12- PANCREATITES Flashcards

(73 cards)

1
Q

VASCULARIZAÇÃO DO PÂNCREAS

A

o Dividir o órgão em dois segmentos: cabeça
(pancreatoduodenais anteriores e porteriores, inferiores e superiores) e corpo e calda (artérias esplênica – ramos perfurantes)
o Cirurgia da cabeça tem que tirar toda essa parte, pois desvasculariza
o Cirurgia da cauda e corpo não precisa retirar tudo, pois a vascularização consegue suprir

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2
Q

LOCALIZAÇÃO DO PÂNCREAS, ACESSO DELE

A

Pâncreas fica atrás do fígado, estômago e colo transverso => motivo pelo qual dificulta o acesso cirúrgico. É acessado junto a grande curvatura do estômago (grande omento), abrindo o ligamento gastrocólico, tendo acesso ao retroperitônio.

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3
Q

DOR VISCERAL

A

VAGA E INESPECÍFICA

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4
Q

DOR PERITONEAL

A

ESPECÍFICA E FÁCIL LOCALIZAÇÃO

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5
Q

Principal causa de pancreatite é….

A

BILIAR

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6
Q

O principal sintoma da PA (Pancreatite Aguda)

A

dor epigástrica, intensa, irradiada ao dorso – em faixa.

o Irradia para o dorso, pois o pâncreas é um órgão retroperitonial

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7
Q

CAUSAS DA PANCREATITE AGUDA

A

inflamação, hemorragia, íleo ou obstrução do ducto biliar por cálculos

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8
Q

CAUSA DA DOR DA PANCREATITE POR CÁLCULO

A

Distensão dos ductos (OBSTRUÇÃO) gera dor pelo estiramento, causa microrupturas que leva a edema e diminuição do fluxo sanguíneo levam a anoxia e alteração do Ph. (Ciclo vicioso)

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9
Q

LOCALIZAÇÃO INCOMUM DA DOR:

A

no QID atribuída a lesões do processo uncinado (pega inervação mais inferior)

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10
Q

DOR DA PANCREATITE CRÔNICA

A

É intensa, contínua, andar superior do abdome, mas não tão intensa quando PA.
Precipitada por abuso alimentar (gorduras) e álcool
Períodos de alívio

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11
Q

POSIÇÃO FATOR DE ALIVIO PARA A DOR

A

Melhora em posição genupeitoral (dor pela obstrução do ducto pancreático principal, nessa posição, diminui a compressão pelos outros órgãos, aliviando a dor)

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12
Q

OBJETIVO - da cirurgia

A
  1. Tratar as complicações
  2. Evitar as recidivas
    Para isso, é necessário Identificar a causa.
     Deve hiperhidratar o paciente.
     Deixar sem se alimentar por o menor tempo possível (de preferência enteral).
     Grave quando mais de um terço de área de necrose (não usar tto: há muita discussão).
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13
Q

Terapia de suporte:

1. Medicamentoso

A

(não existe remédio específico, mas consiste na analgesia e prevenção de fenômenos trombroembólicos.)

  • Hidratação é a única coisa que altera de forma significativa o desfecho final.
  • Não pode deixar o paciente desidratar!!! Hiperhidratar. Controlar a diurese: 0,5ml/kg/hora é bom; ou controle pela Pressão Venosa Central)
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14
Q

TERAPIA DE SUPORTE:

2- NUTRIÇÃO

A

Repouso pancreático > jejum para não estimular o pâncreas do paciente.
Porém, por longos períodos é deletério: deixar pelo menor tempo possível até estabilizar o paciente!! condições de realimentar VO. Jejum altera fisiologia do TGI, pode diminuir barreira e aumentar a translocação bacteriana.
Em casos graves: TNP.

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15
Q

TERAPIA DE SUPORTE:

3- PREVENÇÃO DE INFECÇÃO

A

não usar ATBC profilático, pois em geral, necrose é estéril.

Prevenir infecções.

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16
Q

CAUSAS DE PANCREATITE AGUDA

A

1- Principal causa é biliar (Pode trancar distender o esfíncter e melhorar, depois dor volta).
- 37% das colelitíases desenvolvem PA

o Principais fatores de risco é sexo masculino e microcálculos
o Cálculo fica impactado no esfíncter de oddi.

