Incontinência Urinária Flashcards

1
Q

O que é a incontinência urinária?

A

É a perda involuntária de urina objetivamente demonstrável (ICS).

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2
Q

O que é essencial ao diagnóstico da Incontinência Urinária?

A

Uma anamnese contendo dados bem colhidos (a exemplo de Idade, raça, sintomas urinários, número de gestações e partos, cesarianas ou normais, traumas ou cirurgias pélvicas, doenças sistêmicas e neurológicas, medicamentos em uso, etc.) e um exame físico bem feito.

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3
Q

Qual a classificação da Incontinência Urinária?

A
  1. Incontinência urinária de esforço (IUE): uma vez que existem diversos graus de esforço, a incontinência é graduada em leve, moderada e severa.
  2. Incontinência urinária de urgência (IUU): sendo aquela que ocorre por contrações involuntárias do detrusor da bexiga, ou seja, sem a vontade da paciente.
  3. Incontinência urinária mista: associação de ambas.
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4
Q

Qual o fator que leva a uma frequência maior da incontinência urinária nas mulheres?

A

O tamanho da uretra, já que é órgão responsável por reter a urina.

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5
Q

Existem drogas que produzem um efeito sobre o trato urinário inferior?

A

Sim, a exemplo de álcool, cafeína, IECA, opioides, entre outras.

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6
Q

Quais são os fatores predisponentes da incontinência urinária feminina?

A

Idade, sexo, genética, raça, condição neurológica, condição anatômica e status do colágeno.

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7
Q

Quais são os fatores desencadeantes da incontinência urinária feminina?

A

Paridade (já que a gravidez produz um estresse grande para o períneo, portanto o alto número de gestações aumenta o risco da paciente ter incontinência urinária no futuro e, durante a própria gestação é comum de isto acontecer, principalmente aos esforços); cirurgias, lesões de nervo pélvico ou muscular (que podem ocorrer em virtude de traumas) e radiação.

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8
Q

Quais são os fatores promotores (aqueles que podemos modificar) da incontinência urinária feminina?

A

Disfunção intestinal, irritantes dietéticos, tipo de atividade, obesidade, menopausa, infecção, medicamentos, doença pulmonar e doença psiquiátrica.

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9
Q

Quais são os fatores transitórios e reversíveis da incontinência urinária feminina?

A

Infecção, vaginite atrófica (a falta de estrogênio leva a atrofia da musculatura, diminuindo os mecanismos de continência), ação medicamentosa, poliúria, imobilidade e constipação.

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10
Q

Qual a segunda principal causa de incontinência urinária feminina?

A

A incontinência urinária de urgência.

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11
Q

Qual o tipo de bexiga da incontinência urinária feminina?

A

Bexiga hiperativa ou hiperatividade detrusora.

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12
Q

O que é a incontinência urinária de urgência?

A

É definida enquanto a presença de contrações involuntárias do músculo detrusor da bexiga, durante a fase de enchimento (quando a urina está entrando na bexiga).

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13
Q

Qual o principal sintoma da incontinência urinária de urgência?

A

A urgência miccional, que é o desejo súbito de ir ao banheiro para urinar.

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14
Q

Quais os sintomas presentes na incontinência urinária de urgência?

A
  1. O aumento da frequência miccional: uma pessoa em condições normais possui um intervalo de 4/4h, e um dos sintomas aqui indica a ida ao banheiro em mais do que 7 vezes.
  2. Noctúria, que é acordar a noite para urinar (ao menos 2x, para ser considerado patológico)
  3. Enurese, que é o esvaziamento completo involuntário da bexiga.
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15
Q

Qual o tipo mais frequente de incontinência urinária feminina?

A

A incontinência urinária de esforço, que pode ser definida como um sintoma, sinal e uma condição urodinâmica.

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16
Q

Quais o principal sintoma da incontinência urinária de esforço?

A

Perda involuntária de urina, sincrônica aos esforços (como tosse, espirro, exercício físico e mudança de posição).

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17
Q

Quais o principal sinal apresentado no exame físico de uma paciente com incontinência urinária de esforço?

A

Perda involuntária, através do óstio uretral externo (observada após esforço).

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18
Q

Qual a principal condição urodinâmica apresentada por uma paciente com incontinência urinária de esforço?

A

A perda involuntária de urina, pelo meato externo uretral (que ocorre quando a pressão intravesical excede a pressão máxima de fechamento uretral, através de algum esforço, na ausência de atividade de detrusor).

19
Q

O que é a bexiga e qual sua função?

A

É um órgão oco, revestido por epitélio de células transicionais em paredes de três camadas de músculo liso denominado detrusor; com a função de armazenar e liberar a urina voluntariamente.

20
Q

Quais as camadas histológicas da uretra?

A

De dentro pra fora:
1. Mucosa
2. Plexo venoso
3. M. Lisa
4. M. estriada

21
Q

Quais as camadas histológicas da uretra?

