Vigilância Epidemiologica Flashcards

1
Q

O que é um surto?

A

Aumento do número de casos de uma doença relativamente ao habitual para um determina população, área geográfica e tempo. Igual a epidemia mas numa área mais limitada

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2
Q

Como se define eliminação de uma doença infeciosa?

A

A eliminação ocorre quando não existem casos endémicos da doença, numa área geográfica, durante um período mínimo de 12 meses. Só pode ser declarada pela OMS após 36 meses. São necessárias medidas contínuas para impedir o estabelecimento da transmissão e um bom sistema de vigilância
Ex: Poliomielite em PT

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3
Q

Como se define erradicação de uma doença?

A

Uma doença infeciosa é erradicada quando não existe transmissão mundial da mesma, redução permanente da incidência para zero. Deixam de ser necessárias medidas de intervenção.
A varíola é a única erradicada (declarado pela OMS em 1980)

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4
Q

Define transmissão endémica

A

Transmissão contínua de uma doença infeciosa num determinado país, por um período igual ou superior a 12 meses

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5
Q

O que é o caso índice?

A

É o primeiro caso identificado num surto, que inicia a investigação epidemiológica

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6
Q

O que é um caso importado?

A

É um caso cuja origem da exposição foi outro país

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7
Q

Define caso relacionado com importação?

A

É um caso cujo transmissão ocorre dentro do próprio país mas que faz parte da cadeia de transmissão iniciada por um caso importado

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8
Q

O que é um caso autóctone?

A

É um caso cuja exposição/transmissão do agente infecioso ocorreu dentro do próprio país

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9
Q

Define contacto.

A

Um contacto é uma pessoa que esteve no mesmo compartimento (espaço) que uma pessoa infetada, durante o seu período de contagiosidade, por qualquer período de tempo

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10
Q

Define bolsas de população suscetível.

A

São agregados populacionais com uma proporção de pessoas corretamente vacinadas inferior a 95% e representam, por isso, um risco de transmissão após contacto com caso infetado

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11
Q

Define re-estabelecimento de transmissão endémica

A

Ocorre quando retoma a transmissão de um agente infecioso durante um período igual ou superior a 12 meses, num país onde já tinha sido eliminada

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12
Q

Define vigilância

A

É a recolha, análise e interpretação contínuas e sistemáticas de dados relacionados com saúde que podem ser utilizados no planeamento e na implementação e avaliação de projetos, programas e políticas públicas

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13
Q

Quais as funções principais de um sistema de vigilância epidemiológica?

A
  • Recolher, analisar e interpretar dados de saúde
  • Avisar antecipadamente de potenciais ameaças à saúde pública
  • Monitorização de programas (específicos ou gerais de morbimortalidade)
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14
Q

Quais os atributos de um bom sistema de vigilância?

A

Estabilidade (sem falhas)
Sensibilidade (deteta todos possíveis casos)
VPP (casos identificados que cumprem critérios de doença)
Representatibilidade (representa população)
Aceitabilidade (fácil acesso e uso)
Qualidade
Validade
Flexibilidade

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15
Q

Define endemia

A

Presença constante e/ou prevalência de uma doença infeciosa numa população de uma área geográfica

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16
Q

Define hiperendemia

A

Níveis persistentes e elevados de uma doença infeciosa numa população de uma área geográfica

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17
Q

Define epidemia

A

Aumento do número de casos de uma doença infeciosa, superior ao esperado para a altura, numa área geográfica

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18
Q

Define pandemia

A

Epidemia que se espalhou para vários países e continentes, afetando um grande número de indivíduos

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19
Q

Define cluster

A

É uma agregação de casos, no local e no tempo, que se suspeita ser maior que o esperado, não se conhecendo a relação além do espaço e tempo

20
Q

Define reservatório

A

Animal, pessoa, artrópode, planta, ambiente, ou combinação destes, em que o agente infeccioso normalmente vive, do qual depende para sobreviver, e onde se multiplica de forma a ser transmissível a um hospedeiro suscetível

21
Q

Distingue vigilância ativa de passiva

A

Na vigilância ativa há a procura ativa de casos, é exigente em termos de recursos mas mais rápida. Enquanto a vigilância passiva depende das notificações por clínicos e laboratórios

21
Q

Distingue vigilância sentinela de vigilância exaustiva

A

Na vigilância sentinela são selecionados os notificadores, é feita em doenças muito frequentes ou pouco graves (ex: gripe)
Na vigilância exaustiva todos os clínicos notificam, é feita para doenças graves, com alta transmissibilidade ou que requerem uma rápida resposta (ex: dno)

22
Q

Quem teve dengue tem maior probabilidade de ter dengue grave?

A

Verdadeiro

22
Q

Que dno produz imunidade natural vitalícia?

A

Sarampo (polio só para o subtipo)

23
Q

O antrax é uma doença transmitida pessoa-a-pessoa e com tempo de incubação de horas a 7 dias?