2- Álcool (30%)

3- Mais raramente:
o Hipertrigliceridemia;
o Hipercalcemia (pela ativação tripsinogênio)
o Drogas (pouco diagnosticada, necessita alto grau de suspeita, efeito direto da droga, reação de hipersensibilidade, hipertrigliceridemia colateral)

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17
Q

OUTRAS CAUSAS MAIS RARAS

A
  • Pós operatório (cirurgias do andar superior do abdome)
  • Pâncreas divisun (alteração anatômica, dificuldade na eliminação do suco pancreático)
  • CPER (Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada): realização da CPER é um fator de risco relativo e importante para desenvolvimento da pancreatite pela manipulação e possível trauma. Utilizada para diagnóstico em situações não rotineiras (EX: tumor de papila difícil de visualizar; punção de lesões junto ao duodeno…) Usada para tratamento de estenose de via biliar pancreática.
  • Trauma
  • Obstrução ducto pancreático (neoplasia, ascaridíase)
  • Infecciosas (caxumba, citomegalovírus, criptococo, micobactérias)
  • Vascular (periarterite nodosa, ateroembolismo, CEC)
  • Úlcera péptica perfurada
  • Idiopática
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18
Q

CÁLCULO NA VESÍCULA - RISCO DE PA BILIAR

A

PA Biliar – cálculo no vesícula – risco de PA e de Coledocolitiase –> quanto maior o cálculo menor o risco –> quanto menor o cálculo maior o risco –> cálculo é expelido da vesícula e passa pelos ductos e faz com que o liquido pancreático reflua e ative as enzimas no órgão

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19
Q

DIAGNÓSTICO PA BILIAR

A

Diagnóstico: USG > vesícula ou colédoco tem causa biliar. Eliminar essa possível fonte de novos episódios.

  • Realizar a colecistectomia vídeolaparoscópica na mesma internação (Não dar alta sem tto, pois recidiva)

o Na mesma internação – esperar o paciente ficar estável

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20
Q

Obrigatório descartar a presença….

A

de coledocolitíase para fazer a cirurgia – não podemos tirar a vesícula sem ver se existe cálculos nos ductos biliares

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21
Q

Fatores de risco para coledocolitíase:

A

o Pancreatite aguda
o Microcálculos ou lama biliar – essa lama são cálculos tão pequenos que formam um areia espessa que pode causar obstrução
o Elevação de enzimas canaliculares (FA, gama GT) – isso mostra que existe uma obstrução das vias biliares
o Dilatação de vias biliares – colédoco só dilata por obstrução
o História de icterícia – quer dizer que teve um cálculo que passou
 Calculo obstrui o colédoco e a papila incha e a dilatação decorrente faz com que o cálculo flutue e a bile passe e a icterícia que existia desaparece

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22
Q

DIAGNÓSTICO PADRÃO OURO PANCREATITE BILIAR:

A

COLANGIORRESSONÂNCIA MAGNÉTICA (PADRÃO OURO):

o Preciso, não invasivo, detalha muito bem a arvore pancreática.

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23
Q

 CPER (tratamento)

A

Se paciente tiver cálculo, retirar antes da cirurgia.

