20- NEOPLASIAS DE VIAS BILIARES Flashcards

1
Q

Introdução

A
  • Adenocarcinoma de vesícula biliar e colangiocarcinoma são as mais comuns  mas são neoplasias raras.
  • Trata-se de neoplasias distintas e com comportamento e tratamento diferentes (vesícula, cístico ou
  • Mesmo o colangiocarcinoma (ducto principal ) distal ou proximal ao fígado conferem tratamentos diferentes
  • Ca de vias biliares  diagnosticado em estados avaçados  mau prognostico
  • Atinge figado, duodeno por contiguidade
  • Tratamento cirúrgico complicado e com alta morbidade
  • Vesícula Biliar  Intimo contato com fígado (revestida pelo peritônio)
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2
Q

CÂNCER DE VESÍCULA BILIAR

A
  • Considerado muitas vezes doença intratável.
  • Sintomático somente quando em estádios avançados.
  • Precocemente atinge o fígado e órgãos próximos – por contiguidade.
  • Tratamento cirúrgico difícil.
  • Mais comum em mulheres.
  • Considerado o mais letal câncer entre as mulheres.
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3
Q

CÂNCER DE VESÍCULA BILIAR

Diversos Fatores Etiológicos:

A
  1. Presença de litíase (80% dos casos; a presença de cálculo aumenta em 7X o risco)  quanto maior o tempo de cálculo na vesícula, maior a chance de desenvolver;
  2. Particularmente de colesterol  colesterol se infiltra na muscosa e altera as celulas;
  3. Vesícula em porcelana (calcificação da parede da vesícula - relacionada com câncer em 20% dos casos);
  4. Idade – quanto mais velho e mais tempo de colecistilitiase maior chance; Muito raro em pacientes jovens.
  5. Ducto bilio-pancreático anômalo; (por ativar a secreção pancreática dentro da via biliar)
  6. Metabólitos produzidos por infecção bacteriana (ppte Salmonella typhi);
  7. RCUlcerativa com colangite esclerosante;
  8. Hormônios sexuais;
  9. Irradiação;
  10. Exposição a produtos químicos;
  11. Adenoma e adenomiose da vesícula biliar. (Importante nos pólipos de vesícula biliar, potencialmente malignos);
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4
Q
  • PÓLIPOS DE VESÍCULA BILIAR
  • Diagnosticados cada vez mais frequentemente em US abdominal de rotina
    PODEM SER
A
  1. Adenocarcinoma;
  2. Adenoma (pré neoplásico): potencial de degeneração maligna;
  3. Pseudotumores (pólipos inflamatórios – pólipo reacional a um processo inflamatorio, colesterolose – acumulo de colesterol que ainda não deu tempo de formar calculo): benigno e extremamente comum;
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5
Q
  • O tamanho é importante diferencial
A

10mm - até 1 cm (ponto de corte), dificilmente são malignos.

- Crescimento rápido  maior chance de malignização. Fazer acompanhamento mais restrito!

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6
Q
  • Em acompanhamento por 15 anos, Moriguchi et al., de pólipos de vesícula:
    • 12% aumentaram de tamanho;
    • 84% permaneceram estáveis;
    • 4% regrediram;
A
  • Na grande maioria dos pacientes o pólipo não incomoda, mas em pacientes em que esse pólipo aumenta de tamanho pode estar relacionado a colesteronoma ou um adenoma.
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7
Q

Sem Cálculo

A
  • Pólio menor que 10mm acompanha a cada 3-6 meses; (Inicialmente, se estável depois anualmente - se não tiver crescimento).
  • Se crescimento rápido ou maior que 10mm  Realizar colecistectomia convencional (técnica laparotomica, não é por vídeo) – suspeita de neoplasia. (porque pode estar diante a um câncer de vesícula, e CA de vesícula contraindicam cirurgia laparoscópica).
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8
Q

Com Cálculo > VAI OPERAR!

