deve ser o procedimento do médico plantonista? E em caso de morta natural ou fetal?
O intervencionista quando envolvido em atendimento que resulte em óbito de suposta
causa violenta não natural, deve constatá -lo mas não atestá-lo, comunicar ao regulador, que adotará medidas necessárias para o encaminhamento do corpo para o IML
● Parágrafo único: caso de atendimento a paciente que resulte em morte
natural ou óbito fetal, o intervencionista deverá observar o disposto na resolução
CFM 1779/05 em relação ao fornecimento da declaração de óbito.
O que o médico intervencionista deve fazer em caso de óbito não assistido?
E em caso de óbito assistido?
O médico intervencionista, quando acionado em situação de óbito não assistido,
deverá obrigatoriamente constatá-lo, mas não atestá-lo. Neste caso, deverá comunicar
o fato ao médico regulador, que acionará as polícias civil, militar ou o serviço de verificação de óbito para que tomem as providências legais.
● Parágrafo único: paciente com morte natural assistida pelo médico intervencionista deverá ter o atestado de óbito fornecido pelo mesmo, desde
que tenha a causa mortis definida.
Qual a intenção de socorro em um contexto de desastre ou acidente com múltiplas vítimas?
Oferecer o melhor possível para a maior quantidade de pessoas possível
Leigos podem prestar algum tipo de socorro ?
Sim, procedimentos conservadores não invasivos de forma direta ou indireta por leigos ou leigos treinados a uma vítima;
O que é omissão de socorro?
quando alguém treinado deixa de socorrer uma vítima, exceto quando o indivíduo precisa se colocar em risco para exercer a ajuda;
Quais são os princípios dos primeiros socorros?
● Tempo e pânico são os maiores inimigos do socorrista;
● Tentar salvar a vida ou aliviar sofrimento;
● Não provocar novas lesões;
● Não agravar lesões existentes;
Diferencie Extricação Padrão e Extricação Rápida.
Extricação padrão: cena segura, vítima estável; estabilizar a cabeça e coluna cervical, colocar
em prancha para remoção segura.
Extricação rápida: cena insegura; vítima com risco de morte; remover do local para diminuir
danos durante a extricação.
Ex: atropelamento no meio da via Dutra (sinalizar não é suficiente, é preciso sair dali).
Quais as 3 etapas dos primeiros socorros?
1) Avaliação preliminar da cena (pode começar até por telefone, na central de regulação):
a)Isolamento do local e sinalização do local (um leigo pode fazer isso, pelo menos 1km do local do acidente).
OBS: A sinalização é a primeira coisa a ser feita, obrigatoriamente!
b) Segurança do socorrista;
c) Segurança da vítima;
d) Orientação de leigos no local: as orientações devem ser dadas em frases curtas, objetivas, claras em alto tom.
e) Número de vítimas (se souber, identificar nome, idade e situação);
f) Localização do acidente (ponto de referência ajuda);
g) Eliminar riscos da cena → prevenção de novos acidentes (ex: óleo na pista). Só entrar na cena após riscos eliminados;
h) Harmonizar com a polícia, bombeiros e defesa civil;
2) JÁ NA CENA: exame primário (ABCDE) e cuidados imediatos;
3) Exames secundários complementares
Defina CATÁSTROFE do ponto de vista médico.
Situação em que as necessidades de cuidados médicos excedam os recursos imediatamente disponíveis havendo a necessidade de medidas extraordinárias e coordenadas para se manter a qualidade básica ou mínima de atendimento. Faz-se a triagem para identificar as vítimas com maior possibilidade de sobrevivência.