5. Câncer Colorretal Flashcards

(52 cards)

1
Q

Qual a anatomia colorretal?

A
  • O cólon ascendente e descendente são FIXOS e RETROPERITONEAIS.
  • A camada muscular externa é descontinuada em 3 tênias (exceto no apêndice e reto, que NÃO possuem), ao contrário da camada muscular interna.
  • Apresenta vascularização da artéria MESENTÉRICA SUPERIOR (ceco, ascendente e transverso), MESENTÉRICA INFERIOR (descendente, sigmóide e reto superior) e das ILÍACAS INTERNAS (reto médio e baixo).

Obs.: como não possuem tênia, o apêndice e reto também NÃO possuem haustrações nem apêndices epiploicos.

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2
Q

Quais as características do câncer colorretal?

A
  • Tumor mais comum do trato gastrointestinal (2ª câncer no geral, em ambos os sexos).
  • A progressão entre displasia e carcinoma leva cerca de 10 anos.
  • Cerca de 50% dos pacientes com câncer colorretal vão desenvolver metástases hepáticas.
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3
Q

Quais os fatores de risco para o câncer colorretal?

A
  • Obesidade.
  • Dieta pobre em fibras.
  • Etilismo e tabagismo.
  • Doenças genéticas (PAF, síndrome de Lynch, etc).
  • Doença inflamatória intestinal (risco 10-20x maior).
  • Colite actínica (pós-RT).
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4
Q

Qual a carcinogênse do câncer colorretal?

A
  • Gene APC (gene supressor tumoral): epitélio com risco para a formação de pólipos.
  • Gene K-Ras (proto-oncogene): displasia e formação de pólipos (adenoma).
  • Gene p53 (gene supressor tumoral): carcinoma.

Obs.: também há mutação da beta-caterina e na telomerosa.

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5
Q

Quais as características dos pólipos neoplásicos?

A
  • Apresentam DISPLASIA e risco de malignização.
  • Podem apresentar morfologia pedunculada ou sessil.
  • Adenoma tubular (mais comum), tubulo-viloso e viloso (pior prognóstico).

Obs.: o adenoma viloso apresenta 40% de chance de abrigar um adenocarcinoma.

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6
Q

Quais as características dos pólipos não-neoplásicos?

A
  • Não apresentam displasia.
  • Harmatomas, pólipos inflamatórios e hiperplásicos.
  • São pólipos benignos.

Obs.: no harmatoma, PODE desenvolver foco de adenoma (nos outros não).

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7
Q

Qual a conduta frente a um pólipo na endoscopia?

A

POLIPECTOMIA

  • Risco baixo (1 a 2 adenomas < 1cm): colonoscopia em 7 a 10 anos.
  • Risco intermediário (3 a 10 adenomas < 1cm OU 1 adenoma > 1cm OU displasia de alto grau OU tipo viloso): colonoscopia em 3 a 5 anos.
  • Risco alto (> 10 adenomas > 1cm OU 1 adenoma > 5cm): colonoscopia em 1 ano (6 meses se biósia sem polipectomia, retirado aos pedaços ou polipectomia incompleta).

Obs.: polipos hiperplasicos e inflamatórios são considerados achados benignos e a colonoscopia pode ser repetida em 10 anos.

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8
Q

Como é feito o segmento colonoscópico após a ressecção de um pólipo com lesão maligna?

A
  • Repetir em 3 MESES.
  • Se normal, colonoscopia em 1 ano, depois a cada 3 a 5 anos.
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9
Q

Quais as indicações de rastreio do câncer colorretal na população geral (risco mediano)?

A
  • Idade entre 45 (USPSTF)/50 (MS) e 85 anos.
  • Exames a cada 10 anos.

Obs.: são pessoas sem histórico familiar ou pessoal de câncer colorretal, sem doença inflamatória intestinal e sem síndromes genéticas.

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10
Q

Quais as indicações de rastreio do câncer colorretal na população com fatores de risco?

A
  • Histórico familiar de câncer colorretal: 40 anos (ou pelo menos 10 anos antes da idade que o familiar apresentou câncer).
  • Síndrome de Lynch: 20 anos.
  • PAF: 12 anos.
  • Doença inflamatória intestinal: 8 anos após o diagnóstico.
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11
Q

Quais os exames que podem ser utilizados para o rastreamento do câncer colorretal?

