T4 - Patologia Infeciosa do Ouvido (2) Flashcards

1
Q

Otite Média serosa / Com Efusão Persistente?

A
    • Otopatia serosa (persistência de fluido) - se situação prolongada, pode se registar perda da acuidade auditiva e a diminuição do rendimento escolar.
    • No adulto, causa desconforto.
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2
Q

Etiologia multifatorial da Otite Média Aguda SEROMUCOSA (ou otite média aguda com derrame ou efusão – complicação de OMA) e Otite Média Crónica SEROMUCOSA?

A
  • Disfunção tubar (adenoides, alergia, carcinoma da nasofaringe)
  • Pós-otite média aguda (resolução da infeção, diminuição da febre e das dores, mantendo líquido dentro do ouvido - inflamação)
  • Variações súbitas de pressão (barotrauma)
  • Carácter sazonal (com melhoria no verão)
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3
Q

Sintomas de Otite Média com Efusão?

A

• Hipoacusia flutuante de transmissão
o Hipoacusia unilateral no adulto e bilateral na criança (a maioria é causada por hipertrofia das adenoides);
• Autofonia (sensação de ressonância da própria voz)
• Atraso na linguagem / aproveitamento escolar (na criança)
• Sem febre ou otalgia
• Sensação de plenitude auricular

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4
Q

Sinais de OMA com Efusão?

A
    • Retração Timpânica
    • Diminuição de brilho e transparencia
    • Reduçao da mobilidade
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5
Q

Tratamento médico/abordagem terapêutica de OMA com Efusão?

A
• Vigilância;
• Monitorização audiológica otoscópica;
• Higiene nasal;
• Manobras de Valsalva (encher balões/pastilhas elásticas – ajudam a abrir trompa de Eustáquio);
• Corticoides nasais? (questionável)– pode ajudar quando a inflamação é muito marcada.
• Contraindicados:
- Antibióticos
- Corticoides orais
- Vasoconstritores
- Anti-histamínicos
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6
Q

Cirurgia na OMA com Efusão?

A
  • Miringotomia com colocação de tubos de ventilação (constitui uma possível porta de entrada para infeções do ouvido médio)
  • Adenoidectomia (em crianças com menos de 4 anos e com causa identificada – hipertrofia das adenoides)
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7
Q

Mastoidite?

A
  • Quando a infeção não fica confinada ao ouvido médio, passando a envolver também o osso mastoideu
  • Constitui a complicação mais frequente das otites médias agudas
  • Edema retro-auricular é bastante frequente, empurrando o pavilhão auricular anteriormente;
  • Mais comum na criança (imaturidade mastoideia)
  • Agrava com osteíte
  • O diagnóstico é feito com base na clínica e na imagiologia (TC)
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8
Q

Tratamento e imagem de Mastoidite?

A
  • Drenagem por miringotomia;
  • Drenar abcesso;
  • Mastoidectomia -> Se sinais imagiologicos de osteomielite
  • Exige vigilância intra-hospitalar;
  • Antibioterapia sistémica com cefalosporinas de 3a geração (penetração BHE);
  • Analgesia;

Protusão da Orelha e Apagamento da placa ossea sigmoideia

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9
Q

Otite Média Aguda - Miringotomia - Indicações?

A
    • Dor intensa refrataria com abaulamento da membrana timpanica
    • Febre alta (>39º) com toxicidade sistemica
    • Recem-nascidos e imunodeprimidos
    • Persistencia de sintomas com antibioticos adequados
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10
Q

Otite Média Crónica SIMPLES (Supurativa)?

A
  • Infeção persistente do ouvido médio (duração superior a 3 meses) ou episódios de repetição
  • Perfuração timpânica
  • Poucos sintomas (sem dor porque não há membrana do tímpano), mas pode cursar com perda auditiva
  • Surdez de condução
  • Otorreia intermitente com cheiro fétido
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11
Q

Bacteriologia de OMCS?

A
  • Pseudomonas aeruginosa
  • Staphylococcus
  • Enterobacteriáceas
  • Difteroides
  • Streptococcus, a-haemolyticus
  • Anaeróbios
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12
Q

Tratamento de OMCS?