A
  • Pólipo menor que 10mm realizar colecistectomia videolaparoscópica; (presença de cálculo está relacionado a presença de CA)
  • Pólipo maior que 10mm realizar colecistectomia convencional;
    Quando passa de 1 cm auamenta muito a chance de ser um adenocarcinoma > operar por vídeo uma neoplasia pode disseminar célula neoplásica para os portais!
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9
Q

Continuação de CA de Vesícula Biliar:

A
  • US endoscópico (bom para lesões com contato com duodeno) – indica infiltração, espessura da parede e TC são os métodos de imagem mais sensíveis
  • Os melhores resultados no tratamento estão relacionados aos estádios mais precoces e aos descobertos incidentalmente após colecistectomias; (pacientes que foram para cirurgia por uma colelitíase sintomática e no anatomopatológico foi demonstrado um adenocarcinoma).
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10
Q

Quadro Clínico e Diagnóstico: CA DE VESICULA BILIAR

A
  • Quadro clínico inespecífico. (sintomas são mais relacionados ao cálculo, quando presente)
  • Colecistite aguda. (pode crescer e obstruir infundíbulo ou invadir artéria cística e gerar processo inflamatório).
  • Colecistite crônica calculosa.
  • Icterícia obstrutiva por tumor maligno de vias biliares.
  • Cólica biliar. (Mesmo sem cálculo, pois o TU pode estar invadindo o infundíbulo)
  • Emagrecimento.
  • Anemia.
    Sintomas difíceis de diferenciar de colelitíase e coledocolitíase.
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11
Q

Ao US ou TC de abdome (sugerem neoplasia de vesícula)

A
  • Massa sólida;
  • Irregular;
  • Aderida a parede;
  • Espessamento difuso da parede da vesícula biliar

Obs: cálculo faz sombra acústica, pólipo não faz sombra acústica. (US diferencia pólipo de calculo)

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12
Q

US DIFERENCIANDO PÓLIPO DE CÁLCULO

A

cálculo faz sombra acústica, pólipo não faz sombra acústica. (US diferencia pólipo de calculo)

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13
Q

Tratamento Cirúrgico

A
  • Colangiocarcinoma é um tumor MUITO agressivo.
  • De maneira global os resultados são ruins. (pacientes diagnosticados mais tardiamente)
  • Cerca de 25% dos pacientes são ressecados o tumor de maneira curativa. (muitos dos pacientes são encaminhados para a cirurgia mas não se consegue uma terapia curativa)
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14
Q
  • Em suspeita de câncer de vesícula a Colecistectomia vídeolaparoscópica não é indicada pelo risco de:
A
  1. Carcinomatose peritoneal;
  2. Implantes nos orifícios dos trocartes;
  3. Maior possibilidade de implante local por perfuração da vesícula;
  • *Em suspeita de câncer de vesícula faz colecistectomia convencional.
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15
Q
  • Tumor precoce, até a lâmina própria ou muscular (T1a ou T1b):
A

Realizar colecistectomia, pode ser laparoscopica.

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16
Q
  • Tumor T2 ou T3 (sem invasão de veia porta ou artéria hepática - não T4):
A

Colecistectomia convencional + ressecção hepática do leito hepático (hepatectomia em cunha) + linfadenectomia com ou sem ressecção da via biliar (do colédoco – geralmente é feita a ressecção da via biliar, mesmo que não haja comprometimento do colédoco, porque torna o acesso aos linfonodos regionais que estão atrás do colédoco mais facil).

17
Q

TUMOR T4

A

TTO PALIATIVO

18
Q
  • Após colecistectomia faz ressecção do fígado que estava em contato com a vesícula. Secção do hepático comum e do colédoco, e resseca todo o tecido linfonodal que está por trás. Fecha-se o colédoco distal com pontos e faz uma hepático-jejuno anastomose em Y de Roux.
A

Única cirurgia que pode prolongar a sobrevida e aumenta a chance de cura. A simples ressecção da vesícula, mesmo que saia todo o tumor, não é garantia de cura porque podem ter linfonodos comprometidos na região de colodeco e invasão de leito hepático.