A
  • Colonoscopia (padrão-ouro): a cada 10 anos.
  • Sigmoidoscopia + sangue oculto nas fezes: a cada 10 anos.
  • Sigmoidoscopia: a cada 5 anos.
  • Colonoscopia virtual: a cada 3 anos.
  • Imunoistoquímica (teste de DNA): 3 anos.
  • Sangue oculto nas fezes: anualmente.

Obs.: paciente com alto risco só fazem rastreio com COLONOSCOPIA (colonoscopia virtual só é solicitada se tumor semioclusivo, em que o colonoscopio não passa)!

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12
Q

Qual o quadro clínico do câncer colorretal?

A
  • Tumores de cólon direito (30%): anemia, fadiga, hematoquezia e massa palpável (pior prognóstico).
  • Tumores de cólon esquerdo (40%): alteração do hábito intestinal, hematoquezia e obstrução.
  • Tumores de reto (30%): tenesmo, calibre fecal reduzido e obstrução.

Obs.: TODO paciente com > 50 anos e anemia ferropriva tem indicação de colonoscopia.

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13
Q

Quais os exames de estadiamento do câncer colorretal?

A
  • Tomografia de tórax, abdome e pelve (se cólon e reto alto) ou ressonância de pelve (se reto médio e baixo).
  • Colonoscopia.

Obs.: o CEA é um marcador prognóstico e de acompanhamento, e NÃO de estadiamento ou diagnóstico.

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14
Q

Qual o estadiamento T do câncer colorretal?

A
  • Tis: invade a mucosa.
  • T1: invade a submucosa.
  • T2: invade a muscular.
  • T3: invade a subserosa.
  • T4: invade a serosa (a) ou órgãos adjacentes (b).
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15
Q

Qual o estadiamento N do câncer colorretal?

A
  • N1a: 1 lindonodo regional.
  • N1b: 2 a 3 linfonos regionais.
  • N1c: depósito tumoral em mesocólon ou mesorreto.
  • N2a: 4 a 6 linfonodos regionais.
  • N2b: 7 ou mais linfonodos regionais.

Obs.: linfonodos não-regionais são considerados metástase a distância (M1).

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16
Q

Qual o estadiamento TNM do câncer colorretal?

A
  • Estagio I: T1-2N0M0.
  • Estágio II: T3-4N0M0
  • Estágio III: TxN1-2M0.
  • Estágio IV: TxNxM1.

Obs.: a maioria das metástases são hepáticas e metacrônicas (surgem após a ressecção do tumor primário).

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17
Q

Quais as caracterísricas do câncer colorretal precoce?

A
  • Tumor que invade até a camada submucosa (T1).
  • Realizar estadiamento completo.
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18
Q

Qual a classificação de Kikuchi do câncer colorretal precoce?

A
  • M1: intraepitelial.
  • M2: lâmina própria.
  • M3: muscular da mucosa.
  • Sm1 (ESD): terço superficial da submucosa.
  • Sm2: terço médio da submucosa.
  • Sm3: terço profundo da submucosa.
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19
Q

Quais as características da classificação de Haggitt do câncer colorretal?

A
  • Indicam o grau de invasão de um adenocarcinoma em pólipos pedunculados e sésseis,
  • Varia de 0 (não-invasivo) a 4 (invade base do pólipo).
  • Lesões de 1 a 3 indicam invasão até sm1.
  • Lesões 4 indicam invasão a partir de sm1 (até sm3) e risco de metástase linfonodal.

Obs.: todos os pólipos sésseis são considerados Haggitt 4.

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20
Q

Qual o tratamento do câncer colorretal precoce?

A

RESSECÇÃO ENDOSCÓPICA DA SUBMUCOSA

  • Invasão até SM1.
  • Bem diferenciado.
  • Tamanho < 4cm.
  • Menos de 30-40% da circunferência do cólon.
  • > 6cm de distância da margem anal.
  • Ausência de invasão angiolinfática.
  • Ausência de acometimento linfonodal ou metástases (T1N0M0).
  • Padrão de cripta de Kudo até Vi.
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21
Q

Qual o tratamento do câncer de cólon e reto alto (intraperitoneal)?