A
  • Aspiração de todos os detritos
  • Antibioterapia sistémica
  • Gotas otológicas (+/- corticoide) sem recurso a agentes ototóxicos, como a neomicina e a gentamicina; preferir ofloxacina ou flucloxacina (gotas constituem frequentemente acção entre antibiótico e corticoide)
  • Evicção de água

Cirurgia:

  • Timpanoplastia
  • Mastoidectomia
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13
Q

Otite Média Crónica COLESTEATOMATOSA?

A
  • Ocorre um repuxamento timpânico para o interior da caixa do tímpano (secundário a otite crónica)
  • Mais tarde, o epitélio estratificado pavimentoso no interior do ouvido médio complica com destruição de estruturas, nomeadamente estruturas ósseas

A pars flácida (porção mais superior do tímpano) constitui uma zona de fragilidade, sendo que as fibras da camada média do tímpano encontram-se dispostas de modo desorganizado
Assim, a pars flacida revela-se mais susceptível a variações de pressão, de tal modo que esta sofre um repuxamento aquando da presença de uma pressão negativa constante (secundária a otite crónica)

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14
Q

Bolsa de retração?

A

Invaginação da membrana timpânica para o interior do ouvido médio
À medida que o tímpano vai ficando mais fragilizado e retraído, o risco de bolsas aumenta

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15
Q

Sintomas e Sinais de OMC Colesteatomatosa?

A
    • Otorreia
    • Cheiro fétido
    • Surdez
    • Dor ligeira
    • Perfuração epitimpânica (sempre)
    • Aspiração de pus (otorreia)
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16
Q

Pólipo aural?

A
    • Raro
    • Proliferação benigna de tecido de granulação no ouvido médio em reposta a inflamação crónica, e caracteriza-se por manter a membrana timpânica íntegra
    • Surge geralmente em concomitância do colesteatoma e exigindo diagnóstico diferencial com rabdomiossarcoma na criança e tumores osteolíticos
17
Q

Tratamento de Colesteatoma?

A
  • -SEMPRE CIRUGICO
    • Objetivo:
  • Eliminar infeçao / otorreia fetida
  • Melhorar / conservar a audição
  • Prevenir complicações supurativas
    • Complementado com tratamento sintomático com AINEs e analgésicos
    • Baseia-se numa Meatoplastia com Mastoidectomia Radical
18
Q

Complicações otológicas das Otites Médicas?

A
    • Mastoidite
    • Labirintite
    • Paralisis Facial Periférica
    • Petrosite
19
Q

Complicações Intracranianas da Otite Média?

A
    • Tromboflebite do seio lateral
    • Meningite
    • Abcesso Extradural
    • Abcesso Subdural
    • Abcesso Cerebral
20
Q

Vias de propagação do processo infecioso?

A
  1. Direta
  2. Tromboflebite retrógrada
  3. Hematogénea

Aqueduto de Falópio - Canal do osso temporal onde passa o nervo facial.
Se ocorrer destruição do canal ósseo, pode ocorrer paralisia facial

Abcessos - ressonância magnética dá melhor informação em relação aos tecidos moles

21
Q

Sinais de Alerta para Abcesso numa OMC?

A
  • Cefaleias agudas incapacitantes
  • Otalgia que não resolve com tratamento médico (refratária)
  • Agudização de otorreia
  • Febre com duração superior a 4 dias
  • Paralisia facial periférica
  • Vertigem
  • Vómitos (pode estar associado a labirintite ou podem ser sinais de hipertensão intracraniana)
  • Alterações da consciência
22
Q

Conduta a seguir na suspeita de abcesso?

A
  1. Internar o doente
  2. Observação multidisciplinar (otorrinolaringologia, neurocirurgia, Infecto-Contagiosas, pediatria)
  3. Antibioterapia IV (que atravesse a barreira hemato-encefálica)
  4. Drenagem do abcesso
  5. Cirurgia otológica para remoção de foco primário