2 ME- Modelos Cognitivo-Comportamentais Flashcards

(14 cards)

1
Q

Quais são os pressupostos da terapia cognitivo-comportamental (TCC) ?

A
  1. A atividade cognitiva afeta o comportamento
  2. A atividade cognitiva pode ser monitorizada e alterada
  3. A alteração de comportamento desejada pode ser alcançada através da mudança cognitiva
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2
Q

O que é que Kazdin disse, em 1978, sobre a modificação cognitivo-comportamental (MCC)?

A

O termo “modificação cognitivo comportamental” abrange os tratamentos que tentam mudar o comportamento manifesto por alterar pensamentos, interpretações, suposições e estratégias de resposta.

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3
Q

Qual a diferença entre a terapia cognitivo-comportamental e a modificação cognitivo-comportamental?

A
  • A modificação pretende alterar o comportamento. (Kazdin;Mahoney)
  • As TCCs focam os seus efeitos nas cognições per se partindo do pressuposto que a modificação comportamental acabará por acontecer.
  • O termo TCC é mais amplo que MCC.
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4
Q

O que diz o primeiro pressuposto da TCC?

A
  • A atividade cognitiva afeta o comportamento - é +1 reafirmação do modelo mediacional básico (Mahoney)
  • A avaliação cognitiva dos acontecimentos pode afetar a resposta a esses acontecimentos e existe utilidade clínica em modificar os conteúdos dessas avaliações (Dobson; Dozois & Beck; Granvold; Hollon & Beck)
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5
Q

O que diz o segundo pressuposto da TCC?

A
  • O acesso às cognições não é perfeito e os indivíduos podem reportar atividades cognitivas na base da sua probabilidade de ocorrência (mais do que na sua atual ocorrência) (Nisbert & Wilson)
  • Estratégias de avaliação cognitivas válidas, usando o comportamento como uma fonte de informação validante (exemplo: registo pensamentos disfuncionais; recolha aleatória de pensamentos em várias alturas do dia)
  • A medição da atividade cognitiva é o prelúdio da alteração da atividade cognitiva? Uma ação segue necessariamente a outra?
  • A maioria das estratégias de medição cognitiva enfatizam o conteúdo da cognições e a avaliação dos resultados cognitivos mais do que os processos cognitivos
  • Examinar o processo da cognição, assim como a interdependência entre sistemas cognitivo, comportamental e afetivo contribuirão mais para a mudança
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6
Q

O que diz o terceiro pressuposto de TCC?

A
  • A mudança comportamental desejada pode ser afetada pela mudança cognitiva - dificuldade em documentar este pressuposto
  • os testes da hipótese de mediação cognitiva são muitas vezes metodologicamente inadequados (DeRubeis; Longmore & Worrell)
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7
Q

Quais são os exemplos de TCCs?

A
  • As TCC representam a convergência de estratégias comportamentais e processos cognitivos, visando a mudança cognitiva e comportamental
  • Podem dividir-se em três grandes grupos (Mahoney & Arnkoff):
    1. Reestruturação cognitiva
    2. Aptidões de coping
    3. Resolução de problemas
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8
Q

Quais são as semelhanças/divergências entre as TCCs?

A
  1. Todas partilham as três suposições
  2. A mudança terapêutica pode ser alcançada através da alteração de modos disfuncionais e idiossincráticos de pensamento
  3. Muitos dos métodos cognitivo comportamentais assentam em princípios e técnicas comportamentais na terapia e em avaliações comportamentais de mudança para documentar progresso terapêutico
  4. Natureza limitada do tempo de intervenção: as TCCs tentam alcançar a mudança rapidamente e muitas vezes com tempo específicos de contacto terapêutico. Muitos dos manuais de tratamento recomendam tratamentos à volta de 12-16 sessões (Chambless)
  5. Todas as aplicações das TCCs são para problemas específicos
  6. Os clientes são em parte “architects of their own misfortune” e têm controlo sobre os seus pensamentos e ações: mesmo os modelos mais construtivistas, o enfoque do indivíduo como agente ativo da sua vida é predominante
  7. As TCCs são por natureza, explícita ou implicitamente, educativas. A maioria das abordagens terapêuticas incluem o terapeuta a ensinar o modelo terapêutico ao cliente, e muitas envolvem a explicação do racional de muitas das intervenções que são implementadas (Dobson & Dobson)
  8. O cliente não se limita a ultrapassar o problema durante o período tratamento, aprende também sobre o processo de terapia
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9
Q

Quais são as dimensões que caracterizam as TCCs? (Kendall & Kriss, 1983)

A
  1. Orientação teórica da abordagem terapêutica e o alvo teórico da mudança
  2. Relação terapeuta-cliente
  3. Alvo cognitivo da mudança
  4. Tipo de evidência usada para a avaliação cognitiva
  5. Grau de enfoque no autocontrolo da parte do cliente
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10
Q

O que é a generalização de ganhos e prevenção da recaída?