A
  • Colectomia segmentar + linfadenectomia (ao menos 12 linfonodos).
  • Quimioterapia adjuvante.
  • Margem de 5cm.
  • NÃO realizar neoadjuvância.
  • Ressecção do mesorreto (se reto alto).

Obs.: o reto intraperitoneal se encontra > 8-10cm acima da borda anal).

Obs.2: uma das complicações da retossigmoidectomia é a lesão do plexo hipogástrico e ejaculação retrógrada.

22
Q

Quais as indicações de quimioterapia adjuvante no câncer de cólon e reto alto?

A
  • Linfonodo positivo.
  • Tumores T4.
  • Cirurgia de urgência (tumores perfurados ou obstruídos).
  • Invasão angiolinfática e perineural.
  • Tumores pouco diferenciados.

Obs.: se retirar menos que 12 linfonodos, mesmo que todos venham negativos, deve-se realizar QT adjuvante!

23
Q

Qual o tratamento do câncer de reto médio e baixo (extraperitoneal)?

A
  • Neoadjuvância (QT e RT): lesões T3, T4, N+, envolvimento do esfíncter anal ou da fáscia mesorretal.
  • Amputação abdominoperineal do reto: excisão total do reto e mesorreto com colostomia definitiva após 12 semanas da QT e RT (se invasão da musculatura elevadora do ânus ou esfíncter anal).
  • Margem cirúrgicas distais: livre (sem tamanho mínimo, contanto que seja R0).

Obs.: o reto extraperitoneal se encontra < 8-10cm da borda anal.

Obs.2: a ressecção do reto com preservação esfincteriana pode causar a SÍNDROME DA RESSECÇÃO ANTERIOR DO RETO, que causa sintomas de urgência e incontinência fecal e de flatos (mas NÃO sangramento).

24
Q

Quais as indicações de ressecção transanal dos tumores de reto?