A

De dentro pra fora:
1. Mucosa
2. Plexo venoso
3. M. Lisa
4. M. estriada

22
Q

Qual a fisiologia da micção?

A

Quando aumenta a pressão intravesical, temos o concomitante aumento da pressão uretral.

23
Q

Quais os dois principais mecanismos de fisiopatologia da incontinência urinária de esforço?

A

A) Hipermobilidade do colo vesical (um comprometimento do suporte anatômico, em que há um descenso e uma rotação do colo vesical e da uretra proximal com o aumento da pressão intra-abdominal durante o esforço) - ocorre por existir um defeito no suporte da bexiga e da uretra, que quando ocorre um esforço, há uma mobilização do colo vesical e uma não sustentação da musculatura estriada.

B) Defeito esfincteriano intrínseco (que representa uma incapacidade do complexo esfincteriano em manter a continência, resultando em abertura do colo vesical e de perda urinária com o aumento da pressão intra-abdominal) - em virtude de um defeito da musculatura lisa e do plexo venoso.

24
Q

Quais os fatores de etiopatogenia da incontinência urinária?

A
  1. Parto normal
  2. Obesidade - aumento da pressão abdominal
  3. Tabagismo – pigarro, tosse crônica, diminui o estrogênio
  4. Hipoestrogenismo
  5. Fator constitucional
  6. Traumatismos pélvicos
  7. Cirurgias em torno do colo vesical
  8. Cirurgias pélvicas radicais
  9. Constipação
  10. Doenças sistêmicas
  11. Doenças neurológicas: o controle da micção tem vários níveis neurológicos,
    temos um centro da micção na região do sacro, responsável por receber as fibras dos nervos pélvicos (SNA) e também por levar o impulso da micção até o
    córtex.
25
Q

Quais os aspectos do diagnóstico clínico?

A

A) Anamnese
B) Um diário miccional: que é uma anotação diária da ingestão hídrica, frequência e volume das micções, necessidade e número de proteções higiênicas, momentos de perda, entre outras. Feito em torno de 3 dias.
C) Exame físico (inspeção estática e dinâmica do períneo):
1. Visão direta da saída de urina pelo meato uretral
2. Presença de distopias
3. Trofismo perineal
4. Avaliação da mobilidade do colo vesical - TESTE DO COTONETE.

26
Q

Como é feito o testo do cotonete no exame físico ginecológico para a incontinência urinária?

A

Introdução de um cotonete embebido em anestésico na uretra até a junção uretrovesical e a observação do ângulo que forma com a horizontal, tanto na inspeção
estática (repouso), quanto dinâmica (esforço). Uma variação > que 30 graus entre a inspeção estática e dinâmica (manobra de tosse da paciente ou Valsalva), revela defeito no suporte anatômico – hipermobilidade.
Na prática não faz muita diferença porque pode gerar falso positivo e negativo.

OBS.: A Manobra de Valsava é realizada preferencialmente na posição em pé.

27
Q

Quais os exames propedêuticos realizados em pacientes com suspeita de incontinência urinária?

A
  1. Sedimento urinário e urocultura (afastar infecção urinária, pois pode ser causa dos sintomas da incontinência).
  2. Teste do absorvente (pad-test) – geralmente quando não consegue observar a perda de urina ao exame físico.
  3. Ultrassonografia do colo vesical.
  4. Estudo Urodinâmico (padrão ouro).
28
Q

Qual o procedimento de Estudo Urodinâmico (que é padrão-ouro) para pacientes em suspeita de incontinência urinária?

A

A inserção de um cateter bem fino na uretra da paciente e, também no ânus, um outro transdutor para fazer medida da pressão intra-abdominal.

29
Q

Quais as indicações de Estudo Urodinâmico para pacientes em suspeita de incontinência urinária?

A
  1. Antes de qualquer tratamento cirúrgico da IUE
  2. Insucesso em cirurgia prévia (hoje em dia, antes da cirurgia, é indicado a realização desse estudo) – pacientes com incontinência mista, porque a de urgência não possui tratamento cirúrgico, é farmacológico.
    Logo, algumas pacientes podem operar mas mesmo assim continuar incontinentes, devido aos dois mecanismos.
  3. Insucesso no tratamento conservador
  4. Doença neurológica
  5. Dúvida diagnóstica
  6. Segurança médico-legal
30
Q

Quais são os tópicos do teste urodinâmico existentes para aplicação em pacientes com suspeita de incontinência urinária?

A

A) CISTOMETRIA- estudo da relação entre volume e pressão vesical no momento do enchimento, é a principal fase do exame. Além de perceber a pressão de perda podemos analisar as contrações involuntárias do detrusor.
É a principal avaliação no exame de incontinência.