A

Falso. O antrax é transmitido por exposição cutânea, inalação ou ingestão de esporos.
O tempo de incubação depende da forma de transmissão - varia entre 1 a 12 dias.

24
Q

Quais as doenças de evicção escolar?

A

Difteria, escarlatina ou outra por Streptococcus hematolítico do grupo A, febre tifóide e paratifóide, hepatite A, hepatite B, impetigo, doença meningocócica, parotidite epidémica, poliomielite, rubéola, sarampo, tinha, tosse convulsa, tuberculose pulmonar e varicela

25
Q

Em que doenças de evicção escolar a criança só pode regressar à escola após cura clínica?

A

Hepatite B doença aguda
Impetigo
Doença meningocócica
Tinha cutânea, pés, unhas

26
Q

Quando é que uma criança com sarampo pode regressar à escola?

A

após 4 dias início exantema

27
Q

Quando é que uma criança com rubéola pode regressar à escola?

A

após 7 dias início exantema

28
Q

Quando é que uma criança com varicela pode regressar à escola?

A

após 5 dias início erupção

29
Q

Quando é que uma criança com hepatite A pode regressar à escola?

A

7 dias após início da doença ou até ao desaparecimento de icterícia, se presente

30
Q

Quando é que uma criança com tosse convulsa pode regressar à escola?

A

5 dias após início de ATB
Se sem tratamento, após 21 dias estabelecimento acessos tosse paroxística

31
Q

Quando é que uma criança com escarlatina pode regressar à escola?

A

Após 24h do início de ATB
Se sem tratamento, após exsudado nasofaríngeo negativo

32
Q

Quando é que uma criança com difteria pode regressar à escola?

A

Após 2 exsudados nasofaríngeos negativos feitos 24h após término de ATB (e com 24h de intervalo entre análises)

33
Q

Quando é que uma criança com parotidite epidémica pode regressar à escola?

A

9 dias após aparecimento da tumefação glandular

33
Q

Quando é que uma criança com poliomielite pode regressar à escola?

A

Após desaparecimento de vírus nas fezes comprovado por análises

34
Q

Quando é que uma criança com tuberculose pulmonar pode regressar à escola?

A

Após apresentação declaração médica a comprovar ausência de risco de contágio com base no exame bacteriológico

35
Q

Define eventos de massas

A

Eventos que reunem mais de um determinado nº de pessoas para um fim específico, num determinado local e período de tempo definido

36
Q

Para que eventos se aplica a Norma 003/2023 de eventos de massas?

A

Lotação prevista superior a 1000 pessoas (recintos improvisados) ou 3000 pessoas (recintos fixos não dotados de lugares permanentes e reservados aos espetadores)

37
Q

Quais as áreas de intervenção da saúde em eventos de massas?

A
  • Proteção e promoção da saúde
  • Prestação de cuidados não-urgentes, urgentes e emergentes
  • Apoio especializado em domínios específicos (medicamento, comportamentos aditivos)
38
Q

Define toxinfeção alimentar

A

Situação de doença causada por agente infeccioso, químico ou tóxico causado por consumo de alimentos ou água

39
Q

Define toxinfeção alimentar coletiva

A

Toxinfeção alimentar que afeta 2 ou + pessoas e que se pensa ter origem comum
(exceção botulismo e químicos, basta 1 caso para ser considerado surto)

40
Q

Quais os passos da investigação de um surto?

A

Confirmação do surto, confirmação diagnóstico, definição de caso, procura ativa de casos, análise descritiva e formulação hipóteses, teste de hipóteses com epidemiologia analítica, conclusões, investigação adicional, comunicação, medidas de controlo

41
Q

Que fatores podem levar ao aparecimento de uma epidemia?

A
  • Aumento da virulência/patogenicidade do agente
  • Introdução do agente em ambiente em que nunca esteve
  • Mias indivíduos suscetíveis expostos (alteração modo de transmissão)
  • Aumento da suscetibilidade do hospedeiro
42
Q

Define taxa de ataque secundária

A

Nº contactos expostos que desenvolvem doença durante período de incubação após exposição a um caso primário

43
Q

Quais os passos do método epidemiológico (vig epidemiológica)?

A
  1. Contagem, observação e descrição dos casos (numerador)
  2. Relação dos casos com população em estudo (denominador)
  3. Cálculo de taxas
  4. Comparação da taxa com outros grupos ou populações
  5. Desenvolvimento de hipóteses
  6. Teste de hipóteses
  7. Inferências estatísticas
  8. Estudos experimentais
  9. Intervenção e avaliação
44
Q

Define vigilância epidemiológica

A

Processo sistemático e contínuo de exame detalhado de um fenómeno, através de métodos exequíveis, rápidos e uniformes. Objetivo é detetar alterações na distribuição e evolução de fenómenos em estudo, a fim de aplicar medidas de investigação e controlo.
1. Informação
2. Decisão
3. Ação