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24
Q

Colecistectomia vídeolaparoscópica ->

A

se precisar retirar os cálculos

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25
DEPOIS DA COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA FAZER DE NOVO...
CPER (fazer primeiro e depois colecistectomia vídeolaparoscópica), pois pode haver algum cálculo muito grande ou alteração anatômica que não seja possível retirar na CPER.
26
Colangiografia transoperatória:
quando não disponível CPER ou colangiorressonância, Colangiografia intraoperatória era feita, injetando contraste durante a cirurgia para ver se tem cálculo ou não.
27
Sinal da taça invertida:
calculo impactado na papila - Se esse for o caso, fazer: Coledocotomia (tira o cálculo e coloca um dreno de Kehr para evitar estenose) ou CPER pós op.
28
PRINCIPAL CAUSA DE PSEUDOCISTO
PANCREATITE AGUDA ALCOOLICA
29
PANCREATITE ALCOOLICA AGUDA E CRONICA:
Aguda: não causa obstrução, age direto no tecido pancreático Crônica: é causa por obstrução. PA Alcoolica, álcool age diretamente sobre o tecido pancreático e lesa. Na PC: o que causa é a estenose/obstrução. Geralmente evolui à forma crônica (a que mais evolui)
30
Pseudocisto (É uma doença benigna)
- Não tem capsula ao redor, é tecido pancreático fibrosado (ficou adelgasado). Pode se formar em qualquer lugar do pâncreas, geralmente corpo. - Coleção desenvolvida pelo extravasamento de suco pancreático. Álcool lesa diretamente os canalículos - Coleção pancreática que Persiste por mais de 4 a 6 semanas o Até 4 semanas é coleção pancreática aguda
31
PSEUDOCISTO: SINTOMATICO E TECIDO:
- Parede formada por tecido fibroso não epitelizado - Forma-se em qualquer lugar do pâncreas;  Ocasionalmente forma-se no tórax ou região inguinal. - Localizados na cauda do pâncreas são menos sintomáticos que do corpo e cabeça. - Pode causar Dor crônica persistente após PA (especialmente de origem alcoólica) e Hiperamilasemia persistente
32
CIRURGIA PARA PSEUDOCISTO?
Não é mais indicado a cirurgia precoce de pseudocisto – a maioria dos pseudocistos regridem em dois anos
33
EXAMES DE IMAGEM PARA VISUALIZAR E DIAGNOSTICAR PSEUDOCISTO:
Massa epigástrica que pode ser visualizada em: o TC de abdome o RNM detalha da anatomia ductal e é menos invasiva que a CPER
34
MÉTODO DIAGNÓSTICO DE MELHOR ACURÁCIA PARA LESÕES MENORES DE 2CM
- US endoscópico é o método diagnóstico de melhor acurácia para lesões menores de 2cm o US endoscópico permite punção das lesões suspeitas - Lembrar que US endoscópico só vê o que está em contato, ou seja, Pseudocisto em cauda não dá para ver, somente em corpo e cabeça
35
Diferenciar pseudocisto de neoplasia, QUANDO APARECE?
o Pseudocisto se forma após episódio de pancreatite | o Paciente que nunca teve pancreatite e aparece com um pseudocisto tem grande probabilidade de ser neoplasia
36
Cistos neoplásicos: | o Podem ser
- Mucinosos (cistoadenoma, neoplasias mucinosas intraductais) - Serosos (cistoadenoma seroso (transformação cística de neoplasia sólida)
37
o Alterações sugestivas de neoplasia no exame de imagem:
```  Múltiplos cistos  Microcistos com calcificação central  Multiloculações  Policistos irregulares  Massa sólida encapsulada ```
38
MARCADORES TUMORAIS PARA DIAGNÓSTICO
- CEA e CA 19.9: marcadores tumorais, se alterados falam a favor de neoplasia cística  Marcadores que se alteram em lesão de pâncreas e vias biliares - Pseudocisto + CEA e CA aumentantos = Neoplasia - Pseudocisto + CEA e CA normais= não exclui disgnóstico de Neoplasia
39
RESOLUÇÃO, TAMANHO E TEMPO DE EVOLUÇÃO
Maioria resolve-se espontaneamente!!! Doença benigna. - Tamanho e tempo de evolução são pobres preditores de evolução o Mas Quanto maior, mais provável tornar-se sintomático - Cirurgia precoce nos casos de aumento progressivo de volume
40
COMPLICAÇÕES DE PSEUDOCISTO
Complicações - faz cirurgia se tiver complicação o Hemorragia (pode sangrar para dentro de ele mesmo ou romper um vaso pancreático); o Infecção; o Ruptura;
41
DRENAGEM PERCUTÂNEA EM PSEUDOCISTOS
não deve ser feita, só faz em caso de risco cirúrgico muito alto e muita dor e em casos de suspeita de infecção – aspiração para cultura o Baixa resolutividade Raramente é feito. o Reservado para os casos de alto risco cirúrgico e muito sintomáticos. o Coleção líquida aguda (pós PA) infectada