B) UROFLUXOMETRIA- avalia a habilidade ao urinar (fase de esvaziamento) ou a função do esvaziamento.

C) ELETROMIOGRAFIA- mostra a integridade da uretra, da musculatura

D) PERFIL PRESSÓRICO - que é a medição da pressão uretral da paciente (entretanto, não é relevante ao diagnóstico).

31
Q

Qual a interpretação do teste urodinâmico feito em pacientes com suspeita de incontinência urinária?

A

A) No enchimento - após 200 ml e manobra de valsalva a pressão vesical é aferida na perda.
B) Quando o valor é menor que 60 cmH2O para perda – Defeito esfincteriano intrínseco.
C) Quando o valor é maior que 90cmH2O para perda – Hipermobilidade do colo vesical.

OBS.: Observar perda no enchimento - contrações involuntárias bexiga hiperativa P=V/A.

32
Q

Qual a classificação da ureovideodinâmica, segundos os critérios clínicos de Blaivas e Olsson?

A

Tipo 0: Apesar da queixa típica de IUE, não se consegue observar a perda de urina durante o exame físico ou urodinâmico.

Tipo I: O colo vesical permanece fechado e acima da borda inferior da sínfise púbica. Abre-se, aos esforços e sua descida é menor que 2 cm da posição no repouso e há perda sincrônica de urina.

Tipo II: semelhante ao tipo I, mas durante o esforço, o colo vesical desce mais que 2 cm, abaixo da sínfise púbica.

Tipo III: O colo vesical e uretra proximal estão permanentemente abertos mesmo no repouso, sugerindo haver lesão esfincteriana.

OBS.: DEI – defeito esfincteriano intrínseco.

33
Q

Quais os aspectos do tratamento clínico da incontinência urinária feminina?

A
  1. Orientação sobre hábito urinário e ingesta hídrica (ingesta adequada de água).
  2. Exercícios perineais (Kegel) – contrair a musculatura vaginal.
  3. Eletroestimulação.
  4. Cones vaginais - objeto introduzido na vagina com pesos variáveis e a paciente tem que manter dentro da vagina, serve de exercício na fisioterapia.
  5. Medicamentos- anti-colinérgicos (uma vez que o parassimpático leva contração do detrusor com consequente eliminação da urina, porém os fármacos inibidores colinérgicos não são seletivos - tendo efeitos colaterais como xerostomia e constipação intestinal. OBS.: Contraindicados em paciente que tem glaucoma e algumas doenças cardíacas), ADT, inibidores da MAO. Todos para incontinência urinária de urgência.
  6. Dispositivos de oclusão uretral- pouco utilizado, pois aumenta risco de ITU.
  7. Melhora do trofismo vaginal – prescrição de estrogênio. Adjuvante a fisioterapia pélvica.
34
Q

O que é feito no tratamento clínico para melhora do trofismo vaginal?

A

A prescrição de estrogênio, que é adjuvante a fisioterapia pélvica.

35
Q

Qual a principal terapêutica da incontinência urinária de esforço?

A

O tratamento cirúrgico.

36
Q

O tratamento cirúrgico é a principal terapêutica de qual tipo de incontinência urinária?

A

De esforço.

37
Q

Quais as limitações do tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço?

A

Pacientes obesas, idosas, contraindicações anestésicas e clínicas e recidivas.

38
Q

Quais os principais métodos cirúrgicos para tratamento da incontinência urinária de esforço?

A
  1. Cirurgia de Burch - colpofixação retropúbica.
  2. Técnica de Sling.
  3. Tension-free vaginal tape.
  4. Safyre.
39
Q

Qual a técnica cirúrgica para tratamento da incontinência urinária de esforço mais indicada em pacientes obesas?

A

Tension-free vaginal tape.

40
Q

Como é feita a abordagem da cirurgia de Burch (Colpofixação retropúbica) no tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço?

A

Por via abdominal, dos fundos de saco vaginais laterais através do espaço retropúbico, seguida de fixação ao ligamento íleopectíneo ou ligamento de Cooper.

41
Q

Quais os fatores de prevenção da incontinência uriária?

A
  1. Programas de educação e promoção da continência urinária.
  2. Controle de peso.
  3. Melhoria do trofismo vaginal
  4. Partos transvaginais assistidos.
  5. Controle dos fatores de aumento da pressão intra-abdominal (a exemplo de peso, DPOC, tumores abdominais e constipação crônica).
42
Q

Quando se utiliza a Técnica de Sling no tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço?

A

Na presença ou associação do defeito esfincteriano.

43
Q

Como é feita a Técnica de Sling no tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço?

A

Com um suporte de faixa posicionada inferiormente a uretra e fixada, superiormente na parede abdominal.
OBS.: É uma técnica com e sem tensão (passamos a fita por baixo da uretra, há fibrose e esta, futuramente, vai ser responsável por sustentar e ocluir a uretra).