A
  • Tumores T1N0M0.
  • Tamanho < 3cm.
  • Tumores bem diferenciados e não-ulcerados.
  • Tumor móvel e não-fixo.
  • Ausência de invasão angiovascular e linfática.
25
Quais os beneficios da terapia neoadjuvante no câncer de reto?
- Downstanding tumoral. - Aumento das taxas de preservação esfincteriana. - Redução das taxas de recidiva tumoral local (**mas não sistêmica**).
26
Quais as características do watchfull wait pós-QT e RT no câncer de reto baixo e médio e de CEC de canal anal?
- Até 30% dos pacientes apresentam resposta patológica completa (tumor desaparece clinicamente). - Pode se dar até 6 meses após o fim do tratamento. - **Ausência de lesão após 6 meses:** segmento semestral. - **Presença de lesão após 6 meses:** cirurgia.
27
Quais as características da enterite por radioterapia pélvica?
- Inflamação e lesão intestinal após sessões de radioterapia, principalmente do **ÍLEO TERMINAL**. - Pode ser aguda (**até 4 semanas após o tratamento**) ou crônica (**8 a 12 semanas após o tratamento**). - Inicialmente, o dano ocorre na camada mucosa, podendo progredir na crônica para as outras camadas. - Causa diarreia disabsortiva, cólicas e estenose (se crônico). - O melhor exame é a entero-TC ou RNM. - Tratamento sintomático (cirurgico se estenose).
28
Qual a conduta no cancer colorretal com metástases hepáticas?
- **Metástase pequena:** ressecção do tumor e da metástase simultaneamente + QT pós-operatória. . - **Metástase grande ou múltiplas:** QT pré-operatória + ressecção da metástase + QT pós-operatória + ressecção colônica em um segundo momento. - **Obstrução ou perfuração colônica:** ressecção do tumor + QT + ressecção da metástase. **Obs.:** a ressecção das metástases devem ser com margens livres (R0) e poupando o máximo possível de parênquima (metastasectomia).
29
Quais as indicações de ressecções de metástases hepáticas no câncer colorretal?
- Presença de até 3 nódulos hepáticos < 3cm. - Metástases em apenas 1 lóbulo hepático. - Níveis de CEA baixo. **Obs.:** nesses casos, o paciente ainda tem proposta **CURATIVA** com cirurgia, ressecção das metástases e quimioterapia. **Obs.2:** as metástases podem ser **SINCRÔNICAS** (descobertas juntamente com o tumor primário) ou **METACRÔNICAS** (descobertas após o tratamento do tumor primário).
30
Qual a conduta no câncer colorretal obstrutivo?
- **Sem perfuração:** colectomia segmentar oncológica com reconstrução primária + QT adjuvante. - **Com perfuração:** colectomia subtotal oncológica a Hartmann envolvendo o segmento perfurado + QT adjuvante. - **Opção:** stent colônico (retira o paciente da urgência e não impede a anastomose primária). - Colonoscopia em 3 a 6 meses (avaliar tumores sincrônicos). **Obs.:** se o tumor for em reto médio ou baixo, optar pela **COLOSTOMIA** para tirar da urgência e encaminhar o paciente para a neoadjuvância (preservação do esfincter anal).
31
Quais os exames solicitar após o tratamento do cancer colorretal?
- **Colonoscopia:** a cada 6 meses a 5 anos. - **Tomografia de tórax, abdome e pelve:** a cada 4 meses por 3 anos, depois a cada 6 meses do 3º ao 5º ano. - **CEA:** a cada 3 meses por 3 anos, depois a cada 6 meses do 3º ao 5º ano . **Obs.:** o maior risco de recidiva do cancer colorretal e de metástases hepáticas ocorre nos primeiros 2 anos após o tratamento.
32
Quais as características da polipose adenomatosa familiar (PAF)?
- Mutação do gene APC, propiciando a formação de pólipos adenomatosos em todo trato gastrointestinal. - Doença autossômica dominante. - A presença de pelo menos **100 pólipos** na endoscopia sugere o diagnóstico. - Pode apresentar hiperplasia congênita do epitélio pigmentar da retina. - 100% de chance de desenvolver cancer colorretal até os 40 anos de idade. **Obs.:** mais de 95% dos pacientes apresentam adenomas duodenais e gástricos.
33
Quais as variantes da polipose adenomatosa familiar (PAF)?
- **Síndrome de Gardner:** tumores desmoides, epidermoides, fibromas, osteomas e dentes supranumerários. - **Síndrome de Turcot:** tumores cerebrais. **Obs.:** a 2ª neoplasia mais comum em pacientes com PAF é o câncer de duodeno.
34
Quais os componentes da classificação de Spigelman para pólipos duodenais?
- Quantidade de pólipos. - Tamanho dos pólipos. - Histologia. - Displasia. **Obs.:** pacientes com > 9 pontos têm indicação de retirada do duodeno.
35
Como é o rastreamento na polipose adenomatosa familiar (PAF)?
- **Inicio:** 10 a 12 anos com retossigmoidoscopia anual. - **Após identificação de pólipo:** colonoscopia anual até cirurgia. - **Investigação de tumores de estômago e duodeno:** EDA a cada 3 a 5 anos. **Obs.:** se reto presente após cirurgia (colectomia total com anastomose ileorretal), realizar colonoscopias a cada 3 a 5 anos.