42
TRATAMENTO DEFINITIVO: PSEUDOCISTOS
Drenagem endoscópica  Estabelece comunicação entre o pseudocisto e o estômago – fistula do pseudocisto para estomago ou duodeno  Drenagem cirúrgica permanece como principal tratamento  Pseudocistos complexos ou gigantes  Anormalidades ductais, estenoses
43
TIPOS DE CIRURGIA QUE SE PODE FAZER:
``` o Cistogastrostomia o Cistoduodenostomia o Cistojejunostomia em Y de Roux o Pancreatojejunostomia lateral o Ressecção (suspeita de neoplasia) o Cistogastrostomia o Videolaparoscópica ou laparotômica ```
44
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA PANCREATITE AGUDA: INDICAÇÃO
Indicada precoce nos casos de necrose pancreática infectada
45
DIAGNÓSTICO DE NECROSE PANCREATICA INFECTADA
o Presença de gás no retroperitônio (+ comprovatório de infecção) o SIRS com piora progressiva o Instabilidade hemodinâmica o Disfunção de órgãos e sistemas
46
TODA NECROSE PANCREATICA TEM QUE SER OPERADA?
Hoje a recomendação é de não operar a necrose pancreática, independentemente do tamanho, só intervêm-se se caso houver infecção!!
47
MANEJO Paciente com necrose pancreática
Necrose pancreática – infecção – dá ANTBC – melhora? o SIM: deixa com a necrose que isso vai cicatrizar o NÃO: faz o debridamento – necrosectomia NAO USA PROFILÁTICO
48
Necrosectomia via videolaparoscópica ou laparotômica
o Necrosectomia não melhora em nada o paciente. Somente nos casos de necrose infectada confirmada!! o Risco grande de lesão em vasos e canaliculos – procedimento com bastante risco o Complicação: Síndrome Compartimental (Hipertensão abdominal) – edema e distenção dos órgão intestinais que acaba impossibilitando o fechamento da laparotomia
49
NECROSE PANCREATICA
 Necrose pancreática estéril tratada conservadoramente  Somente intervir se evolução desfavorável o Tentando drenar se possível ou fazendo necrosectomia  Manter tratamento conservador por no mínimo 3- 4 semanas – tentar postergar o máximo possível a cirurgia o Após 3 a 4 semanas ocorre uma organização da inflamação e se consegue delimitar melhor o que é pancreas sadio e o que é doente
50
Síndrome compartimental abdominal
complicação de necrose grave e necrosectomia. Fazer Drenagem do abdome e considerar irrigação contínua
51
CONSIDERAÇÕES NA P.A CIRURGIA
o Cirurgia é o último passo o Se conseguir primeiro deve-se drenar o Se precisar de cirurgia fazer laparoscópica e última opção laparotômica o Peritoniostomia não é mais indicada a não ser que não consiga fechar  Sabe-se que a maioria das infecções tem relação com fungos – importante fazer prevenção Fúngica
52
PANCREATITE CRÔNICA E CIRURGIA
 Insuficiência endócrina e exócrina - A que mais fica evidente é a exócrina  Maioria dos casos alcoólica (80-95%)
53
MAIORIA DAS CAUSAS CRONICAS E OUTRAS CAUSAS
1- ALCOOLICA ```  Outras causas: o Hereditária o Metabólicas (hiperparatireoidismo, hiperlipidemia) o Autoimune, linfoplasmocitária o Tropical o Idiopática o Relacionada a defeitos anatômicos:  Obstrutiva  Pâncreas divisum | Pâncreas anular (pâncreas abraça todo o duodeno)  Cisto de colédoco ``` POSSIVEL FATOR GENETICO ENVOLVIDO POIS NEM TODOS ETILISTAS DESENVOLVEM
54
% DE ETILISTAS CRONICOS QUE DESENVOLVEM PANCREATITE CRONICA
10%
55
Característica histológica:
 Fibrose  Deposição de rolhas proteicas na luz dos ductos  Pode calcificar e formar cálculos e calcificações  Dilatações císticas ou cistos de retenção  Dilatação bem característica Wirsung em “contas de rosário”
56
EPIDEMIOLOGIA, SINTOMAS E DOR, DESENCADEAMENTO
 Principalmente homens jovens  Sintoma mais característico e dor epigástrica crônica – dor epigástrica crônica com episódios de exacerbação  Frequentemente de forte intensidade  Irradia ao dorso e alivia com posição genupeitoral  Desencadeada por ingesta de alimentos gordurosos e álcool Emagrecimento está presente na maioria dos casos
57
Pode ocorrer:
o Icterícia por obstrução do colédoco o Ascite pancreática o Derrames cavitários  O normal é dor e Esteatorreia
58
AMILASE E LIPASE PARA DIAGNOSTICO DE P. CRONICA
 Níveis normais de amilase ou lipase não descartam o diagnóstico, mas também, níveis alterados não indicam gravidade  Diabetes ou teste de tolerância a glicose positivo  Teste de Sudam III confirma a esteatorréia]  Pancreatite aguda: aumento amilase/ lipase (3X o limite superior da normalidade) = NÃO tem relação com a gravidade.