19
Q

CÂNCER DAS VIAS BILIARES

A
  • Colangiocarcinoma é de difícil diagnóstico (diagnóstico precoce é difícil): alta mortalidade e sua incidência vem diminuindo, mas o motivo é desconhecido.
  • Mais de 90% são adenocarcinomas, chamados de colangiocarcinomas.
  • 60-70% estão localizados na confluência dos ductos hepáticos direito e esquerdo (tumor de Klatskin).
  • 20-30% colédoco distal.
  • 5-10% intra-hepáticos - trata com hepatectomia.
20
Q

CÂNCER DAS VIAS BILIARES

ETIOLOGIA

A
  • Fatores de risco mais conhecidos:
    1. Inflamação crônica do epitélio biliar;
    2. Colangite esclerosante primária (8-40% dos pacientes desenvolvem);
    3. Infecções parasitárias (Opisthorcis viverrini e Clonorchis sinensis);
    4. Cistos de colédoco (12-15%); - Indicação de cirurgia (se não for paciente idoso com comorbidades pela chance de desenvolver câncer de via biliar)
    5. Litíase intra-hepática primária;
    6. Hepatite viral;
21
Q

Quadro Clínico – Sintomas de colestase

A
  • Icterícia progressiva;
  • Colúria;
  • Acolia;
  • Prurido;
  • Anorexia, emagrecimento; *Variável
  • Dor eventual;
  • Hepatomegalia;
  • Febre; *Associado a neoplasia ou colangite
  • Nos tumores de colédoco distal, ocorre obstrução do colédoco tornando a vesícula palpável (Sinal de Courvusier Terier) – bile não consegue chegar ao duodeno e distende a vesícula. Começa a se encher e se distender.
22
Q

Diagnóstico

A
  • Hiperbilirrubinemia direta.
  • Elevação de transaminases (200 ou mais – mas não tão elevadas como na hepatite).
  • Fosfatase alcalina e gama GT muito elevadas (pela colestase e pelo tumor).
  • CEA geralmente normal. *Porém pode se alterar
  • Alfa fetoproteína normal. *Não se altera pois a neoplasia não tem nada a ver com epitélio hepático – se altera em carcinoma hepatocelular.
  • CA 19.9 ou CA 50 podem elevar-se, mas são dependentes da obstrução biliar e regridem com a drenagem.
  • Pacientes com icterícia obstrutiva, faz colangioressonancia onde é vista uma massa na via biliar, e um CA 19-9 aumentado já se tem praticamente o diagnostico da neoplasia de via biliar (ou até de pâncreas) – tratamento é o mesmo.
  • Exames de imagem indicados para diagnóstico, estadiamento de programação cirúrgica.
  • TC de abdome com contraste.
  • RNM: colangiorressonância é o melhor método, consegue identificar canalículos de fino calibre.
23
Q

Classificações para programar a cirurgia:

1. Classificação de Bismuth

A
  • Tipo 1: tumor de via biliar proximal
  • Tipo 2: tumor de confluências
  • Tipo 3a: tumor que predomina no hepático direito
  • Tipo 3b: tumor que predomina no hepático esquerdo
  • Tipo 4: tumor intra e extra hepático
24
Q
  1. Classificação de Longmir:
A

• Terço Proximal (vermelha): tumores nos canais hepáticos direito e esquerdo, bifurcação e hepático comum; também chamados tumores hilares.
• Terço Médio (verde): colédoco até a borda do pâncreas.
• Terço Distal (laranja): colédoco intrapancreático, exceto papila (provenientes do epitélio do duodenal). Mesmo tratamento para neoplasia de cabeça de pâncreas. Faz reconstrução com Y de Roux.
• Difusos ou Multicêntricos: atinge mais de duas regiões, não são passiveis de ressecção.
- Cores da foto do slide dele.

25
Q

Tratamento:

A
  • Tratamento paliativo tem péssimo prognóstico.
  • Ressecção radical (margens livres e esvaziamento ganglionar) é o único tratamento que oferece possibilidade de sobrevida longa. Cirurgia é praticamente a mesma do câncer de vesícula.
  • A sobrevida a longo prazo é altamente dependente do estádio da doença na internação e quando a exérese cirúrgica obtém margens livres da doença.

Se estiver na porção intra pancreático -> tratamos como um tumor de cabeça de pâncreas. Duodenopancreatectomia.
Se estiver intra hepático -> trata como um hepatocarcinoma.
Se estiver extra -> trata com ressecção.