36
Qual o tratamento da polipose adenomatosa familiar (PAF)?
- Proctocolectomia total com bolsa ileal em J aos 15-20 anos de idade (**padrão-ouro**). - Colectomia total + retossigmoidectomia anual com polipectomias. - **Tumores desmoides (síndrome de Gardner):** tamoxifeno, inibidores da COX-2 ou quimioterapia (cirurgia se refratário). **Obs.:** o uso de AINES reduz a formação de novos pólipos retais.
37
Quais as características da síndrome de Lynch (câncer colorretal hereditário não-polipóide)?
- Doença genética familiar que aumenta o risco de várias neoplasias. - Mutação dos genes **MLH1**, **MSH2**, **MSH6** e **PMS2**. - Causa **instabilidades microssatélites**, fazendo os pólipos passarem pela sequencia adenoma-carcinoma de forma acelerada (1 a 2 anos). - Tumores mais comuns em cólon direito. **Obs.:** na suspeita, deve-se pesquisar mutação no gene **BRAF** que, se presente, indica que o câncer é exporádio e **DESCARTA** a hipótese de Síndrome de Lynch.
38
Quais as outras neoplasias relacionadas a síndrome de Lynch?
- **Urotelio (ureter e pelve renal)**. - **Ginecológicos (endométrio e ovário)**. - Estômago. - Intestino delgado. - Glioma cerebral
39
Quais os critérios de Amsterdam para o diagnóstico da síndrome de Lynch (3-2-1-1)?
- **3** ou mais familiares com câncer. - **2** gerações consecutivas. - **1** ou mais parentes de primeiro grau afetados. - **1** caso de câncer colorretal antes de 50 anos.
40
Como é o rastreio de pacientes com síndrome de Lynch?
- A partir dos 20 anos de idade. - Colonoscopia a cada 1 a 2 anos. - USG transvaginal e EAS.
41
Qual o tratamento da síndrome de Lynch?
Colectomia total + ileorretoanastomose.
42
Quais as características da polipose associada ao MUTYH (polipose atenuada)?
- Mutações autossômicas ressecivas associadas ao gene MUTYH. - Causa múltiplos polipos adenomatosos colorretais **NÃO** associados à mutação do gene APC. - Apresente entre **10 e 100** pólipos. - Risco aumentado de outras neoplasias (estômago, duodeno, mama, etc). - Conduta individualizada.
43
Quais as principais síndromes polipóides hamatomatomatosas?
- Síndrome de Peutz-Jeguers. - Síndrome da polipose juvenil. - Síndrome de Cowden. - Síndrome de Cronkite-Canada. **Obs.:** são síndromes autossômicas **DOMINANTES**.
44
Quais as características da síndrome de Peutz-Jeghers?
- Síndrome relacionada com mutação de gene **STK11**. - Causa polipos hamatomatosos em todo trato gastrointestinal (**principalmente no delgado**). - Presença de **MANCHAS MELANÓTICAS** em mucosas. - Tratar com procedimentos conservadores (polipectomias, ressecções segmentares, etc). **Obs.:** aumenta o risco de neoplasias gastrointestinais e de outros sítios (ex.: mama, pâncreas, etc).
45
Quais as características da síndrome da polipose juvenil?
- 10 ou mais polipos harmatomatosos no trato gastrointestinal. - Não relacionado à mutação do gene STK11. - Sem potencial maligno.
46
Quais as características da síndrome de Cowden?
- Pólipos hamatomatosos no trato gastrointestinal relacionados ao gene PTEN. - Presença de lesões mucocutâneas (hiperpigmentação peniana, queratoses acrais e neuromas mucocutâneos). - Aumento do risco de várias neoplasias.
47
Quais as características da síndrome de Cronkite-Canada?
- Formação de pólipos harmatomatosos em idosos. - Mais comum em descendentes de japoneses. - **NÃO** é hereditária (não é relacionada a nenhum gene). - Causa pólipos, diarreia crônica e alterações cutâneas (ex.: alopércia, onicodistrofia e hiperpigmentação cutânea).
48
Quais as características dos tumores de apêndice cecal?
- Mais comuns nas 2ª e 3ª décadas de vida. - A maioria dos casos são diagnosticados após episódio de apendicite aguda, no exame anatomopatológico. - Podem ser carcinóides/neuroendócrinos (**principais**), adenocarcinomas e mucinosos. - Podem causar síndrome carcinóide e pseudomixa peritoneal.
49
Qual o tratamento dos tumores de apêndice cecal?
- **Tumores < 2cm:** apendicectomia. - **Tumores > 2cm:** colectomia direita oncológica.
50
Quais os critérios prognósticos de Fong para metástases hepáticas do câncer colorretal?
- Nódulo > 5cm. - 2 ou mais nódulos hepáticos. - CEA > 200. - Linfonodo positivo - Intervalo livre de doença < 12 meses. **Obs.:** a presença de 2 ou mais critérios determina pior sobrevida
51
Quais as estratégias para aumentar o remanecente hepático?
- Embolização de ramo da veia porta (causa hipertrofia do remanecente hepático). - Hepatectomia em dois tempos.
52
Quais os remanescente hepático mínimos pós-ressecção no tratamento das metástases hepáticas do câncer colorretal?
- **Fígado normal:** 20 a 30%. - **Pós-QT:** 30 a 40%. - **Cirróticos:** 40 a 50%. **Obs.:** uma hepatectomia direita retira 50% a 60% do fígado.