A

Em algumas TCCs é gasto tempo em terapia na revisão de conceitos e estratégias terapêuticas que os pacientes aprenderam ao longo da terapia, de forma a que possam empregar mais tarde de uma forma de prevenção ou manutenção (Beck; Dodbon & Dobson)

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12
Q

Qual a investigação científica em psicoterapia?

A
  • A investigação científica em psicoterapia é um campo relativamente recente, iniciado no princípio do século XX
  • muito embora os obstáculos e controvérsias em torno desta sejam muitos, os desenvolvimentos decorridos ao longo das últimas décadas são inegáveis (Lambert, Berlin, & Garfield; Orlinsky, Ronnesrad, & Willutzki)
  • Os clínicos criticam as metodologias utilizadas na investigação e não encontram nesta soluções que lhes permitam melhorar a sua prática clínica, e os investigadores realçam a necessidade de validar cientificamente os conhecimentos teóricos e clínicos dos terapeutas
  • As conclusões sistematicamente referidas pelas meta-análises realizadas tem sido bastante consistentes e claras: a psicoterapia é benéfica e eficaz. As intervenções psicoterapêuticas são significativamente mais eficaz do que: ausência de intervenção, intervenções informais, remissão espontânea, listas de espera e grupos de controlo placebo (Lambert & Bergin; Lambert, Bergin; Lambert & Ogles)
  • O paciente de psicoterapia, em termos médios, encontra-se significativamente melhor no fim das intervenções, cerca de 80% quando comparado com uma mostra de indivíduos com o mesmo tipo de problemática e não submetidos a intervenção (Lambert & Ogles; Parloff, London & Wolfe)
  • Independentemente do tipo de terapia, os estudos sugerem que a maioria dos pacientes que mostram melhoras iniciais tendem a mantê-las, salientando-se a importância dos terapeutas se empenharem sistemática e a explicitamente no cimentar dos ganhos terapêuticos dos pacientes, bem como na antecipação de dificuldades futuras ( Lambert & Ogles; Lieberman)
  • Para além da remissão sintomática, qualquer forma de psicoterapia deverá objetivar o aumento da resiliência dos pacientes (Vasco)
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13
Q

Quais os fatores de mudança terapêutica?

A
  1. 40% da variância em psicoterapia é atribuível à remissão espontânea, isto é, a variáveis relacionadas com o paciente e a fatores extra terapêuticos (exemplo: acontecimentos de vida, suporte social, etc.)
  2. 30% da variância em psicoterapia é atribuível a fatores comuns a todas as orientações teóricas (exemplo: qualidade da aliança terapêutica, explicações alternativas de perturbação, experiências emocionais corretivas, etc.)
  3. 15% da variância terapêutica é atribuível a efeitos placebo que podem, igualmente, ser classificados como fatores comuns (exemplo: expectativas otimistas, credibilidade diferencial dos vários racionais e técnicas, etc.)
  4. 15% da variância é atribuível às técnicas específicas de cada orientação teórica (exemplo: técnicas comportamentais de exposição sistemática, etc.). Este valor será superior se tivermos em consideração características e situações específicas. Por exemplo, a gestão da diretividade terapêutica em função do grau de reactância dos pacientes (Beutler & Harwood)
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14
Q

Nos fatores de mudança terapêutica, qual é a qualidade da aliança terapêutica?

A
  • A aliança terapêutica está relacionada com os resultados terapêuticos (Martin, Garske, & Davis), sendo que a aliança poderá ser terapêutica no âmbito de uma psicoterapia ou por si só (Henry & Strupp)
  • Se a qualidade da aliança estabelecida entre terapeuta e paciente for adequada, o paciente irá experienciar a relação como terapêutica, independentemente de outras intervenções psicológicas
  • “quintessential integrative variable” (Wolfe & Goldfried)
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15
Q

O que diz a TCC e integração psicoterapêutica?

A
  • O modelo cognitivo-comportamental tem sido propenso à mudança pela sua ênfase no empirismo e maximização da eficácia através da investigação sobre o que funciona e o que não funciona - tem um grande potencial de integração de outras abordagens (Dattilio; Dattilio & Epstein)
  • A “prática baseada na evidência” tornou-se a norma na medicina e noutras profissões de saúde (Harwood & Beutler; Roth & Fonagy)
  • Para muitos profissionais, o verdadeiro teste de uma psicoterapia reside na sua lógica teórica e na evidência a partir das observações clínicas; mais do que na informação resultante de métodos científicos (mesmo quando estes estão disponíveis) (Beutler & Harwood; Beutler, Williams, & Wakefield)
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