59
DIAGNÓSTICO DE PANCREATITE CRONICA
 Através de Alterações morfológicas do pâncreas nos exames de imagem  Alterações endócrina, exócrina ou ambas  IMPORTANTE: Descartar câncer de pâncreas: quadro clínico pode ser semelhante, mas a evolução é muito mais rápida.
60
EXAMES PANCREATITE CRONICA
 TC de abdome é o exame mais utilizado: o Wirsung em conta de rosário ou dilatado >4mm o Parênquima heterogêneo o Cistos > 10mm o Calcificações o Volume pancreático maior que 2X o normal – geralmente aumentado em um primeiro momento e depois diminui  RNM  CPER – desobstruir algum calculo  US endoscópico  Câncer evolução mais rápida que pancreatite crônica.
61
TRATAMENTO PANCREATITE CRONICA
 Eminentemente clínico. |  MEV: abstinência alcoólica ou de qualquer droga que lese o pâncreas, tratar DM se presente, alimentação mais saudável
62
A LONGO PRAZO QUANTOS % PRECISARÃO DE CIRURGIA?
A longo prazo 50% necessitará de cirurgia  Principalmente por dor refratária o Causada pelo aumento da pressão intraductal e parenquimatosa o Fibrose levando a estenose isolada ou múltiplas o Isquemia o Pseudocistos o Alterações dos nervos pancreáticos  Pacientes mais novos geralmente evoluem para cirurgia para aliviar a dor.
63
Inicialmente as cirurgias eram voltadas a
DESCOMPRESSÃO DUCTAL
64
pancreatojejunostomia longitudinal à Partington e Rochelle (1909)
Abre o pâncreas longitudinalmente e anastomosa uma alça de delgado ali
65
TRATAMENTO CIRÚRGICO SE BASEIA EM...
ELIMINAR O QUE CAUSA A DOR Se não consegue fazer a cirurgia e o paciente tem muita dor, dá pra fazer infiltração de álcool ao redor do pâncreas para destruir os nervos e diminuir a sensibilidade dolorosa, mas não resolve os outros sintomas
66
PRIMEIRAMENTE Foi tentada a: (técnica padrão para CX de TU de Cabeça de pâncreas) Duodenopancreatectomia à Whipple
 A longo prazo a morbidade aumenta  Preservação do piloro mantém níveis de gastrina e trofismo pancreático  Associado a anastomose longitudinal lateral melhora os resultados. Morbidade alta.  Com mais morbidade. o Retira o piloro e todo o duodeno, junto com a cabeça do pâncreas
67
Duodenopancreatectomia à Puestow
 Uma das mais utilizadas, mas não a melhor  Sem ressecção pancreática;  Preserva colédoco e duodeno  Anastomose pancreatojejunal no Wirsung  Pode manter dor por microbstruções em cabeça pancreática  Abre da calda a cabeça, só não abre processo uncinado  Cirurgia de pâncreas: quanto mais doente o pâncreas, mais fácil a cirurgia – órgão friável e doente ele fica endurecido e edemaciado, assim consegue-se ancorar o pâncreas
68
Duodenopancreatectomia à Duval
 Pancreatectomia distal; - obstrução mais distal  Preserva colédoco e duodeno  Anastomose pancreatojejunal distal no Wirsung  Frequentemente fracassa por manter obstruções proximais  Tira cauda do pâncreas! Problema que continua com as obstruções.  Não é utilizada de rotina
69
Duodenopancreatectomia à Beger
 Ressecção cefálica com preservação do duodeno  Preserva colédoco e papila duodenal  Morbidade muito alta  Tira cabeça e processo uncinado do pâncreas, anastomosa uma alça de delgado no que restou – tem duas anastomose e uma ressecção da cabeça e isso aumenta muito o risco do procedimento
70
Duodenopancreatectomia à Frey e Smith
– hoje considerada a melhor  Ressecção cefálica não anatômica (núcleo) com preservação do duodeno  Preserva colédoco e papila duodenal  Anastomose pancreatojejunal no restante do Wirsung  Melhor resultado a longo prazo. o Abre todo o trajeto do ducto pancreático e resseca a cabeça (pode lesar o colédoco nisso) o Execução mais difícil que a de Puestow
71
Pancreatite crônica e cirurgia – o que foi observado:
 A preservação do duodeno alivia de forma duradoura a dor  Mantém a função pancreática  Melhora a qualidade de vida  Estudos compararam a técnica de Frey e de Berger e são igualmente eficazes  Morbidade operatória menor na técnica de Frey  Melhor técnica para alivio da dor e resolução dos sintomas é técnica de Frey, mas a mais utilizada é Puestow  Neurólise do plexo celíaco por alcoolização
72
MELHRO TECNICA PARA ALIVIO DA DOR E RESOLUÇÃO DOS SINTOMAS
FREY
73
TÉCNITA MAIS UTILIZADA
PUESTOW